transferir (1)

Ferrugem-asiática dispara 234% na safra 23/24 de soja

Nas últimas cinco safras, a média de casos de ferrugem-asiática nas lavouras de soja registradas até o dia 20 de dezembro foi de 33. Nesta temporada 2023/24, já são 111. Com isso, as ocorrências da pior doença a afetar a cultura estão 234% superiores agora.

Os dados são provenientes do Consórcio Antiferrugem, iniciativa liderada pela Embrapa Soja. De acordo com a instituição, esse aumento vertiginoso se deve ao fato de a região Sul do país ter tido um inverno menos rigoroso, favorecendo a emergência da soja voluntária, que já estava com inóculos do fungo.

A concentração de casos nos três estados da região justificam a explicação:

83 registros no Paraná;

17 no Rio Grande do Sul;

4 em Santa Catarina.

Também já foram reportados três casos em São Paulo, dois em Minas Gerais e dois em Mato Grosso do Sul.

A maior distribuição de chuvas, intercaladas com veranicos, efeitos do fenômeno climático El Niño, tem dificultado o estabelecimento da soja, com atraso no plantio e necessidade de replantios em diversos locais, como em Mato Grosso, maior produtor da oleaginosa.

Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de portfólio nacional de fungicidas para soja na Bayer, Carlos Toscano, esse cenário se torna muito propício para a ocorrência da ferrugem asiática.

“É a doença mais agressiva que temos na cultura da soja, podendo ocasionar perdas de até 90% caso não seja controlada. Nesta safra já temos relatos da ocorrência dos sintomas da doença de forma muito precoce nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e em países vizinhos como Paraguai e Bolívia”, afirma.

Manejo contra a doença

O foco do agricultor nesse momento é adotar a melhor estratégia de manejo de fungicidas, sempre atento aos desafios que a ferrugem traz, de acordo com Toscano.

Segundo ele, as medidas mais importantes para a redução dos danos da doença são os seguintes:

Usar o sistema de plantio direto com culturas que ajudem a recobrir o solo com palhada;

Respeitar o período de vazio sanitário;

Dentro de um limite agronômico, semear mais cedo para evitar as épocas mais favoráveis às doenças;

Usar produtos químicos ou biológicos preventivamente;

Escolher produtos eficazes, com doses assertivas para controlar as principais doenças da soja, como a ferrugem asiática, mancha alvo, mofo branco e podridão de grãos;

Escolher variedades de soja que possuam tolerância a alguns destes problemas;

Uso de ferramentas digitais que contribuem para o monitoramento e controle efetivo nos talhões afetados.

Além disso, segundo o engenheiro agrônomo da Bayer, para maximizar os ganhos com a cultura da soja, o agricultor deve levar em consideração o manejo contra a ferrugem e demais doenças fúngicas nos seguintes momentos:

Aplicação do vegetativo: sua função é reduzir a pressão inicial de doenças;

Pré-fechamento da linha: aplicação mais importante e, assim, deve-se usar o produto mais robusto, preferencialmente misturas mais completas com ativos altamente eficientes. “Essa aplicação do pré-fechamento não deve ser postergada em função da aplicação do vegetativo”, adverte;

2ª aplicação: deve ocorrer até 14 dias após a aplicação dos produtos pré-fechamento. “Nesse momento, a preocupação com a ferrugem e a podridão de grãos deve ser redobrada, dando preferência ao uso de produtos com uma carboxamida moderna e eficiente”, instrui.;

3ª e 4ª aplicações: deve-se utilizar misturas de triazol+estrobirulinas, sempre acompanhadas de fungicidas protetores.

“Portanto, vale a atenção do produtor para a adoção de boas práticas, tais como respeitar os intervalos de aplicações de até 14 dias; associar fungicidas sistêmicos juntamente com os multissítios e usar volume de calda e doses dos produtos conforme recomendado em bula e buscando sempre a melhor tecnologia de aplicação dentro dos melhores períodos do dia. Tudo isso contribuirá para um melhor controle da doença e minimização dos prejuízos”, finaliza Toscano.

Na safra 2022/23 de soja, foram reportados 295 casos de ferrugem-asiática. Mais uma vez, o Paraná liderou em número de casos, com 83 na ocasião, seguido de Mato Grosso do Sul, com 57.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

Praça de Pedagio da Concessionária EcoCataratas.   Foz do Iguaçu, 08/05/2019 -  Foto: Geraldo Bubniak/ANPr

Saiba a data prevista para a volta da cobrança nas praças de pedágio no PR

O Grupo Pátria que irá comandar os trabalhos do lote 1 da nova concessão do pedágio no Paraná, já tem uma previsão para iniciar a cobrança nas cinco praças administradas pela marca.

O contrato com o Grupo Pátria deve ser assinado no dia 26 de janeiro e a operação efetiva da cobrança do pedágio poderá ter início no dia 26 de fevereiro*. A empresa já definiu o nome que será estampado como marca nas praças de pedágio: Via Araucária.

O grupo já começou a contratação de 800 funcionários que irão atuar em diversos setores da volta do pedágio no Paraná.

Detalhes do Lote 1

O grupo vai administrar 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais entre Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná pelos próximos 30 anos. Ao longo do período, a concessionária deverá investir cerca de R$ 7,9 bilhões em obras e R$ 5,2 bilhões em manutenção em trechos da BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.

Novas tarifas do Lote 1

São Luiz do Purunã (BR-277): R$ 7,51 (redução de 21,74% em relação à antiga concessão)

Lapa (BR-476): R$ 9,90 (redução de 35,29% em relação à antiga concessão)

Porto Amazonas (BR-277): R$ 9,46 (redução de 38,18% em relação à antiga concessão)

Imbituva (BR-373): R$ 8,67 (redução de 35,33% em relação à antiga concessão)

Irati (BR-277): R$ 8,83 (redução de 34,11% em relação à antiga concessão)

Fonte: DCMais Foto: Geraldo Bubniak

31.09.2021 - Plantação de trigo, região de Tibagi/Pr
Foto Gilson Abreu/AEN

Estudo do IBGE mostra economia do Paraná mais forte e distribuída pelo Estado

Ao longo dos últimos 20 anos, a economia paranaense se tornou mais diversificada, com diversas regiões do Estado ganhando mais participação proporcional no Produto Interno Bruto (PIB). É o que apontam os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao ano de 2021, quando comparados as estatísticas econômicas com as de 2002.

A Região Metropolitana de Curitiba (RMC), composta por 29 cidades, representa mais de um terço da economia paranaense e registrou expansão do PIB nas últimas décadas, de R$ 35,2 bilhões para R$ 190 bilhões, mas a participação no total foi de 39,9% em 2002 para 34,6% em 2021. Curitiba (17,8%), São José dos Pinhais (4,9%) e Araucária (4,5%) são os três municípios com maior peso no PIB estadual atualmente.

De acordo com o relatório, 8 das 12 regiões analisadas aumentaram a sua participação proporcional nos últimos anos. O maior crescimento proporcional no período foi registrado no Noroeste do Estado. Os 86 municípios da região representavam juntos 9% do PIB estadual há 21 anos e alcançaram 11,2% de participação no estudo mais recente, passando de R$ 8 bilhões para R$ 61,6 bilhões.

A cidade que mais expandiu e diversificou a economia proporcionalmente foi Indianópolis, da 301ª para a 149ª colocação. Outras cidades do Noroeste com grande crescimento foram Douradina, que passou do 183º lugar para 93º e Francisco Alves, de 300ª para a 238ª colocação.

O Oeste do Paraná, que já era vice-líder na produção de riquezas em nível estadual em 2002, cresceu mais um ponto percentual, passando de 12,2% para 13,2% em 2021, ou de R$ 10,8 bilhões para R$ 72,6 bilhões. Entre os 45 municípios da região, os que mais cresceram neste intervalo de tempo foram Iracema do Oeste (de 361º para 292º), Entre Rios do Oeste (de 284º para 226º), Itaipulândia (de 190º para 145º) e Formosa do Oeste (de 243º para 199º).

As outras regiões com crescimento acima da média estadual nas últimas duas décadas foram os Campos Gerais, com alta de 0,7 ponto percentual (de 7,3% para 8%), o Sudoeste, com os mesmos 0,7 pp (de 4,8% para 5,5%), o Centro, que subiu 0,5 pp (de 2% para 2,5%), o Litoral, com 0,4 pp a mais (2,6% para 3%), além de alta de 0,1 pp para o Centro-Oeste (2,6% para 2,7%) e o Norte Pioneiro do Paraná (2% para 2,1%).

Apesar de uma queda de 0,3 ponto percentual da região Norte, Sabáudia e Santo Inácio registraram o maior e o terceiro maior crescimento no ranking estadual respectivamente. Enquanto Sabáudia cresceu 160 posições (de 270º para 110º), Santo Inácio alcançou uma classificação 137 lugares acima (de 279º para 142º).

Cidades

O estudo também mostra que 14 cidades paranaenses têm 1% ou mais de participação no PIB: Curitiba, São José dos Pinhais, Araucária, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Cascavel, Paranaguá, Guarapuava, Pinhais, Toledo, Campo Largo e Colombo. Em 2002 eram 12.

Em nível nacional, em 2021, 11 municípios responderam por quase 25% do PIB: São Paulo (SP), com 9,2%; Rio de Janeiro (RJ), 4%; Brasília (DF), 3,2%; Belo Horizonte (MG), 1,2%; Manaus (AM), 1,1%; Curitiba (PR), 1,1%; Osasco (SP), 1,0%; Maricá (RJ), 1,0%; Porto Alegre (RS), 0,9%; Guarulhos (SP), 0,9% e Fortaleza (CE), 0,8%. Em 2002, apenas quatro municípios representavam um quarto da economia nacional.

Paraná Agro

O estudo também mostra que a Região Rural da Capital Regional de Cascavel, com a menor superfície produtiva entre outras regiões (49.918 km² espalhados em 115 cidades), teve o segundo melhor resultado no valor agregado da produção nacional, atrás apenas da Região Rural da Capital Regional de Passo Fundo (Rio Grande do Sul), que tem 62.707 km² de área em 202 cidades. A Região Rural da Capital Regional de Ponta Grossa também aparece nessa lista, na sétima posição, com 69 municípios.

PIB em alta

Análises do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) feitas a partir dos dados do IBGE também demonstram que oito municípios paranaenses integram a lista das 100 maiores economias do Brasil. Curitiba ocupa a 6ª posição no ranking, com um PIB de R$ 98 bilhões, o equivalente a 1,1% de toda a produção nacional. Também aparecem no ranking São José dos Pinhais (45ª colocação), Araucária (46ª), Londrina (50ª), Maringá (54ª), Ponta Grossa (69ª), Foz do Iguaçu (70ª) e Cascavel (91ª).

Em 2021, o PIB do Paraná totalizou R$ 550 bilhões, um crescimento em termos reais de 3,5% em relação ao ano de 2020, como mostram os dados do Sistema de Contas Regionais (SCR). Com esse resultado, o Paraná respondeu por uma fatia de 6,1% de todo o PIB brasileiro, que fechou 2021 em R$ 9 trilhões.

O levantamento mais atualizado do Ipardes mostra que a economia paranaense cresceu 6,91%% nos três primeiros trimestres de 2023 na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o PIB do País teve crescimento de 3,2% nos nove primeiros meses desse ano.

Fonte e Foto: AEN

transferir

Paraná prevê possível recorde na produção de milho

O Paraná se prepara para superar o recorde de produção de milho de segunda safra, alcançado no ciclo 2022/23 com a colheita de 14,1 milhões de toneladas. Segundo a primeira Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quarta-feira (20) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, há expectativa de um crescimento de 2%, atingindo 14,4 milhões de toneladas, caso a produtividade se recupere conforme o esperado.

No início do plantio da safra anterior, em final de 2022 e início de 2023, a retirada tardia da soja dos campos dificultou a implantação das novas culturas. No entanto, esse cenário não deve se repetir, permitindo maior agilidade no plantio. A semeadura do milho já começou em algumas áreas do Estado e espera-se uma intensificação em janeiro, com conclusão prevista para o final de março. A previsão é que o milho ocupe a mesma área de plantio do ciclo anterior, totalizando 2,3 milhões de hectares.

“Essa manutenção indica, inicialmente, uma menor disposição ao risco por parte dos produtores. Apesar da redução dos custos para o cultivo do milho nos últimos meses, essa diminuição não acompanhou a mesma proporção dos preços, o que desestimulou os produtores a expandirem a área cultivada, mesmo com a expectativa de uma janela de plantio mais favorável em 2024”, afirmou o agrônomo Carlos Hugo Godinho.

Em 2022, a média de preço pago ao produtor foi de R$ 79,86 por saca, enquanto em 2023 caiu para R$ 54,58.

Fonte: Agrolink Foto: Gilson Abreu/AEN

Campanha_PQ_Live-08.09

Aprosoja BR alerta para identificação equivocada de Pragas Quarentenárias

Já está disponível no site e nas redes sociais da Aprosoja Brasil a campanha “Pragas Quarentenárias na Soja – Por que se importar com elas?”, lançada originalmente em 2022. Para este ano, a Aprosoja faz um alerta específico aos produtores com relação à identificação das pragas para evitar embarques de semente de ervas daninhas quarentenárias na soja in natura.

“A Aprosoja Brasil pretende alertar os produtores sobre a identificação equivocada de pragas quarentenárias, a fim de manter em alta a reputação da soja brasileira frente aos compradores externos”, afirma o presidente da entidade, Antonio Galvan.

Voltada aos produtores, agrônomos e técnicos agrícolas, a iniciativa volta a difundir boas práticas agrícolas e alertar estes públicos, por meio de publicações em redes sociais, sobre a ameaça das pragas quarentenárias nas lavouras.

Além dos materiais de mídias sociais, a Aprosoja disponibiliza novamente o e-book elaborado pelo professor da Universidade de Passo Fundo, Mauro Rizzardi, com orientações aos agricultores.

De acordo com a Embrapa, pragas quarentenárias são organismos de importância econômica potencial para a área em perigo, onde ainda não estão presentes, ou, quando presentes, não se encontrem amplamente distribuídas, sob controle oficial. Por essa razão, essas pragas são objeto de controle oficial, seja no emprego de medidas voltadas à prevenção de entrada no país ou, caso presente em dada área, na forma de medidas fitossanitárias para viabilizar erradicação e controle no intuito de evitar dispersão. Estas pragas podem ser insetos, ácaros, nematoides, fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus, viroides, plantas infestantes e parasitas.

Acesse aqui o E-book_Campanha pragas quarentenárias

Fonte: Aprosoja

transferir (3)

Mudanças climáticas impactam diretamente o PIB brasileiro

Os eventos extremos provocados pela mudança climática estão prejudicando a infraestrutura brasileira e comprometendo o crescimento do país, informou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No relatório Estudos Econômicos da OCDE: Brasil, documento bianual com perspectivas para o país, a organização sugere planejamento nas obras públicas, novas políticas urbanas e o cumprimento mais amplo do Código Florestal.

“A infraestrutura pública [do Brasil] é particularmente vulnerável a choques climáticos em meio a uma rápida, não planejada e descontrolada urbanização”, destacou a OCDE, organização formada por países que se comprometem com metas econômicas, sociais, ambientais e institucionais e à qual o Brasil está em processo de adesão. Segundo a organização, tanto as secas como as enchentes trazem prejuízos à infraestrutura brasileira.

“Secas frequentes e aumento das temperaturas vão criar desafios para fornecimento de energia, particularmente de fontes hidrelétricas”, destacou o relatório. Em relação às chuvas, a OCDE ressalta que os deslizamentos e as enchentes trazem prejuízos às cidades e ao transporte. “As enchentes compõem 65% dos riscos naturais [no Brasil], e os danos associados a enxurradas e deslizamentos foram responsáveis por 74% das mortes relacionadas a desastres naturais entre 1991 e 2010”, informa o documento.

A OCDE cita um estudo do Banco Mundial de 2021 segundo o qual a mudança climática custa 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) a cada ano para as empresas do país. Segundo o relatório, 55% dos prejuízos afetam as infraestruturas de transporte, 44%, o fornecimento de energia e 2%, o abastecimento de água. O relatório destaca que a queda no nível dos reservatórios das hidrelétricas entre 2013 e 2021 ameaçou o fornecimento de energia num país onde dois terços da matriz energética está associado às hidrelétricas.

Recomendações

O relatório forneceu uma série de recomendações ao Brasil para enfrentar as mudanças climáticas. A primeira diz respeito à melhoria do planejamento, do financiamento e da entrega de empreendimento de infraestrutura para considerarem a resiliência climática. Segundo a OCDE, os projetos precisarão ter apoio legislativo, orçamentário e claras responsabilizações que considerem eventos climáticos extremos.

“Um portfólio otimizado de ativos de infraestrutura levaria em conta a análise do custo-benefício, com alguns ativos [empreendimentos] sendo resilientes ao clima, mas não necessariamente todos”, aconselhou o relatório.

A OCDE também pediu revisões das políticas urbanas para evitar novas construções em áreas de risco e reduzir o impacto das mudanças climáticas. “Elaborar diretrizes para apoiar as prefeituras em levantar os riscos climáticos e integrá-los ao planejamento fundiário e fornecer mapas de riscos e acesso a informações climáticas às prefeituras para que executem o levantamento de perigos melhoraria o planejamento urbano”, destacou o documento. O relatório também pediu mais investimentos em transporte coletivo para reduzir a vulnerabilidade da infraestrutura deste setor,

De maneira mais ampla, a OCDE pediu o desenvolvimento do mercado de carbono, com a melhoria dos mecanismos de precificação das emissões de gás carbônico, para reduzir a emissão. Por meio desse mercado, investidores de países desenvolvidos financiam projetos de recuperação florestal ou de desenvolvimento socioambiental em troca de emitirem carbono nos países de origem.

A organização também pediu o reforço do cumprimento da legislação contra o desmatamento. “Um cumprimento mais rigoroso do Código Florestal, somado a recursos mais adequados para as agências reguladoras, deve ajudar a reduzir o desmatamento”, destacou.

Novamente citando estimativas do Banco Mundial, a OCDE estima que os investimentos para adaptar a infraestrutura às mudanças climáticas custam, em média, 0,8% do PIB por ano entre 2022 e 2030, variando conforme o tipo de infraestrutura. O custo alto, ressaltou o relatório, seria compensado pela diminuição dos prejuízos e pelo retorno econômico. “No setor de infraestrutura rodoviária, um investimento de 1,2% do PIB melhoraria significativamente a resiliência climática de 23% dos novos investimentos necessários para a próxima década. Além disso, evitaria perdas estimadas em 2,5% do PIB”, afirmou o relatório.

Fonte e Foto: Débora Damasceno/Sou Agro, com agência

transferir (2)

Preços do milho continuam em ascensão

Os preços do milho continuam em ascensão em diversas regiões monitoradas pelo Cepea, atingindo a marca expressiva de aproximadamente R$ 70 por saca de 60 kg, de acordo com o Indicador ESALQ/BM&FBovespa em Campinas – SP. Esta tendência de alta resultou em uma valorização de 9% até o dia 14 de dezembro, conforme apontam os dados do Cepea.

Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam que a forte retração por parte dos vendedores está impactando o ritmo das negociações no mercado nacional de milho. Preocupações relacionadas ao clima e possíveis impactos futuros na oferta têm mantido os produtores cautelosos, contribuindo para um ambiente de negócios mais lento no spot.

Enquanto isso, do lado da demanda, consumidores mostram uma necessidade crescente de repor estoques, especialmente neste final de ano. Paralelamente, as exportações do cereal estão em alta, refletindo uma demanda internacional aquecida.

As projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam uma redução de 9% na área destinada ao milho para a safra de verão 2023/24 em comparação com a safra anterior. Isso resultaria em uma produção estimada de 25,31 milhões de toneladas, uma queda de 7,5% em relação à temporada passada.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

transferir (1)

Ibrafe: Início de 2024 terá forte valorização dos Feijões

“Tem certeza?” – foi o que me perguntou ontem um membro do Clube Premier, que tem contrato para entregar cozinhas industriais em janeiro e fevereiro. Minha resposta foi: “Sim, tenho. Prepare-se, porque o que vem pela frente é inédito. As análises que fazemos com auxílio de estatísticos indicam que poderemos ter o início do ano com o menor volume de Feijão em estoque da história. Portanto, minha sugestão foi: compre agora, suspenda as férias do setor de compras e busque comprar o que puder”.

“Nunca vi algo assim”. Até poucos dias, eram os produtores que falavam sobre o clima e o efeito nas lavouras, seja no Sul, com excesso de chuvas, ou no Centro-Oeste e Sudeste, com a falta de chuvas. No entanto, agora chegou a vez dos comerciantes, e não é para menos. Primeiro, diversos estão antecipando a parada final do ano. Outros já suspenderam a venda, por exemplo, de Feijão-preto. E neste Feijão reside a maior dificuldade de conseguir lotes. Quem esperava que já no início desta semana fosse possível comprar bons volumes abaixo de R$ 300 está tendo enorme dificuldade. O menor valor reportado neste início da semana foi, por boa mercadoria, os R$ 300 ou inéditos US$ 61 por saca.

No início deste ano, o impacto do menor volume produzido pelo Feijão-carioca foi atenuado pelo Feijão-preto, que estava com preços menores. A venda do Feijão-preto chegou a bater recordes em empacotadores e também em supermercados em diversas regiões do país.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio

Fonte: Ibrafe Foto: Notícias Agrícolas

transferir

Balanço das exportações do agronegócio brasileiro em novembro de 2023, por Itaú BBA

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os números referentes às exportações do agronegócio em novembro, alcançando a marca de USD 13,3 bilhões. Esse valor representa um aumento de 0,7% em relação ao mês anterior e um expressivo crescimento de 9,7% em comparação a novembro de 2022. No acumulado do ano, o total exportado atingiu USD 151,8 bilhões, registrando um incremento de 2,8% em relação ao mesmo período de 2022.

No segmento do complexo soja, o volume exportado de grãos em novembro atingiu a marca de 5,2 milhões de toneladas, representando um aumento significativo de 106% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse volume é o mais alto já registrado historicamente para o mês de novembro. No entanto, o óleo de soja registrou uma queda de 38% nas vendas externas, alinhada ao aumento do consumo doméstico na indústria de biodiesel. No caso do farelo de soja, as exportações do último mês foram 24% maiores em comparação a novembro do ano anterior. Em termos de preços, tanto o óleo quanto o grão apresentaram decréscimo de 29% e 14%, respectivamente, enquanto a cotação do farelo de soja recuou 7%, comparando as médias do décimo primeiro mês de 2022.

No setor de proteínas animais, os destaques foram as exportações de carne bovina in natura, que alcançaram 188 mil toneladas em novembro de 2023, representando um aumento expressivo de 126% em relação ao mesmo mês de 2022. As carnes de frango e suína também apresentaram crescimento de 7% no volume exportado, enquanto os preços desses produtos tiveram redução de 14% e 11%, respectivamente. A carne bovina in natura registrou um recuo de 12% na tonelada cotada, considerando os preços médios de novembro de 2023 em comparação a novembro de 2022.

No complexo sucroenergético, as exportações de açúcar refinado aumentaram 48% em novembro de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior. Para o açúcar bruto, o aumento foi de 5%, enquanto o volume de exportação de etanol registrou uma redução de 21%. Os preços médios em dólares apresentaram aumento de 24% para o açúcar bruto e 18% para o açúcar refinado. Em contrapartida, o etanol teve uma diminuição de 12% nas cotações em comparação entre os meses de novembro de 2023 e 2022.

Quanto às exportações de milho, o volume embarcado no último mês foi 26% maior em comparação a novembro de 2022, atingindo 7,4 milhões de toneladas, o maior valor já registrado para o mês de novembro. Em relação aos preços médios em dólares, o milho registrou uma redução de 20% no mesmo comparativo. No caso do algodão, o total embarcado em novembro de 2023 foi 5% menor em comparação com novembro de 2022, e os preços em dólares foram 2% menores.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação