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Setor produtivo do Paraná reforça medidas de controle a Influenza Aviária

Adapar monitora evolução dos casos por meio de protocolos rígidos de vigilância sanitária. Sistema FAEP/SENAR-PR trabalha em parceria para tranquilizar produtores rurais

Até o momento, o Paraná tem cinco casos confirmados de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), além de dois focos em investigação, conforme atualização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os casos atingem apenas aves silvestres migratórias, o que não afeta o status sanitário do Paraná e do Brasil. O setor produtivo e a defesa agropecuária estadual, com suporte do governo federal, estão reforçando medidas e ações para conter a disseminação da doença no Estado. A apresentação deste cenário ocorreu durante reunião do Núcleo de Cadecs, promovida pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, na última segunda-feira (3), com a participação de membros das Comissões Técnicas (CTs) de Avicultura e Suinocultura da entidade.

Os cinco casos positivos foram confirmados em aves silvestres no Litoral. Três focos foram identificados em Pontal do Paraná: uma ave da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus), uma da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalesseus maximus) e uma Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis). Os outros dois casos estão localizados em Antonina e Paranaguá, também em aves da espécie Trinta-Réis-Real.

“As investigações estão acontecendo desde os primeiros alertas na América do Sul e, por conta disso, a vigilância ativa foi intensificada. Os focos positivos em aves silvestres não interferem em nenhuma etapa da cadeia, seja produção, abates, exportações e comercialização. Tudo segue normalmente. Além disso, esses casos estão no Litoral, que estão em um raio seguro de distância das regiões produtoras, e temos condições geográficas que restringem a migração dessas aves para essas localidades”, destaca Nicolle Wilsek, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE).

Vigilância reforçada

Quando ocorre a confirmação de um caso positivo, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) segue um protocolo de investigação em um raio de dez quilômetros do local onde a ave foi encontrada. Como o Litoral do Paraná não possui produção avícola comercial expressiva, não há propriedades de produção comercial próximas aos casos identificados.

“Estamos fazendo tudo para a contenção da Influenza Aviária no Paraná. Temos uma equipe diariamente percorrendo o Litoral e atendendo 100% das notificações de suspeita, com outros órgãos trabalhando conosco, para identificação dos focos. Até o momento, está tudo sob controle”, resume Rafael Gonçalves Dias, gerente de Saúde Animal da Adapar.

Segundo Dias, o prazo entre a coleta de amostras de animais suspeitos e o resultado do diagnóstico laboratorial é de dois dias. No caso das propriedades dedicadas à produção de subsistência, já está sendo realizado o mapeamento das aves e condições clínicas.

Além do trabalho conduzido pela Adapar e outras entidades do setor produtivo, como o Sistema FAEP/SENAR-PR, os produtores rurais precisam adotar medidas de precaução, como intensificar a higiene das mãos e definir roupas e calçados para uso exclusivo dentro das granjas; reforçar os cuidados com o fechamento das frestas para evitar que qualquer outro animal, incluindo aves silvestres, possa ter contato com as aves comerciais; restringir o acesso de pessoas não autorizadas às instalações dos aviários; e não manipular aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença.

Todas as suspeitas de gripe aviária, incluindo sinais respiratórios, neurológicos ou alta mortalidade súbita em aves, devem ser notificadas à Adapar pessoalmente nas unidades locais, pelo telefone (41) 3313-4013 ou por meio da plataforma e-Sisbravet.

Atualização de protocolos

O Mapa já atualizou os protocolos sobre como serão conduzidos os procedimentos em caso de confirmação de foco positivo em granjas de produção comercial. As atualizações e informações sobre a situação da doença no Brasil podem ser acessados no site do órgão. O painel para consulta de casos confirmados é atualizado em tempo real.

Em caso de disseminação para aves comerciais, a técnica do Sistema FAEP/SENAR-PR garante que o controle da doença também segue a mesma agilidade. “Neste caso, a granja vai ser isolada e tudo que estiver dentro de um raio de dez quilômetros vai ser considerado foco e entrar em vigilância. Depois de realizar o abate sanitário, lavagem e desinfecção do barracão, o local vai entrar em um período de vazio sanitário por 28 dias. Depois, a produção é liberada normalmente”, explica Nicolle.

As possíveis indenizações, se forem necessárias, no momento possuem previsão para receberem recursos do governo federal, após passarem por uma comissão avaliadora. “Estamos otimistas que não vamos ter problemas nos nossos rebanhos comerciais, visto que temos protocolos de biosseguradade bem trabalhados e estruturados, e temos confiança no setor”, avalia a técnica do Sistema FAEP/SENAR-PR.

A suinocultura e qualquer outra atividade da cadeira de pecuária também não sofrerão qualquer tipo de embargo em caso de confirmação de foco positivo em produção avícola comercial.

Fonte – Bruna Fioroni – Sistema Faep

Foto – Divulgação Faep

1º Webinar Técnico “Trigo: cultive a rentabilidade” já tem data marcada

O 1º Webinar Técnico da campanha “Trigo: cultive a rentabilidade” já tem data marcada.

O evento contará com a participação dos principais especialistas da área, abordando temas como cuidados na semeadura, melhoramento genético, manejo do solo, controle de doenças e plantas daninhas, oportunidades de mercado e muito mais. Participe e entenda como o uso de sementes certificadas, aliado ao manejo eficiente, tem tornado a cultura do trigo altamente rentável.

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Soja mantém preços no Sul

O mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul não mexeu nos preços, enquanto os negócios seguem seguindo em ritmo mais lento, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado de soja praticamente repetiu a segunda-feira, ou seja, novamente, com muita volatilidade em preços e prêmios. Comprador está olhando da metade de julho em diante, com foco maior já no agosto, e começa a mirar também o setembro”, comenta.

“No porto melhor preço do dia foi de R$ 151,00 para 05/08, marcando a manutenção. No interior, em Cruz Alta o preço passou por manutenção, ficando a R$ 145,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 144,00, também sem movimentos. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 144,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 144,00, marcando a manutenção”, completa.

Preços sem movimentos também em Santa Catarina, que segue com negócios lentos. “Preços marcam a manutenção em Santa Catarina e os negócios seguem expressivamente mais lentos do que permaneceram na semana passada. O produtor agora bem vendido não vê necessidade de negociar negócios a preços mais baixos e o comprador olha apenas para lotes mais distantes. No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,50 para 16/10 com entrega imediata, marcando manutenção”, indica.

Enquanto isso os altos de até R$ 2,00/saca foram vistas no interior do Paraná, com alguns negócios saindo. “Mercado marca dia levemente melhor em termos de movimentação de negócios, com o foco sendo mais o interior do que o porto, apesar disso, não houve nenhuma mudança robusta na dinâmica de mercado que segue consideravelmente lenta No porto, cif Paranaguá marcou alta de R R$ 1,00/saca, indo a R$ 141,00 com pagamento em 31/08 e entrega em julho”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Soybean

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AMIS estima safra mundial de arroz de 523,7 milhões de toneladas em 2023/24

A produção mundial de arroz em 2023/24 deverá totalizar 523,7 milhões de toneladas, contra 517,6 milhões do ano anterior.

A estimativa faz parte do relatório de julho do Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), órgão do G-20 para divulgar dados de oferta e demanda das principais commodities globais. A previsão anterior era de 523,5 milhões de toneladas de arroz.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica produção global de arroz de 520,5 milhões de toneladas. O Conselho Internacional de Grãos indica safra de 524,5 milhões de toneladas.

Fonte e Foto: Agência Safras

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Paranaguá lidera roubo de cargas no estado com mais de 200 ocorrências

Paranaguá registrou 208 furtos de cargas em 2022 e é a cidade que lidera nesse tipo de roubo no Paraná. No mesmo período foram 77 em Curitiba e 21 em São José dos Pinhais. Os dados são de um estudo do Sistema Fetranspar.

Os dados representam uma queda de 17% nos roubos. Mas as ocorrências ainda são frequentes.

A Polícia Civil cumpri desde esta quarta (5) 12 mandados de busca e apreensão, sendo que 8 já foram cumpridos contra uma organização criminosa ligada a pelo menos dez furtos de cargas no Paraná e em Santa Catarina. O líder foi preso em Santa Catarina, segundo a Polícia.

Além disso a organização cumpre 12 bloqueios de contas, 14 mandados de busca e apreensão e um sequestro de veículos.

O presidente da Fetranspar, Sérgio Malucelli destaca que esse é justamente o que vem acontecendo: um nos casos aumento de furtos especificamente.

Nesse caso mais recente, a Polícia Civil apurou que a organização criminosa aliciava motoristas para que simulassem roubo de cargas e, posteriormente, furtavam o conteúdo de os veículos que transportavam os itens, como explica o delegado da Polícia Civil, André Feltes.

Ele explica que os boletins de ocorrencias eram registrados em outros estados para dificultar as investigações.

Os suspeitos são investigados por organização criminosa, falsa comunicação de crime, adulteração de sinal de identificador de veículo e furto qualificado. Os números da operação consolidados deverão ser divulgados ao longo do dia pela equipe.

De 2017 a 2022 o número de furtos e roubos de cargas no Paraná oscilou entre 691 a 761 ocorrências, o que equivale a 9% de variação neste período.

Ouça

Fonte: CBN Foto: Divulgação CBN

Índice do Ipardes registra desaceleração de 1,45% da inflação no Paraná em junho

Com queda de -1,45% em junho, após desaceleração observada em maio, o Índice de Preços Regional do Paraná – Alimentos e Bebidas, calculado todo mês pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), confirma desinflação significativa.

Contrastando com a taxa positiva média de 0,16% no período anterior, a redução foi vista em todos os seis municípios que compõem o índice: Londrina (-1,71%), Ponta Grossa (-1,55%), Foz do Iguaçu (-1,50%), Curitiba (-1,46%), Maringá (-1,30%) e Cascavel (-1,16%).

Em junho, entre os 35 produtos da cesta básica avaliada pelo IPR, as principais influências na queda foram do tomate, óleo de soja, leite integral, banana-caturra e pão francês. Os maiores decréscimos foram observados nos preços da banana-caturra (-10,58%), feijão carioca (-9,69%) e tomate (-8,98%).

A redução de preço da banana-caturra – 13,17% em Londrina, 13,10% em Foz do Iguaçu, 11,96% em Curitiba, 10,91% em Cascavel, 10,81% em Ponta Grossa e 5,98% em Maringá – foi influenciada pelo aumento da produção, que ampliou a oferta da fruta, assim como o ocorrido com o tomate, pela aceleração da safra de inverno, explica o coordenador de Pesquisas Periódicas e Editoração do Ipardes, Marcelo Antonio.

Em nível municipal, o tomate, o leite integral e o óleo de soja foram preponderantes entre as principais contribuições percentuais – cada item tem um peso diferente na composição do indicador, com queda em quase todas as cidades, à exceção de Foz do Iguaçu.

Antonio explicou que a redução no preço do leite teve destaque após movimentos atípicos observados em 2023, com altas no início do ano e quedas no fim do primeiro semestre. “Essa redução mensal foi impulsionada pelo aumento da importação de lactos, pela redução do consumo interno e pela queda nos custos da pecuária leiteira, especialmente o custo do milho, do farelo de soja, que são insumos essenciais para essa atividade”, explicou.

Preços mais altos

A batata-inglesa destacou-se como a maior alta mensal, de 18,19%, seguida do alho (3,40%) e do açúcar (2,75%). O maior aumento mensal da batata-inglesa foi registrado em Curitiba, 25,60%, seguido de Cascavel (24,83%). Em Ponta Grossa, Maringá, Londrina e Foz do Iguaçu os preços foram majorados em 17,34%, 17,01%, 14,22% e 10,85%, respectivamente.

Entre os motivos para a elevação desse alimento, diz Marcelo Antonio, é que o Estado entra na reta final da safra das águas – ou de verão –, o que gera restrição na oferta do tubérculo.

Acumulado

O principal impacto desses números que apontam desinflação pode ser visto no índice acumulado em 12 meses, que soma a sétima queda consecutiva, concluindo esse período com variação de 2,01%.

Nessa métrica, a maior variação regional entre julho de 2022 e junho de 2023 ocorreu em Maringá, com 3,17%, seguida por Londrina (2,40%), Cascavel (2,26%), Curitiba (2,18%), Foz do Iguaçu (1,52%) e Ponta Grossa (0,49%).

Em relação aos alimentos e bebidas mais impactados nos últimos 12 meses, verificou-se que os itens com maiores altas no Estado foram o biscoito (29,94%), ovo de galinha (26,02%) e tomate (24,26%). Em sentido oposto, foram apurados preços menores em óleo de soja (-40,47%), peito de frango (-19,92%) e cebola (-14,07%).

Ao assinalar que o índice relativo a todo o Paraná marcou, em julho de 2022, um número próximo a 22%, Marcelo Antonio explica que a desaceleração da alta dos preços acumulados em 12 meses ainda não resultou em mudança no quadro de preços relativos, ainda altos. “O decréscimo de alta não significa que os preços voltarão a patamares de 2019, mas que o aumento será menos intenso, podendo ter novos casos de quedas futuras no cenário de alimentos e bebidas”, explicou.

Segundo o coordenador do Ipardes, nos últimos anos vários fatores contribuíram para o aumento dos custos de produção dos alimentos e, assim, para a elevação dos preços ao consumidor. “Entre eles estão a pandemia de Covid-19 em 2020, que elevou a demanda por alimentos, a estiagem em 2021, que reduziu a oferta de produtos e, em 2022, o aumento do preço de fertilizantes, pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que impactou custos e contribuiu para o reajuste dos alimentos”, completou.

No entanto, acrescenta ele, há indícios de que está ocorrendo uma possível queda nos custos e, consequentemente, nos preços dos alimentos. “Essa tendência pode ser atribuída ao retorno do comércio de fertilizantes entre os países em conflito, Rússia e Ucrânia, o que reflete na redução dos preços desses insumos agrícolas. Além disso, o sucesso da última safra de grãos no Brasil, especialmente no Paraná, tem ampliado a oferta e reduzido os preços das commodities agrícolas”, arrematou.

Essa possível tendência de queda foi observada no IPR de junho, que registrou o declínio nos preços de praticamente 28 produtos dos 35 pesquisados mensalmente.

Indicador

Lançado em dezembro de 2022, o IPR utiliza os registros fiscais da Receita Estadual do Paraná. O Ipardes faz uma média de 382 mil registros de notas fiscais eletrônicas ao mês, emitidas em 366 estabelecimentos comerciais de diferentes portes localizados em Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

Os 35 produtos avaliados foram definidos a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Paraná e representam cerca de 65% das compras de alimentos e bebidas dos paranaenses.

O instituto também trabalhou a série histórica de preços desde 2020, que permite analisar a flutuação no preço de alimentos e bebidas nos últimos dois anos no Estado.

Com a análise detalhada dos índices pelo Ipardes, as maiores cidades do Paraná têm condições de saber exatamente o comportamento dos preços dos alimentos, que possui um reflexo relevante na vida dos cidadãos. Os dados são importantes, por exemplo, para a elaboração de políticas públicas regionais e estaduais mais direcionadas em função da situação inflacionária de cada cidade.

Fonte: CBN