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Manejo do milho tiguera para reduzir danos da cigarrinha-do-milho

A sobrevivência de insetos pode ser comprometida na ausência de suas plantas hospedeiras preferenciais, levando-os a utilizar outras para obter água e abrigo. Essa população remanescente permite infestar novos cultivos com maior ou menor intensidade, dependendo de múltiplos fatores. O problema se agrava quando o inseto é uma praga severa, capaz de causar danos mesmo em baixa densidade populacional, como ocorre com vetores de doenças, caso da cigarrinha-do-milho. Mas como o manejo de plantas voluntárias de milho pode ser um aliado do agricultor?

A dessecação da área com glifosato, antes do plantio da próxima cultura, era suficiente para controlar plantas daninhas. Contudo, com o maior uso de híbridos resistentes ao herbicida e com as perdas que ocorrem na colheita mecanizada, muitas plantas de milho guaxo ou tiguera têm emergido nas culturas sucessoras, assumindo o papel de daninhas e dificultando o manejo de pragas. Esse milho voluntário permite a sobrevivência e reprodução da Dalbulus maidis, além de ser reservatório de molicutes e do vírus da risca para a próxima safra, causadores de doenças do complexo de enfezamento.

A perda tolerável na colheita mecanizada de milho é de 1,5 saca por hectare, mas mesmo que originem poucas plantas voluntárias, elas germinam várias vezes ao longo do ano. Isso gera aumento da população de cigarrinha no início da safra e da safrinha de milho, com alta probabilidade de este grupo já estar infectivo, ou seja, capaz de transmitir doenças para as plantas novas, ocasionando perdas de produção.

A presença de milho voluntário no campo aumenta a sobrevivência, reprodução e transmissão de doenças pela cigarrinha. Uma das formas de manejo é eliminar essas plantas utilizando métodos químicos, mecânicos, físicos e biológicos, e realizar o monitoramento regular para detectar novos fluxos de emergência. Como o manejo após a planta estar presente na área é mais difícil, é preciso atuar de forma preventiva. Além de observar condição ideal de clima e de ponto de colheita, outros fatores são fundamentais, como o ajuste das colhedoras para minimizar a quebra de grãos e espigas; manutenção regular das máquinas para evitar falhas mecânicas durante a colheita; treinamento adequado dos operadores de colhedoras e demais trabalhadores envolvidos na colheita e; verificar se a faixa de velocidade de trabalho está de acordo com a recomendação técnica.

Uma das preocupações é o agricultor fazer o manejo e o seu vizinho, não. De fato, esse trabalho deve ser realizado por todos, como um compromisso em minimizar o problema. Para esse alinhamento, no Paraná, a Portaria 133/2023 da Adapar estabelece medidas para minimizar as perdas causadas pela cigarrinha, principalmente a eliminação obrigatória do milho voluntário, processo fiscalizado pelo órgão de defesa durante a entressafra.

A ação coordenada dos agricultores e outros profissionais em campo é fundamental para minimizar as perdas causadas pela cigarrinha-do-milho e doenças transmitidas por ela.

Fonte: FAEP/Antonio Senkovski Foto: Divulgação

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Anec revisa para cima estimativa de exportação de soja e milho em julho

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) ajustou para cima a previsão de exportação de soja e milho do Brasil em julho. São previstos embarques de 9,9 milhões de toneladas a 11,52 milhões de toneladas de soja em grão, ante 9,7 milhões a 10,89 milhões de toneladas esperados na semana passada.

Em farelo de soja, a expectativa é de exportação de 2,225 milhões de toneladas, em comparação com 1,869 milhão de toneladas na projeção anterior.

Três insumos reduzem custos de produção da soja em MT

Já os embarques de milho neste mês devem ser de 4,3 milhões de toneladas a 4,716 milhões de toneladas – na semana passada eram previstas 4,099 milhões de toneladas. Para o trigo, a projeção foi mantida em 5.088 toneladas.

Na semana de 7 a 13 de julho o Brasil embarcou 1,588 milhão de toneladas de soja em grão, 356,791 mil toneladas de farelo, 883,969 mil toneladas de milho e 5,088 mil toneladas de trigo. Para a semana de 14 a 20 de julho, a previsão é de exportação de 2,412 milhões de toneladas de soja em grão, 643,842 mil toneladas de farelo e 1,325 milhão de toneladas de milho.

Fonte: Canal Rural Foto: Reprodução/Olha Alerta

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Inscrições para a sexta edição do Avança Café estão abertas

Estudantes e profissionais de todo o país que queiram empreender na cadeia produtiva do Café podem apresentar propostas de projetos para o programa de pré-aceleração de startups Avança Café, que está em sua sexta edição e recebe inscrições até dia 5 de agosto. O objetivo do programa é incentivar o desenvolvimento de tecnologias, produtos e serviços inovadores que atendem desde o produtor até o consumidor. O edital e o formulário de inscrição podem ser consultados no endereço eletrônico www.embrapa.br/cafe/avanca-cafe ou clicando aqui.

Podem se inscrever, sem custos, equipes compostas por três a seis membros, podendo ser compostas por estudantes de ensino médio, graduação ou pós-graduação, por técnicos, professores, pesquisadores, setores, empresários ou independentes. Não é necessário ter uma empresa formalmente registrada e cada equipe pode se inscrever mais de um projeto, embora apenas um seja selecionado para esta edição, caso aprovado.

As equipes de apoio apoiam para transformar suas ideias em projetos de base tecnológica com alto valor agregado ao negócio, seja em produtos ou processos. Os participantes terão acesso a workshops, palestras, painéis e estudos de casos, abrangendo conteúdos teóricos, práticos e ferramentas úteis para o desenvolvimento dos negócios, durante as doze semanas de vigência do programa. Além disso, serão realizadas reuniões de mentoria conforme as necessidades das equipes, com profissionais especializados no assunto.

As equipes com o melhor desempenho receberão premiação, cujo valor bruto total alcança R$ 39.480,00, patrocinado pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o valor servirá de incentivo para incluir os projetos no mercado.

O Avança Café é coordenado pela Embrapa Café, com recursos do Consórcio Pesquisa Café e executado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), por meio do Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ) e pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), por meio do Parque Tecnológico e Científico da Universidade Federal de Lavras (LavrasTec).

Fonte: Embrapa Café

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Agricultura de baixo carbono

Apontada como uma alternativa eficaz para diminuição de impactos nas mudanças climáticas, reduzir gases de efeito estufa na atmosfera e trazer benefícios financeiros e econômicos a agricultores e à cadeia produtiva, a agricultura de baixo carbono ainda não traz resultados práticos que beneficiem os produtores.

A agricultora Sueli Linhares é do sudoeste do Paraná e, há três anos, tem destinado parte da propriedade ao cultivo de aveia com técnicas de emissão de baixo carbono. Ela se prepara para plantar a soja na mesma modalidade, mas está insatisfeita com o que vê. “Seguimos tudo de forma muito criteriosa, rigorosa, com acompanhamento técnico, fazemos a entrega do produto à indústria, não recebemos mais por isso e a indústria comercializa nossa aveia com valor agregado e indicação de agricultura de baixo carbono”, destacou.

Para a produtora rural, é essencial que haja um regramento que possa, de fato, beneficiar quem cultiva no campo e está responsável por todos os tratos e manejo. “O que vemos hoje é apenas parte da cadeia se beneficiando e quem planta não tem os resultados esperados, apenas a dedicação”, ponderou. Quem atua com pesquisa espera que esse cenário possa mudar em breve.

Em dois anos, deve vigorar um selo que vem sendo estruturado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outros órgãos ligados ao segmento para uma das áreas em que o Brasil é referência mundial em produção: a soja.

Quem se dedica ao plantio da soja poderá alcançar o registro de produção de agricultura de baixo carbono com a promessa de, a partir dos regramentos, acessar benefícios à cadeia produtiva. A iniciativa é voluntária e vem sendo operada em forma de teste em 60 regiões produtoras da oleaginosa no Brasil.

A promessa é que seja um diferencial para o país em relação aos centros mundiais consumidores num aspecto que cresce como exigência de mercado. “A gente espera que isso de fato possa chegar aos produtores e em efeito cascata, para a soja e outros grãos, que possamos dizer que estamos contribuindo ainda mais com o meio ambiente, mas que tenhamos uma compensação por isso”, completou a agricultora.

Boas práticas do agro precisam ser propagadas no exterior

No campo, a conscientização vem sendo potencializada, afirma o diretor-presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Ele acredita na metodologia da produção, mas avalia que boas práticas ambientais seguidas pelo agro brasileiro precisam ser anunciadas e defendidas pelas autoridades no exterior.

Localizada na região oeste do Paraná, a cooperativa é a realizadora do Show Rural, evento do agronegócio brasileiro que reúne mais centenas de milhares de visitantes. A feira figura como uma importante vitrine nas Américas para inovações e tecnologias do agro. Nos dois últimos anos, os destaques foram o setor de pesquisa e a presença de indústrias que se voltam à colocação no mercado de bioinssumos.

“O mercado de bioinssumos está crescendo muito com o uso mais intenso de bactérias para o fortalecimento das plantas e combate aos invasores e depredadores. Temos aumentado nossa produção de forma sustentável, com foco na elevação da produtividade, sem novas áreas de cultivo. Somos um agro que cuida, que adota boas práticas e está preocupada com o meio ambiente”, afirma Grolli.

De acordo com Grolli, aliado às boas práticas de cultivo, o produtor está atento a manter e melhorar condições sustentáveis. “Estamos falando em tirar produtos químicos e pondo bioinssumos nas nossas propriedades, além de ferramentas que acelerem processos de produtividade, melhoria de controle e preservação, mas isso precisa ser visto e valorizado. Estamos preocupados com isso”, diz.

O selo aguardado para 2026 é bem visto pelo setor produtivo, com a ressalva sobre a necessidade de vircom a conscientização de que o agronegócio brasileiro está ancorado na preservação, pontua Grolli. “Nos últimos 30 anos nossa produção aumentou 440% e as novas áreas incorporadas somaram cerca de 100%. Toda diferença de crescimento foi com produtividade, inovações, novas tecnologias – e tudo isso com preservação. Hoje não se explora novas áreas e estamos crescendo em produção graças às melhorias genéticas e tecnológicas, conciliadas à preservação ambiental”, completa.

O presidente da Coopavel lembra que 60% do território nacional estão preservados e que se utiliza cerca de 8% do território brasileiro – algo em torno de 80 milhões de hectares – para produzir alimentos a aproximadamente um bilhão de pessoas no mundo. “Nós alimentamos com boas práticas quase cinco vezes o tamanho do Brasil e o produtor brasileiro está fazendo isso há décadas. Doamos de 20% a 80% da nossa propriedade para o meio ambiente e, mais uma vez, o mundo precisa valorizar isso”.

Para Grolli, a conta é simples. Se existem 850 milhões de hectares em solo brasileiro, 60% estão preservados, existem no Brasil cerca de 515 milhões de hectares intocados. “Temos que ter orgulho e coragem de não concordar com o que o mundo fala sem conhecer o Brasil. Estamos preservando, mas precisamos reverter a imagem do Brasil lá fora e mostrar que tem um ecossistema preservado”.

Além dos fatores de preservação adotados, o setor produtivo espera pela identificação da soja baixo carbono. “Isso precisa trazer resultados ao nosso produtor e à indústria”, completa ele.

Segundo a pesquisadora Roberta Carnevalli, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja, a empresa está focada em apresentar alternativas de diversificação de culturas e orientar sobre o impacto da adoção do sistema de plantio direto na melhoria da qualidade do solo e, consequentemente, na produtividade de um dos principais ativos brasileiros.

E a estratégia passa pelo cultivo da soja de baixo carbono. O Brasil é o maior produtor mundial do grão, com mais de 150 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2022/2023, além de maior exportador do cereal: foram quase 23 milhões de toneladas no último ano.

A metodologia para soja baixo carbono não envolve produção de orgânicos, e sim a adoção de medidas no campo que retrairão emissões dos chamados gases nocivos. “As gramíneas, a exemplo das braquiárias, produzem raízes robustas e mais profundas do que as leguminosas [soja, crotalária e guandu] e, por isso, incentivamos sua introdução nos sistemas mais sustentáveis”, orienta a chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja.

Entre as tecnologias que vêm sendo recomendadas à agricultura e soja baixo carbono está a coinoculação, que corresponde à adição em mais de um microrganismo que beneficia as plantas para potencializar a contribuição com as bactérias fixadoras de nitrogênio (bradirizóbio) e as promotoras de crescimento (azospirillum). A metodologia também consiste em manejo racional de fertilizantes, manejo de pragas, doenças e plantas daninhas, além de um sistema no qual o Paraná é pioneiro e considerado modelo: o plantio direto.

A primeira versão do documento “Diretrizes técnicas para certificação da soja baixo carbono” foi publicada neste ano. Segundo a Embrapa, o documento contém as premissas para atestar a diminuição [que podem chegar a 30%] das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em sistemas de produção agrícola candidatos do Brasil.

As diretrizes estão sendo usadas para subsidiar a coleta de dados em cinco macrorregiões produtoras de soja no Brasil. Segundo a Embrapa, a publicação das diretrizes é o primeiro passo para validação da metodologia que está sendo desenvolvida e vai culminar com o selo, do qual se espera reconhecimento e compensação do mercado.

“Ao adotar as boas práticas agrícolas e seguir os requisitos preconizados pelo PSBC [Programa Soja Baixo Carbono], o produtor rural submeterá seu sistema de produção à aferição da certificadora credenciada. Se obtido, o selo SBC acompanhará a comercialização da soja, um diferencial competitivo valorizado no mercado”, diz a Embrapa.

Entre as práticas obrigatórias estão:

Plantio direto

Boas recomendações de coinoculação, adubação e correção do solo

Uso de defensivos agrícolas tecnicamente prescritos

Obedecer ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc)

Manejo integrado de Pragas (MIP)

Manejo Integrado de Doenças (MID)

Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD)

Práticas conservacionistas de manejo do solo e do sistema, complementares ao SPD

Uso de sementes certificadas;

Integração lavoura-pecuária-floresta

Adoção de ferramentas digitais e georreferenciadas para o manejo sítio-específico

Realização de análise físicas e biológicas para monitorar a qualidade do solo.

Após estabelecer e validar o protocolo de certificação, as diretrizes indicam o que medir e avaliar, enquanto o protocolo detalha como fazer. “O processo de validação envolve a discussão do protocolo com o setor produtivo, com organismos internacionais e com representantes do mercado do grão, para que a metodologia proposta reflita a realidade do produtor brasileiro e, ao mesmo tempo, seja aceita e respeitada internacionalmente”, completa a pesquisadora da Embrapa.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Gilson Abreu

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Portos paranaenses alcançam novo recorde de movimentação

Os portos de Paranaguá e Antonina alcançaram uma nova marca histórica de movimentação. Em junho deste ano, 6.582.670 toneladas foram movimentadas, representando um aumento de 3% em relação ao recorde anterior, alcançado em dezembro do ano passado. Foi o melhor desempenho mensal da história dos portos paranaenses, segundo a Portos do Paraná, que faz a gestão dos dois terminais.

Na exportação, os destaques vão para açúcar a granel, com 669.380 toneladas, e soja, com 1.676.369 toneladas. Na importação, fertilizantes apresentam maiores volumes, com 4.777.376 toneladas. Os portos paranaenses seguem sendo a principal porta de entrada para os fertilizantes no País, com crescimento de 20% em comparação a junho de 2023 (727.282 toneladas).

Também foi destaque a importação de contêineres – foram 63.600 TEUs (medida para 20 pés de comprimento de contêiner). Os contêineres apresentaram crescimento expressivo de 45% se comparado a junho do ano anterior (394.557 toneladas).

Fonte: CBN/Joyce Carvalho, com informações da AEN Foto: Claudio Neves

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Inscrições abertas para o Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados

Estão abertas as inscrições para a 3ª edição do Cupping e Negócios de Cafés Diferenciados, que será realizado durante a Semana Internacional do Café, de 20 a 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG).

O Cupping é uma iniciativa do Sistema CNA/Senar, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). O projeto também tem como parceiros a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o Sebrae, por meio do ‘Juntos pelo Agro’, e a empresa da especialista em cafés especiais Helga Andrade.

Produtores rurais interessados podem se inscrever a partir desta segunda (15) até o dia 1º de outubro, por meio do link: cnabrasil.org.br/cuppingcafe24 . Já os compradores têm até o dia 15 de novembro para preencher a ficha de manifestação de interesse.

Após preencher o formulário, os produtores devem enviar as amostras para o endereço que consta no Regulamento, com previsão de chegada até o dia 25 de outubro. Os cafés serão selecionados quando atenderem as características técnicas e sensoriais.

Cafés diferenciados

São considerados cafés diferenciados os frutos das espécies arábica e canéfora em grão beneficiado cru, colhidos durante a safra 2024/25 e que possuam comprovados diferenciais de agregação de valor.

SIC

A Semana Internacional do Café, onde ocorrerá o Cupping, é a maior feira do setor na América Latina e a quinta maior do mundo, com um espaço dedicado à inovação, tendências de mercado e, sobretudo, de conexões de histórias e negócios.

A inscrição para o Cupping é gratuita. Acesse o Regulamento no link cnabrasil.org.br/cuppingcafe24 e saiba como participar.

Esclarecimentos e informações a poderão ser obtidos pelo e-mail c.agricola@cna.org.br

Fonte: CNA

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Economia brasileira cresceu 0,25% em maio

A economia brasileira cresceu 0,25% em maio, segundo dados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta segunda-feira (15). O IBC-Br é um dos principais sinalizadores do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Com isso, o índice observado em maio ficou em 148,86 pontos. Dessazonalizado, o índice sobe para 149,60 pontos. Em abril, o índice dessazonalizado estava em 149,23.

Na comparação com maio de 2023, quando o índice observado estava em 146,95 pontos (dessazonalizado em 145,93 pontos), a alta chega a 1,3%. No acumulado do ano (janeiro a maio), a alta é de 2,01% e, no dos últimos 12 meses, chega a 1,66%.

Além de indicar a expansão da economia, o IBC-Br é também uma das referências adotadas pelo BC para a definição da taxa básica de juros (Selic), que está atualmente em 10,5% ao ano.

Fonte: Agência Brasil Foto: Rodolfo Buhrer

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Brasil deve produzir 299,27 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/2024

O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 299,27 milhões de toneladas na safra 2023/2024. O montante representa um decréscimo de 6,4% ou 20,54 milhões de toneladas a menos em relação ao ciclo anterior, porém ainda posiciona esta safra como a segunda maior já colhida no país. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado no último dia 11, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com a estimativa, a pesquisa de campo, realizada no final de junho, indica uma variação positiva de 0,6% ou 1,72 milhão de toneladas em relação à pesquisa do mês anterior. O motivo foi o avanço da colheita das principais culturas, indicando recuperação na produção, sobretudo no milho segunda safra, gergelim e arroz. Por outro lado, houve redução no milho primeira safra, feijão, trigo, algodão e soja.

A quebra observada em relação ao ciclo passado, de acordo com o levantamento, deve-se sobretudo à intensidade do fenômeno El Niño, que nesta safra teve influência negativa no comportamento climático desde o início do plantio, chegando inclusive às fases de reprodução das lavouras de primeira safra plantadas até o final de outubro, nas principais regiões produtoras do país.

Com relação à soja, a estimativa de produção é de 147,34 milhões de toneladas, uma redução de 4,7% ou 7,27 milhões de toneladas sobre a safra anterior, com a colheita finalizada. Nesse resultado, destacam-se os estados de Mato Grosso, maior produtor de soja do país, com 39,34 milhões de toneladas, e Bahia, com a maior produtividade, com 3.780 kg/ha. Já o milho tem produção estimada em 115,86 milhões de toneladas, incluindo as três safras. O volume é 12,2% ou 16,03 milhões de toneladas abaixo da safra 2022/23. O levantamento desta cultura mostra, no entanto, que as condições climáticas vêm favorecendo, com a maioria das lavouras em estágio de desenvolvimento vegetativo e fase reprodutiva.

A área cultivada total no país, com os produtos analisados, apresenta acréscimo de 1,5%, o que corresponde a 1,21 milhão de hectares a mais em relação à safra passada. Os maiores crescimentos são observados na soja, com 1,94 milhão de hectares, seguido do gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz. Já o milho total teve redução de 1,41 milhão de hectares, acompanhado pelo trigo e as demais culturas de inverno.

As culturas de inverno, que incluem trigo, aveia, canola, centeio, cevada e triticale, estão com o plantio em andamento. Especificamente para o trigo, as estimativas preliminares indicam uma produção de 8,96 milhões de toneladas, em uma área de 3,07 milhões de hectares.

Mercado

Sobre as movimentações do mercado agrícola, destaca-se o comportamento das cotações de arroz, que têm operado próximo da estabilidade de preços ao produtor no Rio Grande do Sul, sendo o atual patamar de comercialização muito rentável para o produtor que colheu sem influência negativa das enchentes no estado. Ademais, destaca-se a projeção de mercado ajustado entre a oferta e demanda de arroz, o que corrobora a perspectiva de preços remuneradores ao longo de todo o ano de 2024 e, em meio a este cenário previsto, a expectativa é de acentuada expansão de área do grão em todo o país.

Para o mercado de milho, a recente valorização do Dólar em relação ao Real tem refletido em viés de alta dos preços internos no Brasil, mesmo diante do cenário de queda das cotações nos EUA, após o anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do levantamento de área plantada de milho superior à intenção de plantio, previamente publicada por esse departamento americano. Sobre a soja, ilustra-se a intensa correlação das cotações nacionais e internacionais, em meio ao grande volume da safra brasileira que é direcionada às exportações. Com a expectativa de mercado menos rentável para o produtor norte-americano, a área plantada de soja nos EUA ficou abaixo da previsão inicial do USDA e do mercado, porém, apesar da redução, a estimativa é de que a nova safra seja 3% maior do que a anterior. Assim, mantém-se a perspectiva de preços com dificuldade de valorização ao longo de 2024 no Brasil, com o mercado internacional bem ofertado.

Para o feijão, a previsão da temporada 2023/24 é de um volume médio de cerca de 3,3 milhões de toneladas, 7,6% acima da safra anterior. O resultado é a soma da produção da primeira e segunda safras, apuradas no levantamento de campo realizado em junho de 2024, mais as previsões para a terceira safra. Partindo-se de um estoque inicial de 325 mil toneladas, o consumo em 2,85 milhões de toneladas, as importações em 50 mil toneladas e as exportações de 150 mil toneladas, o resultado será um estoque de passagem na ordem de 642,6 mil toneladas de feijão, volume que deverá contribuir para a manutenção da normalidade do abastecimento interno.

Clique aqui e acesse os arquivos com informações completas do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 e os detalhes das demais culturas.

Fonte: Conab Foto: Mapa

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Embrapa Soja realiza curso ‘Tecnologia de Armazenamento de Sementes e Grãos de Soja’

Período: 5 a 9 de agosto de 2024
Carga horária: 34 horas
Vagas: 35
Local: Embrapa Soja

Público: O curso destina-se a gestores, supervisores, técnicos e operadores de unidades armazenadoras de grãos e sementes.

Objetivos
Treinar os profissionais responsáveis pela armazenagem de grãos e de sementes de soja nas mais avançadas técnicas de armazenamento, compreendendo o manejo integrado de pragas, a amostragem visando a análise de sementes e grãos quanto as suas qualidades, as operações de recepção, pré-limpeza, limpeza, secagem, os fatores determinantes da deterioração das sementes e dos grãos durante o armazenamento, a manutenção das qualidades dos grãos e das sementes durante o período de armazenamento. 

Veja detalhes em

Home (embrapa.br)