set20181

Café: colheita da safra 2023/24 se inicia no Brasil

Alguns produtores dos cafés robusta e arábica deram início à colheita da safra 2023/24 nos últimos dias, influenciados por preocupações com os efeitos do clima nas lavouras. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, os trabalhos estão progredindo gradualmente.

Quanto à comercialização, nos últimos meses, ocorreu de maneira bastante limitada, uma vez que os vendedores não estão tão dispostos a negociar nos preços ofertados por compradores.

Agentes relatam que, nos momentos de alta de preços, em especial na Bolsa de Nova York (onde o arábica é negociado), os vendedores têm preferido esperar por aumentos mais significativos, levando compradores a pagar um pouco mais para garantir maiores lotes. Mesmo assim, as negociações acabam sendo bastante pontuais.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

set201949

Cargill vê demanda da China por soja do Brasil abaixo do esperado

A demanda da China por soja brasileira está aquém do esperado, o que explica o fato de o país, mesmo com uma safra recorde, não estar batendo máximas mensais de exportação, afirmou o presidente da multinacional no Brasil, Paulo Sousa, à Reuters.

Segundo o presidente da maior exportadora de soja e milho do Brasil, essa situação permite por outro lado que a exportação brasileira de grãos seja mais constante ao longo do ano, reduzindo por ora um estresse no sistema logístico, que vai ser testado pelas safras recordes em 2023.

“A demanda está boa, mas não está aquela maravilha, não está tão aquecida, principalmente a chinesa, eles têm comprado, mas em um ritmo aquém do que o mercado esperava”, disse Sousa, em uma entrevista por conta da divulgação dos resultados do ano passado.

O lucro líquido da Cargill no Brasil caiu para 1,2 bilhão de reais em 2022, informou a empresa nesta quinta-feira, ante 1,8 bilhão em 2021, por aumento de custos logísticos e de produção.

Já receita operacional líquida da empresa no país aumentou 22% em 2022 para 125,8 bilhões de reais, com impulso do processamento de soja e do aumento da exportação de milho, explicou Sousa.

O executivo preferiu não comentar as razões de a China, maior importadora global, estar comprando menos do que o esperado em 2023, acrescentando ainda que o “cenário pós-pandemia deixou muitas dúvidas”.

“Por conta da China, apesar de uma safra recorde e de a logística estar funcionando bem, não estamos quebrando recordes de volume de exportação para o mês, porque não tem aquele furor de demanda para bater recorde”, acrescentou ele, destacando que isso é “positivo para o setor”, deixando a “logística mais eficiente também”.

“A expectativa nossa é trabalhar com o sistema (logístico) cheio o ano todo, tanto soja quanto milho.”Com a menor demanda chinesa, os prêmios da soja brasileira nos portos caíram para mínimas históricas na última semana.

Investimento em alta

A Cargill continuará crescendo suas exportações de grãos e o fornecimento de soja e milho brasileiros no ritmo do avanço da agricultura nacional, disse o CEO, ao ser questionado sobre a expectativa para 2023.

No ano passado, a empresa ganhou fatia na exportação de milho brasileiro, com o cereal sendo um dos destaques da empresa em 2022.
“Mas no geral estamos mantendo nosso 'share' (participação), a agricultura brasileira cresce, nós mantemos o nosso 'share' deste crescimento. Para manter, já é um desafio e tanto, pois a dinâmica de crescimento do setor é brutal”, frisou.

Por isso a empresa tem mantido fortes investimentos no Brasil. A companhia investiu um recorde de 1,2 bilhão de reais no país em 2022, alta de 18% ante o ano anterior.

Os principais investimentos foram realizados na expansão da maior fábrica de processamento de soja da empresa no Brasil, em Uberlândia (MG), o que elevou sua capacidade para cerca de 4.500 toneladas/dia, ante 3.700 toneladas/dia.

“A capacidade instalada já está lá, operando nesta safra, em ramp-up”, disse o executivo, lembrando que o outro grande investimento foi a conclusão da fábrica de pectina (fibra solúvel obtida com a casca da laranja) em Bebedouro (SP).

Além disso, a empresa investiu na modernização de armazéns e portos.
Sousa comentou que a Cargill no Brasil exportou vários carregamentos de soja brasileira para a Argentina, para atender a demanda do país vizinho cuja safra foi severamente afetada por uma seca. E a tendência é de novas cargas ao longo do ano.

Ele disse ainda que a redução na oferta do vizinho traz mais demanda por farelo e óleo de soja do Brasil, uma vez que a Argentina tradicionalmente é a maior exportadora desses dois produtos.

União Européia

Uma vez que esteja implantada, uma nova lei da União Europeia contra produtos ligados ao desmatamento efetuado após 2020 pode levar europeus a pagarem mais pelo farelo de soja brasileiro, disse o CEO da Cargill.

Ele lembrou que o detalhamento da lei da União Europeia ainda “não foi aberto”, mas que o Brasil teria “condição de suprir qualquer tipo de demanda sustentável”.

“O que não faz sentido é ter exigência que o Brasil supra um chamado especial a um custo mais baixo, que venda produto específico a preço de commodity, isso não vai acontecer”, afirmou ele.

Sousa explicou que o Brasil tem fluxos com mais riscos e outros com menos riscos. “Estes com menos riscos serão orientados para a Europa, agora, vai ser o produto mais barato? Eventualmente não vai ser.”

A União Europeia é a principal importadora de farelo de soja do Brasil, comprando também bons volumes de grão in natura.

“É muito mais fácil fazer um programa de farelo de soja para ser exportado para a França a partir de cooperativas do Paraná (uma região agrícola mais consolidada) do que pegar soja esmagada no oeste baiano. Mas teoricamente, pelo frete, o farelo do oeste baiano chegaria na Europa mais barato”, disse.

Fonte: Reuters Foto: Divulgação

set202035

Confira como está o milho pelos estados

No mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul os preços de lotes recuam novamente, dessa vez mais R$ 1/saca, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado de milho, assim como o de trigo, perdeu todo suporte que ainda tinha. As ofertas de milho que vieram de fora do estado, desregularam totalmente o mercado local, e alongaram as fábricas, que se veem cobertas até maio, olhando apenas para o junho em diante”, comenta.

“Não estando pressionadas nem por necessidades e nem por exportação, as fábricas ditam os preços no mercado. Hoje as indicações foram: R$ 66,00 CIF Santa Rosa; R$ 67,00 Três Passos; R$ 68,00 Frederico e Marau R$ 69,00 Arroio do Meio. Vendedor local continua incrédulo, e não participa do mercado. Preços da pedra, em Panambi, caiu para R$ 60,00 a saca”, completa.

O Paraná tem negócios a R$ 70, mas para 45 dias e R$ 67, 30 dias. “Hoje vimos dois negócios apenas, um em Candoi, a R$ 70 FOB, pagamento 45 dias e outro no Sudoeste, cooperativa vendeu em várias localidades ao todo 5.000 toneladas a R$ 68, pagamento 30 dias. Os indicativos de preço de hoje são os seguintes, nesta ordem – Praça/Vendedor/Comprador: Londrina 65,00/-; Maringá 65,00/ -; Cascavel – /-; Ponta Grossa -/-; Guarapuava 68,00/ -; Sudoeste/PR -/ -; Ferrovia Norte – Ago -/56,00; Paranaguá – Jul -/63,50; Paranaguá – Ago -/63,00; Santos – Jul -/63,50; Rio Grande -/-; Chapecó/SC -/65,00; Joaçaba/SC -/65,00”, indica.

Em Santa Catarina os preços mantiveram as quedas dos dias anteriores. “Depois de vários negócios a R$ 68,0 na sexta-feira, foi negociado no início da semana um lote a R$ 65,00 em Canoinhas, registrando queda de mais R$ 3,00/sc. Nesta quarta-feira havia vendedores de SC oferecendo de 69 a 70 reais e compradores querendo pagar 65 a 67 reais no FOB”, conclui.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set201432

Trigo/Cepea: Preços caem no BR, mesmo com alta do dólar

Apesar da valorização de 2,7% do dólar frente ao Real entre 14 e 20 de abril, fechando a R$ 5,052 na quinta-feira, 20, os preços continuaram em queda no mercado interno na semana passada. De acordo com dados do Cepea, a pressão esteve atrelada sobretudo à baixa demanda por parte de moinhos. Muitos produtores, por sua vez, seguem afastados do mercado, atentos ao campo e indicando que os valores atuais de negociação do trigo não são atrativos. Esse cenário, atrelado ao feriado de Tiradentes, manteve o ritmo de negócios bastante lento – apenas lotes pontuais foram comercializados.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação

set201556

Entenda como vai funcionar a concessão do novo modelo de pedágio no Paraná

Um documento prévio elaborado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aponta que o leilão das concessões das rodovias paranaenses, a partir do novo modelo de pedágio do Paraná, deve ter início no dia 24 de agosto. As datas ainda não estão oficializadas, pois dependem de uma última reunião da diretoria da ANTT.

A previsão é de que a operação e a cobrança dos novos pedágios devam voltar entre os meses de setembro e outubro.

Já as novas obras, como construção de viadutos, contornos e duplicação de vias, passam por trâmites legais e não devem acontecer em 2023. A ANTT deve tornar pública a minuta com o cronograma do processo de licitação e leilão dos contratos de pedágio no Paraná no dia 2 de maio. O Paraná está sem concessão das rodovias desde 2021, quando o contrato de mais de 30 anos chegou ao fim.

Sobre esse assunto o gerente de Assuntos Estratégicos da FIEP, João Arthur Mohr, conversou com Joyce Carvalho.

Ouça

Fonte: CBN Foto: Divulgação

set201672

Brasil está prestes a se tornar maior exportador mundial de milho

Brasil está prestes a se tornar o maior exportador mundial do cereal, de acordo com os dados da consultoria AgRural. As exportações brasileiras de milho atingiram um recorde de 43,17 milhões de toneladas em 2022, mais do que dobrando em comparação com o ano anterior. A expectativa é que o país exporte entre 46 e 47 milhões de toneladas de milho em 2023, consolidando sua posição como líder mundial nesse setor.

Segundo dados da Efficienza, a possível liderança do Brasil como maior exportador de milho em 2023 será o resultado de uma conjuntura específica, relacionada à lenta exportação dos Estados Unidos e aos preços pouco competitivos do milho norte-americano. Os produtores norte-americanos retiveram o milho e optaram por vender-lo posteriormente, o que elevou os preços e impulsionou as exportações brasileiras nos últimos meses de 2022 e no início de 2023. Fábio Pìzzamiglio, diretor da Efficienza, diz qe, os Estados Unidos sempre foram reconhecidos pela sua produção e exportação de milho, que estão presentes na cultura norte-americana como um todo. “Estamos vendo um crescimento significativo do nosso país, principalmente quando tratamos de preço e da qualidade dos nossos produtos”, incentivou o executivo.

Mas mesmo com o país tomando a liderança, a produção de milho nos países das Américas, Brasil e Estados Unidos, apresenta perspectivas promissoras para as próximas safras, de acordo com relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Brasil. O Brasil espera alcançar uma produção de 133 milhões de toneladas de milho na safra 2023/24, com uma área de 22,8 milhões de hectares a serem colhidos, representando um aumento em relação à safra anterior. A Conab também estima um aumento de 9% na produção total de milho em relação ao ano anterior, chegando a 123,7 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, a produção esperada é de cerca de 348,76 milhões de toneladas em 2023, com uma produtividade estimada de 181,28 sacas por hectare.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

set201368

Pesquisa da Abitrigo indica estabilidade na moagem de trigo em 2022

A compilação de dados referentes à moagem de trigo no Brasil realizada pela Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo concluiu que, em 2022, o País apresentou uma estabilidade em relação ao volume de trigo moído no ano anterior. Foram processadas, ao todo, 12,56 milhões de toneladas do cereal em 144 plantas industriais.

“A Pesquisa de Moagem da Abitrigo é um importante referencial para a produção de farinha de trigo no País. A partir dela, podemos trabalhar junto aos nossos associados na tomada de decisões relevantes a esse elo da cadeia do trigo, garantindo resultados mais assertivos para a indústria moageira e também a segurança alimentar da população brasileira”, explica o Presidente-Executivo da Abitrigo, Rubens Barbosa.

Em relação à manutenção do volume de trigo moído no País, Barbosa aponta a estabilidade na demanda por farinha, bem como as consequências do cenário vivido em 2021, como fatores para esse resultado em 2022.

Barbosa ainda acrescenta que a pesquisa mostra esse é um setor estável, que não sofre com as variações do mercado. “Mesmo em um período de diversas ocorrências que abalaram o cenário mundial do trigo, como os conflitos entre Rússia e Ucrânia e também a quebra de safra na Argentina, que impactaram diretamente o preço da commodity, o consumo não sofreu uma mudança considerável. Isso mostra que a demanda por farinha de trigo se mostra inelástica aos acontecimentos mundiais”.

As 12.565.920 toneladas de trigo processadas originaram, aproximadamente, 8,5 milhões de toneladas de farinha para o mercado. Os principais setores que receberam a farinha de trigo produzida foram o de panificação e pré-misturas (42,6% do total), da indústria de massas (12,5%) e da indústria de biscoitos (10%).

Resultados regionais

“Avaliando os resultados obtidos por regiões e por estado, notamos que, de forma geral, os volumes se balancearam ao ponto de produzirem uma moagem muito semelhante à observada em 2021, o que demostra a estabilidade de processamento do setor moageiro de norte a sul do País”, pontua Barbosa.

A moagem de trigo no Paraná representa 30% do total nacional (12,56 milhões de toneladas), englobando 45 plantas moageiras. As 2.681.816 toneladas de farinha de trigo produzidas em indústrias paranaenses foram destinadas, principalmente, para panificação e pré-misturas (35,4%), para a indústria de massas (17,7%) e de biscoitos (15,9%).

Já as regiões Norte e Nordeste corresponderam a 26% do total de trigo moído, com as 12 plantas das regiões produzindo um volume de 1.887.330 toneladas de farinha, que tiveram como destaque de destinos a panificação e pré-mistura (42,5%), embalagens de 1kg (15,9%) e a indústria de massas (11,9%).

Os moinhos do Rio Grande do Sul processaram 15% do trigo utilizado pelo setor em 32 plantas fabris, gerando, aproximadamente, 900 mil toneladas de farinha, que foram consumidas pelos setores de panificação e pré-mistura (47,4%), embalagens de 5kg (11,7%) e da indústria de biscoitos (7,3%).

No caso de São Paulo, a moagem realizada no estado corresponde a 13% do montante brasileiro, por meio do trabalho conduzido em 15 plantas. O volume de farinha produzido foi de 1.428.751 toneladas, cujas principais destinações foram para panificação e pré-mistura (49,3%), embalagens de 5kg (13,4%) e indústria de massas (9%).

Para efeito do cálculo da pesquisa, os 19 moinhos da região Centro-Oeste do Brasil e dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram agrupados, e, juntos, moeram 10% do trigo endereçado à indústria de processamento. Essa quantidade do cereal gerou 1.250.994 toneladas de farinha, que foram utilizadas para panificação e pré-misturas (44,4%), indústria demassas (14,2%) e embalagens de 1kg (13,9%).

Por fim, Santa Catarina processou 5% de todo o cereal utilizado no País, produzindo mais de 320 mil toneladas de farinha de trigo, que foram endereçadas, principalmente, para panificação e pré-misturas (51,6%), indústria de biscoitos (21,2%) e embalagens de 5kg (11,7%).
“As análises permitem concluir que as diferentes regiões do Brasil possuem um perfil semelhante quanto à distribuição da farinha de trigo produzida. Os principais destinos de todas são a panificação e as pré-misturas, o que é um indicativo do comportamento do consumidor final, que demanda mais produtos originados a partir desses setores”, conclui Rubens Barbosa.

Fonte: Reuters Foto: Divulgação

set200969

Plano Safra 2023/2024 com foco na agricultura de baixo carbono

Ministros se reuniram no último dia 18 para debater mecanismos de estímulo à produção sustentável de alimentos dentro do Plano Safra 2023/2024. Participaram do encontro os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

O ministro Fávaro ressaltou que as tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono vão nortear as políticas de crédito rural. “O Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como linha mestra. Tenho certeza de que faremos o melhor Plano Safra da história do Brasil”, disse Fávaro, que está em missão oficial em Londres e participou da reunião virtualmente. Segundo ele, o governo está totalmente comprometido com a transição sustentável da produção agrícola.

A ideia é que o Plano Safra tenha condicionantes positivas para que os produtores que aderirem às práticas sustentáveis possam ter melhores condições de financiamento. Segundo Haddad, o Ministério da Fazenda está imerso na agenda de transformação ecológica do país. “Se somarmos esforços, poderemos fazer da agenda ambiental a principal agenda de desenvolvimento do país”, disse.

O secretário-executivo em exercício do Mapa, Luiz Rodrigues, disse que as tecnologias de agricultura de baixo carbono também ajudam na adaptação do produtor rural. “Temos que construir uma agricultura contemporânea, sustentável, com uso de agricultura digital e que também seja resiliente. E esse Plano Safra vai ajudar a aumentar a resiliência da agricultura”.

O Plano Safra 2023/2024 irá aliar o financiamento das tecnologias agrícolas de diversas áreas com a sustentabilidade da produção. O estímulo pode ser desde o acesso às práticas de assistência técnica, até a concessão de bônus. “Estamos definindo quais as formas de conceder esses benefícios”, explicou o secretário de Política Agrícola em exercício do Mapa, Wilson Vaz.

A ministra Marina Silva lembrou que a proposta de agricultura de baixo carbono para o Plano Safra surgiu de uma conversa entre ela e o ministro Fávaro, ainda em janeiro, e afirmou que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, florestal e hídrica. Segundo ela, o Plano Safra deverá evoluir para que toda a agricultura seja de baixa emissão de carbono. “Podemos chegar a um nível em que os tomadores de recurso poderão receber bônus por esse cumprimento de normas de natureza sustentável para agricultura de baixo carbono”.

O uso de bioinsumos e o incentivo à agricultura regenerativa devem estar presentes no Plano Safra, destacou o ministro Paulo Teixeira. “A transição para uma agricultura regenerativa é um desafio que não podemos adiar, temos que responder imediatamente”, disse.

Fonte: Ministério da Agricultura Foto: Divulgação

set201019

Governo do Paraná espera que concessões de rodovias comecem a operar em setembro

Um documento prévio elaborado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aponta que o leilão das concessões das rodovias paranaenses, a partir do novo modelo de pedágio do Paraná, deve ter início no dia 24 de agosto. As datas ainda não estão oficializadas, pois dependem de uma última reunião da diretoria da ANTT. No entanto, o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex afirma que o estado trabalha com o início do processo em maio, com leilão em agosto.

O secretário detalhou quais serão os primeiros trechos que devem ir a leilão.

A previsão é de que a operação e a cobrança dos novos pedágios devam voltar entre os meses de setembro e outubro. Para isso, as empresas devem dar início já aos trabalhos de reparo nas pistas e obras de conservação.

Já as novas obras, como construção de viadutos, contornos e duplicação de vias, passam por trâmites legais e não devem acontecer em 2023. A ANTT deve tornar pública a minuta com o cronograma do processo de licitação e leilão dos contratos de pedágio no Paraná no dia 2 de maio.

Ouça

Fonte: CBN Foto: Divulgação

set201167

Paraná registra o maior crescimento do Brasil nas exportações no 1º trimestre

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações paranaenses totalizaram US$ 5,08 bilhões no 1º trimestre de 2023. O valor representa um crescimento de US$ 528,3 milhões em relação ao mesmo período de 2022, quando o Estado exportou US$ 4,56 bilhões, fazendo com que o Paraná registre o maior aumento em valores absolutos nas vendas ao exterior do Brasil nesse período.

Graças aos bons resultados, o Paraná subiu de sétimo para o quinto estado que mais exportou no primeiro trimestre do ano, ultrapassando o Rio Grande do Sul (US$ 5,03 bilhões) e o Pará (US$ 4,5 bilhões). Quem lidera o ranking é São Paulo, com US$ 15,3 bilhões de vendas aos países estrangeiros entre janeiro e março de 2023.

Em números proporcionais, a alta das exportações do Paraná foi de 11,6% no primeiro trimestre, marca que coloca o Estado à frente dos demais estados do Sul e do Sudeste do País. A porcentagem foi quase o dobro da registrada em Santa Catarina, que foi a segunda melhor do grupo analisado, com 6% de variação positiva.

Depois, estão São Paulo (3,2%) e Rio Grande do Sul (0,6%). Minas Gerais manteve os índices do 1º trimestre de 2022, enquanto Rio de Janeiro e Espírito Santo tiveram queda nas exportações de 1,5% e 5,9% respectivamente.

Produtos

Um dos principais fatores que contribuíram com a melhora da balança comercial paranaense foi o aumento das exportações de cereais, tendo o milho como principal destaque, que saltaram de US$ 78 milhões para US$ 377 milhões, um acréscimo de 381,7% entre os dois trimestres analisados.

Outros produtos com impacto significativo na elevação das vendas ao exterior no período foram o óleo de soja bruto, o farelo de soja e a carne de frango in natura, com variações positivas de 120%, 30,8% e 23,9% respectivamente.

Segundo o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, as taxas de crescimento das exportações estaduais poderão ter crescimentos ainda mais relevantes nos próximos meses por causa da aceleração dos embarques dos grãos de soja.

“Devido a um regime de chuvas mais intenso no início deste ano, houve um atraso na colheita da soja, o que deverá deslocar uma parcela importante das exportações da oleaginosa para o 2º trimestre”, explica.

Compradores

Entre os principais destinos da produção paranaense, quem lidera é a China, que importou US$ 779 milhões em bens produzidos no Estado apenas nos três primeiros meses do ano. Apesar de o valor representar 17,2% a menos em relação ao mesmo período de 2022, o país asiático ainda responde por 15% do mercado consumidor.

Por outro lado, as exportações estaduais para a França, Japão, Argentina e o México aumentaram 177,4%, 172,5%, 47,3% e 38,7%, respectivamente, mais do que o suficiente para compensar a diminuição das vendas ao mercado chinês.

Acumulado

Os portos do Paraná são a principal porta de saída das exportações. No primeiro trimestre deste ano (janeiro a março) foram movimentadas 14.109.999 toneladas nos dois sentidos: de exportação, foram 8.778.706 toneladas (62,2% do total) e de importação, 5.331.293 toneladas (37,8% do total). O volume total é 0,2% superior em relação primeiro trimestre de 2022, que registrou 14.079.296 toneladas.

Crescimento das exportações no trimestre (comparativo de 2022 e 2023):

Paraná: US$ 528.292.789,00

São Paulo: US$ 468.602.647,00

Mato Grosso: US$ 330.013.445,00

Santa Catarina: US$ 150.998.295,00

Alagoas: US$ 142.618.913,00

Mato Grosso do Sul: US$ 102.266.707,00

Amazonas: US$ 34.154.691,00

Rio Grande do Sul: US$ 32.381.227,00

Piauí: US$ 31.890.977,00

Paraíba: US$ 31.312.632,00

Distrito Federal: US$ 27.062.442,00

Rondônia: US$ 21.295.975,00

Maranhão: US$ 14.415.872,00

Sergipe: US$ 14.090.549,00

Minas Gerais: US$ 643.729,00

Acre: – US$ 8.238.993,00

Amapá: – US$ 12.398.569,00

Roraima: – US$ 30.786.874,00

Ceará: – US$ 50.259.014,00

Rio Grande do Norte: – US$ 76.460.029,00

Tocantins: – US$ 85.757.351,00

Espírito Santo: – US$ 123.399.617,00

Bahia: – US$ 135.047.655,00

Pernambuco: – US$ 145.208.402,00

Rio de Janeiro: – US$ 156.159.962,00

Pará: – US$ 318.951.397,00

Goiás: – US$ 404.456.095,00

Exportações em números absolutos no trimestre:

São Paulo: US$ 15.313.436.382

Rio de Janeiro: US$ 9.948.632.382

Minas Gerais: US$ 8.894.541.693

Mato Grosso: US$ 7.784.909.906

Paraná: US$ 5.083.511.043

Rio Grande do Sul: US$ 5.031.411.237

Pará: US$ 4.503.659.265

Goiás: US$ 2.766.695.757

Santa Catarina: US$ 2.672.118.259

Bahia: US$ 2.472.817.224

Mato Grosso do Sul: US$ 2.033.298.651

Espírito Santo: US$ 1.953.267.635

Maranhão: US$ 1.103.309.401

Rondônia: US$ 673.939.870

Pernambuco: US$ 585.415.116

Ceará: US$ 499.360.507

Tocantins: US$ 415.956.036

Alagoas: US$ 295.239.378

Piauí: US$ 223.334.141

Amazonas: US$ 217.902.826

Rio Grande do Norte: US$ 143.193.662

Distrito Federal: US$ 103.037.288

Roraima: US$ 72.918.657

Paraíba: US$ 66.647.687

Amapá: US$ 49.780.418

Sergipe: US$ 30.902.660

Acre: US$ 10.680.654

Fonte e Foto: AEN