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4º Curso de Tecnologia de Produção de Sementes de Soja

Dirigido a profissionais envolvidos na produção de sementes de soja e também no processo de armazenamento, o curso objetiva apresentar as tecnologias que propiciem a produção de sementes de soja de qualidade em regiões tropicais e subtropicais, caso brasileiro e de países da América Latina.

As aulas serão proferidas pelos pesquisadores da Embrapa Soja das equipes de Tecnologia de Sementes e Grãos, de Entomologia, de Ecofisiologia, de Fertilidade e Microbiologia do Solo, de Genética e Melhoramento, de Manejo do Solo e da Cultura, de Plantas Daninhas além de especialistas em sementes de universidades e outras instituições de pesquisa.

Confira AQUI mais informações e inscrições.

Carga horária | 36h

Curso | Restrição de público: Aberta

Fonte: Embrapa Soja

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Estado e municípios levantam os efeitos da chuva nas lavouras e estradas rurais

O governo do Estado irá trabalhar em parceria com os municípios na recuperação da área rural do Paraná atingida pelas fortes chuvas dos últimos dias. Técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), da Defesa Civil e das prefeituras municipais estão a campo para um levantamento sobre as perdas que se estendem na infraestrutura, particularmente relacionada ao tráfego, além da produção agropecuária.

Neste período do ano, nas regiões Sul, Centro-Sul e Sudoeste, que estão sendo mais castigadas com os temporais, produtores de trigo e cevada realizam a colheita. Até o início da semana passada tinham sido colhidos 84% dos 1,4 milhão de hectares de trigo e 17% dos 87,3 mil hectares de cevada. O maior risco para os produtores é a quebra na produção e na qualidade do produto.

Nessa mesma região, o plantio das safras de soja, milho e feijão, entre as principais culturas, também está concentrando a atenção dos produtores. Há uma semana o milho tinha 91% dos 314 mil hectares já semeados, o feijão estendia-se por 79% dos 11,4 mil hectares previstos, enquanto a soja havia sido plantada em 58% dos 5,8 milhões de hectares.

As chuvas volumosas podem exigir replantio ou nova colocação de adubo, o que aumenta os custos de produção nas áreas que exigirem esse manejo. Em outras regiões, a grande umidade do solo pode manter as raízes encharcadas, podendo posteriormente ter reflexo negativo na produção. 

“Há um nível de perda que a gente considera ruim, difícil e elevado”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.  “Boa parte dos agricultores não faz seguro, não tem a proteção, mas há procedimento previsto no manual de crédito rural, e estamos abertos para construir alguma forma de parceria”.

Segundo Ortigara, o governo está definindo critérios para ajudar os municípios, especialmente aqueles que tiveram situação de emergência decretada e reconhecida. “Precisamos rapidamente minimizar um pouco os sacrifícios que têm sido feitos, especialmente na trafegabilidade no meio rural”, disse. O governo também definirá o volume de recursos a serem investidos no trabalho, que será efetivado assim que for possível colocar o maquinário no campo. “Isso faz bem para a economia local e para as pessoas, por isso faremos as parcerias para ter procedimentos mais simplificados e ágeis”, afirmou o secretário.

Tornado

As chuvas que continuavam nesta segunda-feira (30) em várias regiões impediram levantamento mais completo e o deslocamento de muitos técnicos a campo para observarem os estragos. Preliminarmente, o Núcleo Regional de Dois Vizinhos, na região central do Estado, apontou que aviários e barracões foram atingidos no interior desse município.

Em Boa Esperança do Iguaçu, Nova Esperança do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu, estradas rurais, cabeceiras de pontes e bueiros foram danificados. Cruzeiro do Iguaçu teve duas pontes levadas pela enxurrada, outras duas ficaram quebradas e cerca de 40 quilômetros de estradas cascalhadas ficaram intransitáveis, enquanto São Jorge do Oeste teve três pontes danificadas.

No Núcleo de Jacarezinho, no Norte Pioneiro, a maior consequência para a agricultura é o atraso no plantio das lavouras de verão, principalmente a soja, que está com 55% das lavouras semeadas. No sábado (28) um tornado, com ventos entre 150 e 210 km por hora, de acordo com o Simepar, atingiu o município de São José da Boa Vista.

Entre os diversos estragos no setor rural, a cobertura do galpão da Cooperativa Agropecuária Familiar do Leste Pioneiro (Coaflep) foi destruída, prejudicando produtores de leite, e um caminhão foi tombado pela força do vento.

Bons volumes

No Núcleo Regional de Laranjeiras do Sul, no Centro-Sul, a derrubada de pontes também foi verificada, o que deixou algumas comunidades isoladas. A região de Cornélio Procópio, no Norte paranaense, recebeu volume de chuvas considerado benéfico para a agricultura, ainda que tenha havido precipitação de granizo no município de Cornélio Procópio e em Leópolis.

Também no Norte, o Núcleo Regional de Londrina teve chuvas em quantidade propícia e bem distribuídas para ajudar nas atividades de campo. Em Apucarana, igualmente no Norte, as chuvas foram de intensidade média, mas bem distribuídas, sem causar danos. O Núcleo Regional de Maringá observou chuvas em condições normais em todos os municípios.

No Núcleo Regional de Cianorte, no Noroeste do Paraná, as chuvas ficaram dentro da normalidade para o período, ajudando inclusive a intensificar o plantio das culturas de verão. O mesmo aconteceu em Paranavaí, na mesma região. No núcleo de Umuarama, as precipitações chegaram a 250 milímetros em dois dias em Iporã, prejudicando principalmente as lavouras de soja. Os técnicos também relataram, em levantamento preliminar, estragos em estradas rurais e surgimento de erosões laminares e em sulcos, o que compromete tratos culturais na soja e mandioca.

No Núcleo de Campo Mourão, os relatos são de destelhamento de aviário em Araruna e prejuízos particularmente em estradas rurais.

Sudoeste e Oeste

No Núcleo Regional de Francisco Beltrão, o município de Ampére apresentou perdas de 91 mil sacas de soja, 16,6 mil sacas de milho, 16 mil litros de leite e 5 mil quilos de peixes. Vários municípios estão relatando estragos em estradas rurais, muitos danos em lavouras recém-plantadas, que provavelmente precisarão de replantio, e erosão.

Em Pato Branco, os relatos são de problemas principalmente em estradas rurais. Dos 21,7 mil quilômetros em 15 municípios que fazem parte do Núcleo Regional, 12,6 mil tiveram algum tipo de estrago. No Núcleo de Cascavel, no Oeste, os levantamentos ainda estavam sendo feitos na tarde desta segunda-feira. Santa Lúcia e Itaipulândia já registraram que os danos foram grandes nas lavouras, mas a extensão ainda não foi contabilizada. Na vizinha Toledo, os técnicos não observaram estragos até o momento.

Curitiba e campos gerais

O Núcleo Regional de Curitiba reportou 546 milímetros de chuvas em outubro, quando a média histórica chegava a 149,6 milímetros. Com isso, houve muitos alagamentos e piora das condições do solo, registrando-se erosões e paralisação de atividades no campo.

No Núcleo de Ponta Grossa, os ventos de sábado (28) arrancaram as estruturas de barracões de duas leiterias em Arapoti, danificaram maquinários e obrigaram o sacrifício de alguns animais. Lavouras de eucalipto também foram afetadas.

Em Ortigueira, levantamento preliminar aponta perda de 80% em olericultura a céu aberto, 70% em qualidade do trigo, 10% da produção de leite e 30% em mel. Porto Amazonas calcula que foram prejudicados pelas chuvas 50 hectares de feijão e 250 hectares de trigo, além de replantio em 100 hectares de soja. 

Culturas de inverno

No Núcleo de Guarapuava, um dos principais produtores de culturas de inverno, os estragos foram grandes, ainda que não haja relatório definitivo. A estimativa é que haja redução significativa na produtividade da cevada, trigo e aveia. As culturas de verão terão mais atraso no plantio. Além disso, as erosões começam a ser observadas tanto em áreas plantadas quanto a plantar. Os problemas nas estradas prejudicam o transporte de leite e animais.

Na região de Pitanga, no Centro do Estado, há muitos estragos registrados na zona rural, mas ainda sem levantamento específico. Em algumas localidades, como Mato Rico, há comunidades isoladas em função dos estragos nas estradas, maior problema relatado até o momento em todo o núcleo.

O Núcleo de Ivaiporã, no Vale do Rio Ivaí, relatou problemas graves de inundações, queda de granizo e estragos em estradas rurais. Irati, no Sul do Estado, registrou rompimento de pontes e acúmulo de água nas estradas. Já a regional de Paranaguá apontou problemas para os produtores de hortaliças, que não conseguem plantar. O controle de doenças nas bananas também está prejudicado.

O Núcleo de União da Vitória já vinha sofrendo há dias com as inundações. Neste fim de semana, o nível do Rio Iguaçu elevou-se ainda mais. Com isso, pequenos produtores perderam praticamente toda a produção de hortaliças, além de outras culturas.

Fonte e Foto: AEN

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Chuvas impactam colheitas no Paraná

Na mais recente atualização da Previsão Subjetiva de Safra (PSS), divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, foram revelados os efeitos das chuvas volumosas de outubro nas colheitas do estado. O Sul do Estado foi particularmente afetado, enquanto na região Norte, onde a maioria das principais culturas da safra 2022/2023 já foi colhida, as perdas foram mínimas até o momento.

No Sul, as chuvas impactaram severamente a produção de cereais de inverno, como trigo e cevada, da safra 2022/2023. O relatório indicou quedas significativas na produtividade desses cereais. Em relação ao trigo, a estimativa de produção foi reduzida em 300 mil toneladas em comparação com a previsão de setembro, totalizando agora 3,86 milhões de toneladas. Essa redução no potencial produtivo teve um reflexo direto nos preços desses produtos.

Por outro lado, na região Norte, as lavouras mantiveram um bom estado geral. Culturas como mandioca e cana-de-açúcar, por exemplo, já tiveram cerca de 89% das áreas colhidas, com mais de 90% dessas áreas apresentando excelentes condições de cultivo. Isso significa que, apesar das adversidades climáticas em outras partes do estado, essas culturas continuam a prosperar na região Norte, proporcionando estabilidade aos agricultores locais.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Divulgação

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Chuvas causam mais bloqueios em rodovias no Paraná

O Paraná começa a semana com 10 pontos de rodovias totalmente bloqueados em reflexo das chuvas do final de semana. São 7 trechos de rodovias estaduais e 3 de estradas federais. De acordo com Polícia Rodoviária Federal, por causa de alagamentos, a BR-153, tem dois pontos de bloqueio total, em Imbituva e em Rebouças, na região de Irati, no centro-sul do estado. E a BR-476, em União da Vitória, no km 466 está fechada em reflexo de alagamento.

As rodovias estaduais com bloqueio total são: PR-836, em União da Vitória, que é a rodovia que passa ao lado do Rio Iguaçu; PRC-280, continua alagada também; PRC-466 está fechada por queda de barreira. PRC-423, em Campo Largo, tem bloqueio no km 25, por causa de alagamento na pista/ PR-151, em Jaguariaíva, no km 25, está fechada por queda de barreira; PR-540, em Guarapuava por rachadura na pista; PR-281, em Planalto Paraná, entre Realeza e São Valério, o bloqueio é devido à cheia do Rio Capanema.

Fonte: BandNews Foto: Divulgação

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Trigo: preços reagem no Brasil; agentes seguem atentos ao clima

Diante de preocupações relacionadas ao clima e da demanda mais ativa por parte de moinhos, os preços do trigo reagiram neste encerramento de outubro nas regiões acompanhadas pelo Cepea. Vale lembrar que os valores vinham registrando movimento de baixa há praticamente um ano e, portanto, operam em patamares considerados baixos por agricultores.

No campo, as condições climáticas adversas durante a colheita de trigo têm deixado produtores atentos à qualidade das lavouras.

Nos dois mais importantes estados produtores, Paraná e Rio Grande do Sul, alguns agentes consultados pelo Cepea já relatam perdas nas lavouras.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação

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Paraná leva ao Congresso Nacional a maior Caravana de Mulheres do Agronegócio do País

Um grupo de 150 produtoras rurais do Paraná marca presença no Congresso Nacional de Mulheres do Agronegócio (CNMA), que acontece, nesta semana, nos dias 25 e 26 de outubro, em São Paulo. A delegação paranaense é a maior caravana do Brasil a participar do evento, representando a Comissão Estadual de Mulheres da FAEP (CEMF) e as 76 comissões locais espalhadas pelo Paraná.

Segundo Lisiane Czech, coordenadora da CEMF e vice-presidente da FAEP, o congresso contribui diretamente com uma das metas da comissão, que é ampliar a visão de negócios da mulher do agro.

“Esse evento traz o que há de mais inovador no agronegócio brasileiro atualmente. Nós encontramos uma grande variedade de temas em um mesmo lugar, o que possibilita uma diversidade de conhecimento para diferentes perfis de mulheres. Com certeza vamos levar novidades para o Paraná”, comenta Lisiane Czech, coordenadora da CEMF.

A coordenadora da CEMF destaca também a relevância do Paraná quando se trata de desenvolvimento agropecuário e, principalmente, uma agricultura mais sustentável. Esse é, inclusive, o tema do CNMA deste ano: “Dobrar o agro de tamanho com sustentabilidade: a marca brasileira”. O evento, na sua 8ª edição, reuniu mais de 3 mil mulheres de todas as regiões do Brasil, ampliando a troca de experiências e dando espaço ao protagonismo feminino no campo.

A programação incluiu temas em alta no agronegócio brasileiro, como liderança, sucessão, tecnologia, gestão moderna e ESG (sigla em inglês para designar boas práticas ambientais, sociais e de governança), além de assuntos relacionados ao autoconhecimento da mulher, como saúde física e mental.

6º Prêmio Mulheres do Agro

Flávia Saldanha Rodrigues, de Jacarezinho, do Norte Pioneiro; e Alessandra Barth, de Ipiranga, nos Campos Gerais posam para foto ostentando prêmio recebido no Congresso Nacional de Mulheres do AgronegócioFlávia Saldanha Rodrigues, de Jacarezinho, do Norte Pioneiro; e Alessandra Barth, de Ipiranga, nos Campos Gerais

No primeiro dia, um dos pontos altos do evento foi o 6º Prêmio Mulheres do Agro, promovido pela empresa alemã Bayer em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Nesta edição, o Paraná teve duas conquistas: 3º lugar na categoria pequena propriedade, com a produtora Alessandra Barth, de Ipiranga, nos Campos Gerais; e 1º lugar na categoria grande propriedade, e Flávia Saldanha Rodrigues, de Jacarezinho, no Norte Pioneiro.

A premiação condecora exemplos concretos de liderança feminina do agronegócio, contribuindo para que a atuação da mulher seja reconhecida e fortalecida no setor rural de todo o Brasil.

Fonte e Foto: Faep/Bruna Fioroni

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Soja: veja como estão os preços da saca no Brasil

O mercado brasileiro de soja teve uma quarta-feira (25) de calmaria, com produtores relutantes em realizar vendas.

Ainda que tranquilo, houve alguns negócios de grande volume relatados, devido a necessidades, envolvendo os portos de Paranaguá, Santos e Rio Grande.

Com a Bolsa de Chicago (CBOT) em baixa e o dólar sem grandes variações, predominaram no Brasil preços estáveis a moderadamente mais baixos.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos permaneceu em R$ 143.

Na região das Missões, a cotação passou de R$ 141 para R$ 142 por saca.

No Porto de Rio Grande, o preço caiu de R$ 152 para R$ 151.

Em Cascavel, no Paraná, o preço permaneceu em R$ 132.

No porto de Paranaguá (PR), a saca continuou em R$ 142.

Em Rondonópolis (MT), o valor caiu de R$ 122,50 para R$ 122.

Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 124.

Em Rio Verde (GO), a saca desvalorizou de R$ 124 para R$ 122.

Soja em Chicago

Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago encerraram a quarta-feira com preços mais baixos. Um movimento de realização de lucros, perspectivas pouco favoráveis para as exportações americanas e o fraco desempenho do farelo pressionaram as cotações.

Com o avanço do plantio no Brasil, a atenção dos compradores começa a se voltar para o mercado sul-americano. Diante da perda de competitividade da soja americana, os preços recuam. Além disso, o farelo teve perdas consistentes após acumular uma boa valorização nas últimas sessões.

Diante desse quadro, os agentes optaram por embolsar ganhos, com base em sinais técnicos.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 7 centavos ou 0,54%, a US$ 12,88 1/4 por bushel. A posição de janeiro teve cotação de US$ 13,08 1/2 por bushel, uma perda de 6 centavos de dólar, ou 0,45%, em comparação com o dia anterior.

Nos subprodutos, a posição de dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5, ou 1,15%, a US$ 429,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 52,60 centavos de dólar, com alta de 1,10 centavo, ou 2,17%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,16%, sendo negociado a R$ 5,0011 para venda e a R$ 4,9991 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,9872 e a máxima de R$ 5,0197.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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Ibrafe: Tendência de Valorização no Mercado de Feijões no Brasil

O mercado de Feijões continua a mostrar sinais de vitalidade, mantendo um bom volume de negócios. É interessante notar que esta semana do mês, que antecede a semana de pagamento de salários, é um momento crucial para muitos empacotadores, pois eles buscam atender à crescente demanda dos supermercados. Há indícios de que a safra de São Paulo, especificamente a safra de Itaí-SP, possa seguir a mesma tendência de valorização observada no ano passado.

No interior de Minas Gerais, por exemplo, ouvimos relatos de que ontem o Feijão tipo Dama, nota 8, foi vendido por R$ 215, em comparação com os R$ 208 da terça-feira anterior. Isso representa um aumento de 3% no valor desse lote em um curto período de tempo. Assim como há em Itaí negócios por até R$ 260, com algum prazo. É importante ressaltar que essa valorização gradual, embora modesta a cada vez, tende a consolidar novos patamares de preço.

Vários fatores podem estar contribuindo para essa tendência de valorização. Primeiramente, a crescente demanda dos supermercados, especialmente nesta época do mês, está exercendo pressão positiva sobre os preços. Além disso, a qualidade da safra de Itaí-SP e de outras regiões de São Paulo pode estar desempenhando um papel importante no aumento do valor do Feijão. Também o fator estoque. O produto que esta estocado em outros estados vai sendo vendido muito lentamente na medida da necessidade.

A valorização constante, embora gradual, é um fenômeno comum em mercados agrícolas. À medida que os preços aumentam de forma consistente ao longo do tempo, eles tendem a se estabilizar em novos patamares mais elevados. Isso pode ser uma excelente notícia para os produtores e empacotadores, que podem trabalhar com maior previsibilidade com menos volatilidade.  Ainda assim fatores como condições climáticas, oferta e demanda global e eventos inesperados podem impactar os preços de maneira imprevisível. Portanto, os participantes desse mercado devem estar atentos e acompanhar nos boletins do Clube Premier do IBRAFE essas variáveis adotando estratégias de gestão de risco adequadas.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação

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Projeto muda cálculo dos preços mínimos de produtos agrícolas

O Projeto de Lei 1284/19 determina que os preços mínimos de produtos agrícolas serão definidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em valores não inferiores ao custo operacional de produção. O texto, já aprovado pelo Senado, está agora em análise na Câmara dos Deputados.

Esse custo operacional será obtido mediante a soma dos custos de produção com o custo da depreciação anual de máquinas, equipamentos e benfeitorias, segundo critérios definidos pela Receita Federal.

O texto altera o Decreto-Lei 79/66. A redação atual determina que os preços mínimos são definidos pelo CMN considerando os diversos fatores que influenciam as cotações dos produtos agrícolas nos mercados interno e externo e, também, com base nos custos de produção.

Segundo o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), autor da proposta, o objetivo da mudança é incorporar melhor os custos de produção, em especial a depreciação de máquinas e equipamentos usados. “O mérito é atingir, principalmente, a agricultura familiar”, argumentou Heinze ao defender as alterações.

Tramitação

O projeto será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Ralph Machado

Edição – Natalia Doederlein

Com informações da Agência Senado

Fonte e Foto: Agência Câmara de Notícias

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Nova Ferroeste e Moegão vão ampliar fluxo de mercadorias do Mato Grosso do Sul a Paranaguá

O volume crescente de grãos descarregados pelo Mato Grosso do Sul no Porto de Paranaguá fez do estado do Centro-Oeste do País o segundo maior usuário desta estrutura portuária, atrás apenas do Paraná. A previsão é que o volume aumente ainda mais quando forem implantados os projetos estratégicos do Governo do Paraná para aprimorar a logística para transporte e desembarque de mercadorias no porto.

Um deles é a Nova Ferroeste, linha férrea que ligará o município de Maracaju (MS) diretamente a Paranaguá. O outro é o Moegão, estrutura que será implantada no Porto de Paranaguá exclusiva para receber produtos que chegam por ferrovia. Entre janeiro e julho deste ano o porto paranaense registrou aumento de 32% na movimentação – alta puxada principalmente pela soja em grão, seguida pelo farelo de soja e milho. No período, foram embarcadas 4.062.168 toneladas de cargas, acima das 3.075.651 toneladas movimentadas no mesmo período no ano anterior.

“O Governo de Mato Grosso do Sul é parceiro do Governo do Paraná na viabilização da Nova Ferroeste. Essa ferrovia vai nos ajudar a chegar ao Porto de Paranaguá com maior eficiência, velocidade e capacidade de carga muito superior do que hoje, dando mais competitividade aos nossos produtos”, destaca o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc), Jaime Verruck.

Para o coordenador do Plano Estadual Ferroviário do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, o Porto de Paranaguá é peça fundamental nas exportações de Mato Grosso do Sul. “O que falta para o Porto de Paranaguá ser o principal porto para o Mato Grosso do Sul é ter uma boa cadeia logística. Isso vai acontecer com a construção da Nova Ferroeste e do Moegão. Isso fará a conexão entre a ferrovia e porto, que já é o mais eficiente do país”, avalia o coordenador.

A Nova Ferroeste vai ligar por trilhos Maracaju e Paranaguá e terá ainda dois ramais: Cascavel – Foz do Iguaçu e Cascavel – Chapecó (SC). Ao todo, a malha ferroviária somará 1.567 quilômetros, uma alternativa para a atual hegemonia do modal rodoviário. Já o Moegão é uma grande área de descarga férrea (grãos e farelos) no porto, sem a necessidade de desmembramento das composições. A obra vai conectar os 11 terminais que integram o Corredor Leste de Exportação, com um ganho de 63% na capacidade de descarga.

Juntos, os dois projetos oferecem uma modalidade de transporte de cargas mais econômica, eficaz e menos poluente, aumentado a atratividade do Porto de Paranaguá. “Teremos dois modais importantes em termos de eficiência: a Nova Ferroeste e o porto. Eles precisam conversar e isso acontece a partir do Moegão. A capacidade de descarga será muito maior e mais rápida, será possível descarregar simultaneamente três composições de 60 vagões”, destaca Fagundes.

Logística atual

Hoje, o transporte de grãos vindos do MS é feito pelo modal rodoviário. No primeiro semestre deste ano, 36.257 caminhões vindos daquele estado descarregaram em Paranaguá. A exportação, até julho deste ano, chegou a 14.521.306 toneladas. Desse total, 28% embarcaram por Paranaguá com destino à China, Coreia do Sul e Bangladesh.

“É importante reforçar que o Porto de Paranaguá, por sua capacidade, infraestrutura e eficiência, consegue atender diversos tipos de segmento e tipos de mercadoria”, destaca o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “O que torna o porto muito mais atrativo para cargas de outros estados”.

Competitividade

Em um país com dimensões continentais como o Brasil, o valor do frete para transporte de insumos e da produção é determinante para a competitividade no mercado. O Litoral do Paraná é porta de saída de itens como grãos, celulose e proteína animal, que por vezes percorrem mais de mil quilômetros até embarcar nos navios com destino ao Exterior.

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) do projeto da Nova Ferroeste aponta que a partir de 350 quilômetros o modal ferroviário é mais favorável em relação ao modal rodoviário. Esta é a distância de cerca de 85% das cargas que acessam o Portos do Paraná, boa parte vinda de Mato Grosso do Sul.

Oeste

Luiz Henrique Fagundes lembra que na Região Oeste do Paraná a demanda por uma malha ferroviária maior e mais eficiente também é real e urgente, em especial para o transporte de proteína animal. Hoje, o único trecho existente da Ferroeste liga Cascavel, no Oeste, a Guarapuava, no Centro-Sul. Com 248 km de extensão, a linha se conecta à Malha Sul em Guarapuava e desce até o Litoral.

Ele acrescenta que atualmente, um contêiner refrigerado com proteína animal originário da Região Oeste pode levar até cinco dias para percorrer o trajeto entre Cascavel e Paranaguá. A diferença no valor do frete em relação ao modal rodoviário justifica a escolha. O trecho entre Cascavel e Paranaguá de caminhão sai por R$ 5.800 enquanto o frete de trem para o mesmo trecho custa R$ 4.500.

De acordo com o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), em 2022 a Cotriguaçu (responsável pelo transporte das cooperativas Copacol, C.Vale, Lar e Coopavel) enviou por trem 45.752 contêineres de 20 pés de comprimento, uma média de 3.812 ao mês. Neste ano, até agosto, já foram destinados 32.742 contêineres, vindos da Cotriguaçu, com média mensal de 4.094, o que indica tendência de 2023 ultrapassar o volume do ano passado.

O gerente de Logística do TCP, Giovanni Guidolim, explica que atualmente 70% do volume operado na ferrovia é relacionado ao mercado de carnes e congelados. “Observamos um crescimento constante no número de contêineres refrigerados movimentados neste modal”, diz Guidolim. “O Oeste do Paraná é o grande polo exportador do agronegócio paranaense.

Hoje só 20% da carga para exportação chegam ao porto por ferrovia. Deste total, apenas 10% têm origem no Oeste. Existe uma grande demanda reprimida na região. A Cotriguaçu é o principal exemplo, vai muito mais carga pelo modal rodoviário, pagando um frete muito mais caro porque a ferrovia não tem capacidade de escoar”, diz o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves