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STF julga constitucionalidade de lei que proíbe pulverização aérea de defensivos

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta semana o julgamento de ação de inconstitucionalidade de lei do Ceará que proíbe pulverização aérea de defensivos no estado. A ação é da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que alega violação à livre iniciativa e aos objetivos da política agrícola. No STF, o julgamento, que já conta com dois votos favoráveis à constitucionalidade da Lei Estadual nº 16.820/19, deve ser concluído entre 19 e 26 de maio.

Devido à retomada do julgamento, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, realizou na última segunda-feira (15) audiência pública para debater os efeitos da pulverização aérea de agrotóxicos. O requerimento para realizar o debate foi feito pelo presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT). O encontro contou com a participação de cientistas, pesquisadores, lideranças comunitárias e representantes do Ministério Público.

“Não é um julgamento sobre uma lei do Ceará, é um julgamento sobre o Brasil”, afirmou o deputado estadual Renato Roseno (Psol), autor da lei cearense. Ele e outros participantes da audiência defenderam que os estados têm competência para legislar sobre a matéria, tendo em vista a Lei nº 7.802/89, conhecida como Lei dos Agrotóxicos. Também foi levantado o problema da deriva, que corresponde ao volume da substância pulverizada que não atinge o alvo pretendido.

Luiz Claudio Meirelles, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), defendeu a manutenção da lei estadual nº 16.820/19. De acordo com nota técnica emitida pela instituição, a pulverização aérea foi proibida na União Europeia justamente devido ao seu potencial de “prejudicar significativamente a saúde humana e o ambiente, nomeadamente devido ao arrastamento da pulverização”. Meirelles lembrou ainda o posicionamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) contra as práticas de uso de agrotóxicos no Brasil, ressaltando seus riscos à saúde.
Impactos na saúde

Além de câncer, problemas respiratórios, deformação fetal, puberdade precoce, doenças neurológicas e suicídio estão entre as consequências da intoxicação por agrotóxicos citadas durante a audiência. Maria Juliana Moura Corrêa, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, entregou à comissão uma nota técnica. Nela, o Ministério da Saúde recomenda que as políticas dos diversos setores estejam alinhadas à prevenção de riscos à saúde da população. “Estudos constataram que a deriva decorrente da aplicação aérea de agrotóxicos já alcançou uma distância de 32 km da área alvo. Dessa forma, ao atingir o meio ambiente, pode também contaminar mananciais de abastecimento de água para consumo humano, assim como lavouras e rebanhos vizinhos”, destaca o texto.

Outra preocupação dos participantes foi o avanço na tramitação do Projeto de Lei nº 1.459/2022, apelidado de Pacote do Veneno, que pode facilitar a liberação e a circulação de defensivos agrícolas. Segundo Juliana Santorum, representante da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela vida, 720 mil toneladas de ingredientes ativos de agrotóxicos foram comercializadas no Brasil em 2021 e esse número pode aumentar. “Não existe possibilidade de usar o agrotóxico de forma segura, isso é um mito”, afirmou Leomar Daroncho, procurador do Trabalho e membro do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos do Ministério Público do Trabalho. Os participantes também disseram que o país não conta com uma rede de laboratórios capaz de monitorar a totalidade das substâncias autorizadas. Portanto, não seria possível medir a exposição das pessoas a essas moléculas.

Impactos na economia

Pedro Luiz Gonçalves Serafim da Silva, subprocurador-geral do Trabalho, afirmou que a lei cearense que proíbe a pulverização aérea é um exemplo para o Brasil. Para ele, os agrotóxicos são um problema não apenas do campo e podem impactar a relação do país com parceiros internacionais. Silva destacou a assimetria entre o Hemisfério Sul e o Hemisfério Norte no que diz respeito ao tema, podendo levar o Brasil a sofrer futuros embargos. Para exemplificar, ele citou a pesquisa de Larissa Mies Bombardi, da Universidade de São Paulo. O levantamento aponta que a legislação brasileira permite 5 mil vezes mais resíduo de glifosato na água potável que a União Europeia: enquanto aqui são tolerados 500 µg/litro, os países da UE limitam esse resíduo a 0,1µg/litro. O glifosato é o agrotóxico mais vendido no Brasil e testes de laboratório com essa substância levaram ratos ao desenvolvimento de tumores, à morte precoce, além de outros efeitos.

O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sintag), Gabriel Colle, defendeu o uso da tecnologia aérea na agricultura, mas disse que é preciso apurar responsabilidades.

Segundo ele, o setor é regulado, envolve cerca de 200 empresas e emprega aproximadamente 5 mil pessoas. Colle sustenta que a aviação é responsável por menos de 10% da aplicação de agrotóxicos e que os casos de deriva que atingem comunidades e outras áreas vulneráveis são exceções.

Mais atingidos

Para Adelar Cupsinski, representante da Fian Brasil, trabalhadores rurais, assentados, quilombolas e indígenas seriam os grupos mais afetados pela pulverização aérea de agrotóxicos. “Onde há conflito pela posse da terra, muitas vezes se utilizam os agrotóxicos contra essas comunidades. O [povo] Guarani Kaiowá é um exemplo”, afirmou. Já o procurador do Ministério Público Federal, Marco Antônio Delfino de Almeida, argumentou que o uso indiscriminado de agrotóxicos evidencia o racismo ambiental, isto é, o efeito desproporcional de impactos ambientais sobre populações mais frágeis.

O produtor agroecológico José Carlos, vítima de pulverização aérea em Nova Santa Rita (RS) entre 2020 e 2021, participou remotamente da audiência. Ele relatou as dificuldades enfrentadas após a deriva do veneno que atingiu casas, aquíferos, pastagens, lavouras, pomares e vegetação nativa. De acordo com ele, os pequenos agricultores que tiveram suas terras contaminadas não puderam vender seus produtos durante dois meses, comprometendo a subsistência das famílias.

Erileide Domingues, professora e líder da comunidade Guyraroká, no Mato Grosso do Sul, se referiu à aplicação aérea como “pulverização de ódio”. Domingues disse que a produção de mandioca, de arroz e de outros alimentos foi comprometida após a aldeia sofrer pulverização irregular de agrotóxicos em 2018, fazendo com que a comunidade se tornasse mais dependente de assistência governamental. “Não tem como dizer que veneno dá vida”, afirmou.

Enquanto aguardam conclusão do julgamento pelo STF, participantes celebraram o voto da ministra Cármen Lúcia, relatora da ação. Para ela, os estados não contrariam a Constituição quando editam “normas mais protetivas à saúde e ao meio ambiente quanto à utilização de agrotóxicos”. O voto foi seguido pelo ministro Edson Facchin. O terceiro a votar será Gilmar Mendes.

Fonte e Foto: Canal Rural e Agência Brasil

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Tecnologia que otimiza uso de máquinas agrícolas reduz custos no campo e se aplica a estradas

A ideia de ajudar o agricultor a produzir mais alimentos com menos custos rendeu frutos a uma startup de Curitiba focada em tecnologia para o agronegócio. A empresa criou uma solução que usa internet das coisas (IoT) para fazer um raio-x de máquinas agrícolas e gerenciar as necessidades de manutenção dos equipamentos. Os resultados alcançados no campo foram tão promissores que a tecnologia passou a ser aplicada a caminhões e usada para otimizar a manutenção de estradas rurais.

O dispositivo desenvolvido pela IoTAG, empresa que nasceu em 2018 na capital paranaense, tem patente brasileira e alcança mais de mil unidades em funcionamento, inclusive internacionalmente. Um equipamento eletrônico que é acoplado ao conector de energia da colheitadeira ou trator, por exemplo, e que envia informações via internet com os dados do maquinário para um software. “Focamos em dados de manutenção da máquina, alarmes, se precisa revisão, consumo de combustível, entre outros”, explica o CEO da startup, Jorge Leal.

Com os dados em mãos, o gerenciamento das manutenções fica mais fácil. E máquinas bem mantidas significam menos custos. “Você passa a descobrir a saúde da máquina antes que ela quebre”, afirma Leal. Usando técnicas de inteligência artificial, o monitoramento é feito a partir da coleta de um grande volume de dados das máquinas, que são transformados em informações palpáveis para os gestores. “O dono das máquinas consegue ver num simples gráfico o quanto ele está perdendo ou ganhando em dinheiro”.

O objetivo é fornecer a informação precisa sobre o equipamento para obter o melhor desempenho. E desempenho, neste caso, vai de acordo com a expectativa de cada produtor, que pode ser economia de combustível, maior produção ou ganho de tempo com as máquinas agrícolas. “A ideia é maximizar o desempenho conforme o objetivo”, especifica o CEO.

Algumas empresas buscam a solução por conta das políticas ESG (da sigla em inglês Environmental, Social and Governance, relativa às políticas de sustentabilidade e governança das corporações), quase sempre demandadas por relatórios de emissões de carbono para investidores. “Quando se consome menos combustível fóssil para a operação agrícola, diminui a pegada de carbono. E quem vê isso na prática consegue mensurar os resultados.”

Solução brasileira para o agro mundial

Além do Brasil, os equipamentos da IoTAG são usados em países como Estados Unidos, Chile, Argentina e a empresa também começa a fornecer para a Europa. “O agro brasileiro é considerado referência mundial em tecnologia e muitos países vêm buscar no Brasil soluções como essa”, conta Jorge Leal.

A instalação dos equipamentos, segundo os desenvolvedores, dá retorno do investimento em seis meses. E o monitoramento segue com uma mensalidade, sendo o cliente um assinante do software que permite a gestão das informações. A solução é única no mundo e atende principalmente a grandes players do agronegócio.

Entre eles, a Raízen, maior produtora brasileira de etanol e responsável por gerenciar uma das maiores operações agrícolas do mundo, com cerca de 1,3 milhão de hectares de terra cultivada. A IoTAG foi escolhida para participar de um programa de inovação aberta da companhia e responder ao desafio de aprimorar o desempenho da frota agrícola nas plantações. Junto com a Case IH, marca da CNH Industrial de maquinário para o campo, as empresas desenvolveram um projeto-piloto testando o equipamento em 46 tratores utilizados nas plantações de cana-de-açúcar da empresa no interior de São Paulo.

O sistema captava as informações dos veículos em tempo real e antecipava as necessidades de reparos das máquinas. “A IoTAG aumentou em 91% o ganho de assertividade no diagnóstico de falhas dos componentes monitorados. O tempo de parada de cada trator foi reduzido de 2h12min para 12 minutos”, explica o gerente de Manutenção Automotiva da Raízen, Gabriel Borges – referindo-se ao tempo gasto com diagnósticos e reparos por falhas decorrentes nos componentes monitorados.

O resultado ampliou o uso da tecnologia e, hoje, a Raízen utiliza o sistema de telemetria em 200 máquinas agrícolas em bioparques dos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. “Com mais informações em tempo real, é possível identificar, por exemplo, se algum equipamento apresenta anomalia no consumo de combustível”, acrescenta Borges.

A ideia é disseminar o sistema entre mais empresas e produtores rurais. Ricardo Campo, coordenador de inovação digital da Raízen e gestor do Pulse, hub de inovação aberta da empresa, conta que a IoTAG é uma das 58 startups que se tornaram parceiras no desenvolvimento de soluções para os negócios. “Esse movimento vem produzindo cases em diferentes áreas, propondo soluções inovadoras para controle avançado de operação em caldeira, pulverização e imageamento por drone, gestão de créditos de geração distribuída e imageamento de plantio por meio de drones, para detecção de falhas de plantio, entre outras.” Um claro sinal de que a tecnologia quase sempre ajuda a dar passos além do planejado.

Do campo para estradas não pavimentadas

No caso da IoTAG, o desempenho nas lavouras acabou virando oportunidade para estender o uso do sistema a outras frentes. Em 2021, também por meio de um programa de inovação aberta, a IoTAG foi escolhida pela multinacional sueca LOTS Group para testar os equipamentos em parte da frota de caminhões da empresa. A companhia atua com operações logísticas para setores do agronegócio, mineração, rodoviário e florestal.

“Nossa principal necessidade era ter uma melhor gestão da manutenção de estradas não pavimentadas das nossas operações. Precisávamos ter mais conhecimento sobre os trechos críticos para programar as manutenções necessárias e otimizar as horas de trabalho do maquinário”, conta o gerente de Operações da filial latino-americana da empresa, Juliano Basseto. “Embora na época (a IoTAG) ainda não contemplasse uma solução focada em estradas, a plataforma para maquinário conectado apresentava bastante sinergia com o que buscávamos”, lembra.

A tecnologia foi testada durante seis meses na operação de transporte de cana-de-açúcar da empresa em Sandovalina, interior de São Paulo. Com resultados validados, a solução se estendeu para outras operações e hoje é utilizada em 5 rotas de transporte de cana e madeira, com previsão de expansão para mais duas operações ainda neste mês de maio.

Funciona da seguinte maneira: um sensor instalado nos caminhões coleta e processa informações da telemetria do veículo para identificar a condição da via. Ao identificar anomalias por meio de vibração do equipamento, são enviados alertas para a torre de controle da operação, a depender do grau de severidade.

“Os trechos pré-mapeados são classificados a partir do índice de incidência de anomalias, que contempla a severidade das anomalias vezes a frequência em que o trajeto é percorrido”, explica Luiz Guilherme Ferreira, responsável pelo desenvolvimento da IoTAG na LOTS Group. “Assim, o profissional responsável pela manutenção das estradas prioriza os trechos a serem reparados e programa a execução dos serviços”, complementa.

Os resultados, segundo Ferreira, foram redução nas horas de manutenção com trabalho de máquinas, diminuição do tempo de ciclo de viagem dos caminhões e redução de consumo de combustível. “Além da diminuição em 19% do custo de manutenção de vias e otimização do fluxo de transporte das operações”, contabiliza.

O gerente de Operações, Juliano Basseto, acrescenta que a tecnologia vem permitindo também otimizar as condições das vias trafegadas, mapear pontos críticos, identificar preventivamente trechos passíveis de manutenção e educar o perfil de condução dos veículos em função da condição da via. “Com frentes de carregamento simultâneas em trajetos diferentes, nem sempre elegemos corretamente o trecho prioritário para manutenção, mas com o mapa de anomalias podemos ver os pontos críticos a priorizar. Além disso, o controle das horas de trabalho permite gerenciar os custos da manutenção de forma eficiente”, detalha.

O próximo passo é incluir uma função no sistema que permitirá gerir a performance dos motoristas em tempo real. Para Jorge Legal, da IoTAG, o caminho pela frente é promissor, já que a condição das estradas afeta a manutenção dos veículos. E veículos bem mantidos são, consequentemente, menos onerosos.

Questionado se a tecnologia poderia ser usada também no segmento rodoviário, Leal explica que sim, porém já existem soluções de mercado em âmbito global dedicadas à manutenção de estradas asfaltadas – o que tornaria o sistema pouco competitivo.

“O nosso diferencial é usar o algoritmo para entender o comportamento de qualquer veículo que roda sobre o chão. E as estradas sem asfalto, ainda bastante comuns no Brasil, quase não têm gestão que garanta manutenção adequada.” Um horizonte de milhares de quilômetros em potencial.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo/Ligia Martoni

set204362

Exportações paranaenses apresentam crescimento em 2023

As exportações paranaenses em abril cresceram 7% em relação a abril do ano passado, somando US$ 2,1 bilhões, segundo informações fornecidas pela Secretaria de Comércio Exterior, do Governo Federal (Secex). Os dados foram confirmados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) nesta terça-feira (16).

No acumulado do ano, o total de mercadorias e serviços vendidos no mercado externo já cresceu 11%, totalizando US$ 7,3 bilhões em receitas cambiais. Este é o melhor desempenho para abril na série histórica, que começou a ser divulgada em 1997. O resultado do quadrimestre também é o melhor em 26 anos. Com esta performance, o Paraná figura como o quarto estado no ranking nacional do mês, representando 7,7% de tudo que o Brasil vendeu para fora. No Sul, responde por 45% das vendas internacionais, sendo o maior exportador da região.

O valor das importações do mês caiu 16% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com US$ 1,5 bilhão adquiridos. Em relação ao acumulado do ano, há uma mesma tendência de queda. Até abril, o valor total das compras de mercadorias e serviços realizadas pelo Paraná retraíram 7%, somando US$ 6 bilhões. O estado é o quarto maior importador nacional, mas o segundo da região Sul, ficando atrás de Santa Catarina, com 32% do total comprado de fora.

Com isso, o saldo da balança comercial do Paraná em abril ficou em US$ 636 milhões. No ano, o superávit chega a US$ 1,3 bilhão.
Quase 74% das vendas externas paranaenses do mês estão concentradas em cinco grupos de produto: soja (41%), carnes (16%), material de transporte (8%), madeira (5%) e produtos químicos (3%). Já entre os mais comprados pelo Paraná em abril, 77% correspondem a cinco itens: produtos químicos (28%), petróleo (17%), material de transporte (15%), mecânica (11%) e materiais elétricos e eletrônicos (6%).

No ano, soja também lidera as vendas externas, seguida por carnes, material de transporte, cereais, madeira e mecânica. Os mais comprados são produtos químicos, petróleo, material de transporte, mecânica e materiais elétricos e eletrônicos.

Fonte e Foto: CBN, Com informações da Fiep

set203742

Avança Café lança edição 5.0 na Expocafé

O programa Avança Café lançará a sua quinta edição e será uma das atrações da Expocafé, considerada a maior feira da cafeicultura nacional, que acontece no campo experimental da Epamig em Três Pontas (MG) no período de 17 a 19 de maio (quarta a sexta-feira). O Avança Café ficará no estande produtor inovador e vai reunir propostas de soluções para a cafeicultura por meio de uma breve competição (Coffeethon) de ideias inovadoras para o setor. O programa vai participar nos três dias da feira, sendo que no dia 18 terá uma atividade das

14h às 17h, com a seguinte programação:

14h – 14h30: Conversa sobre o Consórcio Pesquisa Café – Embrapa.

14h30 – 15h: Breve apresentação do programa Avança Café e Lançamento da edição 5.0.

15h – 16h: Cofeethon Pocket: tire sua ideia do papel.

O Coffeethon é um hackathon pocket, uma maratona de ideias, em formato reduzido, para iniciar os participantes na atividade de ideação, a fim de estimular a participação no Programa Avança Café. A ideia do Coffeethon Pocket é ser uma atividade “mão na massa”, onde os participantes serão estimulados a solucionarem, por meio de tecnologias inovadoras, problemas reais de mercado. Para isso serão utilizadas ferramentas de modelagem de negócios. O Programa Avança Café é um programa de pré-aceleração de startups promovido pela Embrapa Café e Consórcio Pesquisa Café, realizado pelo TecnoParq da Universidade Federal de Viçosa e o LavrasTec da Universidade Federal de Lavras.

Como participar:

Para participar do Coffethon Pocket a inscrição é gratuita e poderá ser realizada até o dia 17 maio, de forma online, pelo link.

Fonte: Embrapa

set203847

Mercado eleva expectativa de inflação para 6,03% neste ano

Os agentes e analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a expectativa de inflação para este ano a 6,03%, de acordo com o Relatório Focus divulgado na manhã desta segunda (15). A mediana do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o fim de 2023 estava a 6,02% há uma semana e a 6,01% há quatro semanas (veja na íntegra).

Embora a expectativa para a inflação em 2023 tenha sido elevada, a previsão dos analistas financeiros se mantém em queda para o ano que vem a 4,15% e estável a 4% em 2025 e 2026.

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país também tem uma leve expectativa de alta a 1,02% neste ano, 0,02 ponto porcentual a mais na comparação com a semana passada.

Por outro lado, o mercado mantém a previsão de que a cotação do dólar terminará o ano em R$ 5,20 e a taxa básica de juros Selic em 12,5%.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

set203915

Tempo seco pode limitar lavouras de trigo e milho

A previsão de chuvas até o fim do mês, deve representar o clima esperado para um período de outono/inverno. O predomínio será de tempo seco em grande parte do Brasil, apesar da possibilidade do avanço de uma frente fria entre os dias 21 a 23 de maio, o sistema deverá ficar confinado no extremo sul e trazendo pouca chuva.

Esse tempo seco, deverá ser um fator limitante para as lavouras de trigo e milho, principalmente do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Por outro lado, deverá ser positivo para o algodão dos estados do centro-oeste e dos principais produtores do MATOPIBA, onde o tempo seco e quente contribui para a qualidade das fibras.

A tendência também indica um mês de maio com temperaturas acima da média histórica em praticamente todos os setores do país, com destaque para as áreas mais centrais, como o estado de Goiás e Minas Gerais.

Veja a previsão por região e o mapa de chuvas

Região Sul

O período será marcado predominantemente por tempo seco e grande variação nas temperaturas. No entanto, uma tendência de aquecimento será notada ao longo dos próximos 15 dias. Entre os dias 21 a 23 de Maio, é possível que uma frente fria de fraca intensidade traga chuvas sobre o Rio Grande do Sul. Nas demais regiões não há previsão de chuvas, o que deve limitar a quantidade de umidade no solo para o estabelecimento das lavouras de trigo e suprimento das lavouras de milho.

Região Sudeste

A previsão é de predomínio de tempo seco até o final do mês, com chuvas abaixo da média para o período. Observa-se uma tendência de elevação nas temperaturas, principalmente no noroeste de SP, triângulo e norte de MG. Algumas chuvas pontuais podem ocorrer em decorrência da umidade oceânica no RJ e ES, mas não serão suficientes para alterar a característica seca do mês. O tempo seco deve contribuir para as operações em campo, mas limitam o potencial produtivo das lavouras em estádios mais sensíveis.

Região Centro-Oeste

O tempo seco deve predominar, sendo um padrão comum para a época do ano. As temperaturas devem ficar acima da média, especialmente em áreas de GO. No entanto, algumas chuvas podem surgir no oeste e norte do MT, bem como do MS. Apesar da falta de chuvas, não há indicativos de limitações hídricas para as lavouras da região. Este tempo mais seco, pode contribuir para a melhor qualidade das fibras do algodão nas regiões produtoras.

Região Nordeste

As chuvas devem se concentrar na faixa norte e litoral leste da região, graças aos corredores de umidade e aos ventos úmidos do oceano. No entanto, as áreas do sertão terão predomínio de tempo seco e tardes quentes, algo comum para a época do ano. A falta de umidade pode limitar a qualidade das lavouras, principalmente nas regiões produtoras da BA, sul do MA e sul do PI.

Região Norte

Apesar da tendência de chuvas abaixo da média, a previsão é de até 300 mm em Roraima, o que pode ser considerado uma quantidade significativa. No entanto, áreas ao sul como RO, sudeste do PA e sul do TO, terão o predomínio de tempo seco, seguindo a tendência da estação.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set204079

“Campeão do século”, Mato Grosso cresce o triplo da média nacional com impulso do agro

A economia de Mato Grosso é a que mais cresceu no país desde o início do século. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado aumentou a um ritmo de 5,42% ao ano de 2002 a 2020, conforme os dados mais atualizados do IBGE. É quase o triplo da velocidade da economia brasileira, que nesse período avançou 1,96% ao ano, em média.

No mesmo período, o segundo e o terceiro estado que mais cresceram foram o Pará (4,65% ao ano) e Tocantins (4,6%).

Mato Grosso, que era a 15.ª maior economia do país no início do século, ocupa agora a 12.ª posição, conforme a estatística de 2020 do IBGE. E há motivos para acreditar que a ascensão não deve parar por aí.

A consultoria Tendências estima que, em 2021, o PIB mato-grossense avançou 2,4%, pouco menos da metade do crescimento nacional de 5%. Em 2022, porém, o estado voltou a crescer muito acima da média: 10,3%, conforme estimativa do Banco do Brasil, mais que o triplo do PIB nacional (2,9%). E, para 2023, o BB prevê expansão de 3,4% em Mato Grosso – para o país todo, a expectativa mediana do mercado financeiro é de alta de apenas 1%.

Boa parte da explicação para esse desempenho está no agronegócio, carro-chefe da economia local. O setor representa 56,6% do PIB do estado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Mas não é só no avanço do PIB que a economia do estado se destaca. Outro levantamento do IBGE mostra que Mato Grosso tem a quarta menor taxa de desemprego entre as unidades da federação. Segundo o dado mais recente, a desocupação era de 3,5% na média do último trimestre de 2022 – menos que a taxa média dos países do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), que era de 3,9% em dezembro.

O principal responsável pelo avanço da economia mato-grossense no cenário nacional, segundo Luiz Antônio do Nascimento de Sá, técnico de contas regionais do IBGE, foi a agropecuária. A participação do estado nessa área mais que dobrou entre 2002 e 2020, passando de 5% do total nacional para 10,6%.

A safra de grãos de Mato Grosso foi multiplicada por seis desde a colheita de 2002, passando de 15,9 milhões de toneladas naquela temporada para 94,1 milhões de toneladas neste ano, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produtividade das lavouras em 2023 deve chegar a 4.551 quilos por hectare, a terceira maior do país, atrás apenas de Santa Catarina e Distrito Federal. Em 2002, o rendimento era de 2.909 kg/ha.

O Imea estima que a soja alcançará produtividade recorde neste ano, de 61,59 sacas (quase 3,7 mil quilos) por hectare, com destaque para as regiões médio norte e sudeste do estado. Grande parte da produção agropecuária é exportada. A previsão do Imea é que 61,2% da soja seja destinada a outros países.

“Aqui temos boas condições: uma topografia bem plana, que favorece o uso de maquinário de grande porte, chuvas regulares e ampla luminosidade, que facilita a fotossíntese das plantas”, diz o presidente do Sindicato Rural de Sinop e vice-presidente da Federação da Agropecuária do Mato Grosso (Famato), Ilson José Redivo.

Segundo o Imea, a produção de milho deve crescer quase 4% sobre a temporada anterior, atingindo 46,4 milhões de toneladas, num cenário de aumento da demanda e menor oferta do milho no mercado internacional, em decorrência da quebra de safra na Argentina e nos Estados Unidos, além da guerra na Ucrânia, que diminuiu a produção daquele país. O equivalente a 62,5% do milho colhido em Mato Grosso deve ser exportado.

Segundo números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no ano passado a receita total das exportações foi de US$ 32,5 bilhões, o que faz de Mato Grosso o quarto estado exportador do país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Vinte anos antes, em 2002, era o 10° exportador.

Mais informações:
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/mato-grosso-estado-mais-cresce-pais-triplo-media-nacional/

Fonte e Foto: Gazeta do Povo