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Mercado de trigo no sul do Brasil enfrenta lentidão

Segundo análise da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no sul do Brasil segue com dinâmica lenta devido à demanda fraca e à dificuldade de negociações para entregas imediatas. No Rio Grande do Sul, não há mais compras para moinhos em dezembro, e para janeiro as transações permanecem escassas, empurrando os vendedores para o mercado de exportação. Moinhos indicam preços entre R$ 1.230,00 e R$ 1.250,00 para retiradas em fevereiro, enquanto esperam a volta de compradores de fora do estado no início do ano para dar mais dinamismo ao mercado.

Em Santa Catarina, a situação também é marcada pela lentidão, reflexo de uma demanda enfraquecida por farinhas. Apesar de os moinhos indicarem R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, os vendedores mantêm preços mais elevados, resultando em vendas reduzidas. Ambos os lados concordam que o mercado deve se valorizar, mas, por enquanto, os moinhos enfrentam dificuldade em repassar os custos da matéria-prima para os preços das farinhas, travando ainda mais as negociações.

No Paraná, os preços recuaram ligeiramente, mas o custo de produção também caiu, permitindo uma margem de lucro ainda favorável, estimada em 3,66%. As indicações de preços pelos moinhos variam entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00, dependendo da região. No entanto, o volume negociado é baixo, com vendedores retraídos. A atenção dos moinhos está voltada para negociações em janeiro e fevereiro, mantendo o mercado em compasso de espera.

Esses cenários indicam que o mercado de trigo no sul do Brasil segue pressionado pela oferta limitada e pela demanda enfraquecida, enquanto compradores e vendedores ajustam suas estratégias para os primeiros meses de 2024.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Café: Preocupação com a oferta global traz ganhos de mais de 4% para os futuros na manhã desta 3ª feira (10)

A Volcafe Ltd. (uma das maiores comerciantes de café do mundo) apontou que o Brasil deve produzir apenas 34,4 milhões de sacas do arábica na próxima temporada, registrando uma queda de cerca de 11 milhões de sacas em relação à estimativa de setembro. Isso coloca a produção global de café no caminho para ficar aquém da demanda em 8,5 milhões de sacas na temporada 2025-26, marcando um quinto ano sem precedentes de déficits para o arábica.

Perto das 8h40 (horário de Brasília), o arábica trabalhava com alta de 4,68% na bolsa de NY, registrando um ganho de 1.505 pontos no valor de 347,35 cents/lbp no vencimento de dezembro/24, um aumento de 1.530 pontos no valor de 345,55 cents/lbp no contrato de março/25, uma alta de 1.530 pontos no valor de 342,95 cents/lbp no de maio/25, e um aumento de 1.500 pontos no valor de 337,25 cents/lbp no de julho/25.

Já o robusta registrava o avanço de US$ 239 no valor de US$ 5.485/tonelada no contrato de janeiro/25, uma alta de US$ 244 no valor de US$ 5.444/tonelada no de março/25, um aumento de US$ 249 no valor de US$ 5.389/tonelada no de maio/25, e uma alta de US$ 264 no valor de US$ 5.304/tonelada no de julho/25.

Segundo informações do Bloomberg, o fornecimento de café do Vietnã foi reduzido devido à estocagem de grãos pelos produtores e o atraso na colheita causado pelas fortes chuvas. Este cenário vem contribuindo para a alta dos preços da variedade na bolsa de Londres.

Fonte: Notícias Agrícolas/Raphaela Ribeiro Foto: Divulgação

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Coleta de dados das Safras de Café analisa efeitos climáticos em 2024 e projeções para 2025

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciou, no último dia 1º de dezembro, a coleta de dados sobre o fechamento da safra de café 2024, além das previsões para a safra de 2025. A pesquisa de campo, que vai até o dia 14 de dezembro, tem como objetivo colher dados para a estimativa da produção de café em todo o Brasil.

O levantamento deste ano envolve a coleta de informações em diversas regiões cafeeiras do Brasil, considerando tanto os estados com levantamento presencial quanto aqueles em que a pesquisa será realizada de forma remota ou híbrida. O estudo será realizado presencialmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Goiás. Já em Rondônia, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná, a coleta de dados será feita de forma remota, com o uso de tecnologias para garantir a precisão das informações.

O 4º Levantamento da Safra 2024 de Café ocorre em um ano que deveria ser de bienalidade positiva para o café arábica, porém, as adversidades climáticas impactaram a produção. Estiagens prolongadas, chuvas esparsas e mal distribuídas, além de altas temperaturas durante as fases de desenvolvimento dos frutos, reduziram a produtividade esperada, o que comprometeu as projeções iniciais de safra.

A Conab reforça a importância dessa pesquisa para a compreensão do impacto das condições climáticas na produção de café e para a orientação do mercado, além de fornecer dados cruciais para o planejamento agrícola no país. A expectativa é que o levantamento ofereça informações detalhadas sobre a produtividade e as condições das lavouras de café em cada região.

Em setembro deste ano, na divulgação do 3º Levantamento, a Conab apresentou os dados da safra de café no Brasil, que deve alcançar uma produção de 54,8 milhões de sacas beneficiadas, o que representava uma queda de 0,5% em comparação com a safra anterior. A área em produção havia aumentado 1,4%, totalizando 1,9 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi calculada em 28,8 sacas por hectare, uma redução de 1,9% em relação ao ciclo passado. Já os resultados apurados nesta pesquisa atual, serão divulgados nos dias 21 e 28 de janeiro de 2025, durante o 4º Levantamento da Safra de Café 2024 e o 1º Levantamento da Safra de Café 2025, respectivamente.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Deputados aprovam projeto que altera regras de licenciamento ambiental no Paraná

O projeto de lei apresentado pelo Executivo paranaense que altera as normas gerais do licenciamento ambiental no estado foi aprovado na Assembleia Legislativa do Paraná na sessão de quarta-feira (4). O texto tramitou em regime de urgência, e recebeu 34 votos favoráveis e seis contrários.

O texto prevê a criação de diferentes modalidades de licenciamento ambiental. Os níveis de exigência em cada uma delas seriam adequados e adaptados ao potencial de impacto de cada atividade. Nos casos em que há baixo risco ambiental, é prevista a Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC). Nela, o processo será simplificado e a emissão da licença é feita de modo automático por meio informatizado.

Outra possibilidade é a emissão da Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental (DLAM), válida para atividades e empreendimentos com baixo potencial de emissão de poluentes ou impacto no meio ambiente.

A liderança do governo na Alep defende que a medida tem como objetivo aprimorar a regulamentação existente, aliando as necessidades do setor produtivo com a preservação do meio ambiente. Segundo o Executivo, a proposta pretende garantir mais segurança jurídica aos empresários que desejam investir no Paraná, bem como aos técnicos envolvidos na análise e emissão de licenças.

Para a oposição, as mudanças podem enfraquecer a proteção ambiental no estado, em especial a atuação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cema). Além dos deputados contrários à proposta, órgãos como o Instituto Brasileiro de Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério Público do Estado do Paraná, que divulgaram notas técnicas contra as mudanças na legislação.

Entre os pontos analisados pelo Ibama está a aceleração nos processos de licenciamento, em especial a modalidade por Adesão e Compromisso. Na avaliação do órgão, o projeto que muda as regras do licenciamento ambiental não deixa claro para quais empreendimentos se aplicaria esta possibilidade. Além disso, o Ibama destaca que o projeto é omisso em relação à fiscalização de atendimento das exigências por parte dos empreendedores beneficiados pela nova forma de licenciamento.

Para o Ministério Público, a mudança de função do Cema é um dos pontos mais preocupantes. Pela proposta, o órgão passaria a ter caráter consultivo. No entendimento dos promotores, esta mudança é ilegal e contraria normativas federais de proteção ambiental.

“Para o fiel cumprimento do papel a que se propõe, não basta que os Conselhos Estaduais de Meio Ambiente sejam meramente consultivos, como propõe o projeto de lei, mas sim que possam efetivamente deliberar sobre ações ambientais de competência do Estado”, aponta a nota técnica do MPPR.

Projeto recebeu emendas, mas ainda assim foi alvo de críticas da oposição

A mudança deste trecho está entre as 22 emendas acatadas, dentre as quase 50 que foram propostas, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alep. Durante a discussão do substitutivo em plenário, o deputado Arilson Chiorato alegou que algumas das alterações propostas ao texto sequer foram analisadas na comissão.
“O substitutivo retira competências do Conselho Estadual do Meio Ambiente e mantém que o licenciamento de lançamento de efluentes será por decreto. É um projeto que segrega a mata nativa, invade a competência do Ibama, e analisa a partir da obra e não do impacto ambiental a ser causado. Está sendo tratorado aqui, é irregular e nós vamos à Justiça recorrer contra tudo isso que está acontecendo aqui hoje”, acrescentou o deputado.

Em contrapartida, a base de apoio do governo elogiou a proposta e comemorou a aprovação. “O projeto é instrumental para agilizar o processo de licenciamento. Não revoga leis federais e cria mecanismos que modernizam o processo. Muitas emendas foram oferecidas para melhorar o texto do projeto. O processo legislativo é justamente para isso”, disse Luiz Claudio Romanelli (PSD).

O vice-líder do governo, deputado Gugu Bueno (PSD), definiu o projeto como histórico. “É preciso coragem para avançar, e é isso que o governador Ratinho Junior está fazendo. Havia um excesso, em nome da proteção ambiental, que travava o desenvolvimento do estado”, disse.

Com a aprovação, o projeto segue para sanção do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). A lei ainda precisa ser regulamentada pelo Executivo, que deve fazer uma audiência pública para que novas manifestações sobre a proposta sejam feitas antes de a flexibilização do licenciamento ambiental seja posto em prática.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo/Fabio Calsavara

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Confira como está a soja pelos estados

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul, os preços da soja giram em R$ 144,50 para entrega novembro, e pagamento 18/12, no porto. “No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça. R$ 140,00 Cruz Alta – Pagamento em 15/01. R$ 139,50 Passo Fundo – Pagamento em 15/01. R$ 140,00 Ijuí – Pagamento em 15/01. R$ 140,00 Santa Rosa / São Luiz – Pagamento em 15/01. Preços de pedra, em Panambi, manteve em R$ 127,00 a saca, para o produtor”, comenta.

Em Santa Catarina o clima vai beneficiar o plantio. “Em São Francisco, ouvimos preços entre R$133,50 para pagamento em 28/03 até $141,00 com pagamento em 30/07. Preços praticados: o preço no porto foi de R$ 145,00, Chapecó a R$ 135,50”, completa.

Falta apenas 1% de área para finalizar o plantio no Paraná. “No porto, em Paranaguá, a saca CIF era cotada a R$ 144 para entrega em dezembro. No interior, em Guarapuava, o mercado apresenta estabilidade, com soja a R$ 136 por saca FOB, com embarque e pagamento em dezembro. Esse valor é apenas uma referência, visto que há pouca oferta e os produtores não aceitam vender abaixo de R$ 145, mantendo o foco na próxima safra. No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 133,00”, indica.

O Mato Grosso do Sul tem plantio atrasado. “Em Dourados, o spot da soja teve negociações escassas. Compradores indicaram entre R$ 135 e R$ 136/saca FOB, para retirada imediata e pagamento em até 30 dias, enquanto produtores pediam acima de R$ 140”, informa.

Em Primavera do Leste, no Mato Grosso, o preço spot manteve-se em R$ 145 por saca FOB, mas produtores pedem R$ 150, travando negociações. “Campo Verde: R$ 138,00, Lucas do Rio Verde: R$ 137,50. Nova Mutum: R$ 137,50. Primavera do Leste: R$ 138,50. Rondonópolis: R$ 138,50. Sorriso: R$ 137,00”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Coleta de dados das Safras de Café analisa efeitos climáticos em 2024 e projeções para 2025

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) iniciou, no último dia 1º de dezembro, a coleta de dados sobre o fechamento da safra de café 2024, além das previsões para a safra de 2025. A pesquisa de campo, que vai até o dia 14 de dezembro, tem como objetivo colher dados para a estimativa da produção de café em todo o Brasil.

O levantamento deste ano envolve a coleta de informações em diversas regiões cafeeiras do Brasil, considerando tanto os estados com levantamento presencial quanto aqueles em que a pesquisa será realizada de forma remota ou híbrida. O estudo será realizado presencialmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Goiás. Já em Rondônia, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná, a coleta de dados será feita de forma remota, com o uso de tecnologias para garantir a precisão das informações.

O 4º Levantamento da Safra 2024 de Café ocorre em um ano que deveria ser de bienalidade positiva para o café arábica, porém, as adversidades climáticas impactaram a produção. Estiagens prolongadas, chuvas esparsas e mal distribuídas, além de altas temperaturas durante as fases de desenvolvimento dos frutos, reduziram a produtividade esperada, o que comprometeu as projeções iniciais de safra.

A Conab reforça a importância dessa pesquisa para a compreensão do impacto das condições climáticas na produção de café e para a orientação do mercado, além de fornecer dados cruciais para o planejamento agrícola no país. A expectativa é que o levantamento ofereça informações detalhadas sobre a produtividade e as condições das lavouras de café em cada região.

Em setembro deste ano, na divulgação do 3º Levantamento, a Conab apresentou os dados da safra de café no Brasil, que deve alcançar uma produção de 54,8 milhões de sacas beneficiadas, o que representava uma queda de 0,5% em comparação com a safra anterior. A área em produção havia aumentado 1,4%, totalizando 1,9 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi calculada em 28,8 sacas por hectare, uma redução de 1,9% em relação ao ciclo passado. Já os resultados apurados nesta pesquisa atual, serão divulgados nos dias 21 e 28 de janeiro de 2025, durante o 4º Levantamento da Safra de Café 2024 e o 1º Levantamento da Safra de Café 2025, respectivamente.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Grãos pintados: polícia combate esquema de falsificação de sementes de milho e soja

Nesta quarta-feira (4), uma operação policial envolvendo cerca de 120 policiais civis e 15 agentes fiscais agropecuários foi deflagrada para combater o comércio de sementes falsificadas nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Minas Gerais.

O esquema criminoso falsificava sementes de milho e soja, além de embalagens e documentos fiscais, lesando agricultores com produtos de baixa qualidade vendidos como sendo de alto rendimento.

A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Luiz Gonzaga (RS). Segundo o delegado Heleno dos Santos, a operação teve início após uma cooperativa local denunciar a fraude, que resultou na perda total da safra de produtores da região.

Os criminosos adquiriam grãos de baixo custo destinados à ração animal ou sementes danificadas em estados como Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins.

De acordo com a investigação, os grãos, comprados por cerca de R$ 100 a saca, eram vendidos a até R$ 1.200 após a falsificação – um lucro ilícito de R$ 1.000 por saca.

Representantes comerciais e corretores atuavam na intermediação das vendas, enquanto pessoas jurídicas funcionavam como “laranjas” para distribuir as sementes falsificadas.

Logística e falsificação das sementes

A operação revelou que o esquema contava com o apoio de gráficas localizadas em São Paulo e na Bahia para falsificar embalagens. Escritórios de contabilidade e profissionais de computação gráfica, também alvos de buscas, eram responsáveis pela adulteração de documentos fiscais e agropecuários.
Os produtos falsificados eram transportados em caminhões da organização criminosa para estados como Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Ação conjunta

A operação contou com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e das Secretarias e Agências de Agricultura e Pecuária dos estados envolvidos.
As investigações continuam para identificar todos os responsáveis e dimensionar o impacto financeiro causado ao setor agrícola.

Fonte: Canal Rural/Luis Roberto Toledo Foto: Polícia Civil-RS

21/03/23 Colheitadeira em Campo Mourão
Foto Gilson Abreu

Primeira safra de feijão tem aumento de 55% de área plantada no Paraná

Em novembro, a primeira safra de feijão 2024/25 do Paraná foi reavaliada para 167,5 mil hectares, 55% a mais em comparação com a primeira safra do ciclo anterior, que era de 107,8 mil hectares. Os dados fazem parte da Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. O documento também estima que a produção total das culturas de verão da safra 2024/25 chegue a 25,4 milhões de toneladas.

A região Sudoeste foi responsável por grande parte deste aumento, que normalmente se destaca na segunda safra, mas que neste ano mais que triplicou a área de produção de feijão já na primeira safra, passando de 10,2 mil hectares para 32,9 mil.

Apesar do Sudoeste apresentar o maior aumento de área cultivada, a região Sul ainda comporta a maior parte da área utilizada para a cultura. No Sul, o feijão abrange atualmente 122,4 mil hectares, representando 73% da área cultivada. A cultura apresenta bom desenvolvimento, com 95% da área em boas condições, mas o calor excessivo dos últimos dias causa preocupação aos produtores. A colheita deve começar em breve, pois 4% da área plantada já se encontra em maturação.
O agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, explica que as expectativas de produção para a safra são grandes. “Se as condições de tempo continuarem ajudando, poderemos colher uma grande safra, que deve se aproximar de 320 mil toneladas. E caso seja concretizada nesse patamar, vai ser praticamente o dobro da safra que a gente colheu no ano passado, quando tivemos perdas, especialmente em função da nebulosidade alta nas lavouras”, afirmou.
Grãos de inverno
Quanto à safra de grãos de inverno 2024, que teve sua colheita recém encerrada, a produção total foi de 3 milhões de toneladas. Os números ficaram 31% inferiores aos da safra anterior, quando foram registrados 4,4 milhões. A seca prejudicou a produção de trigo, principal cultura do período. Em contrapartida, a produção de cevada teve uma recuperação, especialmente em termos de qualidade.
Grãos de verão
O plantio da primeira safra 2024/25 de soja chegou ao fim. As condições das lavouras apresentaram uma piora na última semana, especialmente por conta das irregularidades climáticas em algumas regiões, com 92% da área considerada em boas condições, que era 99% na semana anterior.

Em relação ao milho, o plantio também foi encerrado e as condições são boas para a maior parte da área. Foram 156 mil hectares plantados da cultura e a expectativa é de que a produção chegue a 2,6 milhões de toneladas.

A batata primeira safra 2024/25 está 100% plantada e 6% colhida, com uma estimativa de produção de 522 mil toneladas, 33% a mais em relação ao ciclo anterior.
Na cebola houve um salto de 29% na colheita por conta das condições do clima. De 10% em outubro passou para 39% em novembro. A área superou em quase 40% a produção do ano anterior, refletindo no preço.

Boletim agropecuário

O Deral também divulgou nesta quinta-feira (28) o Boletim semanal de Conjuntura Agropecuária. Além dos relatos sobre as condições da safra de grãos no Paraná, o documento apresenta informações sobre o preço da arroba do boi gordo, que em 26 de novembro atingiu R$ 352,00, acumulando alta de 10,48% no mês, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Também traz dados sobre o comércio internacional de couro e pele de suínos para utilização na indústria de produtos manufaturados.

Por fim, o Boletim mostra um panorama da comercialização de nozes e castanhas, produtos típicos de festas de fim de ano. Em 2024, até outubro, elas representam o terceiro item nos valores gastos em importações da fruticultura brasileira, com o total de US$ 118,1 milhões para aquisição de 20,7 mil toneladas, conforme as estatísticas do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu

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Novas tecnologias impulsionam manejo no algodão

A cultura do algodoeiro, estratégica para o crescimento da Sipcam Nichino no Brasil, recebeu um reforço significativo no portfólio da empresa ítalo-japonesa com três novos lançamentos: o herbicida desfolhante ET-Part, o inseticida-acaricida Ommi e a ampliação da bula do acaricida de amplo espectro Fujimite 50 SC. Com essas novidades, a Sipcam Nichino passa a oferecer quase 25 soluções para os produtores, destaca Carulina Oliveira, gerente de marketing da empresa.

Segundo Carulina, o algodão brasileiro, que produziu quase 3,7 milhões de toneladas de pluma na última safra e ultrapassou os Estados Unidos como maior exportador global, é um mercado promissor para novas tecnologias. O ET-Part, por exemplo, oferece alto padrão como desfolhante e excelente custo-benefício. Sua ação de contato destrói membranas celulares, promovendo necrose de plantas daninhas em áreas de algodão, melhorando o manejo da lavoura.

O Ommi, por sua vez, é considerado um inseticida-acaricida premium, eficaz contra pragas de alta complexidade, como ácaro-rajado, ácaro-branco e pulgão do algodoeiro. Com ação multialvo, o produto paralisa imediatamente a alimentação das pragas, agindo como adulticida, ninficida e ovicida, garantindo proteção ampla à cultura.

A ampliação da bula do Fujimite® 50 SC é outra aposta estratégica, com resultados expressivos no controle do ácaro-rajado, uma das principais ameaças ao algodoeiro. Validado por institutos de pesquisa, o acaricida é reconhecido por sua eficácia frente a produtos mais antigos, sendo crucial para manter a produtividade.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Canva

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Trigo/Cepea: Preços enfraquecem em meio à colheita na reta final

Em meio à colheita na reta final, os preços domésticos do trigo estão enfraquecidos, de acordo com levantamentos do Cepea. Por outro lado, o dólar em patamar recorde frente ao real tende a elevar os custos da importação e, consequentemente, a dar suporte aos valores internos, ainda conforme explicam pesquisadores do Cepea.

Em novembro, a média mensal do trigo negociado no Rio Grande do Sul foi de R$ 1.265,61/tonelada, queda de 1,1% frente à de outubro/24 e de 0,3% sobre a de novembro/23, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI).

No Paraná, a média foi de R$ 1.429,98/t, estável no comparativo mensal, mas 7,4% superior à de novembro/23. Em São Paulo, houve respectivas altas de 3,2% e 23,6%, à média de R$ 1.584,73/t em novembro/24. Em Santa Catarina, o valor médio foi de R$ 1.426,82/t, 1,5% inferior ao de outubro/24, mas 2,6% acima do de novembro/23.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação