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CNA acredita que Mapa respeitará prazo para discussões sobre padrão de umidade da soja

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) defende, em audiências que foram realizadas entre o final de outubro e começo de novembro, a revisão do Regulamento Técnico da Soja.

O documento, cuja readequação está em debate há cerca de dois anos, visa definir os critérios de classificação da soja nos requisitos de identidade e qualidade, amostragem, modo de apresentação e marcação ou rotulagem do grão.

A mudança proposta é a redução do teor de umidade da oleaginosa de 14% para 13%. A Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) se manifestou contrária à alteração caso não sejam considerados mecanismos de compensação financeira ao produtor.

Isso porque a diminuição de 1% na umidade deixa a massa de soja 1,15% mais leve. Com isso, o sojicultor teria prejuízos na comercialização.

“O produtor que colhe e entrega a produção diretamente a uma trading, que será a responsável pela secagem, já sofreria o desconto na entrada do grão. É isso o que estamos querendo discutir com todos os elos, porque se a indústria e os armazéns vão se beneficiar por ter uma qualidade melhor no final do armazenamento e o frete ficará mais barato, o produtor precisa ter uma garantia de que não terá prejuízo”, ressalta o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli.

Segundo ele, o setor precisa de um prazo de seis meses para discutir o tema com a cadeia antes da publicação do Regulamento Técnico da Soja. “Não acredito que o Mapa oficializará o texto antes de permitir as devidas discussões”.

Procurado pela reportagem, o Mapa não se manifestou a respeito da possibilidade ou não de prorrogação do prazo. O espaço segue aberto.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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Em apenas 7 dias de novembro/23, Brasil já exportou 40% de todo o milho embarcado em novembro/22

O Brasil começou o mês de novembro embarcando 2.390.892 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representou 40,5% do que o total exportado em novembro de 2022 (5.889.630,8 toneladas).          

Com isso, a média diária de embarques nestes 7 primeiros dias úteis ficou em 341.556 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representou elevação de 16% com relação as 294.481,5 do décimo primeiro mês de 2022.       

Na visão da Analista de Grãos e Oleaginosas do Rabobank Brasil, Marcela Marini, o ritmo de embarques para exportação brasileira deve cair nesta reta final de 2023 refletindo as dificuldades logísticas enfrentadas pelo país.

Marini destaca a falta de chuvas que diminuiu o volume dos rios do Norte, o que obrigou a carga ser deslocada para os portos do Sul, aumentando ainda mais o fluxo destes terminais.  

Em termos financeiros, o Brasil já arrecadou um total de US$ 540,453 milhões no período, contra US$ 1,677 bilhão de todo novembro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com queda de 7,9% ficando com US$ 77,207 milhões por dia útil contra US$ 83,851 milhões no último mês de novembro.                        

Já o preço por tonelada obtido caiu 20,6% no período, saindo dos US$ 284,70 no ano passado para US$ 226,00 no mês.

Fonte: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti Foto: Divulgação

Terminais do Porto de Paranaguá fazem projeção para as exportações de granéis sólidos para 1º tri - Paranaguá, 20/01/2022

Exportações do Paraná aumentam 11,3% nos dez primeiros meses de 2023

As exportações do Paraná aumentaram 11,3% nos dez primeiros meses de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a outubro desse ano, o Estado movimentou US$ 21 bilhões em vendas para outros países, enquanto que em 2022 o montante exportado foi de US$ 18,9 bilhões. Só no último mês de outubro, as vendas externas somaram US$ 1,91 bilhão. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

A soja em grão segue como o principal produto exportado pelo Paraná e foi o que teve maior aumento nas vendas para fora. De janeiro a outubro, o produto alcançou a marca de US$ 4,9 bilhões exportados. Com esse resultado, a venda de soja em grão para o Exterior superou em 71,8% os US$ 2,9 bilhões do acumulado dos dez primeiros meses de 2022.

O segundo item cujas vendas mais cresceram nesse período foram os cereais, que abrange grãos em geral, mas preponderantemente milho. Houve variação positiva de 54,2%. A venda subiu de US$ 619,7 milhões para US$ 955,6 milhões entre os dez primeiros meses de 2022 e o mesmo período de 2023.

“O bom resultado das exportações de commodities agrícolas está diretamente relacionado à safra recorde de grãos colhida no Paraná na temporada de 2023”, destaca o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado.

Destinos

Dos destinos das exportações, quatro dos cinco maiores parceiros comerciais paranaenses tiveram aumento expressivo no volume de compras. A China continua o maior comprador do Paraná e também teve a maior variação. As exportações ao país asiático aumentaram 72,8% de janeiro a outubro, totalizando US$ 5,7 bilhões.

Outro gigante asiático cujas compras do Paraná aumentaram foi o Japão, com alta de 33,2%. As vendas para o país chegaram a US$ 595,3 milhões na variação dos dez primeiros meses de 2023. O Japão ocupa a quinta colocação nas exportações paranaenses.

Já as vendas para o México, quarto maior comprador do Paraná, subiram 28,3%, alcançando US$ 856 milhões nos dez primeiros meses deste ano. Para a Argentina, segundo maior comprador do Paraná, foram movimentados US$ 1,4 bilhão, representando aumento de 17% no período.

Importações

As importações paranaenses, por sua vez, caíram 21,2% nos dez primeiros meses de 2023, comparado ao mesmo período de 2022. Entre os produtos que mais pesaram nessa queda estão os adubos e fertilizantes (-46,3%), óleos e combustíveis (-36,5%) e produtos químicos (-40,3%).

Porém, a importação de veículos quase dobrou no comparativo com o ano passado. A compra de veículos de outros países teve aumento de 91,1%, movimentando US$ 568 milhões de compras.

Fonte: AEN Foto: Claúdio Neves/Portos do Paraná

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Inmet emite alerta para onda de calor nos próximos dias

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta, nesta quarta-feira (8), para a atuação de uma onda de calor no decorrer dos próximos dias. De acordo com o Instituto, a principal atuação do fenômeno se dará pelo interior do Brasil.

O aviso meteorológico especial de nível amarelo (perigo potencial) de onda de calor abrange áreas do Centro-Oeste e Sudeste do País e é válido até, pelo menos, a próxima sexta-feira (10).

Segundo o Inmet, o aviso de onda de calor de nível amarelo é emitido quando a previsão indica que as temperaturas (neste caso, especialmente as máximas) devem ficar 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos.

Ainda de acordo com a previsão, o forte calor deverá continuar, pelo menos, até meados da próxima semana, contudo, a área de abrangência do fenômeno deve sofrer alterações. O Inmet reforça que segue monitorando a situação.

A partir do sábado (11), se a situação persistir, o aviso de onda calor será atualizado e poderá se expandir ou até mesmo ter o seu nível de severidade alterado.

Em alguns municípios, principalmente dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, as temperaturas máximas devem superar os 42°C nos próximos dias.

De acordo com Instituto, a intensidade do aviso está relacionada com a persistência do fenômeno (número de dias consecutivos) e não aos desvios de temperatura absolutos em si.

Acompanhe a previsão do tempo e as atualizações dos avisos meteorológicos especiais no portal do Inmet.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária

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El Niño deve reforçar as condições de clima extremo: colheita e plantio em alerta máximo

As condições oceânicas e atmosféricas estão sob o efeito do fenômeno El Niño e deverão persistir ao longo dos próximos meses. Este padrão altera as condições climáticas em todo o globo, com efeitos distintos e, até certo ponto, conhecidos no padrão de chuvas e temperaturas.

Isso, altera as condições para o desenvolvimento das lavouras no mundo, bem como no Brasil.

Impactos no Brasil: A safra atual sofre com a pressão do fenômeno.

No nosso país, o cenário clássico do El Niño define um verão com chuvas mais abundantes na região sul, maior irregularidade no centro-oeste e chuvas abaixo da média histórica no norte e nordeste. No que diz respeito às temperaturas, o El Niño traz uma condição mais quente.

Este padrão está afetando as condições atuais das lavouras, a irregularidade das chuvas no centro-norte do Brasil, está comprometendo o estabelecimento inicial da soja, algodão e do milho primeira safra. Bem como as temperaturas acima da média, que aumenta a taxa de evaporação, resultando em um déficit hídrico ainda mais pronunciado.

Por outro lado, no Sul, as dificuldades vêm com o excesso de chuvas. Isso está atrapalhando o avanço da semeadura dos cultivos de verão como soja, milho, feijão e arroz, bem como aumentando a pressão de pragas e doenças no trigo que está maduro.

Em recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão vinculado à ONU, há uma grande preocupação em relação às temperaturas que poderão ser registradas no ano subsequente do início do El Niño, neste caso o ano de 2024. A preocupação é pertinente uma vez que, desde o mês junho o mundo vem registrando temperaturas médias acima do máximo já registrado na história recente.

“Os impactos do El Niño na temperatura global ocorrem normalmente no ano seguinte ao seu desenvolvimento, neste caso em 2024. Mas como resultado das temperaturas recordes da terra e da superfície do mar desde junho, o ano de 2023 está agora no caminho certo para ser o mais quente ano registrado. O próximo ano pode ser ainda mais quente. Isto deve-se clara e inequivocamente à contribuição das crescentes concentrações de gases com efeito de estufa que retêm o calor provenientes das actividades humanas”, afirmou o Secretário-Geral da OMM, Prof. Petteri Taalas.

“Eventos extremos como ondas de calor, secas, incêndios florestais, chuvas fortes e inundações serão intensificados em algumas regiões, com grandes impactos. É por isso que a OMM está comprometida com a iniciativa Alertas Prévios para Todos para salvar vidas e minimizar perdas econômicas”, disse o Prof.

O ano anterior mais quente já registrado foi 2016, devido a um “golpe duplo” de um El Niño excepcionalmente forte e das alterações climáticas.

Projeções Climáticas: Pico do El Niño entre dezembro e fevereiro

As projeções matemáticas são consistentes, mesmo avaliando diversos centros diferentes. Segundo o Bureau de Meteorologia Australiano, as condições de El Niño persistem até o outono de 2024, com o seu pico de intensidade ocorrendo entre dezembro e fevereiro, se intensificando nos meses posteriores.

Já as projeções do Centro de Previsão Climática (CPC) americano vinculado à NOAA, o comportamento é semelhante, apresentando um ganho de intensidade nos últimos meses, passando por um pico entre Dezembro e Janeiro, e na sequência indicando uma redução na intensidade do fenômeno.

Já as projeções do Centro de Previsão Climática (CPC) americano vinculado à NOAA, o comportamento é semelhante, apresentando um ganho de intensidade nos últimos meses, passando por um pico entre Dezembro e Janeiro, e na sequência indicando uma redução na intensidade do fenômeno.

Impactos na safra 23/24 e 24/25.

Até janeiro de 2024, são esperadas chuvas abaixo da média em grande parte do norte e nordeste, chuvas acima da média no Centro-Sul, e temperaturas acima da média em todas as regiões.

Podemos inferir, dado o cenário, que todo o ciclo da safra de 2023/24 terá um regime de chuvas abaixo da média nos principais produtores do Brasil, considerando Mato Grosso e os estados do MATOPIBA.

Já na região Sul, a safra de verão será afetada pelo excesso de chuvas, cenário que pode ser um complicador no momento da colheita.

Ainda de acordo com o horizonte de projeção, o plantio da safra de inverno 2024/25, deverá ocorrer sob a influência do fenômeno El Niño e com temperaturas muito acima da média, condição que pode encurtar o ciclo das culturas – com um inverno mais brando – reduzindo o potencial produtivo da safra.

A análise é do metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

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Cuidados no cultivo da soja em anos de El Niño

A incidência de chuvas está atrasando a semeadura da soja na região fria do Brasil, nos estados do RS, SC e sul do PR. A melhor época vai até o final de novembro, quando é possível alcançar as maiores produtividades com a cultura, mas a previsão é que o El Niño comece a perder força somente a partir de dezembro, ainda assim com bom volume de chuvas até o final do verão. A previsão do tempo exige planejamento do produtor para reduzir perdas por doenças na soja.

O próximo verão deverá ser marcado por volume de chuvas de normal a acima da média histórica na Região Sul. “O fenômeno El Niño deverá continuar atuando até o outono, trazendo um verão mais chuvoso, com curtos períodos de sol”, alerta o analista do laboratório de meteorologia da Embrapa Trigo, Aldemir Pasinato. Segundo ele, o destaque ficará por conta da oscilação das temperaturas, alternando entre dias de muito calor e períodos de temperaturas mais amenas.

O cenário indica um ambiente propício à incidência de doenças na soja, especialmente podridão radicular de fitóftora, mofo branco e ferrugem asiática.

A pesquisadora Trigo Leila Costamilan, da Embrapa, explica que o primeiro problema que poderá aparecer nas lavouras é a podridão radicular de fitóftora. Recorrente em áreas compactadas, com solos mal drenados e acúmulo de água, a fitóftora pode ocasionar apodrecimento de sementes, morte de plântulas em pré e pós-emergência e, em plantas adultas, apodrecimento de raízes, levando à murcha e morte. A doença causa maiores perdas durante a emergência das plantas, levando à ressemeadura de soja em muitas lavouras. A orientação é utilizar cultivares resistentes à doença e fazer o tratamento de sementes com fungicida específico para fitóftora, evitando a implantação da lavoura em solo encharcado ou com previsão de grande volume de chuva após a emergência das plantas.

Veja as orientações do pesquisador da Embrapa Trigo Paulo Bertagnolli na escolha de cultivares de soja em anos de El Niño

Verão com temperaturas mais amenas, umidade e dias nublados, podem favorecer também o aparecimento de mofo-branco, a partir do florescimento da soja. O controle é realizado com manejo integrado durante todo o ano, incluindo o controle biológico, o controle químico, o plantio direto e menor densidade de plantas.

Em anos chuvosos, a principal doença a ser controlada é a ferrugem asiática. Nas semeaduras tardias, a doença tenderá a ser mais severa pelo aumento da presença do fungo no ar. Nas últimas safras, mutações do fungo causador da ferrugem asiática têm resultado na menor sensibilidade aos principais fungicidas utilizados no controle. “Os fungicidas não apresentam a mesma eficiência de quando a doença foi introduzida no Brasil, mas ainda continuam sendo uma ferramenta importante no manejo da doença. Novas mutações podem ser selecionadas ao longo do tempo”, alerta a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy.

Fonte: Mais soja Foto: Divulgação

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Curso de Produção de Soja – Módulo Manejo Fitossanitário

A Embrapa Soja irá promover de 27 de novembro a 1 de dezembro curso sobre as tecnologias de produção de soja, visando o melhor manejo do sistema produtivo. O curso tem como enfoque principal as estratégias de manejo para o alcance de excelentes resultados.

Dividido em dois módulos independentes, sendo Manejo Fitossanitário e Manejo do Solo e da Cultura, as aulas teóricas, práticas de campo e visitas técnicas são ministradas por pesquisadores da Embrapa Soja, IDR-Paraná e Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Público-alvo: técnicos, produtores, profissionais de ciências agrárias.

Módulo Manejo Fitossanitário

Conteúdo:

– Fisiologia Vegetal

– Manejo integrado de doenças

– Manejo de nematoides

– Manejo integrado de pragas

– Tecnologia de aplicação de agroquímicos

Mais informações AQUI.

Inscrições em breve.

Carga horária | 32h

Curso | Restrição de público: Aberta

Contato

Embrapa Soja

4333716067

soja.eventos@embrapa.br

Local

Londrina-PR | Rodovia Carlos João Strass, s/nº Acesso Orlando Amaral, Distrito de Warta Caixa Postal: 4006 CEP: 86085-981 – Warta, Londrina – PR, Brasil – Embrapa Soja

Fonte: Embrapa Soja Foto: Divulgação

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Exportação do complexo da Soja deve bater recorde

A análise da DATAGRO Grãos prevê um aumento significativo nas exportações do complexo de soja em 2023, com um crescimento de 23,3% em comparação com o ano anterior, atingindo um total de 125,400 milhões de toneladas. Isso é baseado em estimativas de embarque de 101,000 milhões de toneladas de soja (um aumento de 28,3%), 22,000 milhões de toneladas de farelo de soja (um aumento de 8,1%), e 2,400 milhões de toneladas de óleo de soja (uma diminuição de 7,6%).

“Destacam-se a forte evolução na safra colhida neste ano, avaliada em 157,227 mi de t (+20%); novas perdas expressivas na safra dos Estados Unidos em 2022; avanço nas compras globais de soja e milho pela China, depois que a crise da peste suína africana (PSA) foi contornada; aumento das tensões nas relações geopolíticas entre os EUA e a China, além da queda no padrão de preços do complexo soja em relação aos picos do ano passado. Porém, no lado negativo, o levantamento aponta retração no consumo mundial no ano comercial 2022/23”, comenta a consultoria.

Apesar da queda nos preços médios, prevê-se um recorde na receita, com uma estimativa total de US$ 66,4 bilhões, um aumento de 9,4% em relação ao recorde anterior de US$ 60,7 bilhões em 2022. Essa receita se divide em US$ 52,5 bilhões das vendas de soja em grão (crescimento de 13,0%), US$ 11,3 bilhões das vendas de farelo (crescimento de 9,7%) e US$ 2,6 bilhões das vendas de óleo (uma redução de 34,1%).

“O quadro de preços dominantemente mais fraco está associado ao avanço nos estoques mundiais na temporada 2022/23, com a confirmação de safra modesta nos EUA e Argentina, mas recorde no Brasil, combinado com consumo conservador por conta do quadro de desaceleração da economia global”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos.

Foto: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Soja fecha novamente em alta com o mercado focado no avanço do plantio no Brasil

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em alta pela quinta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de 12 a 12,25 centavos, com o janeiro/24 cotado a US$ 13,64 (+ 0,91%) e o março/24 cotado a US$ 13,78½ (+ 0,88%) o bushel.  O janeiro na máxima do dia (US$ 13,69¾) registrou a maior cotação desde 15 de setembro. Nas últimas cinco sessões o janeiro acumula uma alta de 4,34% e o março de 4,25%.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 1,80 a US$ 4,60, com o dezembro cotado a US$ 437,50 (- 1,04%) e o janeiro/24 a US$ 430,40 (- 0,42%) a tonelada curta. O janeiro na máxima do dia (US$ 436,20) registrou nova máxima contratual. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 2,58% e o janeiro/24 uma alta de 3,99%.

O óleo de soja fechou em alta, com o dezembro registrando um ganho de 2,92%. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 3,03%.

O clima adverso na América do Sul permanece como sendo um dos principais fatores para o movimento de alta da soja na CBOT. O final de semana foi ainda de tempo seco em regiões importantes, não só do Brasil, mas também da Argentina e do Paraguai, o que também preocupa, e as previsões ainda não indicam as melhores condições para a sequência do plantio da safra 2023/24.

“No Brasil tivemos algumas chuvas no Centro-Oeste na sexta-feira para sábado. Tivemos chuvas leves em SC, Chuvas em parte do PR, SP, MG, MT, GO e parte do MA, PI, e BA, mas foi só. As previsões de segundo o GFS para os próximos 10 dias são de tempo chuvoso no RS e parte de SC. Para o restante do País a previsão é de chuvas muito abaixo do normal”, disse o Diretor-Geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. “O fenômeno El Niño está devidamente estabelecido, provocando chuvas em excesso no Sul do Brasil com seca nas áreas centrais e MATOPIBA”.

Com isso, os dados seguem indicando um plantio ainda atrasado no Brasil. Os números reportados pela Pátria Agronegócios na última sexta-feira (3) apontaram que o plantio da soja atingiu 50,67% na semana, contra 64,64% em 2022 e 59,54% na média dos últimos 5 anos. “O avanço percentual da semana foi de apenas 11,50%, se mantendo como o avanço sazonal mais lento desde 2015. Destaque para o Mato Grosso e Rondônia, onde os trabalhos de campo enfrentam grandes dificuldades de aceleração com a falta de chuvas”, informou o relatório semanal da consultoria.

Segundo João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX, a soja também foi impulsionada pelas melhores condições para o escoamento nos Estados Unidos e ainda pela expectativa de uma nova redução da safra americana.

“Houve uma melhora nos níveis do rio Mississipi, que continuam baixos, mas trazem um otimismo para o escoamento dos grãos americanos”, disse Lopes. “O mercado pode também estar antecipando uma nova redução nas estimativas de oferta dos EUA no relatório do USDA, que será divulgado na quinta-feira (9) desta semana”, disse.

Além dos fundamentos, em especial as condições climáticas neste momento, os traders também seguem atentos ao mercado financeiro, com destaque para o futuro da economia americana, e ao quadro geopolítico.

Os hedge funds aumentaram as suas posições compradas de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) na semana encerrada em 31 de outubro. Segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), divulgados na tarde de sexta-feira (3), a posição líquida comprada aumentou 239% no período, de 6.817 para 23.123 comprados.

A comercialização da safra 2022/23 de soja do Brasil atingiu 89,50% da produção estimada até o último dia 3 de novembro, informou nesta segunda-feira (6/11), a Safras & Mercado. No relatório anterior, com dados de 1º de setembro, o percentual era de 84,90%.

No mesmo período do ano passado, a negociação atingia 89,20% da produção e a média de cinco anos para o período é de 94,20%. Levando-se em conta uma safra estimada em 156.1 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 139.7 milhões de toneladas.

Da safra 2023/24 que está em fase de plantio, as vendas antecipadas atingiram 24,20% da produção estimada para este ciclo, que deve ser de 163.2 milhões de toneladas, segundo a Safras & Mercado.

No mesmo período do ano passado, a comercialização antecipada atingia 20,60% e a média para o período é de 34,50%.

O clima adverso na América do Sul permanece como sendo um dos principais fatores para o movimento de alta da soja na CBOT. O final de semana foi ainda de tempo seco em regiões importantes, não só do Brasil, mas também da Argentina e do Paraguai, o que também preocupa, e as previsões ainda não indicam as melhores condições para a sequência do plantio da safra 2023/24.

“No Brasil tivemos algumas chuvas no Centro-Oeste na sexta-feira para sábado. Tivemos chuvas leves em SC, Chuvas em parte do PR, SP, MG, MT, GO e parte do MA, PI, e BA, mas foi só. As previsões de segundo o GFS para os próximos 10 dias são de tempo chuvoso no RS e parte de SC. Para o restante do País a previsão é de chuvas muito abaixo do normal”, disse o Diretor-Geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa. “O fenômeno El Niño está devidamente estabelecido, provocando chuvas em excesso no Sul do Brasil com seca nas áreas centrais e MATOPIBA”.

Com isso, os dados seguem indicando um plantio ainda atrasado no Brasil. Os números reportados pela Pátria Agronegócios na última sexta-feira (3) apontaram que o plantio da soja atingiu 50,67% na semana, contra 64,64% em 2022 e 59,54% na média dos últimos 5 anos. “O avanço percentual da semana foi de apenas 11,50%, se mantendo como o avanço sazonal mais lento desde 2015.

Destaque para o Mato Grosso e Rondônia, onde os trabalhos de campo enfrentam grandes dificuldades de aceleração com a falta de chuvas”, informou o relatório semanal da consultoria.

Além dos fundamentos, em especial as condições climáticas neste momento, os traders também seguem atentos ao mercado financeiro, com destaque para o futuro da economia americana, e ao quadro geopolítico.

Exportações – Brasil

O volume do complexo soja (grão, farelo e óleo) a ser exportado em 2023 deve registrar um recorde de 125.40 milhões de toneladas, o que representa avanço de 23,3% em comparação com as 101.68 milhões de toneladas exportadas em 2022. A estimativa é da Datagro Grãos e considera a estimativa de embarques de 101.000 milhões de toneladas de soja, aumento de 28,30% na comparação com o ano anterior; 22.000 milhões de toneladas de farelo de soja (+ 8,10%); e 2.400 milhões de toneladas de óleo de soja (- 7,60%).

A receita cambial também deve ser recorde, apesar da forte queda nos preços médios. A estimativa total foi revisada para US$ 66.4 bilhões, superando em 9,40% o recorde de US$ 60.7 bilhões de 2022. Seriam US$ 52.5 bilhões decorrentes das vendas de soja em grão (+ 13%); US$ 11.3 bilhões da comercialização de farelo (+ 9,70%); e US$ 2.6 bilhões das vendas de óleo (- 34,10%).

A Datagro Grãos destaca que o desempenho positivo é resultado, entre outros fatores, do aumento da safra colhida neste ano, estimada em 157.227 milhões de toneladas (+ 20%); novas perdas expressivas na safra dos Estados Unidos em 2022; aumento das compras globais de soja e milho pela China, depois que a crise da Peste Suína Africana (PSA) foi controlada; aumento das tensões nas relações geopolíticas entre os EUA e a China, além da queda no padrão de preços do complexo soja em relação aos picos do ano passado. Porém, no lado negativo, o levantamento indica queda no consumo mundial no ano comercial 2022/23.

“O quadro de preços dominantemente mais fraco está associado ao aumento dos estoques mundiais na temporada 2022/23, com a confirmação de safra modesta nos EUA e Argentina, mas recorde no Brasil, combinado com consumo conservador por conta do quadro de desaceleração da economia global”, indicou em nota o economista e líder de conteúdo da Datagro Grãos, Flávio Roberto de França Junior.

A indicação de uma receita maior a ser obtida pelo complexo soja deve contribuir fortemente para minimizar a queda prevista das exportações do Brasil em 2023, considerando a redução no ritmo de crescimento da economia brasileira. A atual estimativa aponta para US$ 334.000 bilhões, praticamente estável em relação ao recorde de US$ 334.136 bilhões registrado em 2022. Com isso, o setor contribuiria com 19,90%, percentual superior ao recorde de 18,20% de 2022, superando com folga os 15,60% da média de participação dos últimos dez anos.

A análise da Datagro Grãos para as exportações brasileiras do complexo soja em 2024 manteve a estimativa anterior, com indicação de aumento apenas no volume, com queda de valor na comparação com 2023.

O total das exportações está estimado inicialmente em 128.400 milhões de toneladas, volume 2,40% acima do estimado para este ano. Seriam 103.000 milhões de toneladas de soja em grão (+ 2%); 23.000 milhões de toneladas de farelo (+ 4,50%); e 2.400 milhões de toneladas de óleo de soja, estável em relação ao ano atual.

A receita está estimada em US$ 62.310 bilhões que caso seja concretizado, representaria uma queda de 6,20% em relação à do ano atual, sendo distribuído dessa maneira: US$ 49.440 bilhões de soja em grão (- 5,90%); US$ 10.350 bilhões das vendas de farelo (- 8,60%); e US$ 2.520 bilhões das vendas de óleo de soja (- 2,80%).

Plantio Brasil

O plantio da safra 2023/24 de soja atingiu na quinta-feira (02) a 51% da área estimada, contra 40% na semana anterior e 57% no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da AgRural. Com o avanço mais lento que o normal da semana, se somando a atrasos já acumulados em semanas anteriores, os 51% plantados até agora são o percentual mais baixo para este período do ano desde a safra 2020/21.

Em mais uma semana predominantemente seca em Mato Grosso, as chuvas, mesmo que manchadas, permitiram um maior avanço do plantio na comparação com a semana anterior. Mesmo assim, diversas áreas ainda sofrem com a baixa umidade e isso reforça a necessidade de replantio, com consequente impacto negativo na janela da safrinha de milho, no início de 2024. Mas o destaque da semana passada foi o Paraná, onde chuvas intensas, enxurradas e alagamentos causaram estragos e necessidade de replantio em áreas do Sudoeste e do Centro-Sul do estado.

O plantio de soja da safra 2023/24 em Mato Grosso avançou 13,27% na última semana. Até o momento, segundo o boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), 83,32% da área estimada já foi plantada. Na semana passada, o plantio atingia 70,05%. Em relação ao mesmo período da safra 2022/23, há atraso de 10,25%.

Naquela ocasião, produtores do Estado o plantio havia atingido 93,57% da área. Em comparação com a média dos últimos cinco anos, de 88,61%, o plantio também está atrasado em 5,29%. A região mato-grossense com os trabalhos mais adiantados é a Oeste, com 98,09% dos trabalhos concluídos. A região com menor percentual plantado é a Nordeste, com 66,81%.

Mercado Interno

A demanda externa por soja brasileira está bastante aquecida. Segundo pesquisadores do CEPEA, esse cenário é favorecido, sobretudo pela redução da oferta de outros países da América do Sul e pela menor produtividade nos Estados Unidos. Além disso, os preços do Brasil estão atraentes, diante dos menores prêmios para exportação. Em outubro, as exportações brasileiras da oleaginosa totalizaram 5.5 milhões de toneladas, segundo dados da Secex, um recorde para o mês, e ampliando para 92.8 milhões de toneladas o volume exportado em 2023 (até outubro). Somente neste 2º semestre, foram embarcadas mais de 30 milhões de toneladas de soja, superando em 16,70% o volume exportado em todo o 2º semestre de 2022.

Milho fecha praticamente estável, com o mercado focado no plantio da safrinha

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 0,25 a 0,50 centavos, com o dezembro cotado a US$ 4,77¼ (Estável) e o março/24 a US$ 4,92½ (+ 0,05%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma queda de 0,21% e o março de 0,05%.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em alta pela quarta sessão consecutiva. Os principais vencimentos registraram ganhos de 3,25 centavos, com o dezembro cotado a US$ 5,75¾ (+ 0,57%) e o março/24 a US$ 6,02½ (+ 0,54%) o bushel. Nas últimas cinco sessões o dezembro acumula uma alta de 1,72% e o março de 1,39%.

O milho fechou praticamente estável, mas se manteve em alta durante toda a sessão, uma vez que aumentam as preocupações com o potencial da safrinha no Brasil.

Apesar do impacto limitado do clima na sessão de hoje, ele pode direcionar os preços do milho para um movimento de alta em Chicago, segundo João Pedro Lopes, analista de inteligência de mercado da StoneX.

“O quadro climático do Brasil atualmente é mais preocupante para o milho do que para a soja. Com o atraso do plantio e posteriormente da colheita da soja, o milho corre risco de ser plantado fora da janela ideal, e a produtividade pode ser prejudicada”, disse.

Na semana passada, a StoneX revisou para baixo as estimativas da produção para o milho safrinha  devido a fatores como a redução da área plantada e menor produtividade.

Os hedge funds aumentaram em 47,85% as posições vendidas de milho na Bolsa de Chicago (CBOT) na semana encerrada em 31 de outubro. Segundo dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), divulgados na tarde de sexta-feira (3), a posição líquida vendida aumentou de 99.522 para 147.141 contratos.

O trigo fechou novamente em alta. Segundo a TF Consultoria Agroeconômica,  as estimativas para a safra de trigo na Argentina em 2023/24 estão no foco do mercado. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reduziu a sua projeção de colheita para 15.4 milhões de toneladas, inferior à estimativa inicial de 16.2 milhões de toneladas.

Já a Bolsa de Rosário é mais pessimista, e estima uma safra de 14.3 milhões de toneladas após as chuvas das últimas semanas não terem compensado os danos causados pelas geadas e pelo tempo seco durante os meses de inverno, segundo a consultoria.

Além disso, o relatório da TF mostra uma nova dinâmica para as exportações do trigo russo, que durante boa parte do ano serviram como ponto de pressão sobre os preços do cereal.

“A Rússia, que sempre foi muito agressiva [nas negociações internacionais] abocanhando com preços baixos todas as oportunidades do mercado e reduzindo as exportações americanas, está mudando. O próprio governo russo, nesta semana, decidiu comprar 2 milhões de toneladas para reduzir a disponibilidade de exportação e elevar os preços”, indicou o relatório da TF.

As posições liquidas vendidas do trigo aumentaram 11,39% na semana até 31 de outubro, de 97.710 para 108.837 contratos.

USDA – Vendas

Exportadores reportaram ao USDA a venda de 289.575 toneladas de milho do ano comercial 2023/24 para o México.

Ucrânia

As exportações de grãos da Ucrânia caíram para 9.8 milhões de toneladas até o momento na temporada de comercialização 2023/24, que vai de julho a junho, mostraram dados do Ministério da Agricultura ucraniano divulgados nesta segunda-feira.

O Ministério informou que até 7 de novembro da temporada passada, um dia depois, a Ucrânia havia exportado 14.3 milhões de toneladas de grãos.

O volume exportado nesta temporada inclui 4.9 milhões de toneladas de trigo, 4.1 milhões de toneladas de milho e quase 700.000 toneladas de cevada. No ciclo anterior, a Ucrânia exportou 5.4 milhões de toneladas de trigo, 7.7 milhões de toneladas de milho e 1.2 milhão de toneladas de cevada.

O Ministério informou que as tradings exportaram 550.000 toneladas de grãos até agora em novembro, em comparação com 1.07 milhão de toneladas exportadas de 1 a 7 de novembro de 2022.

O Ministério não forneceu nenhuma explicação sobre a queda, mas tradings e sindicatos de agricultores indicaram que os portos ucranianos do Mar Negro bloqueados e os ataques russos aos portos do país no rio Danúbio são os principais motivos para a redução das exportações.

Tradicionalmente, a Ucrânia envia a maior parte de suas exportações pelos seus portos de águas profundas do Mar Negro.

O governo informou em uma resolução divulgada na semana passada que um novo regime de exportação seria introduzido para os principais produtos alimentícios, com o objetivo de evitar abusos, como a evasão fiscal.

O governo da Ucrânia estima uma colheita de 79 milhões de toneladas de grãos e sementes oleaginosas em 2023, com seu excedente exportável para 2023/24 totalizando cerca de 50 milhões de toneladas.

Plantio Brasil

Com chuvas no Sul, plantio da safra de verão do milho atingiu 66% até quinta-feira (02) no Centro-Sul do Brasil, contra 53% na semana anterior e 63% no mesmo período do ano passado, segundo dados da AgRural. No Sul, a reta final do plantio está sendo prejudicada pelo excesso de chuva nos três estados da região.

Mercado Interno

Os preços do milho subiram no mercado brasileiro, voltando a operar na casa dos R$ 60,00 por saca de 60 kg na semana passada. Segundo pesquisadores do CEPEA, demandantes nacionais estão mais ativos no mercado spot, ao passo que vendedores estão afastados das negociações, focados nos trabalhos de campo. Nos portos, apesar de o ritmo de comercialização ter diminuído ao longo de outubro, os embarques do milho se mantiveram aquecidos no mês, reflexo das entregas de lotes negociados antecipadamente. Segundo dados da Secex, foram embarcadas 8.44 milhões de toneladas em outubro, superando em 24,50% o volume de outubro/22, mas 3,50% inferior ao de setembro/23.

Fonte: SNA Foto: Divulgação

BC-3

Projeção do IPCA 2024 no cenário referência é de 3,6%, diz ata da Copom; a de 2025 é de 3,2%

A ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (7), indicou que a projeção para o IPCA de 2024, horizonte prioritário do BC para o cumprimento da meta de inflação, está em 3,6% no cenário de referência. A estimativa, que já havia sido informada no comunicado da semana passada, é levemente superior aos 3,5% estimados no Copom anterior, em setembro, e segue acima do centro da meta de 3,0%.

Para 2025, que tem peso minoritário nas decisões de política monetária, a projeção é de 3,2% – um pouco acima do alvo central de 3,0% para o ano -, contra 3,1% em setembro. Para 2023, a expectativa do BC no cenário de referência é de 4,7%, bem mais baixa do que a projeção do Copom anterior (5,0%), ficando abaixo do teto da meta de 4,75%, e evitando o terceiro ano consecutivo de rompimento do objetivo principal do BC.

Todas as projeções já constavam no comunicado da semana passada, quando o Copom continuou o ciclo de corte da Selic (a taxa básica de juros) com queda de 0,50 ponto porcentual, de 12,75% para 12,25% ao ano.

Em relação aos preços administrados, a ata repetiu as projeções já informadas no comunicado de 9,3% para 2023, 5,0% para 2024 e 3,6% para 2025. Em agosto, as projeções eram de 10,5%, 4,5% e 3,6%, respectivamente.

O cenário de referência pressupõe a taxa de juros variando de acordo com a pesquisa Focus e o câmbio partindo de R$ 5,00 (arredondado no documento, conforme explicação do Copom) e evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC). Além disso, a premissa é de que o barril de petróleo segue aproximadamente a curva futura de mercado pelos próximos seis meses e sobe a 2% ao ano na sequência. O BC ainda considera a hipótese de bandeira tarifária “verde” na conta de luz para o fim de 2023, de 2024 e de 2025.

No comunicado e na ata, o Copom indicou que deve manter o mesmo ritmo de corte de juros nas próximas reuniões. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.”

O colegiado mais uma vez não determinou a duração do ciclo de afrouxamento dos juros básicos e repetiu que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução de alguns elementos. São eles: “a evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

O Copom ainda salientou seu compromisso com a reancoragem das expectativas e a dinâmica desinflacionária, de um lado, e o, o ajuste no nível de aperto monetário em termos reais diante da dinâmica mais benigna da inflação antecipada nas projeções do cenário de referência, de outro.

Por isso, o colegiado pregou novamente serenidade e moderação na condução da política monetária.

“O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, reiterou o documento.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação