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Capim capeta: especialista ensina a controlar praga da pecuária

O controle do capim capeta é uma das preocupações mais debatidas atualmente, sendo um dos desafios na gestão de pastagens

 capim capeta (Urochloa plantaginea) é uma planta daninha altamente agressiva que pode causar grandes prejuízos à produtividade das pastagens.

Também conhecido como ‘capim-pt’, ‘bufa-de-mineiro’, ‘barba-de-paca’, ‘luca’ ou ‘barbante’, o capim Capeta está se tornando a maior ameaça para a pecuária no país. Essa planta invasora tem atormentado a vida dos pecuaristas.

Ss plantas invasoras, como o capim-capeta, se espalham principalmente quando há algum tipo de manejo deficiente nas pastagens. Por isso, os pecuaristas devem ter uma atenção especial em suas áreas de pasto para evitar dar espaço a essas plantas invasoras.

ara compartilhar conhecimento e estratégias sobre o tema, o Giro do Boi recebeu no estúdio Wagner Pires, engenheiro agrônomo, pós-graduado pela Esalq-USP e uma autoridade reconhecida no manejo de pastagens.

Em busca de respostas eficazes, Pires enfatiza que o controle do capim capeta exige persistência e um plano de ação bem estruturado.

A planta pode parecer inofensiva, mas cada touceira é capaz de produzir cerca de 200 mil sementes, espalhando-se por vastas áreas se não gerida corretamente.

O especialista recomenda o uso de herbicidas específicos, como a atrazina e a mesotriona, aplicados com precisão para evitar danos às culturas desejadas, como o capim quicuio.

Texto e Foto – Canal Rural  

Estação do IDR-Paraná em Palmas explora sistema inovador de manejo de macieiras - Na foto, de blusa preta é o Clandio Medeiros da Silva e o com uniforme do IDR-Paraná é o bolsista de pesquisa do IDR-Paraná Felipe Silva Campos

Estação do IDR-Paraná em Palmas explora sistema inovador de manejo de macieiras

Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná adotou o sistema Guyot duplo invertido em sua estação experimental. Método garante melhor eficiência, maior aeração e insolação nas plantas, que produzem frutos com mais qualidade e facilita a colheita.

Com o avanço cada vez maior das atividades mecânicas na agricultura, foi preciso inovar na forma de plantio e manejo de algumas plantas, visando garantir melhor eficiência da atividade, qualidade dos frutos e facilitar a colheita. Entre elas a maçã. Nesse caso, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) adotou o sistema Guyot duplo invertido em sua estação experimental de Palmas, na região Sul do Estado, com resultados iniciais positivos.

O Guyot duplo consiste em conduzir a planta para que os galhos se estendam em direções opostas como se fosse um “y”, formando uma espécie de muro frutal. Ela difere do método tradicional conhecido como “líder central”, em que as plantas são distribuídas no terreno com espaçamento amplo e manejadas com podas para ganhar formato cônico.

O novo formato visa também facilitar a tendência que já se observa de colheita mecânica da fruta. “Está muito difícil contratar mão de obra para a tarefa de colheita dos frutos, pois é um trabalho complexo e que exige tempo e esforço físico, fora os riscos ao precisar subir em escadas para pegar as frutas mais altas”, disse o pesquisador Clandio Medeiros da Silva, do IDR-Paraná.

Nesse sistema, a poda das plantas é simples de ser conduzida, reduzindo o número de horas trabalhadas no pomar e diminuindo o custo da produção.

O pesquisador cita também outros benefícios do método Guyot. “Esse sistema proporciona maior aeração e insolação nas plantas, o que acelera a maturação das frutas, reduz a incidência de doenças e melhora a coloração das maçãs, fora o ambiente de trabalho mais seguro, pois não há necessidade de escadas, que são utilizadas para colheita das frutas em outros sistemas de condução”, afirmou.

MAÇÃ NO PARANÁ – A produção de maçã é altamente representativa para alguns municípios do Paraná, como Palmas, na região Sul, onde responde por 32% do Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária. Em 2022 foram produzidas 8.489 toneladas em 353 hectares, gerando valor de R$ 16,7 milhões.

Na Lapa, município da Região Metropolitana de Curitiba, a maçã foi valorada em R$ 10 milhões, correspondente a 19,2% do VBP municipal. Foram produzidas 5.100 toneladas em 170 hectares. Também expressiva é a produção em Campo do Tenente, na mesma região. Em 2022 foram 4.500 toneladas em 143 hectares, gerando R$ 8,8 milhões (17% do VBP municipal).

No Estado, a cultura da maçã foi desenvolvida de forma comercial em 35 municípios. Juntos eles somaram R$ 52,2 milhões de VBP. O Estado plantou 984,6 hectares da fruta e colheu 26.291 toneladas.

Texto e foto – AEN

Foto Artigo

Marketing e as sementes de plantas de cobertura

A edição XXVIII – de janeiro de 2024 da Revista Seed News, traz um artigo assinado por Jean Carlos Possenti o qual fala do quanto é importante –  para que atua no agronegócio –  independentemente da atividade, ter conhecimento sobre conceitos de marketing voltado a sementes de plantas de cobertura. Segundo o autor isso contribui diretamente para o amadurecimento e iniciativas do setor como um todo.  

Você pode acessar o artigo na integra no link: https://seednews.com.br/artigos/4383-marketing-e-as-sementes-de-plantas-de-cobertura-edicao-janeiro-2024

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Lote de semente liberado sem análise correta pode custar muito à marca

A Doutora em Ciência e Tecnologia de Sementes Fátima Zorato afirma que nos dias de hoje existe uma concorrência muito acirrada no mercado sementeiro. Para ela, se não houver responsabilidade e não se verificar de fato o que está acontecendo com o lote, e se for liberado ao comércio sem a devida análise, o produtor poderá ver sua marca ficar exposta no mercado. E isso pode custar muito caro. Não é dinheiro, diz Fátima: é a marca sendo mal vista e, às vezes, demora para resgatar a credibilidade.

A mais recente edição da “Revista Apasem” publicou uma entrevista com Fátima Zorato.

Fonte: Revista Apasem

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Colheita de soja avança no Brasil

De acordo com o boletim semanal da Conab, a colheita de soja no Brasil avançou para 5,72% da área total na semana de 16 a 22 de janeiro de 2024. Mato Grosso lidera o ritmo de colheita, com 10% da área colhida. Já no sul do Brasil, as chuvas frequentes estão limitando a finalização do plantio e prejudicando os tratos culturais.

Em Mato Grosso, a colheita atingiu cerca de 10% da área total, indicativo de um progresso inicial significativo. As chuvas recentes trouxeram alívio às lavouras, que antes enfrentavam um período de escassez hídrica. Esta melhoria nas condições hídricas é crucial para o desenvolvimento da soja, especialmente nas fases entre o desenvolvimento vegetativo e enchimento de grãos.

No Rio Grande do Sul, por outro lado, a situação apresenta-se mais complexa. Os temporais frequentes têm limitado tanto as operações de manejo preventivo quanto a conclusão da semeadura. Este padrão de chuvas intensas pode levar a desafios tanto na germinação quanto na saúde das plantas, exigindo atenção redobrada dos produtores.

O estado do Paraná mostra um cenário onde a colheita avança, concentrando-se em regiões específicas. Apesar das chuvas terem sido esparsas e de baixo volume, elas beneficiaram as lavouras em estágios mais tardios, especialmente aquelas em fase de floração e enchimento de grãos. 

Em Goiás, as lavouras de ciclo médio e tardio estão demonstrando uma recuperação mais efetiva após as chuvas recentes, enquanto as áreas mais precoces já estão em fase de colheita. 

Em Mato Grosso do Sul, a colheita prossegue em ritmo lento, com a maior parte das lavouras ainda nas fases reprodutivas.

Minas Gerais apresenta um contraste nas condições das lavouras, onde as mais tardias se beneficiam das chuvas recentes, enquanto as mais precoces enfrentam perdas devido ao calor e à estiagem.

Na Bahia, a colheita iniciou-se, focando principalmente em áreas irrigadas. A maioria das lavouras, incluindo as de sequeiro, estão em boas condições.

Por fim, no Maranhão, a colheita começou, especialmente no sul do estado, enquanto a semeadura ainda ocorre nas regiões central, leste e oeste, estando limitada pela falta de chuvas.

Do meio para o final do ciclo da soja, a maioria das lavouras avançam pelo enchimento de grãos (40,4%) estádios que ainda precisa de chuvas para a manutenção de umidade adequada no solo, que é crucial para a saúde e desenvolvimento ótimo dos grãos. Assim como as lavouras mais tardias que ainda estão em desenvolvimento vegetativo e floração.

A colheita já avançou em pelo menos 4,7% das áreas monitoradas pela Conab. Percentual à frente do registrado na safra anterior. Já o plantio ainda está avançando em áreas do Maranhão e ruma à finalização em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No plantio, a maior mudança semanal ocorreu em Santa Catarina, com um leve aumento de 92,0% para 92,2%. Em relação à safra anterior, o Maranhão mostra uma recuperação notável, passando de 75,0% para 82,0%, ainda abaixo dos 88,0% do ano passado. O Piauí e Goiás mantêm-se praticamente estáveis, ambos com 98,0% e 99,8% respectivamente, refletindo um padrão de plantio consistente com a safra anterior. O Rio Grande do Sul também se manteve estável em 99,0%, alinhado com a safra passada.

Na colheita, Mato Grosso apresentou um salto significativo, de 3,9% na semana passada para 10,9%, um crescimento expressivo em relação à safra anterior nesta mesma época. Em São Paulo, a colheita avançou de 1,5% para 8,0%, um aumento notável em uma semana. No Paraná, a colheita cresceu de 3,0% para 7,0%, indicando um ritmo acelerado em comparação à semana anterior. Em Goiás, o progresso foi de 1,0% para 3,0%, enquanto no Mato Grosso do Sul, passou de 0,5% para 1,0%. O Maranhão iniciou sua colheita, chegando a 1,0%, e na Bahia, a colheita se manteve estável em 0,1%.

Fonte: Agrolink com informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) com análise do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues Foto: Nadia Borges

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Trigo: produtor segue atento às atividades de campo

As atenções de produtores seguem voltadas à colheita da safra verão e ao cultivo de segunda safra, especialmente de milho.

Segundo pesquisadores do Cepea, esses agentes realizam vendas de trigo apenas quando há necessidade de “fazer caixa” e/ou de liberar espaço em armazéns.

Do lado demanda, somente compradores que precisam repor estoques estão mais ativos. Assim, as negociações do grão vêm ocorrendo em ritmo lento.

Quanto aos preços, as cotações internas continuam em queda na maioria dos estados, especialmente no mercado balcão (ao produtor).

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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BR-376 é liberada totalmente após interdição preventiva

A BR-376, principal ligação entre o Paraná e o litoral de Santa Catarina, foi liberada totalmente, em ambos os sentidos, à 6h40 desta quinta-feira (25).
A concessionária Arteris Litoral Sul informou que, após levantamento realizado em campo no início do dia, foi possível a reabertura da rodovia, em condições seguras. A decisão foi tomada em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A BR-376 havia sido bloqueada totalmente, por volta das 22h desta quarta-feira (24), na região de Guaratuba, no litoral do Estado. O bloqueio foi preventivo, na altura do km 668+800, por causa do cenário de fortes chuvas dos últimos dias na região.

A concessionária informa que segue monitorando a rodovia, assim como as condições climáticas e que preza pela segurança dos usuários. Novos bloqueios preventivos poderão ocorrer nos próximos dias.

As condições de tráfego em todo o trecho administrado pela Arteris Litoral Sul podem ser acompanhadas em tempo real pelo Twitter @Arteris_ALS. Para informações ou solicitações de serviços, basta ligar para 0800 725 1771, que funciona 24 horas por dia.

Fonte: CBN Foto: Divulgação

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BR-277 é interditada na Serra do Mar após deslizamentos

A BR-277 foi completamente interditada na madrugada desta quinta-feira (25), na Serra do Mar, após deslizamentos de terra e pedras causados pela chuva.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), as pedras descolaram das encostas na altura do km 39, por volta das 3 horas da manhã.

Devido aos riscos observados no trecho, a BR-277 foi fechada preventivamente em dois pontos: no sentido litoral, no km 59; e no sentido Curitiba, no km 32.

Até o momento, não há previsão de liberação da BR-277. Por volta das 5h30, ainda chovia forte na Serra do Mar, na região dos deslizamentos.

Em Guaratuba, na BR-376, a chuva diminui nesta manhã. Por isso, por volta das 6h30 desta quinta-feira (25), os bloqueios preventivos foram liberados.

Fonte: Band News Foto: Divulgação PRF

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Cooperativas do Paraná superam problemas de logística e faturam R$ 202 bi em 2023

As cooperativas do Paraná alcançaram R$ 202 bilhões em faturamento no último ano, um aumento de 8,5% na comparação com 2022. Nas exportações, o acréscimo ficou na marca de 25%, com um total de US$ 9,4 bilhões. Os dados são da área de monitoramento do Sistema Ocepar.

Apesar de ser menor do que vinha sendo registrado na série histórica, o crescimento de 8,5% é analisado como significativo pelo presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, ao destacar que o faturamento das cooperativas do Paraná responde por um terço do total no país registrado no segmento. Dados da Organização Brasileira das Cooperativas, de 2022, mostram que o total faturado pelas cooperativas brasileiras foi R$ 655,5 bilhões. “Em número, o Paraná não é tão expressivo em nível nacional: temos 4% (um total de 225) das cooperativas registradas. O Brasil tem em torno de 5,6 mil cooperativas”, comenta Ricken. No Paraná são 62 cooperativas agropecuárias, 54 de crédito, 36 de saúde, 32 de transporte, 19 de infraestrutura, 15 de trabalho e 7 de consumo.

Na análise do secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, 2023 foi um ano de recuperação. “A gente veio de um quadro de safra muito ruim em 2022. O maior volume de produção ajudou no processo de ter mais produto para exportar e processar”.  Para Ortigara, o fortalecimento verificado na agroindústria – aliado à produção de destaque de frango e suínos – contribuiu para o faturamento de 2023.

No Paraná, 48% da produção recebida pelas cooperativas passa por algum tipo de agroindustrialização. Com variedade de produtos, as cooperativas têm mirado o foco no mercado internacional, que refletiu no próspero resultado do último ano, quando as exportações resultaram em US$ 9,4 bilhões, crescimento de 25% na comparação com 2022 e o melhor volume da série histórica, de acordo com Ricken.

A safra maior foi um fator significativo para o resultado. “Tivemos mais para ofertar e, consequentemente, conseguimos comercializar mais. Também houve uma demanda em nível internacional aquecida, de pós-pandemia. Tem demanda e as cooperativas estão preparadas para atender”, destaca o presidente da Ocepar.

Na estratégia, as cooperativas investiram na modernização e na ampliação das estruturas de produção. Os aportes de recursos somaram em R$ 6,5 bilhões, que engloba investimento das agroindústrias. As empresas também estão focadas na profissionalização dos cooperados. “Para modernizar, precisa profissionalizar. O cooperativismo no Paraná investiu mais de R$ 100 milhões em capacitação para quase 350 mil pessoas. Mais de 180 mil horas, quase 13 mil eventos”, ressalta Ricken.

Entre os grandes investimentos no Paraná, a Ocepar destaca a Maltaria Campos Gerais. Prevista para funcionar na capacidade máxima este ano, o projeto de intercooperativismo promete fomentar a produção da cevada no eixo São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Com inauguração daquela que é considerada a maior esmagadora de soja do Brasil, a C.Vale foi outro destaque entre os investimentos no estado. A unidade foi construída em Palotina, no oeste do Paraná, com capacidade de processamento de 60 mil sacas por dia. O empreendimento recebeu mais de R$ 1 bilhão entre 2021 e 2023.

Em Ponta Grossa, a instalação de uma queijaria tem investimento de R$ 460 milhões, realizado pela Unium, marca institucional das indústrias das cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal.

Para o secretário da Agricultura e do Abastecimento, os investimentos refletem o protagonismo das cooperativas paranaenses. “O lugar que o cooperativismo deu certo foi aqui. Quase todas despertaram para uma verticalização dos processos. Ao invés de só produzir grãos, por exemplo, passaram a produzir proteínas animais. É obvio que o estado tem uma política que concede alguns benefícios fiscais e o Paraná vem sendo ágil na aceitação de projetos de expansão”, pondera.

Segundo Ortigara, o estado quer fortalecer essa característica. “Ao invés de mandar montanhas de milho e soja baratos para o mundo, transformar isso em algo de valor agregado. Qualquer projeto novo que descobrimos, vem à mesa e nós discutimos o que pode ser feito. Empresas privadas e cooperativas estão fazendo investimentos, como a Maltaria, a Frísia, a Piracanjuba, a fábrica de rações da Coamo e a esmagadora de soja”, complementa.

Mesmo com o crescimento na exportação e no faturamento, não faltaram desafios para as cooperativas superarem no ano que passou. “Foram muitos e enormes”, evidencia o presidente do Sistema Ocepar. A mudança governamental, com o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi um deles. Conflitos no exterior e problemas climáticos são outros pontos evidenciados no período.

“Agora que estamos conseguindo retomar com a privatização das estradas (…) Em função resquícios da pandemia, tivemos elevação de juros, foi um ano desafiador”, resgata Ricken, ao reforçar que os problemas com logística e infraestrutura foram os maiores.

“Estamos colhendo batata, feijão, milho e soja, mas já estamos plantando a segunda safra. Essa dinâmica é um desafio quando se tem problemas com o armazenamento. Tivemos no Paraná aumento de mais de 10 milhões de toneladas, e temos um déficit de armazenamento de 8 milhões de toneladas. Tem armazém inflável para todo lado”, evidencia Ricken.

Melhorar a logística e o armazenamento são itens na pauta das empresas com a administração pública. “Esse é um investimento constante. Essa preocupação estamos até levando para o governo. Se o Brasil quiser crescer, precisa destinar mais recursos para a infraestrutura e para o armazenamento adequado para produção”, cobra ele. No âmbito estadual, o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná afirma que o governo tem buscado auxiliar financeiramente os cooperados para avançar em soluções logísticas.

Impasse recorrente tem sido no preenchimento da mão de obra necessária para os negócios, que reúnem 3,6 milhões de cooperados e abriram 13 mil novos postos de trabalho em 2023. De acordo com Ricken, a falta de trabalhadores tem sido um limitador para algumas cooperativas do estado. “Quando vai se estabelecer uma agroindústria no interior do Paraná, precisa ver as condições físicas do local, a possibilidade de energia elétrica e a mão de obra disponível, que é uma questão estratégia que precisa ser trabalhada. Temos dificuldade de levar o pessoal para o interior. Às vezes, não é que falte gente, mas falta gente para querer trabalhar”, complementa.

Para Ortigara, a mão de obra é um problema de difícil solução. “Essa situação é vivida por diversos países”, diz. Ele ressalta que há um processo para estimular as cooperativas na robotização e na indústria 4.0.

Mesmo com expectativa boa para o próximo período, o secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná não esconde que será um ano desafiador. “Um ano climaticamente complicado: estamos em processo de perdas agrícolas. Um ano com taxa de juros elevada e não cabe pressão ao Banco Central agora. A inflação caiu. Mas um ano bom de novas plantas, com investimentos acontecendo. São várias as visões estratégicas das cooperativas para sair do papel”, enumera.

Para Ricken, o desafio neste ano é melhorar a vida do cooperado. “A grande missão é organizar economicamente os nossos cooperados para que tenham mais oportunidade e renda, podendo se desenvolver”. Segundo a Ocepar, em mais de 130 municípios do Paraná, as cooperativas são as maiores empresas, que respondem pelo maior número de empregos e impostos recolhidos.

Fonte: Gazeta do Povo/Gabriele Bonat Foto: Gilson Abreu/Agência de Notícias do Paraná

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2023: exportações do agro crescem 40% no Paraná

As exportações de produtos do agronegócio feitas pelo Paraná ao longo de 2023 cresceram 40,8% em volume e 16,2% em receita. Os dados foram divulgados pelo Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que sistematiza exportações e importações do agronegócio nacional. Ao todo, no ano passado, os paranaenses enviaram mais de 30 milhões de toneladas de produtos agropecuários ao exterior, que renderam US$ 19,4 bilhões. Em 2022, esses números tinham fechado respectivamente em 21,3 milhões de toneladas e US$ 16,7 bilhões.

O tema é o destaque do Campo & Cia de segunda-feira (22), o programa semanal de rádio do Sistema FAEP/SENAR-PR. Quem detalha os números é Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE), do Sistema FAEP/SENAR-PR. “O ano de 2023 foi marcado por uma retomada das exportações principalmente do complexo soja, já que depois de um ano de quebra, tivemos uma safra cheia, o que possibilitou retomar as exportações. Na oleaginosa, tivemos um aumento em mais de 70% em volume em torno de 50% em receita, reflexo da queda nos preços”, destacou Ferreira.

No programa, Ferreira também tratou do complexo carnes, cujas exportações tiveram acréscimo de US$ 61,8 milhões em 2023, fechando o ano com uma soma de pouco mais de US$ 4,3 bilhões. Em volume, os negócios subiram de 2,1 milhões de toneladas para 2,3 milhões. O maior acréscimo em vendas foi em frango, com 9,9% a mais, passando de 1,9 milhão de toneladas para 2,1 milhões. No entanto, houve redução de US$ 18 milhões (0,4%) em relação a 2022, fechando o ano com US$ 3,766 bilhões de faturamento.

Abertura de novos mercados

Nos próximos anos, segundo Ferreira, o agronegócio do Paraná deve continuar uma trajetória para conquistar novos mercados para as carnes paranaenses. Desde 2021, o Estado possui o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Com esse “visto” no passaporte, os paranaenses disputam os mercados mais nobres para vender seus produtos a um preço melhor. “É fundamental alimentar as relações comerciais entre os países e as negociações diplomáticas”, recomendou Ferreira.

Fonte: Faep Foto: Jaelson Lucas