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Conheça o primeiro indicado ao Personagem Soja Brasil 23/24

Está prestes a começar mais uma edição do Personagem Soja Brasil. A iniciativa reconhece a trajetória de sucesso de pesquisadores e produtores que deram grandes contribuições à cadeia da soja.

Assim, o prêmio traz um holofote às pessoas que criaram novas variedades ou tratamentos contra pragas e doenças ou que conduzem um manejo eficiente e sustentável em busca de altas produtividades.

A votação abriu hoje, 12 de março.

O primeiro deles é o pesquisador da Embrapa Soja, José de Barros França Neto. Ele se formou em engenharia agronômica em 1975 pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), ou seja, tem quase 50 anos de experiência no ramo.

Vocação desde criança

A paixão dele pela agricultura nasceu quando ainda era criança e via na horta da avó a magia acontecendo: uma semente depositada no solo se transformava em uma bela planta.

“Então, um belo dia, perguntei para a minha avó: ‘existe alguma engenharia que estuda planta?’. Ela me respondeu que era a engenharia agronômica. Respondi que era aquilo que eu queria ser. Tinha 10, 12 anos, no máximo”.

França Neto começou a trabalhar na Embrapa em 1979 e, quando chegou à instituição, as pesquisas de tecnologia e desenvolvimento de sementes ainda estavam no início. “Fui muito afortunado ao escolher essa área que era muito vasta e ainda precisava de muita informação”, conta.

Tecnologias para sementes de soja

Pesquisador Embrapa Soja

A partir de então, o pesquisador conta que ajudou a desenvolver diversas tecnologias de produção de sementes, envolvendo a parte de campo; o controle de pragas, como os danos causados por percevejos; nível nutricional da planta; ponto e metodologia de colheita; e resistência ao ataque de pragas.

“Naquela época, nossas máquinas colhedoras não tinham toda a tecnologia de hoje. O principal fator que mais afeta a qualidade da semente de soja chama-se dano mecânico e ocorre na operação de trilha na colheita”, descreve. Assim, França Neto ajudou no desenvolvimento de tecnologias para reduzir esses problemas.

“Quando falamos em pesquisa em relação à soja, hoje o Brasil é referência a nível mundial. Todos que falam sobre tecnologia de produção de soja – não apenas de semente – envolvendo todas as fases de produção, como controle de doenças, melhoramento, fixação simbiótica de nitrogênio, o Brasil é referência, principalmente para o mundo tropical”, destaca.

O pesquisador lembra que a Embrapa Soja é o principal grupo concentrado e dedicado à pesquisa da oleaginosa a nível mundial. “Nesse sentido, somos referência até mesmo para as regiões de origem da soja, de clima temperado”.

França Neto salienta que graças à pesquisa, a produtividade média da soja a nível nacional teve um grande salto: de 1500 kg por hectare na década de 1970 para mais de 3.500 kg por hectare nos dias de hoje.

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Preço da soja inicia nesta semana em alta no Paraná

A saca de 60 quilos de soja começou na segunda-feira (11) em alta de 1,15% no litoral do Paraná. Em Paranaguá, o produto é comercializado a R$ 120,90, por saca de 60 kg do produto.

Já em demais regiões do interior do Paraná, em média, o preço da saca de soja subiu 1,00%, e é comercializada a R$ 115,30.

Para o trigo, houve estabilidade do preço nos dois estados monitorados. A tonelada é comercializada a R$ 1.239,80, para retirada no Paraná. Para a retirada no Rio Grande do Sul, a tonelada é comercializada a R$ 1.169,70.

Os valores são do Cepea.

Fonte: Brasil 61 Foto: Divulgação

Safra soja 2020. Fotos:Jaelson Lucas / AEN

Paraná propõe ao governo federal Plano Safra 2024/25 com R$ 568 bilhões

O Paraná está propondo ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) a liberação para todo o País de R$ 568 bilhões para o Plano Safra 2024/25. Esse montante abrange a agricultura empresarial e a familiar, com recursos destinados a custeio, comercialização e investimento. No período 2023/24, o ministério liberou R$ 435,9 bilhões.

O documento Proposta para o Plano Safra 2024-2025 foi enviado nesta sexta-feira (08) com a assinatura dos titulares da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), IDR-Paraná, Federação da Agricultura (Faep), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e Sistema Ocepar.

A contribuição paranaense, com propostas que envolvem, entre outros itens, investimentos, custeio e comercialização, ocorre todos os anos. “A agropecuária paranaense conquistou uma posição de respeito tanto no Brasil quanto no exterior, por isso temos o dever de apresentar as propostas que consideramos mais justas e adequadas para o momento, com base no conhecimento das coisas do campo e participação dos agricultores por meio de suas entidades representativas”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

O ofício que os órgãos representativos dos produtores enviaram aos ministros Carlos Fávaro e Luiz Paulo Teixeira, acompanhando o documento com as propostas, destaca o impacto que as culturas da safra 2023/24 sofreram em razão do comportamento do clima.

“Com o avanço das colheitas é possível reavaliar as estimativas de produção, concluindo-se que as perspectivas de obtermos uma safra cheia não serão alcançadas. Esse fator, se configurado, trará consequências diretas sobre a capacidade de pagamento dos produtores e a realização de novos investimentos ao longo do ano em curso”, afirma o documento.

As entidades lembram que os insumos para a atual safra foram adquiridos em período de preços elevados, mas os valores do produto final, particularmente o milho e soja, sofreram redução significativa. “A soma desses fatores está pressionando fortemente as margens de renda, em especial no primeiro elo da cadeia produtiva”, constatam.

No entanto, elas acentuam que o setor continua a contribuir para minimizar os impactos negativos da inflação no país e assegurar a segurança alimentar, tanto a nível nacional quanto global. “A produção agropecuária não apenas impulsiona a economia, mas promove investimentos no setor, que resultam em aumento de produtividade e geração de empregos”, afirmam.

Crédito Rural

O documento preparado pelos representantes do agro paranaense salienta ser crucial que a formulação da política de crédito rural priorize atividades, produtores e empreendimentos que gerem benefícios sociais e ambientais. Nesse sentido, propõem a concessão de créditos para pequenos e médios produtores, e para investimentos em tecnologias e práticas agrícolas sustentáveis.

Eles lembram que desde o ciclo 2017/18 o Estado tem enfrentado sucessivas quebras de safra, sobretudo em razão das condições climáticas. De outra parte, os custos de produção aumentaram, com preços elevados de insumos e reduções significativas no momento da venda da produção. “É fundamental que o sistema de crédito rural apoie os produtores neste momento, oferecendo condições de repactuar suas dívidas e garantir o volume de recursos necessários”, salientam.

Dos R$ 568 bilhões sugeridos para o Plano Safra, o Paraná destaca que R$ 383 bilhões seriam para créditos de custeio e comercialização e R$ 185 bilhões para investimentos. Do destinado a custeio e comercialização, a proposta é que R$ 45 bilhões sejam direcionados para linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) com taxas de juros de 0,5% a 4,5% ao ano.

A proposta é que o limite seja elevado de R$ 250 mil para R$ 500 mil para custeio. Para esse público também é pedido aumento em recursos de investimento, passando de R$ 30 bilhões para R$ 45 bilhões. Os limites também devem ser elevados de R$ 210 mil para R$ 350 mil. No caso de algumas atividades, como suinocultura, avicultura, fruticultura e bovinocultura de leite, passaria de R$ 420 mil para R$ 1 milhão.

A ideia é que os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) tenham R$ 71 bilhões para custeio e comercialização, com taxas de juros de 7%. Em investimentos do Pronamp, foram sugeridos R$ 14 bilhões. Aos demais produtores propõe-se sejam destinados R$ 267 bilhões como custeio, com juros de 8%, e R$ 126 bilhões para investimentos.

Investimentos

Em relação aos investimentos, os líderes agropecuários paranaenses colocam como prioridade a construção e reforma de armazéns. Para essa linha propõem aumentar de R$ 6,6 bilhões para R$ 12 bilhões o montante de recursos, e de R$ 50 milhões para R$ 150 milhões o limite de crédito para armazéns até 6 mil toneladas.

Eles argumentam que o investimento precisa ter robustez em razão da demora para o retorno financeiro. “Além disso, é crucial destacar a importância desta linha de financiamento diante do déficit de armazéns no Paraná, onde a escassez de infraestrutura de armazenagem compromete o manejo adequado dos produtos agrícolas, prejudicando a segurança alimentar e a eficiência logística da região”, diz o documento.

O Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido (Proirriga) também está entre as prioridades. A proposta é ter montante de recursos na ordem de R$ 3 bilhões. Na mesma linha de preferência se coloca o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), com sugestão de liberação de R$ 4,5 bilhões.

Como quarta prioridade para investimentos é apresentado o Programa de Financiamento a Sistemas de Produção Agropecuária Sustentáveis (RenovAgro). Nesse item, os representantes de agropecuaristas paranaenses propõem que os recursos passem de R$ 6,9 bilhões para R$ 9 bilhões, com limite de crédito em R$ 6,5 milhões. Eles acentuam que, nos programas prioritários, as taxas de juros sejam menores e os prazos de reembolso superiores aos demais.

A Proposta para o Plano Safra 2024 – 2025 também acentua a necessidade de ampliação dos recursos de crédito para as cooperativas agropecuárias e também no Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), passando de R$ 1,9 bilhão para R$ 5 bilhões.

Seguro

A proposta das entidades que representam os agricultores paranaenses é que o Plano Safra 2024/25 tenha R$ 2,5 bilhões no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, com cronograma de liberação oportuna dos recursos, de acordo com o calendário agrícola. Nesse item, o pedido é também para que seja regulamentada a lei que instituiu o Fundo de Catástrofe.

No caso do Proagro, que o limite seja ampliado de R$ 335 mil para R$ 500 mil por produtor e por safra. Além disso, propõem que a cobertura seja dada a partir da data de plantio até o término da colheita.

Fonte: AEN Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN

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Preço médio da soja registra queda em fevereiro

O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou dados sobre a comercialização da safra de soja no estado de Mato Grosso referente ao mês de fevereiro de 2024.

Segundo o Imea, a comercialização da soja para a safra 23/24 atingiu 46,32% da produção esperada para o ciclo, representando um avanço de 5,71 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Esse aumento na comercialização está diretamente ligado à necessidade dos produtores em obter capital para cobrir despesas e fazer caixa.

Entretanto, mesmo com o avanço na comercialização, o preço médio da soja negociado em fevereiro registrou uma queda de 0,88% em comparação com janeiro, encerrando o mês em R$ 99,84 por saca.

No que diz respeito à safra futura (24/25), as vendas da soja avançaram 1,16 ponto percentual em fevereiro, alcançando 2,46% da produção esperada para a temporada. No entanto, as vendas para esse ciclo permanecem lentas devido ao preço pouco atrativo da soja futura no momento e aos altos custos de produção, o que tem mantido os produtores fora do mercado para grandes negociações.

Quanto ao preço médio da oleaginosa, houve uma queda de 1,98% em relação a janeiro, com o valor médio ficando em R$ 94,16 por saca, de acordo com os dados divulgados pelo Imea. Esses números refletem o cenário atual do mercado de soja em Mato Grosso, onde a comercialização avança, mas os preços enfrentam pressões baixistas.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Divulgação

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Soja: Preços no Brasil podem subir até R$ 6/saca entre março e novembro

Os preços da soja têm espaço para subirem e recuperarem cerca de R$ 6,00 por saca – ou 5% – entre os meses de março e novembro no mercado brasileiro. A projeção é do sócio-diretor da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo. “Os preços da soja deverão seguir uma trajetória ascendente nos próximos meses”, afirma o executivo. E o ambiente, segundo ele, ainda deverá oferecer “oportunidades para traçar estratégias de vendas futuras: Hedge, Put e Call”.

A análise da Cogo Inteligência em Agronegócio sinaliza que este caminho de fôlego e recuperação para as cotações da oleaginosa passam por uma melhora contínua dos prêmios no Brasil, os quais têm apresentado indicativos já positivos nos vencimentos a partir de agosto, combinados com as referências na Bolsa de Chicago atuando em uma faixa mais estreita de US$ 11,50 a US$ 11,80 pos bushel. Dessa forma, as paridadades de exportação – baseadas nos preços futuros, dólar futuro na B3 e prêmios nos portos – já sinalizam indicativos melhores para os produtores brasileiros.

Segundo um levantamento da consultoria, em valores atualizados nesta segunda-feira (11), os valores traziam como indicativos R$ 125,44 no março/24; R$ 127,94 no maio/24; R$ 131,12 no julho/24; R$ 132,49 no agosto/24; R$ 132,77 no setembro e R$ 134,05 por saca no novembro.

Assim, as novas nuances que vão se desenhando no mercado global de soja devem ser acompanhadas bem de perto, monitoradas com constância para que as oportunidades possam ser bem aproveitadas pelos sojicultores. A partir deste ponto, além dos números números da safra 2023/24 de soja estão terminando de se definir, da safra da Argentina terminando de se desenvolver, e de um comportamento demandador da China já conhecido, o horizonte vai recebendo ainda as expectativas da nova safra dos Estados Unidos.

Até este ponto, o desafio se dá sobre a projeção de uma nova safra norte-americana podendo ser recorde, em especial pelo aumento considerável de área projetado até momento pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) – durante o Outlook Forum, em fevereiro – e os contratos futuros, a partir de novembro de 2024, já apontando algum viés de baixa. No entanto, antes mesmo do início do plantio da nova temporada americana, o “weather market”, ou o mercado climático, deve trazer uma volatilidade considerável aos futuros dos grãos e junto dela, as oportunidades também poderão aparecer.

“O fenômeno La Niña pode se apresentar a partir de junho, com um “weather market” trazendo oscilações intensas em Chicago, podendo haver uma precificação do risco de quebra da safra dos EUA no mercado futuro. Afinal, o  mercado de commodities agrícolas é dinâmico e reage a fatores climáticos, econômicos e sazonais”.

À espera das novas notícias

O mercado da soja na Bolsa de Chicago, nesta segunda-feira (11), trabalhou o dia todo com estabilidade, do lado negativo da tabela, e assim concluiu os negócios. Os futuros da oleaginosa fecharam o dia com pequenas baixas de 2 a 4,75 pontos, com o maio sendo cotado a US$ 11,79 e o agosto – referência importante para a safra americana – com US$ 11,86 por bushel.

Até que estas novas notícias e, principalmente, estes novos riscos fiquem mais claros para o mercado, o intervalo dos preços deverá permanecer ainda pouco alterado, respeitando um cenário que já conhece. Aos poucos, os mapas climáticos para os Corn Belt começarão a dominar o noticiário internacional e o humor dos traders na CBOT, os quais irão cruzar as previsões, com as decisões dos produtores americanos para o plantio e dos sul-americanos para a comercialização.

Fonte: Notícias Agrícolas Foto: Divulgação

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Bônus da PGPAF inclui milho e sorgo entre os produtos contemplados em março

Produtores de milho e sorgo que possuem financiamento junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) também poderão utilizar o bônus de desconto calculado mensalmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio do Programa de Garantia de Preços para Agricultura Familiar (PGPAF). A lista divulgada nesta sexta-feira (8), no Diário Oficial da União, especifica os produtos que obtiveram bônus em março, incluindo esses dois itens que não constavam no mês anterior.

O programa beneficia os cultivos cujos preços recebidos pelo produtor ficaram abaixo da garantia. Na comparação com fevereiro, entre os 13 itens listados em março, além da inclusão do milho e do sorgo, houve alterações nos estados beneficiados. Os produtos contemplados nesta edição são: borracha natural cultivada (BA, ES, MG, SP, PR, GO, MS, MT); cana-de-açúcar (RJ, SP); castanha-de-caju (CE, PB, PI, RN); girassol (RS, MT); leite (AL, BA, CE, PE, SE, MS); manga (BA); mel de abelha (PI, RN, SE, MG, SP, PR, RS, SC, MS); milho (RS, SP); raiz de mandioca (SP); sorgo (MT); trigo (MG, SP, PR, RS, SC, DF, GO, MS); triticale (SP, PR) e uva (RS). Já o feijão caupi deixou de ser bonificado neste mês.

Os valores do bônus mensal são publicados em portaria pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), responsável por repassar aos agentes financeiros. O desconto é concedido aos produtores nos seus financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Nesta edição, o benefício entra em vigência a partir do dia 10 de março, com validade até 9 de abril. Confira a lista completa do PGPAF no Diário Oficial da União, na PORTARIA SAF – MDA/MDA Nº 121, DE 7 DE MARÇO DE 2024, que mostra os percentuais de bônus para cada produto e os estados contemplados.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Preço da soja inicia a quinta-feira (7) em estabilidade no Paraná

A saca de 60 quilos de soja custa R$ 112,97, nesta quinta-feira (7), no Paraná. O valor representa estabilidade em relação ao último fechamento. 

Em Paranaguá, no litoral paranaense, há queda de 0,20% dos preços. Lá, a saca de 60 quilos da soja é negociada a R$ 117,66. 

O trigo também está em queda no Paraná e no Rio Grande do Sul. É comercializado a R$ 1.238,47, a tonelada, no estado paranaense. Já no mercado gaúcho, uma baixa de 0,75%. A tonelada é comercializada a R$ 1.155,81.

Os valores são do Cepea.

Fonte: Brasil 61/ Luigi Mauri Foto: CNA

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Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes é aprovado no Senado

A Comissão de Agricultura (CRA) do Senado aprovou nesta quarta-feira (06) o projeto de lei que cria o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert). De autoria do senador Laércio Oliveira (PP-SE), o PL 699/2023 recebeu relatório favorável da Coordenadora Política da FPA na Casa, Senadora Tereza Cristina (PP-MS), e segue agora para apreciação na Câmara dos Deputados, representando um avanço significativo para fortalecer a indústria de fertilizantes no país.

O texto concede, entre outros pontos, uma série de benefícios tributários para incentivar a produção de fertilizantes no país. Empresas beneficiárias do Profert podem adquirir máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, além de materiais de construção para usar ou incorporar no projeto de infraestrutura de produção de fertilizantes, com suspensão, alíquota zero ou isenção dos seguintes tributos:

PIS/Pasep;

– Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);

– Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); e

– Imposto de Importação.

Durante o processo de tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Esperidião Amin (PP-SC) apresentou emenda para estender os benefícios tributários a debêntures emitidas por empresas habilitadas no PROFERT. Já o senador Eduardo Gomes, requereu ajuste da cláusula de vigência do programa para cinco anos.

A relatora na CRA, Senadora Tereza Cristina, manteve as emendas e destacou a importância estratégica do PROFERT para a segurança alimentar e a agricultura brasileira. Ela ressaltou a urgência de medidas para lidar com a atual dependência externa de fertilizantes, especialmente diante de desafios geopolíticos.

“A análise técnica e orçamentária do projeto indica conformidade com as normas e destaca a necessidade de promover a autossuficiência na produção de fertilizantes. A proposta também está alinhada com a Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial do governo”, explicou Tereza Cristina.

Autor do projeto, o senador Laércio Oliveira (PP-SE) disse que o Profert inspira-se em outros programas que criaram regimes especiais de tributação voltados a setores considerados estratégicos para o desenvolvimento nacional. “É o caso do Repetro, focado na indústria petrolífera, do Reidi, da indústria de infraestrutura, e do Retid, da indústria de defesa.”

Oliveira lembrou ainda que o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de fertilizantes do mundo, mas importa cerca de 80% do que consome. Segundo ele, a pandemia e a guerra da Ucrânia evidenciaram problemas relacionados ao suprimento de fertilizantes importados, como por exemplo: “dificuldades de logística, disparada do dólar, encarecimento do frete e mesmo a escassez dos produtos, o que prejudicou o agronegócio nacional e o impede de alcançar seu potencial”.

Legislação tributária

O projeto tem como objetivo principal aprimorar a legislação tributária relacionada aos fertilizantes. Dentre as principais propostas, destacam-se:

– Estabelecimento do PROFERT, definindo as pessoas jurídicas aptas a aderir ao programa e aquelas proibidas de fazê-lo.Exigência de regularidade fiscal perante a União para usufruir dos benefícios.

– Suspensão e conversão em alíquota zero de diversos tributos federais sobre máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos novos, além de materiais de construção.

– Não incidência do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) sobre mercadorias destinadas a projetos aprovados no programa.

– Redução a zero das alíquotas do Imposto sobre a Renda na fonte e da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE-Remessas) para importação de serviços destinados ao programa.

O projeto estabelece um prazo de cinco anos para usufruto dos benefícios, com regras para transferência de titularidade do projeto e responsabilidade solidária entre antigos e atuais titulares.

Fonte: FPA Foto: Divulgação

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CNA discute desafios para escoamento da safra brasileira

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu, na quarta (6), os desafios para o escoamento da safra brasileira nos próximos anos, em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.

A assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação, Elisangela Pereira Lopes, apresentou os principais números que mostram o crescimento recorde da produção de grãos no país e os gargalos para escoamento dessa produção.

Segundo ela, a infraestrutura não tem acompanhado essa evolução, principalmente nos portos do Arco Norte, que por reflexo da grave seca que acometeu os rios da região, em 2023, alterou a logística de escoamento de boa parte da produção para os portos do Sul e Sudeste.

“Nas novas fronteiras agrícolas são produzidas quase 69% de toda a soja e milho do país, mas escoamos pouco pelos portos do Arco Norte, somente 34%. Em 2023 não tivemos a navegação pelos rios Madeira e Tapajós com a mesma potência que em anos anteriores. Isso fez com que a produção retornasse ao caminho maior e, talvez o mais caro, percorrendo mais de dois mil quilômetros para os portos do Sul e Sudoeste”, afirmou.

Elisangela destacou um indicador que mostra o crescimento da produção, acima do Paralelo 16, em 10,1 milhões de toneladas/ano de 2009 a 2023, enquanto a exportação ficou apenas em 3,9 milhões de toneladas no mesmo período.

“Isso significa uma diferença anual de 6,2 milhões de toneladas. É mais que a capacidade média de um terminal de uso privado – TUP e de uma estação de transbordo de carga – ETC. Então, isso mostra que a cada ano a capacidade de movimentação de carga pelo Arco Norte não consegue acompanhar o desempenho da produção”.

Para a assessora técnica, esses dados levantam uma questão que precisa ser respondida: como dar segurança jurídica e previsibilidade aos investidores?

“Os investimentos continuam acontecendo, mas quando a gente tem uma seca como a que aconteceu no verão amazônico, os investidores ficam temerosos. A previsibilidade implica em ter rios navegáveis, estradas com boas condições de tráfego, oferta maior de linhas férreas, porque as commodities precisam de transporte de alta capacidade para que o custo de transporte não seja tão elevado, como o observado no uso intensivo de caminhões em longas distâncias”.

Elisangela afirmou ainda que os portos do Arco Norte cresceram em 2023 em relação a 2022, mas ainda foi pouco se comparados aos portos do Arco Sul.

Armazenagem – A técnica também lembrou da importância da armazenagem para um melhor escoamento da produção. De acordo com ela, a capacidade de armazenagem cresceu 3,5% ao ano e a produção 5,3% em 2024, apresentando um déficit de 118,7 milhões de toneladas.

“Logística e capacidade de armazenagem não estão acompanhando a evolução cada vez maior da safra de grãos. Essas questões devem ser resolvidas, nas regiões de novas fronteiras agrícolas porque é onde a infraestrutura tem se desenvolvido menos. Precisamos pensar em como fazer isso com agilidade porque o agro não consegue mais esperar”.

O debate foi requerido pelo senador Jaime Bagattoli e teve a participação também de representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).

Em suas considerações finais, Elisangela reforçou que o setor tem visto os esforços em melhorar a infraestrutura, com o lançamento de programas para garantir o escoamento da safra, porém, ainda muito aquém do que o agro necessita. Tratam-se de medidas emergenciais e não de planejamento a longo prazo.

“Por isso é importantíssimo que se acelere essas ações que estão voltadas principalmente para garantir a navegabilidade dos nossos rios. Somos eficientes da porteira para dentro, mas quando depende de um passo além da porteira, nós enfrentamos grandes gargalos que precisam ser equacionados com urgência”.

Fonte: CNA Foto: Divulgação

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Levantamento de Custos de Produção ocorre em três estados brasileiros

A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) está em processo de levantamento de custos de produção agrícola em três estados do país: Santa Catarina, contemplando produtos como tomate, banana e arroz; Paraná, com foco em soja, milho e mandioca; e Maranhão, com ênfase no arroz e babaçu. Este trabalho tem como objetivo coletar dados fundamentais para a formulação e execução de políticas públicas, especialmente voltadas para o Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF).

A seleção das praças para este levantamento foi baseada no número de contratos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) relacionados a esses produtos. A equipe da Conab, composta por dois técnicos da matriz e um da Superintendência Regional (Sureg), está realizando visitas técnicas às propriedades modais.

Todas as visitas ocorrerão neste mês de março. O cronograma se iniciou ontem (5), com dois locais simultâneos. Em Santa Catarina, os técnicos da Conab estiveram em Angelina para avaliar a produção de tomate. No mesmo dia, outra equipe se deslocou até Zé Doca, no Maranhão, para levantar informações sobre a produção de babaçu.

Nesta quarta-feira (6), a Conab prossegue visitando Corupá, em Santa Catarina, para estudar a cadeia produtiva da banana, enquanto outra equipe estará em Cascavel, no Paraná, focando na produção de soja e milho.

Amanhã (7) a cidade de Massaranduba receberá os técnicos da Conab para um levantamento sobre a produção de arroz. Paralelamente, no Maranhão, São Mateus do Maranhão será o foco de estudos relacionados também à produção de arroz, destacando a diversidade de condições de cultivo entre as diferentes regiões.

Finalmente, no mesmo dia, no Paraná, a equipe se deslocará até Umuarama para avaliar a produção de mandioca, completando assim o ciclo de visitas planejadas.

Durante as visitas, os técnicos coletam dados sobre produtividade, preço de comercialização, operações e insumos utilizados nas atividades agrícolas. Este contato direto com os produtores permite uma compreensão mais aprofundada das realidades locais de produção.

O levantamento dos custos de produção é parte da estratégia da Companhia para se apropriar de informações detalhadas sobre a produção agrícola. Esses dados são fundamentais para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes, tanto para o produtor quanto para o consumidor, reforçando o papel da Conab na execução e formulação de políticas agrícolas no Brasil.

Fonte: Conab Foto: Divulgação/Arquivo OPR