set203847

Mercado eleva expectativa de inflação para 6,03% neste ano

Os agentes e analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a expectativa de inflação para este ano a 6,03%, de acordo com o Relatório Focus divulgado na manhã desta segunda (15). A mediana do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o fim de 2023 estava a 6,02% há uma semana e a 6,01% há quatro semanas (veja na íntegra).

Embora a expectativa para a inflação em 2023 tenha sido elevada, a previsão dos analistas financeiros se mantém em queda para o ano que vem a 4,15% e estável a 4% em 2025 e 2026.

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país também tem uma leve expectativa de alta a 1,02% neste ano, 0,02 ponto porcentual a mais na comparação com a semana passada.

Por outro lado, o mercado mantém a previsão de que a cotação do dólar terminará o ano em R$ 5,20 e a taxa básica de juros Selic em 12,5%.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

set203915

Tempo seco pode limitar lavouras de trigo e milho

A previsão de chuvas até o fim do mês, deve representar o clima esperado para um período de outono/inverno. O predomínio será de tempo seco em grande parte do Brasil, apesar da possibilidade do avanço de uma frente fria entre os dias 21 a 23 de maio, o sistema deverá ficar confinado no extremo sul e trazendo pouca chuva.

Esse tempo seco, deverá ser um fator limitante para as lavouras de trigo e milho, principalmente do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Por outro lado, deverá ser positivo para o algodão dos estados do centro-oeste e dos principais produtores do MATOPIBA, onde o tempo seco e quente contribui para a qualidade das fibras.

A tendência também indica um mês de maio com temperaturas acima da média histórica em praticamente todos os setores do país, com destaque para as áreas mais centrais, como o estado de Goiás e Minas Gerais.

Veja a previsão por região e o mapa de chuvas

Região Sul

O período será marcado predominantemente por tempo seco e grande variação nas temperaturas. No entanto, uma tendência de aquecimento será notada ao longo dos próximos 15 dias. Entre os dias 21 a 23 de Maio, é possível que uma frente fria de fraca intensidade traga chuvas sobre o Rio Grande do Sul. Nas demais regiões não há previsão de chuvas, o que deve limitar a quantidade de umidade no solo para o estabelecimento das lavouras de trigo e suprimento das lavouras de milho.

Região Sudeste

A previsão é de predomínio de tempo seco até o final do mês, com chuvas abaixo da média para o período. Observa-se uma tendência de elevação nas temperaturas, principalmente no noroeste de SP, triângulo e norte de MG. Algumas chuvas pontuais podem ocorrer em decorrência da umidade oceânica no RJ e ES, mas não serão suficientes para alterar a característica seca do mês. O tempo seco deve contribuir para as operações em campo, mas limitam o potencial produtivo das lavouras em estádios mais sensíveis.

Região Centro-Oeste

O tempo seco deve predominar, sendo um padrão comum para a época do ano. As temperaturas devem ficar acima da média, especialmente em áreas de GO. No entanto, algumas chuvas podem surgir no oeste e norte do MT, bem como do MS. Apesar da falta de chuvas, não há indicativos de limitações hídricas para as lavouras da região. Este tempo mais seco, pode contribuir para a melhor qualidade das fibras do algodão nas regiões produtoras.

Região Nordeste

As chuvas devem se concentrar na faixa norte e litoral leste da região, graças aos corredores de umidade e aos ventos úmidos do oceano. No entanto, as áreas do sertão terão predomínio de tempo seco e tardes quentes, algo comum para a época do ano. A falta de umidade pode limitar a qualidade das lavouras, principalmente nas regiões produtoras da BA, sul do MA e sul do PI.

Região Norte

Apesar da tendência de chuvas abaixo da média, a previsão é de até 300 mm em Roraima, o que pode ser considerado uma quantidade significativa. No entanto, áreas ao sul como RO, sudeste do PA e sul do TO, terão o predomínio de tempo seco, seguindo a tendência da estação.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set204079

“Campeão do século”, Mato Grosso cresce o triplo da média nacional com impulso do agro

A economia de Mato Grosso é a que mais cresceu no país desde o início do século. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado aumentou a um ritmo de 5,42% ao ano de 2002 a 2020, conforme os dados mais atualizados do IBGE. É quase o triplo da velocidade da economia brasileira, que nesse período avançou 1,96% ao ano, em média.

No mesmo período, o segundo e o terceiro estado que mais cresceram foram o Pará (4,65% ao ano) e Tocantins (4,6%).

Mato Grosso, que era a 15.ª maior economia do país no início do século, ocupa agora a 12.ª posição, conforme a estatística de 2020 do IBGE. E há motivos para acreditar que a ascensão não deve parar por aí.

A consultoria Tendências estima que, em 2021, o PIB mato-grossense avançou 2,4%, pouco menos da metade do crescimento nacional de 5%. Em 2022, porém, o estado voltou a crescer muito acima da média: 10,3%, conforme estimativa do Banco do Brasil, mais que o triplo do PIB nacional (2,9%). E, para 2023, o BB prevê expansão de 3,4% em Mato Grosso – para o país todo, a expectativa mediana do mercado financeiro é de alta de apenas 1%.

Boa parte da explicação para esse desempenho está no agronegócio, carro-chefe da economia local. O setor representa 56,6% do PIB do estado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Mas não é só no avanço do PIB que a economia do estado se destaca. Outro levantamento do IBGE mostra que Mato Grosso tem a quarta menor taxa de desemprego entre as unidades da federação. Segundo o dado mais recente, a desocupação era de 3,5% na média do último trimestre de 2022 – menos que a taxa média dos países do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), que era de 3,9% em dezembro.

O principal responsável pelo avanço da economia mato-grossense no cenário nacional, segundo Luiz Antônio do Nascimento de Sá, técnico de contas regionais do IBGE, foi a agropecuária. A participação do estado nessa área mais que dobrou entre 2002 e 2020, passando de 5% do total nacional para 10,6%.

A safra de grãos de Mato Grosso foi multiplicada por seis desde a colheita de 2002, passando de 15,9 milhões de toneladas naquela temporada para 94,1 milhões de toneladas neste ano, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produtividade das lavouras em 2023 deve chegar a 4.551 quilos por hectare, a terceira maior do país, atrás apenas de Santa Catarina e Distrito Federal. Em 2002, o rendimento era de 2.909 kg/ha.

O Imea estima que a soja alcançará produtividade recorde neste ano, de 61,59 sacas (quase 3,7 mil quilos) por hectare, com destaque para as regiões médio norte e sudeste do estado. Grande parte da produção agropecuária é exportada. A previsão do Imea é que 61,2% da soja seja destinada a outros países.

“Aqui temos boas condições: uma topografia bem plana, que favorece o uso de maquinário de grande porte, chuvas regulares e ampla luminosidade, que facilita a fotossíntese das plantas”, diz o presidente do Sindicato Rural de Sinop e vice-presidente da Federação da Agropecuária do Mato Grosso (Famato), Ilson José Redivo.

Segundo o Imea, a produção de milho deve crescer quase 4% sobre a temporada anterior, atingindo 46,4 milhões de toneladas, num cenário de aumento da demanda e menor oferta do milho no mercado internacional, em decorrência da quebra de safra na Argentina e nos Estados Unidos, além da guerra na Ucrânia, que diminuiu a produção daquele país. O equivalente a 62,5% do milho colhido em Mato Grosso deve ser exportado.

Segundo números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no ano passado a receita total das exportações foi de US$ 32,5 bilhões, o que faz de Mato Grosso o quarto estado exportador do país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Vinte anos antes, em 2002, era o 10° exportador.

Mais informações:
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/mato-grosso-estado-mais-cresce-pais-triplo-media-nacional/

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

set20337

IDR-Paraná capacita técnicos para intensificar uso de aplicativos climáticos no campo

Três aplicativos criados pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater com foco no clima foram apresentados nesta quarta-feira (10), durante o evento Ferramentas Digitais do IDR-Paraná para o Agronegócio. Voltado para os técnicos do instituto, o encontro teve o objetivo de orientá-los sobre o uso correto de cada app para que eles repliquem as informações aos agricultores.

Os aplicativos são gratuitos e estão disponíveis tanto para Android quanto para iOS. As ferramentas têm a intuito de colaborar para que o agricultor possa se proteger das adversidades climáticas, cada vez mais frequentes. Mais de 30 técnicos participaram do evento que aconteceu durante a 49° Expoingá

O coordenador estadual de Agrometeorolgia do IDR-Paraná, Pablo Nitsche, apresentou os aplicativos ClimAtlas, IDR-Clima e Estiagem Paraná. De acordo com ele, o primeiro lançado foi o IDR-Clima, ativo desde 2019, que já teve mais de 10 mil downloads e, atualmente, conta com mais de 2 mil usuários ativos.

“Organizamos este evento de orientação para que os técnicos possam levar estas ferramentas para mais agricultores. Elas auxiliam no planejamento agrícola e facilitam o trabalho no campo, ainda mais com tantas adversidades climáticas que ocorreram nos últimos anos, como geadas, estiagem ou excesso de chuva em épocas não convencionais”, explicou.

O diretor de Extensão Rural do Instituto, Diniz Dias Doliveira, reforçou a necessidade de fazer estes aplicativos se tornarem parte do dia a dia do agricultor. “Estas ferramentas atendem uma tendência mundial que exige alternativas digitais, e no campo não é diferente. Estes aplicativos foram desenvolvidos dentro da nossa estrutura por uma equipe de profissionais capacitados. Agora, o desafio é fazer chegarem até quem realmente precisa, que é o agricultor”, afirmou.

Aplicativos

O app IDR-Clima presenta em tempo real as condições meteorológicas nas regiões produtoras. As informações são obtidas em mais de 60 estações meteorológicas distribuídas pelo Estado, e abrangem temperatura (mínima, média e máxima), chuva, velocidade do vento, radiação solar e umidade relativa do ar.

Uma das funcionalidades mais importantes do IDR-Clima é o acesso ao radar meteorológico do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), que permite visualizar instabilidades atmosféricas de 15 em 15 minutos. “O usuário tem ainda informações do monitoramento das condições de umidade do solo”, explicou Nitsche.

O ClimAtlas é um boletim técnico digital que apresenta uma compilação de dados obtidos em 40 anos de operação das estações meteorológicas do IDR-Paraná e do Simepar. São 188 mapas com informações sobre o comportamento histórico de chuvas, temperatura máxima e mínima, radiação, insolação, vento e evapotranspiração.

Já o aplicativo Estiagem Paraná faz a quantificação do risco de veranicos ao longo do ano para 253 municípios do Estado em intervalos de dez dias. O Paraná viveu recentemente a pior crise hídrica de sua história, inclusive com rodízio de abastecimento.

Fonte: AEN Foto: Albari Rosa

set203468

Qualidade da safra de arroz preocupa produtores

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de arroz no Brasil segue avançando em um bom ritmo. Até o momento, 94,5% da colheita já foi realizada em todo o país, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde a colheita atingiu 99% das áreas produtoras.

No entanto, a qualidade do grão tem variado bastante em todo o país. Isso se deve, em grande parte, às altas temperaturas diurnas e à amplitude térmica durante o período de enchimento do grão e maturação, além da deficiência hídrica provocada pela estiagem durante as principais fases de desenvolvimento da cultura. Esses fatores têm gerado diferenças significativas na qualidade do grão inteiro.

Em Santa Catarina e Goiás, a colheita já foi finalizada, enquanto no Maranhão a colheita de arroz sequeiro foi iniciada em praticamente todas as regiões. Em Mato Grosso, a colheita já atingiu 86,7% e o clima favorável tem contribuído para a maturação, resultando em uma boa produtividade.

Os produtores de arroz estão atentos aos desafios enfrentados durante a safra, como as condições climáticas adversas, e adotando técnicas para minimizar os impactos na qualidade do grão. A expectativa é de que a produção de arroz continue avançando de forma satisfatória, garantindo o abastecimento interno e a exportação do produto para outros países.

De acordo com dados atualizados divulgados pela Conab, o avanço da colheita de arroz no Brasil continua em um bom ritmo. Na semana do dia 6 de maio, a safra atingiu 94,5% de colheita em seis estados produtores.

No Tocantins, a colheita já alcançou 99% das áreas produtoras, enquanto no Maranhão, ela está em 46%. Em Mato Grosso, a colheita já atingiu 86,7% e a expectativa é de uma boa produtividade devido às condições climáticas favoráveis.

Em Goiás e Santa Catarina, a colheita foi finalizada e a produção se mostrou satisfatória. Já no Rio Grande do Sul, estado que lidera a produção de arroz no país, a colheita atingiu 99% das áreas produtoras, segundo a Conab.

Informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Fonte: AGROLINK/Seane Lennon Foto: Divulgação

set20351

Portos do Paraná registram alta de 7% na movimentação geral de carga em abril

Os portos de Paranaguá e Antonina exportaram e importaram, em abril, 4.952.059 toneladas de cargas. O volume é 7% maior que as 4.614.088 toneladas movimentadas nos mesmos 30 dias de 2022. No quadrimestre, o total acumulado passa das 19 milhões de toneladas, 2% a mais que as 18,7 milhões registradas de janeiro a abril no ano passado.

Tanto no último mês quanto nos quatro primeiros meses do ano, as exportações superam as importações em volume e em percentual.

Mais de 62% de tudo o que os portos do Paraná movimentam são de embarques, cargas que saem do Estado para todos os continentes.
“Os cinco principais destinos das cargas que saíram pelos portos paranaenses, nesse período, foram China, Japão, Coreia do Sul, Holanda e Índia”, diz o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira. Ele ainda destaca que os produtos mais exportados, no ano, foram os do complexo soja (grão, óleo e farelo), açúcar e frango. “Este último, em contêineres. Os demais, todos a granel”.
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Detalhes

Em abril, as exportações somaram 3.175.309 toneladas, volume 10% maior que em abril do ano passado, com 2.892.813 toneladas.

“Somente de soja em grão, em abril embarcamos quase 100% a mais comparado a abril de 2022. Esse dado confirma a mudança no comportamento da nova safra que, neste ano, está chegando mais tarde”, afirma Vieira.

No quadrimestre, um total de 11.952.978 toneladas saíram sentido exportação. Na comparação às 10.972.696 toneladas acumuladas de janeiro a abril no ano passado, o aumento obtido neste ano é de 9%.

“Nas importações, registramos alta de 6% no mês, mas queda de 11% no acumulado do quadrimestre”, destaca Vieira. “Diferente do que observamos nos três primeiros meses, em abril o desembarque de fertilizantes, principais produtos que chegam por aqui, voltou a subir”.

No último mês de abril, 1.916.365 toneladas de cargas entraram pelos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2022, nos mesmos 30 dias, os desembarques somaram 1.807.648 toneladas.

De janeiro a abril, neste ano, as importações somaram 5.331.293 toneladas. No ano passado, foram descarregadas 5.999.414 toneladas de produtos.

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Produtividade

Segundo Gabriel Vieira, o aumento de 2% no volume total movimentado no primeiro quadrimestre pode parecer pouco, mas não é. “Considerando que, neste ano, no acumulado de janeiro a abril, tivemos 5,5 dias a mais de chuva, o aumento registrado é muito positivo e confirma os nossos esforços em sermos mais produtivos e eficientes em nossos tempos operacionais”, garante Vieira.

Fonte: Portos do Paraná Foto: Claudio Neves/AEN

set203690

CEPEA/ABIOVE: Cadeia da soja e do biodiesel representou 27% do PIB do agronegócio e gerou 2 milhões de empregos em 2022

O PIB da cadeia produtiva da soja e do biodiesel foi de R$ 673,7 bilhões em 2022, representando por cerca de 27% de todo o PIB do agronegócio nacional. Há 12 anos, esta participação era de apenas 9%. De 2010 a 2022, o PIB da cadeia expandiu 58%; no mesmo período, o agronegócio cresceu 8% e a economia, 12%. Isso indica um aumento consistente da disponibilização de produtos ao consumidor final pela soja e o biodiesel.

Os dados fazem parte do mais recente estudo elaborado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, voltado à geração de informações contínuas de PIB, emprego e balança comercial para a cadeia da soja e do biodiesel.

O critério metodológico adotado é o do Cepea, no qual a cadeia produtiva é estruturada por segmentos que envolvem a própria agropecuária, os insumos, o processamento (agroindústria) e os agrosserviços executados, incluindo comércio, transporte e outros serviços necessários para a movimentação de produtos para atender tanto o consumidor final no Brasil quanto para exportação.

Geração de empregos

Em 2022, a cadeia da soja e do biodiesel gerou 2,05 milhões de ocupações, 80% a mais do que em 2012 (início da série). Com isso, sua participação como geradora de empregos no agronegócio cresceu de 5,8% para 10,8%. Vale destacar que a maior parte da população ocupada (PO) na cadeia está nos agrosserviços, com 1,35 milhão de empregos (+70,5% frente a 2012).

Com relação ao rendimento médio do trabalho, o valor foi de R$ 2.912/mês (29% acima dos R$ 2.257 no agronegócio). Na produção de soja, chegou a R$ 3.417 (115% acima do recebido na agricultura, R$ 1.591). Nas agroindústrias, a remuneração foi de R$ 2.359, com valores mais altos registrados no esmagamento e refino (R$ 2.818) e no biodiesel (R$ 3.192). No mesmo ano, o ganho médio da agroindústria agrícola brasileira foi de R$ 2.277.

Comércio Exterior

A tendência da última década para o complexo soja é de crescimento das vendas externas. Embora com oscilações, a receita atingiu novo recorde em 2022 (US$ 61,3 bilhões), representando 38% das exportações do agronegócio.

Os embarques são destinados majoritariamente para a China, que absorve, desde 2013, mais da metade do valor exportado (52,61% em 2022). Porém, desde 2019, o país tem reduzido sua participação, devido às importações crescentes do Sudeste Asiático, da África e do Oriente Médio. Outros grupos de países que se destacaram como destinos em 2022 foram União Europeia (14,51%); Sudeste Asiático (10,09%); Oriente Médio (7,49%); Leste Asiático (3,58%); África (1,76%) e América do Norte (0,75%). Os demais participaram com 9,21%.
Apesar do grande destaque em exportação e saldo comercial, volume significativo fica no mercado doméstico. Em 2022, a relação exportação/produção foi: 61% para a soja em grão; 53% para o farelo de soja; e 26% para o óleo de soja.

Fonte: Cepea/Esalq Foto: Divulgação

set20308

Conab: Colheita do milho verão chega à 67,5%, enquanto 28% da safrinha estão enchendo grãos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou seu acompanhamento semanal das lavouras brasileiras e atualizou o estágio de desenvolvimento das lavouras de milho de primeira e de segunda safra no Brasil.

Olhando para a safra de verão, os técnicos da Conab apontam que 67,5% do total já foi colhido, com destaque para São Paulo (100%), Paraná (90%), Minas Gerais (87%), Rio Grande do Sul (86%), Santa Catarina (78%), Bahia (65%), Goiás (34%), Maranhão (15%) e Piauí (8%). No mesmo período da safra passada, a colheita da primeira safra estava em 76%.

Além das 67,5% de lavouras colhidas, a Conab aponta que 27,3% estão em maturação, 4,5% em enchimento de grãos e 0,7% em floração.
Já para a segunda safra brasileira, a companhia indica que 100% da área prevista já está semeada.

Até o momento, as lavouras de milho se dividem com 28,6% já em enchimento de grãos, 45,8% em floração, 24,8% em desenvolvimento vegetativo e 0,8% na fase de emergência.

Fonte: Notícias AgrícolasGuilherme Dorigatti Foto: Divulgação

set203191

Produtores se beneficiam de cultivares desenvolvidas para cada região do Brasil

O fato de o Brasil ser um país continental com mais de 8,5 milhões de km², seis tipos de climas e uma vasta diversidade de solos e relevos, torna-se natural a regionalização de cultivares para o agronegócio, pois cada região apresenta características distintas que devem ser avaliadas no momento de decisão de compra das sementes de soja.

Para Fernando Arnuti, consultor de desenvolvimento de produtos da TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, o agricultor precisa planejar sua lavoura considerando os aspectos de ciclo (grupo de maturação), época e densidade de semeadura, altitude e fertilidade do solo, além da resistência a insetos-pragas e doenças a fim de alcançar o alto teto produtivo. “No momento de decidir pela compra de uma cultivar de soja, o agricultor precisa estar atento às especificidades da sua região para adquirir o produto que melhor se adequa a essas condições”, diz.

Segundo ele, a TMG vem aprimorando constantemente seus estudos em melhoramento genético. Atualmente, a empresa comanda bases de pesquisa no município de Passo Fundo (RS) e Cambé (PR) para as macrorregiões sojicolas M1 e M2, respectivamente. Além disso, realiza diversos ensaios de pesquisa em diferentes microambientes para validação das linhagens. “Nosso intuito é estar cada vez mais próximo do agricultor, monitorando os desafios de cada região e mantendo o nosso portfólio atualizado, visando atender as demandas específicas de cada região”, comenta Arnuti.

Os frutos dessa regionalização já podem ser observados nas lavouras do Sul do Brasil, como, por exemplo, a TMG2757IPRO, que foi desenvolvida em Passo Fundo e apresenta precocidade (G.M.5,7), porte controlado, resistência ao acamamento e a podridão radicular de fitóftora. “Embora os estados do Sul do país apresentem algumas características em comum na agricultura, o produto final oferecido no Rio Grande do Sul não é o mesmo direcionado para a região do Paraná (M2), justamente pelas variações de clima, solo e ciclo”, explica.

Semeadura da soja nas épocas apropriadas

Arnuti, que atua na macrorregião sojicola 1 (M1), explica que no caso da cultura da soja, as cultivares desenvolvidas na macrorregião sojicola 2 (M2) precisam de uma maior atenção em relação à época e densidade de semeadura quando são cultivadas na M1. “O acamamento é uma das condições mais comuns quando o agricultor semeia uma cultivar de soja sem considerar esses aspectos. Vale lembrar que equívocos nesse processo podem aumentar a necessidade de aplicação de inseticidas e fungicidas, tornando a lavoura menos rentável. Respeitando o posicionamento correto, o agricultor terá cultivares com porte controlado, resistente ao acamamento e com alto teto produtivo”, aponta.

No caso da TMG2757IPRO, que é uma cultivar de ciclo precoce (125 dias) e foi desenvolvida na M1, o cenário é diferente. Para essa cultivar é recomendado que o agricultor realize a semeadura na abertura da safra e com maior densidade de plantas. Segundo Arnuti, os maiores potenciais produtivos dessa cultivar foram obtidos nesse posicionamento. “Nós temos o objetivo de elevar o potencial produtivo das cultivares da TMG, por isso, nosso time comercial, além dos nossos licenciados, sempre orientam o agricultor quanto ao posicionamento ideal para cada cultivar da companhia”, explica.

Pesquisa & Desenvolvimento (P&D)

Com o recente anúncio de investimento de R$ 2 bilhões em P&D nos próximos dez anos, a TMG vem aprimorando constantemente seus estudos em melhoramento genético. Atualmente, a empresa comanda 14 bases de pesquisa espalhadas por todo o Brasil (RS: Passo Fundo e Palmeiras das Missões – PR: Cambé, Marilândia, Campo Mourão — MS: Dourados – MT: Sapezal, Roo-BVP, Sorriso, Campo Verde, Primavera do Leste — GO: Rio Verde, Chapadão do Céu — BA: Luís Eduardo Magalhães) e faz testes em mais de cem microambientes diferentes para validação de linhagens de soja.

A TMG conta com um laboratório de biotecnologia capaz de fazer mais de 25 mil análises genéticas por dia e cerca de 40 milhões por ano, complementando o trabalho realizado pelos especialistas em melhoramento genético nas casas de vegetação e bases de pesquisa. Em 2021, o laboratório recebeu um aporte de R$ 15 milhões para elevar a capacidade e ampliar o leque de possibilidades genéticas a serem analisadas.

Sobre a TMG

A TMG (Tropical Melhoramento e Genética S/A) é uma empresa independente de melhoramento de soja, algodão e milho com base no Brasil, com instalações de última geração que permitem o desenvolvimento rápido de novas cultivares, adaptadas a diferentes locais do mundo. A TMG está focada em desenvolver soluções genéticas para entregar produtividade e rentabilidade aos agricultores, que contribuam para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. No algodão, a empresa desenvolve há 17 anos um programa de melhoramento genético focado nas necessidades dos cotonicultores e foi pioneira ao lançar cultivares com tolerância à ramulária, principal doença do algodoeiro. Essas inovações levam um número maior de benefícios ao campo e ajudam a reduzir os custos de produção.

Fonte: Assessoria de Imprensa TMG Foto: Divulgação

set203227

Previsão de inflação do mercado financeiro cai para 6,02% em 2023

Após o Banco Central optar por manter os juros básicos da economia em 13,75%, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 6,05% para 6,02% este ano. A estimativa consta do Boletim Focus desta segunda-feira (8), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,16%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4% para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior, 4,75%. Segundo o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em março, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda. Ainda assim, puxado pelo aumento dos preços dos combustíveis, o IPCA ficou em 0,71%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de fevereiro: 0,84%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

Para abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – que mede a prévia da inflação oficial – ficou em 0,57% deste ano. A taxa é inferior na comparação com as de março de 2023 (0,69%) e de abril de 2022 (1,73%). O IPCA de abril será divulgado pelo IBGE na próxima sexta-feira (12).

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Na semana passada, mesmo com as pressões do governo federal pela redução da Selic, o Copom manteve a taxa em 13,75% pela sexta vez seguida. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia.
A decisão de manutenção da Selic era esperada pelo mercado financeiro, com a previsão que ela se mantenha nesse patamar até, pelo menos, a reunião do Copom de agosto. De acordo com a pesquisa do Boletim Focus de hoje, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Para o fim de 2024, a estimativa do mercado é que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano, para os dois anos.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se mantém em 1%, mesma da semana passada.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,4%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8%, para ambos os anos.

A estimativa para a cotação do dólar está em R$ 5,20 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,25.

Fonte: NTC&Logística Foto: Divulgação