set208067

Anec reduz estimativas de embarques de soja, milho e farelo em junho

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) fez novo ajuste em sua estimativa de exportação brasileira de soja em junho, de 12,7 milhões a 14,7 milhões de toneladas previstas na semana passada para uma faixa de 13,5 milhões a 14,3 milhões de toneladas. “O line-up para a soja prevê 14,3 milhões de toneladas. Contudo, é importante observar que a Anec considera a possibilidade de menor embarque de cargas, levando a um número entre 13,5 milhões e 14,3 milhões de toneladas”, explicou a entidade em nota.

Para o farelo de soja, a associação reduziu sua estimativa de exportações neste mês para 2,372 milhões de toneladas, ante 2,4 milhões de toneladas projetadas na semana passada. Com relação ao milho, a entidade revisou sua previsão para 1,4 milhão de toneladas, abaixo do volume de 1,5 milhão de toneladas esperado há uma semana. No que se refere ao trigo, a Anec manteve sua estimativa de embarques em 58 mil toneladas.

Na semana de 11 a 17 de junho, saíram pelos portos brasileiros 2,699 milhões de toneladas de soja, 326.808 toneladas de farelo de soja, 74.009 toneladas de milho e 33.000 toneladas de trigo. Para a semana de 18 a 24 de junho, a Anec projeta embarques de 3,159 milhões de toneladas de soja, 659.812 toneladas de farelo de soja, 519.177 toneladas de milho e 25.000 toneladas de trigo.

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Divulgação

set208148

Colheita da soja 2022/23 está concluída, diz Conab

A colheita da safra brasileira de soja 2022/23 atingiu toda a área plantada estimada no país até o último sábado (17), avanço de 0,1 ponto porcentual na comparação com os 99,9% reportados na semana anterior.

Os dados são de levantamento semanal de progresso de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A entidade estima que o país deve produzir 155,7 milhões de toneladas do grão. A área plantada foi indicada em 44 milhões de hectares e a produtividade média está projetada em 3.537 kg/ha (58,9 sacas).

Milho primeira e segunda safras

Quanto ao milho, 87,1% da área plantada da primeira safra 2022/23 (verão) foi colhida, avanço semanal de 2,1 pontos porcentuais. Há atraso na comparação anual ante os 90,8% colhidos em igual período da temporada 2021/22.

Assim, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina já concluíram a colheita do grão, enquanto o Piauí está atrás nos trabalhos de campo, com 50% da área colhida.

Em relação à segunda safra de milho 2022/23, chamada de safrinha, a Conab informou que a colheita atingiu 5,3% no país na última semana, avanço de 3,6 pontos porcentuais ante o registrado até 10 de junho.

Há atraso ante a temporada anterior, quando 11,1% das lavouras estavam colhidas. O estado de Mato Grosso é o mais adiantado, com 10,9% dos trabalhos.

O plantio de trigo da safra 2023 avançou 13,1 pontos porcentuais na semana, alcançando 60% da área estimada no país. A semeadura do cereal está acima do nível registrado em igual período da safra anterior, quando 55,4% da safra havia sido plantada.
Goiás, Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Mato Grosso já concluíram o plantio. Em Santa Catarina o cultivo está atrasado, com registro de semeadura de apenas 7% da área.

Quanto à safra 2022/23 do arroz, toda a área plantada já foi colhida, avanço de 0,2 ponto porcentual ante a semana anterior. Em igual período da temporada passada a colheita também já havia se encerrado. A Conab informou também que o país concluiu a colheita da primeira safra de feijão 2022/23.

Já a colheita de algodão 2022/23 avançou 2,2 pontos porcentuais na semana, alcançando 3,1% da área total no último sábado – abaixo do 4,2% registrado em igual período da temporada anterior.
A retirada da fibra do campo começou pelos estados de Minas Gerais (8%), Mato Grosso do Sul (5%), Bahia (5%) e Mato Grosso (2,6%).

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Canal Rural

set207852

Feijão: perspectivas positivas, mas com desafios pontuais

Em uma nova atualização sobre o andamento da safra de feijão, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apresenta um panorama variado para o Brasil. Com chuvas recorrentes em alguns estados, enquanto outros enfrentam restrições hídricas e doenças nas plantações, os resultados estão a caminho de um balanço satisfatório, embora existam desafios.

No Paraná, as lavouras tardias têm se beneficiado de chuvas recentes que estão fornecendo umidade para o enchimento dos grãos, um estágio crítico no desenvolvimento da safra.

Em Minas Gerais, o progresso tem sido notavelmente positivo. A área colhida até agora alcançou 76%, com um rendimento satisfatório relatado. O tamanho e o peso dos grãos estão apresentando bons resultados, um indicativo promissor para a qualidade final da safra. Entretanto, algumas lavouras tardias na região têm enfrentado desafios, com restrição hídrica e incidência de antracnose, uma doença de plantas que pode afetar a produtividade. Apesar dessas adversidades, as chuvas esparsas ocorridas não afetaram a colheita nem a qualidade do produto final.

No Rio Grande do Sul, a situação é mais complexa. As chuvas intensas na região inviabilizaram o término da colheita, apresentando perdas pontuais na qualidade dos grãos devido ao excesso de umidade na pré-colheita.

Em Santa Catarina, apesar da ocorrência de chuvas, a colheita avançou significativamente. É um sinal positivo para os agricultores do estado, que estão conseguindo avançar com o trabalho apesar das condições climáticas desafiadoras.

Ainda é cedo para ter uma visão definitiva do resultado da safra de feijão este ano. Os produtores continuam trabalhando arduamente para colher o máximo possível e manter a qualidade dos grãos. Com um pouco de sorte e clima favorável, há esperança de que a safra deste ano seja positiva.

Fonte: Agrolink com informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) Foto: Divulgação

set20746

Argentina almeja 16,2 milhões de toneladas de trigo em 2023/24

As primeiras estimativas para a safra argentina de trigo 2023/24 falam de uma produção de 16,2 milhões de toneladas (GEA – BCR). A recuperação entre safras é de 40%, mas representa a segunda menor produção em 8 anos.

As chuvas da segunda quinzena de maio impediram a semeadura da nova campanha de trigo, e o que inicialmente parecia ser uma queda abrupta de área entre as campanhas, agora se projeta uma queda próxima a 5%. Assim, com projeção de plantio de 5,6 milhões de hectares e expectativa de recuperação da produtividade, a estimativa de produção situar-se-ia em 16,2 milhões de toneladas.

– As exportações podem chegar a 9,5 milhões de toneladas na safra 2023/24, 120% acima da campanha atual.

– Internacional: O WASDE acrescentou mais 10 milhões de toneladas ao balanço global e os estoques cresceriam pela primeira vez em quatro anos.

A colheita do trigo de inverno começa timidamente a crescer em vários países do hemisfério norte, e em outros espera-se que a debulha se generalize a curto prazo. As perspectivas de produção são muito boas em vários dos principais players do mundo.

No Canadá, a safra estará muito próxima de bater o recorde histórico do país. A União Européia, com tendências díspares dentro do território, se prepara para realizar sua maior safra de trigo em 8 anos. A Rússia não poderia a priori manter sua monstruosa produção de 92 milhões de toneladas em 2022/23, mas poderá ter sua terceira maior safra de trigo da história, somada ao fato de que terá uma grande passagem de estoques que resultará em um saldo exportável ainda maior do que a campanha anterior. A China, principal produtor e importador mundial, ainda que se especule que as chuvas abundantes nas regiões produtoras do sul possam ter prejudicado a qualidade do grão em uma área considerável, também almeja fechar a maior produção de sua história.

Do lado da oferta, pelo menos no curto prazo, o mercado enxerga um mundo com boa disponibilidade do grão, o que inclusive minimiza a importância das vicissitudes do corredor de exportação do Mar Negro, e a possibilidade levantada pelo presidente da Rússia de não renovar o acordo após 17 de julho. A Ucrânia, mesmo supondo que esses portos continuarão funcionando, deverá representar apenas 5% do comércio mundial de trigo nesta temporada, menos da metade da fatia que representava antes do conflito.

No último relatório WASDE do Departamento de Agricultura dos EUA, 10 milhões de toneladas adicionais foram adicionadas ao balanço global, revisando para cima suas estimativas de produção para Rússia, Ucrânia, Índia e UE. O mundo se prepara para ultrapassar, pela primeira vez na história, 800 milhões de toneladas de produção. Isto altera, naturalmente, o balanço do cereal a nível mundial: o crescimento da produção acima das necessidades de consumo, permite prever uma recuperação dos stocks finais a nível mundial pela primeira vez em quatro anos.

Fonte: Mais Soja via Bolsa de Cereais de Rosário – Argentina Foto: Divulgação

set207598

Colheita da safra 2023 de café do Brasil chega a 33% da produção esperada

É o que indica o levantamento semanal de SAFRAS & Mercado, mostrando avanço de 7 pontos percentuais em relação à semana passada, quando os trabalhos estavam em 26%. A colheita está adiantada em relação a igual período do ano passado (28%) e um pouco abaixo da média de 5 anos para o período (35%).

Assim, já foram colhidas 22,28 milhões de sacas de 60 quilos de uma safra total estimada por SAFRAS & Mercado de 66,65 milhões de sacas para 2023/24.

Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos de colheita começam a ganhar mais ritmo, novamente favorecidos pelo clima seco e impulsionados pela presença dos produtores de arábica nas lavouras.

A colheita de arábica compreende 25% da safra, contra 21% em igual época do ano passado e 26% de média dos últimos 5 anos. Já os trabalhos com conilon chegam a 49% da safra, ficando acima dos 42% em igual época do ano passado, mas ainda abaixo dos52% de média dos últimos 5 anos.

Conforme Barabach, enquanto os trabalhos de colheita aceleraram, o beneficiamento anda lento e o produtor demora para levar o produto à praça de negociação. “O perfil da safra de arábica continua positivo, com resultado da produção trazendo uma boa surpresa aos produtores”, salientou Barabach.

Já no caso do conilon, o sinal é um resultado pior que o esperado. Os mapas climáticos indicam chuvas ao longo da semana em áreas de café do Brasil, o que deve atrapalhar os trabalhos de colheita e secagem do café. O tempo seco deve voltar a prevalecer na semana que inicia em 22 de junho.

Fonte: Portal Agronegócio Foto: Divulgação

set207691

Exportações do agronegócio atingem novo recorde no mês de maio e no acumulado do ano

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 16,78 bilhões em maio: 11,2% superiores ao mesmo mês em 2022. Nunca as exportações ultrapassaram US$ 16 bilhões em um único mês, considerando-se toda a série histórica iniciada em 1997. Com o recorde, a participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras alcançou 50,8%.

Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), a excelente safra brasileira de grãos, superior a 315 milhões de toneladas, influenciou diretamente este resultado. O índice de quantum das exportações do agronegócio em maio cresceu 27,6%, e, mesmo diante da redução dos preços internacionais, possibilitou a geração de um novo recorde nas exportações do agronegócio.

Soja

As vendas de soja em grãos representaram outro recorde, com US$ 8,13 bilhões exportados. O volume, por sua vez, foi o segundo melhor de toda a série histórica, 15,60 milhões de toneladas embarcadas, somente superado pelo volume de abril de 2021 (16,11 milhões de toneladas). A China foi o principal destino (cerca de 60% do total).

As vendas externas de farelo de soja também registraram recorde, dessa vez de valor e volume exportados, US$ 1,43 bilhão (+32,0%) e 2,71 milhões de toneladas (+38,4%), respectivamente.

Carnes

As exportações de carne bovina recuaram para US$ 952 milhões (-11,8%), devido à redução do preço médio de exportação. Por outro lado, houve recorde em volume: 191 mil toneladas, influenciado pela demanda chinesa após os efeitos da suspensão temporária das vendas ao país. A China é a maior importadora da carne bovina do Brasil, com 61,3% do valor total exportado.

Apesar da redução em valor, US$ 854 milhões (-3,5%), as exportações de carne de frango foram recordes em quantidade: 423 mil toneladas. O aumento da quantidade exportada ocorreu mesmo após o registro dos primeiros casos de Influenza Aviária confirmados no Brasil. Nesse cenário, o Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoo-sanitária no país, e tem adotado medidas preventivas de forma a impedir a chegada do vírus às granjas comerciais
Açúcar

O setor sucroalcooleiro apresentou forte elevação de valor exportado, passando de US$ 665 milhões em maio de 2022 para US$ 1,21 bilhão em maio de 2023 (+81,2%). O açúcar é o principal produto exportado pelo setor, com valor recorde de US$ 1,14 bilhão exportados (+88,5%).

Acumulado do ano (janeiro a maio)

As exportações brasileiras do agronegócio, nos cinco primeiros meses deste ano, somaram US$ 67,3 bilhões, o que representa um crescimento de 5,8% na comparação com o mesmo período em 2022, quando as vendas foram de US$ 64 bilhões. O agronegócio representou quase metade das vendas externas totais do Brasil, com participação de 49,5%.

Entre os destaques que mais contribuíram para o desempenho favorável estão os recordes em soja em grão, farelo de soja, frango e carne suína em valor e quantidade; recorde de milho e açúcar em valor; celulose e óleo de soja, recordes em quantidade.

A soja em grão representou 81,2% do valor embarcado pelo setor complexo soja, alcançando o valor histórico de US$ 26,53 bilhões, com recorde também em volumes: 49 milhões de toneladas.

Em 2023, o Brasil deve se tornar o maior exportador de farelo de soja do mundo. O produto registrou recorde em valor (US$ 4,76 bilhões) e quantum (8,84 milhões de toneladas).

As vendas externas de milho ficaram em US$ 3,09 bilhões, valor recorde para a série histórica. Segundo a análise da SCRI, a atual safra de milho prevista pela Conab no montante recorde de 125,72 milhões de toneladas, ainda sob os efeitos somente da primeira safra do cereal, favorece o incremento nas vendas externas. Foram embarcadas 10,6 milhões de toneladas do grão.

As vendas de açúcar também registraram recorde em valor, alcançando US$ 3,85 bilhões. Foram comercializadas 8,4 milhões de toneladas do produto.

Já a celulose foi responsável por 8,17 milhões de toneladas, quantidade recorde para o período. O óleo de soja também teve recorde no quantum, com 1,19 milhão de toneladas.

A carne de frango representou recordes de US$ 4,21 bilhões e de 2,13 milhões de toneladas, e as exportações de carne suína foram de US$ 1,14 bilhão e 473 mil toneladas.

Fonte: MAPA Foto: Divulgação

set207773

PIB de 2023 sobe de 1,84% a 2,14%, projeta Boletim Focus

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (19) voltou a mostrar um salto na projeção de crescimento econômico para este ano, ainda repercutindo a força surpreendente demonstrada no dado do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre (1,9%).

A mediana das projeções para a alta do Produto Interno Bruto em 2023 subiu de 1,84% para 2,14%, contra 1,20% há um mês. Considerando apenas as 71 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,11% para 2,19%.

Já para 2024, o Focus mostrou redução da estimativa de crescimento do PIB de 1,27% para 1,20%, contra 1,30% de um mês atrás. Considerando apenas as 69 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 cedeu de 1,20% para 1,19%.
Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,80% ante 1,70% quatro semanas antes. O boletim ainda trouxe a estimativa para 2026, que, por sua vez, subiu de 1,95% para 1,99%, contra 1,80% há um mês.

No fim de maio, o Ministério da Fazenda aumentou sua projeção oficial para o PIB deste ano, de 1,61% para 1,91%. Na semana passada, o secretário de Política Econômica (SPE) da Fazenda, Guilherme Mello, disse ao Estadão/Broadcast que o resultado pode ficar mais perto de 2,5%. No Banco Central, a estimativa atual é de 1,2%, que poderá ser atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) deste mês.

Déficit primário

O Boletim Focus mostrou cenário marginalmente mais favorável para as contas públicas este ano na edição publicada nesta segunda. A projeção para o déficit primário em relação ao PIB em 2023 diminuiu de 1,05% para 1,01%.

Quatro semanas antes, a expectativa era um pouco menor, de 1%. No fim de maio, o governo alterou a expectativa deficitária para este ano de R$ 107,6 bilhões para R$ 136,2 bilhões, ou 1,3% do PIB. Para o déficit nominal em 2023, a mediana também mudou, de 7,85% para 7,77% do PIB, contra 7,80% há um mês.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2023, por sua vez, se manteve em 60,60%, contra 61% há um mês.
2024

No ano que vem, a estimativa para a dívida líquida caiu levemente, de 64,40% para 64,20%. Há quatro semanas, a expectativa era de 64,70% do PIB. Já o déficit primário esperado para 2024 subiu de 0,70% para 0,80% do PIB, se distanciando da meta prevista pelo governo de resultado neutro (0% do PIB). O déficit nominal projetado na Focus permaneceu em 7,00% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,70% e 7,00% do PIB, nessa ordem.

Déficit em c/c

Os economistas do mercado financeiro alteraram a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023 no Boletim Focus desta semana.

A projeção deficitária passou de US$ 47,50 bilhões para US$ 45,29 bilhões ante US$ 47,06 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa de déficit variou de US$ 53,00 bilhões para US$ 51,02 bilhões, de US$ 53,05 bilhões há quatro semanas.
Em relação ao superávit da balança comercial em 2023, a projeção avançou de US$ 59,20 bilhões para US$ 61,15 bilhões, contra US$ 60,00 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana superavitária subiu de US$ 55,30 bilhões para US$ 57,80 bilhões, de US$ 54,60 bilhões há quatro semanas.

Os analistas consultados semanalmente pelo BC avaliam que o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano.
Mas a mediana das previsões para o IDP em 2023 cedeu de US$ 80,00 bilhões para US$ 79,00 bilhões após 25 semanas de estabilidade. Para 2024, a estimativa foi mantida em US$ 80,00 bilhões pela 20ª vez.

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Divulgação

set207073

Próximo a atingir um novo recorde, produção de grãos está estimada em 315,8 milhões de toneladas

Os produtores brasileiros deverão colher 315,8 milhões de toneladas na safra de grãos 2022/2023. A nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta terça-feira (13), aponta para novo recorde de produção podendo registrar um crescimento de 15,8%, o que representa um volume 43,2 milhões de toneladas superior ao estimado no ciclo anterior, como revela o 9º Levantamento da Safra de Grãos. De acordo com o documento, a área destinada para o plantio apresenta um crescimento de 4,8% em relação ao ciclo 2021/22, sendo estimada em 78,1 milhões de hectares.

“Esta estimativa marca um recorde na produção de grãos no nosso país, reafirmando o campo agrícola como um setor fundamental para o desenvolvimento brasileiro”, destaca o presidente da Conab, Edegar Pretto. “Vamos manter e aprimorar o trabalho de inteligência da Conab, focado na agricultura brasileira”, completou.

A soja se destaca com o maior crescimento neste ciclo. Com a colheita praticamente finalizada, chegando a 99,9% da área semeada, a estimativa é de um volume de 155,7 milhões de toneladas. O resultado supera em 24% a produção da temporada passada, ou seja, cerca de 30,2 milhões de toneladas colhidas a mais. Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para a safra da oleaginosa, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas. Bahia também é um destaque com a maior produtividade do país com 4.020 kg/ha. “Nos dois casos, o resultado é reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis neste ciclo”, ressalta o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos.

Para o milho, a projeção também é de um novo recorde com produção estimada em 125,7 milhões de toneladas, somando-se as 3 safras do cereal ao longo do ciclo, é 11,1% acima do volume produzido em 2021/22, o que representa 12,6 milhões de toneladas. Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas. “As condições climáticas têm sido favoráveis para o desenvolvimento da cultura até o momento”, pondera Vasconcellos.

Outra importante cultura de 2ª safra, o algodão tem uma colheita estimada de 2,98 milhões de toneladas apenas da pluma. As lavouras apresentam um bom desenvolvimento, e predominam os estádios de formação de maçãs e maturação, com a colheita já iniciada em áreas da Bahia e Mato Grosso do Sul. Para o arroz, a expectativa é que sejam colhidas cerca de 10 milhões de toneladas na safra 2022/23. Já para o feijão, é esperada uma produção em torno de 3 milhões de toneladas, somando-se as três safras da leguminosa.

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. A área semeada do cereal já atinge 46,9% no país, o que representa um crescimento de 9,7% na área plantada, com a cultura podendo alcançar 3,4 milhões de hectares, o que resulta em uma produção de 9,8 milhões de toneladas.

Mercado

Neste 9º levantamento, a Conab manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra 2022/23 para os principais produtos analisados. Com isso, ainda se espera um volume recorde para as vendas internacionais de milho e soja no país. Os bons volumes projetados de produção para milho e soja no Brasil permitem embarques em torno de 95,6 milhões de toneladas para a oleaginosa e 48 milhões de toneladas para o cereal. “No entanto, ainda é preciso estar atento a alguns importantes fatores externos como a safra norte-americana, que ainda pode ser impactada por questões climáticas, bem como a demanda do mercado chinês, a possibilidade de uma recessão mundial, entre outros fatores que afetam os preços e a demanda dos produtos”, analisa o gerente de Estudos Econômicos, Estatísticos e Política Agrícola da Companhia, Allan Silveira.

Para outras informações acesse os arquivos do 9º Levantamento – Safra 2022/23, publicado no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

set207147

PR: vazio sanitário da soja se estende até setembro

O vazio sanitário da soja no Paraná iniciou no sábado (10) e segue até 10 de setembro. No período de 90 dias fica proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja no campo. O objetivo é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e consequentemente reduzir a incidência e atrasar a ocorrência da doença na próxima safra.

Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Renato Rezende Young Blood, é importante que todos os agricultores adotem esse cuidado em suas propriedades. “A prática do vazio sanitário da soja beneficia o agricultor, que terá essa doença cada vez mais tarde necessitando menos aplicações de fungicidas, além de auxiliar na manutenção da eficácia desses produtos para o controle da ferrugem”, disse.

Ele reforçou que a medida sanitária somente será efetiva com o monitoramento de todos os locais que possam conter plantas vivas de soja e a eliminação imediata caso alguma seja detectada. “Assim, além das lavouras em pousio, os cultivos de inverno, como trigo, aveia e cevada, também devem estar sob vigilância para o efetivo controle de qualquer planta de soja que possa aparecer”, reforçou. “As áreas em beiras de rodovias e estradas de acesso às propriedades devem ser inspecionadas e, se constatadas plantas voluntárias de soja, deve-se proceder a eliminação”.

A de 06/04/2023, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estabeleceu o período do vazio sanitário para a cultura da soja em nível nacional para o ano de 2023. A Adapar é a responsável pela fiscalização no território paranaense e tem a missão de responsabilizar e aplicar as penalidades previstas em legislação para os produtores que não fizerem a erradicação das plantas vivas de soja.

A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakospora pachyrhizi. Devido à severidade do ataque, disseminação, custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, é considerada a principal doença da soja.

Fonte: AEN Foto: Divulgação

set20722

Mercado de milho deve ter dia de negócios travados no Brasil

O mercado brasileiro de milho deve ter uma quarta-feira de negócios travados. Os agentes adotam postura de cautela, negociando apenas lotes pontuais. Os consumidores avaliam que, em breve, os volumes de oferta devem aumentar devido à safrinha e a falta de espaço nos armazéns. Ao longo dos próximos dias, fatores como os preços internacionais do cereal, cotação do câmbio e desenvolvimento climático no Brasil devem seguir no radar do mercado. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa. O dólar, por sua vez, tem queda frente ao real.

A terça-feira foi mais um dia de negócios travados no mercado doméstico de milho. Segundo a SAFRAS Consultoria, a postura foi de cautela, tanto dos consumidores como dos produtores. Os consumidores estão adquirindo lotes pontuais apenas, avaliando que em breve os volumes de oferta devem aumentar devido à safrinha.

A evolução do clima, a movimentação cambial e dos futuros do milho (CBOT e B3) e a paridade de exportação são pontos de atenção nesta semana. Modelo do INPE aponta risco de geada para a próxima madrugada no Sul do Rio Grande do Sul apenas. Para as madrugadas dos dias 15 e 16 não há risco de geada para quase todo o Centro-sul do país. O WXMAPS prevê boas chuvas para os estados do Sul, MS e parte de SP entre os dias 13 e 21 de junho, o que afasta risco de geadas., disse o analista Fernando Henrique Iglesias.

Segundo ele, a evolução do clima, o movimento dos futuros, o dólar e a paridade de exportação são pontos de atenção. O Wxmaps continua prevendo chuvas para os estados do Sul, parte do MS e de SP até o início de junho. Há previsão de chegada de massa de ar frio no país, mas o modelo não aponta risco de geada para regiões de safrinha.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 63,00 (compra) a R$ 66,00 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 62,50/65,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 52,00/54,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 50,00/52,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 56,00/57,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 59,00/62,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 50,00/52,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 45,00/R$ 47,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 40,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

Chicago

* Os contratos de milho com entrega em julho de 2023 operam com baixa de 9,00 centavos, ou 1,46%, cotados a US$ 6,03 1/2 por bushel.

* O mercado devolveu os ganhos registrados na sessão de ontem, acompanhando o desempenho negativo do vizinho trigo. Nem mesmo a boa alta do petróleo e a queda do dólar frente a outras moedas são capazes de trazer suporte ao mercado. Por fim, as atenções estão voltadas para a definição da política monetária do Fed, que será divulgada hoje.

* Ontem (13), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 6,12 1/2 por bushel, baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,76%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro fechou a sessão a US$ 5,46 por bushel, avanço de 2,50 centavos de dólar, ou 0,45%.

Câmbio

* O dólar comercial registra recuo de 0,10%, a R$ 4,8560. O Dollar Index registra desvalorização de 0,38% a 102,95 pontos.

Indicadores financeiros

* As principais bolsas da Ásia operaram com preços mistos. Xangai, -0,14%. Tóquio, + 1,47%.

* As principais bolsas na Europa operam com preços firmes. Paris, + 0,71%. Frankfurt, + 0,44%. Londres, + 0,41%.

* O petróleo opera em alta. Julho do WTI em NY: US$ 70,17 o barril (+1,08%).

Fonte e Foto: Agência Safras