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Soja: tendência para 2025 deve ser de produção recorde e preço menor

Os prêmios da soja nos portos brasileiros no primeiro semestre de 2025 estão com valores bem abaixo dos registrados há um ano, e as cotações externas também operam em menores patamares, indica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Há expectativa de uma safra recorde no Brasil, onde a grande parte das consultorias privadas espera uma safra de, pelo menos, 170 milhões de toneladas no ciclo 2024/25. As questões de demanda também são um ponto importante para a formação de preço neste ano.

De modo geral, o mercado está atento às ações que devem ser tomadas pelo novo governo americano, especialmente as que se referem a tarifas de importações, que podem gerar reações de outros países e deslocar a demanda por soja para a América do Sul.

Do lado da demanda interna, pesquisadores do Cepea destacam que políticas nacionais estimulando maior mistura de biodiesel ao óleo diesel devem favorecer a procura pelo grão para processamento.

Já no mercado externo, a forte valorização do dólar deixa a soja brasileira mais atrativa a compradores internacionais, tendendo a favorecer as exportações. Nesta segunda-feira (6/1), o preço da soja voltou a cair. Segundo o Cepea, o valor de referência no Porto de Paranaguá (PR) foi de R$ 137,32 a saca de 60 quilos, 0,56% menor que o valor registrado na sexta-feira (3/1). O mês já acumula uma baixa de 1,50% no grão.
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja voltaram a subir e acumulam quatro altas nas últimas cinco sessões. No fechamento desta segunda, os lotes da oleaginosa para março avançaram 0,60%, a US$ 9,9775 o bushel.

Nas outras praças do país, levantamento da Scot Consultoria aponta saca de soja a R$ 127 em Luís Eduardo Magalhães (BA); R$ 133,50 em Rio Verde (GO); R$ 126 em Balsas (MA); R$ 144 no Triângulo Mineiro e R$ 129 em Dourados (MS). Nos portos, a soja é cotada a R$ 138 em Santos (SP) e R$ 138 em Rio Grande (RS).

Fonte: Globo Rural/Luiz Eduardo Minervino Foto: Divulgação

Colheita de trigo. Pitanga,11/10/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Mercado de trigo no Sul do Brasil enfrenta desafios logísticos

Segundo a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no sul do Brasil segue atento a fatores logísticos e cambiais. No Rio Grande do Sul, as negociações para exportação concentram-se em trigo padrão moagem, especialmente para vendedores próximos ao porto ou com acesso a logística ferroviária. As indicações de compradores estão na faixa de R$ 1.300,00, posto na Serra, para embarques entre janeiro e fevereiro, com pagamento em março. No entanto, há registros de vendas pontuais a R$ 1.250,00 FOB para retirada em fevereiro.

Em Santa Catarina, moinhos continuam abastecendo-se de trigo, mas as margens apertadas geram preocupações. Apesar da demanda por farelo, a baixa moagem tem limitado a oferta. As cooperativas ainda recebem lotes locais, mas os preços do trigo gaúcho CIF são mais competitivos. As ofertas variam entre R$ 1.220 e R$ 1.240 mais frete, enquanto trigo do Paraná chega a R$ 1.400 mais frete. Já o preço da saca para os produtores recuou em várias regiões, como Canoinhas (R$ 72,00) e Chapecó (R$ 69,00).

No Paraná, o mercado está praticamente estagnado. Moinhos mostram interesse apenas em aquisições a partir de janeiro, esperando por uma pressão de vendas nesse período devido à necessidade de espaço. As indicações de preços permanecem travadas, com vendedores pedindo R$ 1.450,00 FOB e compradores ofertando R$ 1.400,00 CIF moinho. Além disso, os moinhos têm priorizado estoques de trigo paraguaio, gaúcho e argentino, indicando uma menor demanda interna.

Esses cenários refletem um mercado regional com negociações lentas, margens pressionadas e alta dependência de fatores logísticos e cambiais. A expectativa para os próximos meses é de ajustes nos preços e possíveis movimentações, especialmente após o período de recesso dos moinhos, previsto para janeiro.

Fonte: Agrolink – Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Ibrafe: Mercado do feijão está especulado

Os produtores estão cientes de que os valores praticados após o dia 10 de dezembro estão completamente desconectados da lógica de oferta e demanda que geralmente regula o mercado. Quem ainda está ativo nesse período raramente é algum empacotador com necessidades de última hora. Na maioria dos casos, trata-se de compradores que buscam adquirir produtos a preços que acreditam permitir ganhos futuros com especulação. Na prática, esses compradores acabam ajudando produtores que precisam, a qualquer custo, vender parte de sua colheita.

Por exemplo, alguns comerciantes que contribuem para manter a liquidez do mercado receberam, nesta semana, Feijões com 6% a 7% de grãos brotados. Pagaram ao produtor valores entre R$ 110 e R$ 120 por saca, mas, hoje, não há demanda para esse tipo de Feijão. Esses compradores provavelmente precisarão armazenar o estoque por meses, aguardando uma valorização substancial da mercadoria de melhor qualidade, que possa criar uma oportunidade para a venda desse produto.

O cenário de preços baixos, tanto para o Feijão-carioca quanto para o Feijão-preto, é prejudicial para todo o setor. Para os produtores, isso é evidente; entretanto, quando os preços ao consumidor final caem abaixo de certo patamar, não há aumento significativo no consumo. Os empacotadores enfrentam o mesmo custo de operação, mas com uma receita menor. O mesmo ocorre com os supermercados, que acabam tendo margens reduzidas.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação

Colheita de trigo. Pitanga,11/10/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Adesão obrigatória da nota fiscal eletrônica do produtor rural é adiada para fevereiro

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prorrogou mais uma vez o prazo para agricultores e pequenos pecuaristas aderirem à versão eletrônica da Nota Fiscal do Produtor Rural (NFP-e). Com isso, eles terão até o dia 3 de fevereiro para se adequar às novas regras.

A medida foi decidida durante a reunião do Confaz realizada em Foz do Iguaçu no início do mês e publicada no Diário Oficial da União semana passada. Assim, a NFP-e passa a ser exigida nas operações internas de produtores rurais que tiveram receita bruta acima de R$ 360 mil em 2023 ou 2024 e também nas operações interestaduais, independentemente do valor.

Para as demais operações praticadas por produtores rurais, o uso da nota eletrônica será obrigatório somente a partir de 5 de janeiro de 2026.

A NFP-e é um documento exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, destinado a registrar transações que envolvam a circulação de mercadorias para fins fiscais. Ao substituir o documento em papel, a NFP-e (modelo 55) possui as mesmas atribuições e validade jurídica que a Nota Fiscal de Produtor (modelo 4), que será gradualmente substituída pelo ambiente eletrônico.

Desde 1º de janeiro de 2021, os produtores rurais com faturamento anual superior a R$ 200 mil já estavam obrigados a utilizar a NFP-e em operações interestaduais. A partir de 2025, porém, essa obrigatoriedade se estenderá para todas as operações, tanto internas quanto interestaduais, independente do valor em questão.

A previsão original era que essa exigência entrasse em vigor já em maio de 2024, mas o Confaz adiou para 02 de janeiro por causa das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no início do ano. Agora, o novo adiamento estabelece a data de 03 de fevereiro. Na prática, isso representa mais tempo para os produtores rurais se adequarem.

Vantagens

A principal vantagem da NFP-e é a praticidade. Além de reduzir os erros de escrituração, a nota eletrônica também representa um significativo ganho de tempo para o produtor. Com ela, o documento fiscal pode ser emitido de qualquer lugar pela internet, evitando a necessidade de ir às prefeituras para buscar ou entregar as notas fiscais.

Além disso, ela também garante mais agilidade e eficiência por parte da Receita Estadual, já que a nota eletrônica é gerada e autorizada imediatamente. A medida também reduz o consumo de papel e diminui os gastos públicos.

Como emitir

A NFP-e pode ser emitida de três formas: pelo Portal Receita PR, pelo Nota Fiscal Fácil (NFF) ou mesmo por um software adquirido de terceiros que seja cadastrado para este fim.

Além disso, a Receita Estadual tem realizado treinamentos com produtores de várias regiões do Estado para explicar a importância da NFP-e e apresentar as formas de utilizá-la corretamente. Esses encontros aconteceram em cidades como Pato Branco, Marechal Cândido Rondon, Guarapuava, Assis Chateaubriand, Campo Mourão, Maringá, Ibiporã e Curitiba.

Fonte: AEN Foto: Jaelson Lucas

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Chuvas impactam a produção agrícola no Paraná e trazem desafios ao setor

As chuvas esperadas para o mês inteiro acabaram atingindo algumas regiões do Paraná na última semana, o que ajudou algumas culturas que estavam em situação de escassez hídrica. Por outro lado, as chuvas preocupam os produtores que já estão colhendo suas culturas.

Para as lavouras de soja e de milho, as chuvas foram benéficas. Em algumas regiões já era possível observar o impacto nas plantas pela falta de chuvas. O analista do Deral Edmar Gervásio explica que, com as chuvas, há chance de uma boa safra. “A expectativa é que tanto a safra de milho como a de soja atinjam seu potencial esperado de produção, que é de 22,3 milhões de toneladas para a soja, podendo inclusive superar o recorde histórico de produção, e em torno de 2,6 milhões de toneladas de milho” afirma.

Nas lavouras de feijão, a colheita, que foi iniciada no dia 2 de dezembro, foi interrompida até o dia 9 por conta das chuvas. A recorrência das precipitações nestes últimos dias têm preocupado os produtores por conta de uma possível perda de qualidade dos grãos nas lavouras prontas para serem colhidas. Mas apesar das preocupações, em geral, as lavouras de feijão ainda encontram-se 93% em boas condições e 7% em qualidade mediana e algumas lavouras que se encontravam em situação de stress hídrico, foram beneficiadas.

As chuvas excessivas num curto período de tempo também podem ter impactado o cultivo de cebola, que na última análise encontrava-se com 85% das lavouras em boas condições e 15% em qualidade mediana e com uma produtividade inicial estimada em 39,9 mil kg/há, 21,2% superior à safra anterior de 32,9 mil kg/ha.

Fonte e Foto: Canal Rural

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Milho sem negócios no final de ano

O mês de dezembro encontra-se na metade, e a comercialização está em “marcha lenta” no mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul, segundo informações da TF Agroeconômica. “Mercado lento. Nas indicações, manutenção: Santa Rosa a R$ 73,00; Não-Me-Toque a R$ 70,00; Marau e Gaurama R$ 70;00 Arroio do Meio, Lajeado e Frederico Westphalen a R$ 71,00 e Montenegro a R$ 74,00. Pedidas iniciando no R$ 75,00 FOB nas localidades, produtor sem pressa. Não ouvimos negócios no dia de hoje”, comenta.

Em Santa Catarina, os fretes vêm aumentando e anulando indicações acima de fábricas. “Produtores com pedidas ao menos R$ 2,00 acima, em que compradores hoje indicam a partir de R$ 72,00 no interior e R$ 73,00/75,00 CIF fábricas. Negócios a R$ 75,00/76,00 no CIF meio oeste, em pelo menos 2 mil tons. Nas indicações, Chapecó a R$ 74,00; Campos Novos R$ 75,00; Rio do Sul a R$ 76,00; Videira R$ 73,00. Porto indicando R$ 67 outubro/R$ 69 novembro. Negócios pontuais ao oeste, em 1000 toneladas CIF indústria a R$ 73,00 mais ICMS, entrega imediata com pagamento em 40 dias”, completa.

No Paraná os produtores pedem mais. “Mercado sem negócios. No porto, indicações a R$ 75,00 dez/75,50 jan. No norte, indicações a R$ 68,00 (+1,00); Cascavel a R$ 69,00; Campos Gerais R$ 72,00; Guarapuava a R$ 71,00; Londrina R$ 71,00 (+1,00). Preços balcão no sudoeste e oeste a R$ 58,00, e norte a R$ 57,00. Produtores com pedidas a partir de R$ 77,00 no norte e oeste; e R$ 79,00 Campos Gerais. Não ouvimos sobre negócios no dia de hoje”, indica.

O ritmo no Mato Grosso do Sul também é lento. “Em Maracaju, indicações de R$ 53,00 (+1,00); Dourados a R$ 54,00 (+R$ 1,00); Naviraí R$ 54,00 (-R$ 1,00) e São Gabriel a R$ 49,00. Produtores iniciam ofertas FOB a R$ 52,00 com maior parte das pedidas concentradas em R$ 55,00, base interior. Negócios em ritmo lento, com produtores iniciando pedidas a R$ 58,00 no FOB, e indicações nos portos a partir de R$ 60,00”, conclui.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Mercado de trigo mantém tendência de baixa no Brasil

O Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema) divulgou na última quinta-feira (12) sua análise semanal, destacando que os preços do trigo seguem com viés de baixa no Brasil. No Rio Grande do Sul, a média semanal foi de R$ 65,62 por saco, enquanto no Paraná os valores oscilaram entre R$ 72,00 e R$ 73,00 por saco.

Segundo a análise, mesmo com as importações pressionadas por um câmbio acima de R$ 6,00 por dólar, os preços internos aos produtores tendem a permanecer estáveis no curto prazo, com projeção de alta somente a partir de fevereiro. Em novembro, o Brasil importou 427.530 toneladas de trigo, um volume 33% maior em relação ao mesmo mês de 2023. A Argentina foi responsável por 79,5% dessas importações, configurando o maior volume vindo do país nos últimos seis meses, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil adquiriu 6,52 milhões de toneladas de trigo, a maior marca desde novembro de 2020, e deve encerrar o ano com importações totais de 7 milhões de toneladas, superando expectativas iniciais.

A demanda enfraquecida e as dificuldades nas negociações para entregas imediatas mantêm o mercado do trigo no sul do Brasil em uma dinâmica lenta. No Rio Grande do Sul, as compras por moinhos foram encerradas para dezembro, enquanto as transações para janeiro seguem escassas, obrigando os vendedores a direcionar o produto para o mercado de exportação. Em Santa Catarina, a baixa demanda por farinhas reflete na lentidão do mercado. Apesar de previsões de valorização, os moinhos encontram dificuldade em repassar os custos da matéria-prima para os preços das farinhas, travando negociações, conforme o Ceema.

De acordo com a análise, no Paraná, os preços recuaram levemente, acompanhados por uma queda no custo de produção, permitindo aos produtores manter uma margem de lucro favorável, estimada em 3,66%. O volume de negociações é baixo, com vendedores retraídos, enquanto os moinhos se concentram em acordos para janeiro e fevereiro, contribuindo para a espera do mercado.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Abertas as inscrições para X Congresso Brasileiro de Soja

A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja), a ser realizada de 21 a 24 de julho de 2025, no Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro, em Campinas (SP), pela Embrapa Soja, está com as inscrições abertas. Esta edição será realizada em conjunto com o Mercosoja 2025. “A edição de 2025 será especial, pois iremos celebrar os 50 anos da Embrapa Soja, com uma programação e uma agenda técnica que destacam a ciência, as contribuições relevantes da cadeia produtiva, de seu sistema de inovação público-privado e o empreendedorismo dos produtores brasileiros”, enfatiza Alexandre Nepomuceno, chefe-geral da Embrapa Soja.

Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, o evento pretende reunir mais de 2 mil congressistas, entre pesquisadores, profissionais do agronegócio, produtores e acadêmicos. A programação técnica irá contar com especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja, uma das maiores cadeias produtivas do agronegócio brasileiro. “O X CBSoja promove o encontro de toda a cadeia de valor da cultura da soja, criando um ambiente de conexão e de discussão de grandes temas. O CBSoja irá debater os principais aspectos que envolvem a cadeia produtiva da soja, com focos em agregação de valor e desenvolvimento de uma agricultura sustentável, pautada em tecnologia e inovação”, destaca o presidente do CBSoja, Fernando Henning.

Serviço:

X Congresso Brasileiro de Soja
Data: 21 a 24 de julho de 2025
Local: Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro / Campinas (SP)
Mais informações: cbsoja.com.br/

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Mercado da soja com novidades

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul, os preços caíram no porto e no interior, segundo informações da TF Agroeconômica. “R$ 143,80 para entrega novembro, e pagamento 27/12, no Porto. No interior os preços seguiram o balizamento de cada praça. R$ 138,00 Cruz Alta – Pagamento em 15/01. R$ 138,00 Passo Fundo – Pagamento em 15/01. R$ 138,00 Ijuí – Pagamento em 15/01. R$ 137,00 Santa Rosa / São Luiz – Pagamento em 15/01. Preços de pedra, em Panambi, manteve em R$ 127,00 a saca, para o produtor”, comenta.

Santa Catarina tem ofertas estáveis no porto. “Recebemos preços variando de R$ 133,80 para entrega em fevereiro e pagamento 28/03 até R$ 140,10 com entrega em junho e pagamento em 30/07 no porto de São Francisco. A Conab informou que o estado já plantou 77% da área pretendida, 70% da semana passada e acima dos 70% do ano anterior. O preço no porto foi de R$ 145,00, Chapecó a R$ 135,50”, completa.

Já no Paraná, os preços seguem variados para entrega no porto em 2025. “O Paraná será o terceiro estado a finalizar o processo de plantio no Brasil. No porto de Paranaguá, a saca CIF era cotada a R$ 148 para entrega em dezembro, com volumes pontuais negociados. No spot da soja em Ponta Grossa, os preços iniciaram a semana em R$ 146 a R$ 147 por saca CIF indústria, mas recuaram a R$ 142 a R$ 143, enquanto produtores pediam R$ 145, limitando acordos. No balcão, os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 133,00”, indica.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Trigo no Sul do Brasil: Mercados lentos

De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo nos estados do Sul do Brasil enfrenta uma comercialização quase paralisada, com vendedores e compradores adotando posições cautelosas. No Rio Grande do Sul, a oferta de trigo argentino no porto de Rio Grande reforça a lentidão nas negociações, enquanto Santa Catarina e Paraná lidam com desafios semelhantes, marcados por baixa demanda e dificuldades de precificação de farinhas.

No Rio Grande do Sul, a comercialização para retirada em dezembro e janeiro segue extremamente travada. Vendedores próximos ao porto ou com acesso a logística ferroviária buscam liquidez no canal de trigo padrão moagem, com vendas estimadas em 520 mil toneladas. Indicações de compradores permanecem não firmes, em torno de R$ 1.300,00 por tonelada na Serra para embarques na segunda metade de janeiro e fevereiro, com pagamento em março. Moinhos no centro do estado indicam valores em R$ 1.250,00. Apesar disso, ainda restam 1,845 milhão de toneladas disponíveis, insuficientes para atender à demanda local e de outros estados.

Em Santa Catarina, o mercado segue lento devido à fraca demanda por farinhas. Moinhos indicam valores de R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, mas os vendedores, que esperam preços mais altos, negociam lentamente. A dificuldade em alinhar os preços da farinha com os custos da matéria-prima contribui para a paralisia do mercado, embora ambos os lados reconheçam a tendência de alta no médio prazo.

No Paraná, os preços recuaram levemente, cerca de R$ 3,00 por saca, mas ainda oferecem margem de lucro de 3,66% devido à redução dos custos de produção. Moinhos indicam valores entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00, dependendo da localização, mas enfrentam resistência dos vendedores, que têm focado em negociações para janeiro e fevereiro. Além disso, o trigo gaúcho, ofertado a R$ 1.250,00 FOB, é considerado caro pelos moinhos paranaenses quando adicionados os custos de frete e ICMS, mantendo o mercado estagnado.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação