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Colheita de soja no Paraná supera metade da área cultivada, diz Deral

A colheita de soja do Paraná atingiu 52% da área cultivada, avanço de 10% em relação à semana anterior, enquanto as condições das lavouras se mantiveram praticamente estáveis, informou nesta terça-feira (27) o Deral (Departamento de Economia Rural do Estado).

Os trabalhos de colheita na temporada 2023/24 estão mais adiantados em relação a anos anteriores após o encurtamento do ciclo da safra pela seca em algumas regiões.

Segundo dados do Deral, 61% das lavouras estão em boas condições, 32% em situação média e 7%, ruins. Até a semana passada, 60% das áreas tinham a melhor avaliação.

Pela última estimativa mensal, a safra do Paraná foi prevista em 19,2 milhões de toneladas. Na temporada anterior, o Estado produziu um recorde de mais de 22 milhões de toneladas de soja.

Enquanto a colheita avança, o plantio de milho segunda safra atingiu 66% da área estimada, alta semanal de 11 pontos percentuais.

Fonte: Forbes Foto: Divulgação

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Maioria dos estados viu queda para soja

O mercado da soja do estado do estado do Rio Grande do Sul teve um dia de desvalorizações, mas com o mesmo panorama, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “No estado, uma única indicação de comprador disponível no porto, na casa de R$ 118,00 sobre rodas entrega imediata e pagamento 27/03/2024”, comenta.

Em Santa Catarina os preços marcam manutenção e os negócios seguem na mesma. “Assim como os demais estados, as negociações estão paradas em Santa Catarina, o cenário segue se repetindo, com a tendência de desvalorização sendo mantida em um cenário semanal. Atualmente, mostra-se cotações diversas de regiões diferentes de SFS, isso porque o mercado está tão parado que muitas vezes nem temos ofertas do porto, algo que pode ser observado pela queda dos fretes em níveis que passam 5%”, comenta.

Os preços seguem caindo também no Paraná. “Em relação à soja da safra 2023/24, a ideia de compra girava em torno de R$ 112,00 por saca CIF Ponta Grossa, com entrega no começo de maio pagamento no fim de maio, marcando baixa de R$ 2,00/saca. Produtores, entretanto, pediam pelo menos R$130,00 por saca, sem registro de acordos. As demais posições do interior marcaram manutenção, como valor mais baixo chegando a R$ 106,00 CIF Cascavel”, indica.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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ABIOVE atualiza projeções para Complexo Soja: Menor produção de soja, mas processamento permanece em 54,5 milhões de toneladas

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) divulgou as estatísticas mensais atualizadas do complexo soja no Brasil até janeiro de 2024. Com base nos dados de produtividade média do Brasil fornecidos por suas empresas associadas, as projeções foram recalibradas, revelando uma produção de soja estimada em 153,8 milhões de toneladas, cifra inferior à última avaliação de 156,1 milhões de toneladas. Importante notar que a produtividade média no ciclo atual foi revisada para 3.411 kg/ha, em comparação com os 3.597 kg/ha de 2023.

O processamento da soja em grão permanece inalterado em 54,5 milhões de toneladas, assim como as estimativas de produção do farelo e óleo, mantendo-se em 41,7 milhões de toneladas e 11 milhões de toneladas, respectivamente.

No cenário de exportações, houve uma reavaliação. As vendas para o exterior da soja em grão estão projetadas em 97,8 milhões de toneladas, enquanto as estimativas para farelo e óleo de soja permanecem constantes, atingindo 21,6 milhões de toneladas e 1,45 milhão de toneladas, respectivamente. A expectativa de receita com essas exportações é de US$ 53,8 bilhões.

A ABIOVE também analisou os dados da safra 2022/2023, prevendo uma produção de soja em grão de 159 milhões de toneladas, com o processamento atingindo 53,7 milhões de toneladas. A produção do farelo permanece em 41,1 milhões de toneladas, e a do óleo em 10,8 milhões de toneladas. As exportações, sem alterações, continuam estimadas em 101,9 milhões de toneladas de soja em grão, 22,6 milhões de toneladas de farelo de soja e 2,3 milhões de toneladas de óleo de soja, com a previsão de gerar US$ 67,3 bilhões em divisas. Esses levantamentos têm como base a média dos dados de produtividade do Brasil, fornecidos pelas empresas associadas da entidade, abrangendo todas as regiões produtivas do país.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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CNA debate metodologias de levantamento da safra de soja

O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, disse, na terça (27), que os produtores precisam ter mais participação nos debates sobre as metodologias de levantamento da safra e no compartilhamento de dados de produção de soja.

O tema foi abordado em reunião da Câmara Setorial de Cadeia Produtiva da Soja do Ministério da Agricultura. No encontro, foram apresentadas as metodologias de levantamento da Conab e do IBGE. Segundo Arioli, a aproximação com o produtor ajudaria a aperfeiçoar as estimativas de colheita da oleaginosa.

Arioli também avaliou que a produtividade da soja para a atual safra ficará comprometida devido às questões climáticas.

Os integrantes da reunião também debateram questões referentes aos critérios de classificação da soja.

Ainda durante a reunião, o Departamento de Política Agrícola e Negócios Agroambientais do Ministério da Fazenda apresentou os dados sobre a disponibilidade de recursos, prorrogação de custeio e taxas de juros para a atual safra.

O assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, também participou do encontro.

Fonte e Foto: CNA

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XXII CBSementes vai sediar reunião nacional das comissões de sementes e mudas

Um dos principais eventos do setor de sementes no Brasil, o XII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), que acontecerá entre os dias 10 e 13 de setembro de 2024, em Foz do Iguaçu, vai sediar pela primeira vez uma reunião nacional com representantes das Comissões de Sementes e Mudas (CSMs) para discutir os avanços e os desafios da produção e da qualidade de sementes no país.

O encontro está sendo articulado pela Comissão de Sementes e Mudas do Paraná, em conjunto com a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), promotora do CBSementes. Além do Paraná, devem participar da reunião representantes das Comissões de Sementes e Mudas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O objetivo central da reunião é promover um debate abrangente sobre diversos temas de interesse mútuo. “Queremos promover uma integração entre as CSMs de diferentes estados e debater as demandas e os desafios do setor”, explica Jhony Möller, presidente do CMS-Paraná e diretor-executivo da Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem).

Jhony Möller ressalta a relevância de unificar as discussões e opiniões dos diferentes CSMs estaduais, destacando o papel consultivo dessas comissões junto ao Ministério da Agricultura. “A expectativa é que, por meio desses debates, os CSMs possam influenciar as políticas e ações do Ministério, contribuindo para o aprimoramento das práticas relacionadas às sementes e mudas no Brasil”, enfatiza.

Entre os temas recorrentes nas pautas dos CSMs, destacam-se questões como a avaliação exata de determinadas culturas, como as aveias, em diferentes regiões do país, e a melhoria dos procedimentos laboratoriais para análise de sementes. “Temos feito alguns trabalhos relacionados à aptidão de aveias dentro das espécies forrageiras, principalmente com as comissões de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul”, afirma Möller

No entanto, o tema mais premente, segundo ele, é a revisão da legislação, especialmente no que diz respeito à lei de autocontrole, aprovada no final de 2022. “Embora a lei já tenha sido promulgada, ainda são necessários decretos regulamentadores e ajustes nos procedimentos relacionados à produção de sementes. O foco principal dessa legislação é promover o autocontrole por parte dos produtores, definindo e delimitando todas as etapas do processo produtivo, em conformidade com as normas”, explica Möller.

A ideia por trás do autocontrole é que os produtores mapeiem seus processos de produção e estejam em conformidade com as regulamentações, o que resultaria em uma redução na intensidade de fiscalização por parte do Ministério da Agricultura. Esse modelo busca promover a autorregulação no setor, garantindo que os produtores que seguem corretamente as diretrizes tenham uma fiscalização menos intensiva, enquanto aqueles que não se adequam às normas são mais rigorosamente fiscalizados.

“As CSMs desempenham um papel crucial nesse contexto, atuando como órgãos consultivos e propondo melhorias e soluções para os desafios enfrentados no setor de sementes e mudanças”, explica Möller. Suas recomendações podem ser consideradas ou não pelo Ministério da Agricultura, contribuindo para a formulação de políticas mais eficientes e adequadas à realidade do país. “Desta forma, podemos levar as contribuições deste fórum para o Ministério da Agricultura e, com base nelas, o Ministério pode definir ações mais efetivas”, reafirma.

O XXII Congresso Brasileiro de Sementes vai reunir representantes do setor produtivo, da pesquisa, da extensão e do governo. O objetivo é discutir os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento da cadeia de sementes e mudas no Brasil, que é um dos maiores mercados mundiais do segmento.

O evento vai contar com palestras, mesas-redondas, debates e exposições sobre temas como qualidade, sanidade, inovação, legislação e políticas públicas para o setor, além, além de espaço para expositores, showroom e submissão de trabalhos. “A expectativa é que o evento contribua para o fortalecimento da produção nacional de sementes e mudas, que é essencial para a segurança alimentar e o crescimento econômico do país”, afirma o presidente da ABRATES, pesquisador Fernando Henning.

De acordo com Henning, o congresso é uma oportunidade única para que as Comissões de Sementes e Mudas possam se reunir e debater temas relevantes para o setor de sementes. “Nesse espaço, podemos trocar experiências, conhecimentos e propostas que visam o desenvolvimento e a qualidade das sementes produzidas no país”, afirma o presidente da ABRATES.

Fonte e Foto: Abrates

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Monitoramento agrícola mostra como as condições climáticas impactam as principais regiões produtoras de grãos

De acordo com o Boletim de Monitoramento Agrícola, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no último dia 22, nas primeiras semanas de fevereiro, houve chuvas generalizadas em praticamente todas as regiões produtoras favorecendo as lavouras. Essas precipitações contribuíram para a recuperação e a manutenção do armazenamento hídrico no solo, inclusive em parte do Semiárido do Nordeste, e possibilitaram o início da semeadura de segunda safra de milho e feijão.

Os maiores volumes ocorreram no Centro-Norte do país, com destaque para áreas do Amazonas, Pará, Mato Grosso e de partes do Matopiba (que engloba parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O Boletim aponta também que, no geral, a umidade do solo se manteve em bons níveis para a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos, com exceção de algumas áreas na região Nordeste e nos estados de Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

Segundo a análise espectral, destacam-se as anomalias negativas em função da antecipação do ciclo fenológico da soja em algumas regiões. Houve redução do Índice de Vegetação (IV) devido à maturação e colheita da leguminosa no Centro-Oeste, Sudeste e no Paraná. Já no Rio Grande do Sul o Índice está em ascensão, acima das safras anteriores, com uma pequena desaceleração no último período, devido à irregularidade das chuvas.

Publicado mensalmente, o BMA é resultado da colaboração entre Conab, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que contribuem com dados pesquisados em campo. O Boletim de Monitoramento Agrícola está disponível na íntegra no site da Conab.

Fonte: Conab Foto: Reprodução Aprosoja

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Encurtamento do ciclo da soja ajudou avanço do plantio do milho em muitas regiões, mas clima à frente preocupa

Desde o início do planejamento, a segunda safra de milho de 2024 está cercada de dúvidas e incertezas sobre a área plantada, a janela de semeadura, o nível de tecnologia utilizado, pressão de pragas e qual será a produção.

Com os atrasos no plantio da safra de soja 2023/24 devido à falta de chuvas, a semeadura do milho em uma janela ideal foi colocada em xeque, porém, muitas regiões acabaram tendo um encurtamento do ciclo de desenvolvimento da soja, o que ajudou no início do plantio da safrinha que tem trabalhos adiantados até o momento.

Até o último sábado (24), a semeadura da segunda safra de milho no Brasil estava em 59% do total estimado, de acordo com o levantamento oficial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), patamar que é superior aos 48,7% registrados no mesmo período do ano passado. Os estados mais avançados na semeadura são Mato Grosso (77,4%), Paraná (55%), Goiás (49%), Tocantins (45%), Mato Grosso do Sul (40%), Minas Gerais (26,3%), Maranhão (1250%), São Paulo (10%) e Piauí (2%). 

O Analista de Mercado da Grão Direto, Ruan Sene, aponta que, o que foi problema para a soja acabou se tornando benéfico para o milho, já que a seca encurtou o ciclo da soja e a antecipou o plantio da safrinha, consequentemente, pegando um período de menos risco climático. 

“Nesse momento, com essas chuvas durante essa semana, mantem esse viés positivo em relação ao desenvolvimento da safra que está sendo plantada. Até esse momento não temos problemas com a safra brasileira, mas não podemos esquecer que temos que ter essa favorabilidade de clima nos próximas meses para que esse desenvolvimento continue satisfatório”, diz Sene.

O que esperar do clima?

Análises da Nottus Meteorologia mostram que há indicativos de chuvas abaixo da média no mês de abril, de acordo com os modelos de previsão, o que pode prejudicar diretamente o desenvolvimento das lavouras de segunda safra. 

“A possibilidade de uma diminuição antecipada da chuva, associada ao histórico do El Niño, traz incertezas ao sucesso da safrinha. Os riscos futuros aumentam os desafios para os agricultores. Por isso, é importante monitorar de perto as condições climáticas para tomada de decisões assertivas”, diz Desirée Brandt, Meteorologista e Sócia-Executiva da Nottus.

“Neste ano, com a chegada precoce do período seco, o agricultor que habitualmente depende da chuva até maio para favorecer o Safrinha enfrentará dificuldades, pois a precipitação torna-se cada vez mais incerta”, alerta Brandt.

Paraná

Até a última terça-feira (20), o estado do Paraná já havia semeado 55% das lavouras estimadas para a segunda safra de milho, conforme o relatório de Condições de Tempo e Cultivo do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná.

“O plantio da segunda safra, com raros problemas, se desenvolve muito bem. Temos um plantio bastante adiantado na região Oeste do estado, que é a região mais crítica do ponto de vista climático, a região mais ao centro, região de Campo Mourão também com plantio bastante avançado e ficando mais a região Norte, que é um plantio tradicionalmente mais tarde a partir da segunda quinzena de fevereiro avançando para março. Então neste primeiro momento, as lavouras de modo geral estão boas, com problemas bastante pontuais tanto para o plantio quanto para o desenvolvimento”, relata o Analista de Milho do Deral, Edmar Gervásio.

Nas projeções do Departamento, o Paraná pode colher mais de 14,5 milhões de toneladas, caso as condições climáticas sigam positivas, e registrar a maior safra de milho da história do estado. 

“A expectativa neste momento é que a gente tenha uma safra muito boa, mas claro que a gente tem um lento caminho para ser vencido, especialmente nas questões de clima que há previsão de ter um clima mais seco a partir do outono e isso pode eventualmente impactar. Entretanto, por outro lado, a gente teve um plantio bastante adiantado no mês de janeiro e início de fevereiro e isso deve tentar mitigar algum risco de clima, especialmente quando a gente fala de geadas precoces e temperaturas mais baixas a partir de maio”, diz Gervásio.

Uma das localidades que registram dificuldades para as lavouras é Palotina, onde tanto o plantio quanto o desenvolvimento das lavouras já semeadas está sendo impactado pela chuva má distribuída.

“As áreas lá de janeiro que foram feitas plantio de milho saíram com um estande bom, muito bonito e bem desenvolvido, mas nós sofremos mais uma vez falta de chuva e intenso calor nesses últimos dias. As chuvas são muito irregulares, em determinados lugares chove 100 mm em outros 2 mm. Temos áreas que já tiveram problemas de replantio e o milho plantado por último, agora nesse mês de fevereiro, tivemos áreas com estande muito feio devido à falta de chuva e, principalmente, pelo calor de 45 °C de sensação térmica, áreas sendo replantadas pela falta de germinação e algumas áreas, mesmo após germinação boa, sofreram intenso calor que judiou muito o início dessa cultura”, conta o Presidente do Sindicato Rural de Palotina/PR, Edmílson Zabot. 

Fonte e Foto: Notícias Agrícolas/ Guilherme Dorigatti

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Portos do Paraná registra o melhor janeiro da história em movimentação de cargas

Após as 65 milhões de toneladas de 2023, a Portos do Paraná iniciou 2024 com mais um recorde de movimentação. Ao todo, 5.064.683 de toneladas foram movimentadas em janeiro, volume 20% maior em comparação ao mesmo período do ano passado (4.207.257) e valor recorde em comparação ao histórico da empresa pública durante o mês de janeiro.

Na exportação, os destaques foram as cargas de açúcar e soja. A primeira alcançou 74.491 toneladas de sacas em janeiro, representando um crescimento de 188% em relação ao mesmo mês do ano passado (25.824). A movimentação do açúcar em grãos também foi grande: de 188.064 toneladas em 2023 para 425.001 toneladas movimentados este ano (crescimento de 126%).

Em relação aos grãos de soja, foram 445.251 toneladas em 2023 e 932.247 toneladas movimentadas em 2024, um crescimento de 109%. Na importação, a movimentação de fertilizantes cresceu 27%, passando de 661.759 toneladas em janeiro de 2023 para 842.816 toneladas em janeiro de 2024.

No modal importação, o aumento foi de 13%, passando de 1.756.484 em 2023 para 1.987.222 em 2024. Os principais destaques ficaram com fertilizantes, derivados de petróleo e cargas em contêineres.

“O desempenho dos portos paranaenses é resultado de uma série de fatores, incluindo a sua localização estratégica, a infraestrutura moderna e a gestão eficiente”, afirmou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, o recorde também é resultado da demanda acumulada do ano anterior, que deve se estender ao longo do semestre. “Apesar do grande volume de chuva, quase quatro dias a mais se comparado a 2023, a nossa produtividade foi muito boa graças a inteligência logística e a grande demanda acumulada do ano passado. Atualmente temos uma boa perspectiva de rendimento para o primeiro trimestre, tanto que estamos preparados para receber os mais diversos tipos de cargas”, enfatizou.

Atualmente o principal destino das exportações pelos portos paranaenses é a China: US$ 758 milhões em janeiro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as receitas para o mercado exterior total atingiram US$ 1,82 bilhão (R$ 9,01 bilhões) no primeiro mês do ano, um aumento de 29,2% em comparação com janeiro de 2023 (US$ 1,41 bilhão).

Recorde anual

Outro recorde recente registrado pela Portos do Paraná foi conquistado em 2023, quando a empresa pública alcançou a marca de 65.393.256 toneladas movimentadas. O número é o maior já alcançado na história da instituição, fundada em 1935. O recorde anterior foi de 58.399.284 toneladas movimentadas em 2022 (aumento de 12%).

Além do crescimento de movimentação, o ano passado registrou um crescimento na geração de empregos. Em 2023, 669 pessoas realizaram treinamentos de integração para contratos exclusivos com a Portos do Paraná, representando um crescimento de 24,5% em comparação a 2022 (537).

Confira AQUI o relatório completo de janeiro de 2024.

Fonte: AEN Foto: Divulgação

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Modelo mais moderno: concessionárias assumem rodovias do Paraná nesta quarta

A partir desta quarta-feira (28), entram em operação os primeiros dois lotes das novas concessões rodoviárias do Paraná. A formalização do processo de transferência da administração das rodovias para as concessionárias aconteceu nesta segunda-feira (26), na sede do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), em Curitiba.

A Via Araucária e a EPR Litoral Pioneiro, empresas responsáveis pelos Lotes 1 e 2, respectivamente, vão realizar obras de melhorias que somam mais de R$ 30 bilhões ao longo dos próximos 30 anos. Neste período, elas também deverão prestar serviços de manutenção e atendimento aos usuários em mais de mil quilômetros de rodovias que compõem os dois trechos.

Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o início das operações marca um ponto de virada para a população paranaense, com o maior contrato de concessões do Brasil, e cujo modelo já está servindo de exemplo para outros estados. “É uma virada de página em que os paranaenses vão deixar o antigo pedágio, que era meramente uma tarifação de passagem, para uma verdadeira concessão, com tarifas menores, obras de melhorias e ampliação da malha rodoviária”, afirmou.

Envolvido desde o início das negociações junto ao governo federal, o secretário lembrou que prevaleceu o modelo defendido pelo Governo do Estado, fruto de um amplo debate com a sociedade paraense. “Tivemos um processo transparente, com participação do setor produtivo, das entidades de classe e da população, que levará desenvolvimento, segurança e industrialização, fazendo com que o Paraná se transforme no grande hub logístico da América do Sul”, acrescentou o secretário.

O início da operação não significa que haverá retomada imediata das cobranças, que devem ser retomadas até o fim de março, conforme previsão da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). O órgão federal deverá comunicar com um prazo mínimo de 10 dias de antecedência a data exata em que as tarifas serão cobradas nas praças de pedágio, bem como os valores. O comunicado será feito em Diário Oficial.

De acordo com o diretor da ANTT, Luciano Lourenço, os contratos de concessão rodoviária elaborado pelo Governo do Paraná em parceria com o governo federal contêm o que existe de mais moderno em concessões públicas. “É uma modelagem que alia tarifas justas com investimentos, que pela primeira vez na história teve a segurança viária como fator determinante para as prioridades de investimento a serem feitos”, declarou.

O diretor-geral do DER-PR, Fernando Furiatti, enfatizou que a experiência prévia das empresas que assumirão as rodovias a partir de quarta-feira é um bom sinal de que as concessões seguirão aquilo que está previsto em contrato. “São duas concessionárias que já têm um histórico de mercado e que vão trazer para o Paraná aquilo que elas já fazem em outras rodovias do Brasil. As equipes do DER-PR, DNIT e da ANTT vão fiscalizar para garantir isso”, comentou.

O superintendente regional no Paraná do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Hélio Gomes, lembrou dos esforços do órgão e do DER-PR para garantir a manutenção das rodovias ao longo dos últimos dois anos e quatro meses, o que reforça a importância das novas concessões. Apenas o Estado investiu mais de R$ 180 milhões.

“Este é um momento importante para o Paraná, em que passamos a responsabilidade para as concessionárias com a expectativa de termos rodovias em excelentes condições, ótimos serviços prestados à população e a ampliação da estrutura rodoviária do Estado”, disse.

Obras

As duas concessionárias que assumem os serviços nesta quarta-feira já têm um cronograma para os três primeiros anos de concessão. O primeiro será de requalificação das vias, com atualização das sinalizações, serviço de manutenção e ajustes emergenciais, bem como o início do atendimento de guinchos, ambulâncias, retiradas de animais das pistas, entre outros serviços. No segundo ano virão os investimentos em si, em especial na duplicação das rodovias. No terceiro ano, a previsão é do início da entrega das obras.

“Até o terceiro ano da concessão teremos 70 km de duplicação em cinco frentes de trabalho nas BRs 277 e 376. Inclusive já começamos a trabalhar para regularizar licenças ambientais, tanto no Ibama quanto no IAT [Instituto Água e Terra]”, apontou o diretor-presidente da concessionária Via Araucária, Sérgio Santillan.

O cronograma da EPR Litoral Pioneiro é semelhante: requalificação das vias e início dos serviços no primeiro ano, investimentos mais profundos de obras no segundo ano e início da entrega das obras no terceiro ano. A previsão é também de 70 km de duplicação.

“Os primeiros 12 meses da concessão serão de requalificação das rodovias com foco nas áreas críticas e que tenham maior impacto na população, como nos entornos das cidades. A partir do segundo ano serão investimentos mais profundos de infraestrutura. E no terceiro começam as entregas”, explicou o diretor-executivo da EPR Litoral, Roberto Longman.

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O primeiro lote engloba 473 quilômetros das rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427 que passam por Curitiba, Região Metropolitana, Região Centro-Sul e Campos Gerais. Vencedora do leilão do Lote 1 das rodovias, a Via Araucária vai operar com 420 colaboradores e 37 viaturas, entre os quais quatro guinchos pesados, seis guinchos leves, dois caminhões para resgate de animais, dois caminhões-pipa para apoio do Corpo de Bombeiros, dez ambulâncias (sendo 3 com UTI) e 13 veículos para inspeção de tráfego.

O contrato prevê a implementação de 344 quilômetros de duplicações, 215 quilômetros de faixas adicionais, 32 quilômetros de vias marginais, 27 quilômetros de ciclovia e 63 viadutos e trincheiras. Entre as principais obras, estão a duplicação total da BR-373, entre Ponta Grossa e Prudentópolis, a duplicação da BR-277 entre Balsa Nova e Prudentópolis e do Contorno Norte de Curitiba entre o trevo de Campo Largo e o acesso a Colombo, além da construção de faixas adicionais no Contorno Sul de Curitiba e obras na RMC.

Segundo Santillan, a concessionária está preparada para dar início imediato ao trabalho. “Nos últimos três meses, nossas equipes trabalharam diariamente para a instalação das bases de operação para que a partir da primeira hora do dia 28 estejamos trabalhando de forma eficiente ao longo de todos os trechos sob nossa responsabilidade”, afirmou.

Lote 2

O segundo trecho leiloado envolve 605 quilômetros das rodovias BR-153, BR-277 e BR-369 e das estaduais PR-092, PR-151, PR-239, PR-407, PR-408, PR-411, PR-508, PR-804 e PR-855 em trechos que passam por Curitiba, Litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro. O contrato com a EPR Litoral Pioneiro inclui a duplicação de 350 quilômetros, 138 quilômetros de faixas adicionais, 73 quilômetros de vias marginais e 72 quilômetros de ciclovias. Serão ainda 107 novos viadutos, 52 passarelas, 35 pontos de correção de traçado e oito passa-faunas.

Uma das obras mais aguardadas é a instalação de faixas adicionais na BR-277 em 81 quilômetros entre Curitiba e Paranaguá, que terá três pistas e acostamento nos dois sentidos logo nos primeiros anos de contrato. Também serão instaladas vias marginais, viadutos e trincheiras no perímetro urbano de Paranaguá, próximo ao Porto de Paranaguá.

O contrato engloba as duplicações de 14 quilômetros da PR-407 entre Paranaguá e Pontal do Paraná, 123 quilômetros da PR-092 entre Jaguariaíva e Santo Antônio da Platina e 71 quilômetros da PR-239 entre Piraí do Sul e Jaguariaíva, além de obras na BR-153 no Norte Pioneiro e na BR-369 entre Cornélio Procópio e a divisa de São Paulo.

O presidente da EPR Litoral Pioneiro, José Cassaninga, garantiu que os paranaenses já poderão sentir a diferença no atendimento de imediato. “Vamos iniciar no dia 28 uma operação muito qualificada e os usuários já vão perceber um incremento significativo dos serviços nas estradas, que vão trazer segurança, conforto e desenvolvimento sustentável para o Paraná”, afirmou.

Inovações

Além da isenção para motos, os usuários frequentes das rodovias concedidas que instalarem tags de cobrança automática nos seus veículos terão descontos progressivos nas tarifas de pedágio. Todas as vezes que passarem em uma mesma praça em um mesmo mês pagarão tarifas mais baratas, com desconto aplicado progressivamente da 1ª até a 30ª passagem do veículo pela praça dentro de um mesmo mês. A Agência Estadual de Notícias fez uma simulação desse sistema com a projeção tarifária dos editais. Confira AQUI.

As concessionárias também deverão disponibilizar internet nos pontos de atendimento ao usuário e áreas de descanso para caminhoneiros, e sistema de comunicação Wi-fi em 100% da rodovia, para acesso ao canal de atendimento ao usuário.

Fonte: AEN Foto: Gabriel Rosa/AEN

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Laboratórios de Análises de Sementes não podem cair em descrédito

Os produtores rurais já conheciam os laboratórios de análises de sementes, mas não tinham de fato, esse conjunto de resultados que auxiliam nas tomadas de decisões. E hoje estão confiando mais. Mas a Doutora em Ciência e Tecnologia de Sementes, Fátima Zorato, tem uma preocupação: a partir do momento em que se conquista o produtor, se for aplicada a metodologia errada ou se não se souber interpretar e passar a informação correta, os laboratórios podem cair em descrédito, o que já está acontecendo em alguns casos.

A Edição 07 da “Revista Apasem” traz uma entrevista com a especialista.