set204362

Exportações paranaenses apresentam crescimento em 2023

As exportações paranaenses em abril cresceram 7% em relação a abril do ano passado, somando US$ 2,1 bilhões, segundo informações fornecidas pela Secretaria de Comércio Exterior, do Governo Federal (Secex). Os dados foram confirmados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) nesta terça-feira (16).

No acumulado do ano, o total de mercadorias e serviços vendidos no mercado externo já cresceu 11%, totalizando US$ 7,3 bilhões em receitas cambiais. Este é o melhor desempenho para abril na série histórica, que começou a ser divulgada em 1997. O resultado do quadrimestre também é o melhor em 26 anos. Com esta performance, o Paraná figura como o quarto estado no ranking nacional do mês, representando 7,7% de tudo que o Brasil vendeu para fora. No Sul, responde por 45% das vendas internacionais, sendo o maior exportador da região.

O valor das importações do mês caiu 16% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com US$ 1,5 bilhão adquiridos. Em relação ao acumulado do ano, há uma mesma tendência de queda. Até abril, o valor total das compras de mercadorias e serviços realizadas pelo Paraná retraíram 7%, somando US$ 6 bilhões. O estado é o quarto maior importador nacional, mas o segundo da região Sul, ficando atrás de Santa Catarina, com 32% do total comprado de fora.

Com isso, o saldo da balança comercial do Paraná em abril ficou em US$ 636 milhões. No ano, o superávit chega a US$ 1,3 bilhão.
Quase 74% das vendas externas paranaenses do mês estão concentradas em cinco grupos de produto: soja (41%), carnes (16%), material de transporte (8%), madeira (5%) e produtos químicos (3%). Já entre os mais comprados pelo Paraná em abril, 77% correspondem a cinco itens: produtos químicos (28%), petróleo (17%), material de transporte (15%), mecânica (11%) e materiais elétricos e eletrônicos (6%).

No ano, soja também lidera as vendas externas, seguida por carnes, material de transporte, cereais, madeira e mecânica. Os mais comprados são produtos químicos, petróleo, material de transporte, mecânica e materiais elétricos e eletrônicos.

Fonte e Foto: CBN, Com informações da Fiep

set204253

Trigo tem menor relação estoque-demanda global desde 2014/15

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou suas estimativas de oferta e demanda agrícola mundial para 2023/24, prevendo um ano turbulento para a indústria global de trigo. As perspectivas gerais indicam uma interação interessante de aumento da produção em um cenário de menor oferta, comércio, consumo e estoques finais em comparação com o ano anterior.

A produção global de trigo deve atingir um recorde de 789,8 milhões de toneladas, um aumento modesto de 1,5 milhão de toneladas em relação a 2022/23. Esse aumento é atribuído principalmente a safras maiores na Argentina, Canadá, China, União Européia e Índia, que conseguiram contrabalançar quedas notáveis na Austrália, Rússia, Ucrânia e Cazaquistão.

Espera-se que a Argentina assuma a liderança no aumento da produção à medida que o país se recupera de uma seca devastadora, enquanto o Canadá deve colher colheitas quase recordes devido à expansão das áreas de plantio. A UE também antecipa um aumento da produção, graças às chuvas acima da média que beneficiam quase todos os países membros, com exceção de Espanha e Portugal.

No entanto, nem todos os produtores de trigo compartilham essa previsão otimista. A Austrália, após três safras recordes consecutivas, está se preparando para uma queda substancial na produção devido ao retorno dos rendimentos aos níveis médios. Simultaneamente, a Rússia prevê rendimentos menores e áreas reduzidas em relação ao recorde do ano passado, enquanto a produção da Ucrânia deve cair 21%, principalmente devido ao conflito em andamento com a Rússia.https://www.agrolink.com.br/agrotempo?utm_source=agrolink-detalhe-noticia&utm_medium=detalhe-noticia&utm_campaign=links-internos

Pelo lado do consumo, espera-se uma queda de 3,0 milhões de toneladas, caindo para 791,7 milhões de toneladas. O principal fator por trás disso é a redução do uso de ração e resíduo de trigo, já que maiores suprimentos de grãos para ração em 2023/24 tornam o trigo menos competitivo. Os países mais afetados por essa redução são Ucrânia, Índia, Rússia e China.

O comércio global de trigo também deve sofrer uma queda, com uma queda prevista de 5,5 milhões de toneladas a partir de 2022/23, elevando o total para 209,7 milhões de toneladas. Prevê-se que a Rússia mantenha sua posição como o maior exportador, seguida pela UE, Canadá, Austrália, Estados Unidos e Argentina. No entanto, espera-se que as reduções nas exportações da Austrália, Índia e Ucrânia superem os aumentos da Argentina, UE e Rússia.

Olhando para os estoques de final de ano, o USDA prevê uma queda de 1,9 milhão de toneladas para 264,3 milhões. Isso representaria a menor relação estoque-uso global desde 2014/15, uma tendência preocupante para o mercado global de trigo. O mais impressionante é que mais da metade desses estoques globais devem ser mantidos na China.

Enquanto a produção de trigo continua a crescer, os desafios potenciais de menor consumo, comércio e estoques destacam um ano complexo pela frente para a indústria global de trigo. Equilibrar esses fatores contrastantes será crucial para manter a estabilidade no mercado mundial de trigo em 2023/24.
Boletim elaborado pela equipe Agrotempo*

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Divulgação

set203742

Avança Café lança edição 5.0 na Expocafé

O programa Avança Café lançará a sua quinta edição e será uma das atrações da Expocafé, considerada a maior feira da cafeicultura nacional, que acontece no campo experimental da Epamig em Três Pontas (MG) no período de 17 a 19 de maio (quarta a sexta-feira). O Avança Café ficará no estande produtor inovador e vai reunir propostas de soluções para a cafeicultura por meio de uma breve competição (Coffeethon) de ideias inovadoras para o setor. O programa vai participar nos três dias da feira, sendo que no dia 18 terá uma atividade das

14h às 17h, com a seguinte programação:

14h – 14h30: Conversa sobre o Consórcio Pesquisa Café – Embrapa.

14h30 – 15h: Breve apresentação do programa Avança Café e Lançamento da edição 5.0.

15h – 16h: Cofeethon Pocket: tire sua ideia do papel.

O Coffeethon é um hackathon pocket, uma maratona de ideias, em formato reduzido, para iniciar os participantes na atividade de ideação, a fim de estimular a participação no Programa Avança Café. A ideia do Coffeethon Pocket é ser uma atividade “mão na massa”, onde os participantes serão estimulados a solucionarem, por meio de tecnologias inovadoras, problemas reais de mercado. Para isso serão utilizadas ferramentas de modelagem de negócios. O Programa Avança Café é um programa de pré-aceleração de startups promovido pela Embrapa Café e Consórcio Pesquisa Café, realizado pelo TecnoParq da Universidade Federal de Viçosa e o LavrasTec da Universidade Federal de Lavras.

Como participar:

Para participar do Coffethon Pocket a inscrição é gratuita e poderá ser realizada até o dia 17 maio, de forma online, pelo link.

Fonte: Embrapa

set203847

Mercado eleva expectativa de inflação para 6,03% neste ano

Os agentes e analistas do mercado financeiro voltaram a elevar a expectativa de inflação para este ano a 6,03%, de acordo com o Relatório Focus divulgado na manhã desta segunda (15). A mediana do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o fim de 2023 estava a 6,02% há uma semana e a 6,01% há quatro semanas (veja na íntegra).

Embora a expectativa para a inflação em 2023 tenha sido elevada, a previsão dos analistas financeiros se mantém em queda para o ano que vem a 4,15% e estável a 4% em 2025 e 2026.

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país também tem uma leve expectativa de alta a 1,02% neste ano, 0,02 ponto porcentual a mais na comparação com a semana passada.

Por outro lado, o mercado mantém a previsão de que a cotação do dólar terminará o ano em R$ 5,20 e a taxa básica de juros Selic em 12,5%.

Fonte e Foto: Gazeta do Povo

set203915

Tempo seco pode limitar lavouras de trigo e milho

A previsão de chuvas até o fim do mês, deve representar o clima esperado para um período de outono/inverno. O predomínio será de tempo seco em grande parte do Brasil, apesar da possibilidade do avanço de uma frente fria entre os dias 21 a 23 de maio, o sistema deverá ficar confinado no extremo sul e trazendo pouca chuva.

Esse tempo seco, deverá ser um fator limitante para as lavouras de trigo e milho, principalmente do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Por outro lado, deverá ser positivo para o algodão dos estados do centro-oeste e dos principais produtores do MATOPIBA, onde o tempo seco e quente contribui para a qualidade das fibras.

A tendência também indica um mês de maio com temperaturas acima da média histórica em praticamente todos os setores do país, com destaque para as áreas mais centrais, como o estado de Goiás e Minas Gerais.

Veja a previsão por região e o mapa de chuvas

Região Sul

O período será marcado predominantemente por tempo seco e grande variação nas temperaturas. No entanto, uma tendência de aquecimento será notada ao longo dos próximos 15 dias. Entre os dias 21 a 23 de Maio, é possível que uma frente fria de fraca intensidade traga chuvas sobre o Rio Grande do Sul. Nas demais regiões não há previsão de chuvas, o que deve limitar a quantidade de umidade no solo para o estabelecimento das lavouras de trigo e suprimento das lavouras de milho.

Região Sudeste

A previsão é de predomínio de tempo seco até o final do mês, com chuvas abaixo da média para o período. Observa-se uma tendência de elevação nas temperaturas, principalmente no noroeste de SP, triângulo e norte de MG. Algumas chuvas pontuais podem ocorrer em decorrência da umidade oceânica no RJ e ES, mas não serão suficientes para alterar a característica seca do mês. O tempo seco deve contribuir para as operações em campo, mas limitam o potencial produtivo das lavouras em estádios mais sensíveis.

Região Centro-Oeste

O tempo seco deve predominar, sendo um padrão comum para a época do ano. As temperaturas devem ficar acima da média, especialmente em áreas de GO. No entanto, algumas chuvas podem surgir no oeste e norte do MT, bem como do MS. Apesar da falta de chuvas, não há indicativos de limitações hídricas para as lavouras da região. Este tempo mais seco, pode contribuir para a melhor qualidade das fibras do algodão nas regiões produtoras.

Região Nordeste

As chuvas devem se concentrar na faixa norte e litoral leste da região, graças aos corredores de umidade e aos ventos úmidos do oceano. No entanto, as áreas do sertão terão predomínio de tempo seco e tardes quentes, algo comum para a época do ano. A falta de umidade pode limitar a qualidade das lavouras, principalmente nas regiões produtoras da BA, sul do MA e sul do PI.

Região Norte

Apesar da tendência de chuvas abaixo da média, a previsão é de até 300 mm em Roraima, o que pode ser considerado uma quantidade significativa. No entanto, áreas ao sul como RO, sudeste do PA e sul do TO, terão o predomínio de tempo seco, seguindo a tendência da estação.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set204079

“Campeão do século”, Mato Grosso cresce o triplo da média nacional com impulso do agro

A economia de Mato Grosso é a que mais cresceu no país desde o início do século. O Produto Interno Bruto (PIB) do estado aumentou a um ritmo de 5,42% ao ano de 2002 a 2020, conforme os dados mais atualizados do IBGE. É quase o triplo da velocidade da economia brasileira, que nesse período avançou 1,96% ao ano, em média.

No mesmo período, o segundo e o terceiro estado que mais cresceram foram o Pará (4,65% ao ano) e Tocantins (4,6%).

Mato Grosso, que era a 15.ª maior economia do país no início do século, ocupa agora a 12.ª posição, conforme a estatística de 2020 do IBGE. E há motivos para acreditar que a ascensão não deve parar por aí.

A consultoria Tendências estima que, em 2021, o PIB mato-grossense avançou 2,4%, pouco menos da metade do crescimento nacional de 5%. Em 2022, porém, o estado voltou a crescer muito acima da média: 10,3%, conforme estimativa do Banco do Brasil, mais que o triplo do PIB nacional (2,9%). E, para 2023, o BB prevê expansão de 3,4% em Mato Grosso – para o país todo, a expectativa mediana do mercado financeiro é de alta de apenas 1%.

Boa parte da explicação para esse desempenho está no agronegócio, carro-chefe da economia local. O setor representa 56,6% do PIB do estado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Mas não é só no avanço do PIB que a economia do estado se destaca. Outro levantamento do IBGE mostra que Mato Grosso tem a quarta menor taxa de desemprego entre as unidades da federação. Segundo o dado mais recente, a desocupação era de 3,5% na média do último trimestre de 2022 – menos que a taxa média dos países do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), que era de 3,9% em dezembro.

O principal responsável pelo avanço da economia mato-grossense no cenário nacional, segundo Luiz Antônio do Nascimento de Sá, técnico de contas regionais do IBGE, foi a agropecuária. A participação do estado nessa área mais que dobrou entre 2002 e 2020, passando de 5% do total nacional para 10,6%.

A safra de grãos de Mato Grosso foi multiplicada por seis desde a colheita de 2002, passando de 15,9 milhões de toneladas naquela temporada para 94,1 milhões de toneladas neste ano, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produtividade das lavouras em 2023 deve chegar a 4.551 quilos por hectare, a terceira maior do país, atrás apenas de Santa Catarina e Distrito Federal. Em 2002, o rendimento era de 2.909 kg/ha.

O Imea estima que a soja alcançará produtividade recorde neste ano, de 61,59 sacas (quase 3,7 mil quilos) por hectare, com destaque para as regiões médio norte e sudeste do estado. Grande parte da produção agropecuária é exportada. A previsão do Imea é que 61,2% da soja seja destinada a outros países.

“Aqui temos boas condições: uma topografia bem plana, que favorece o uso de maquinário de grande porte, chuvas regulares e ampla luminosidade, que facilita a fotossíntese das plantas”, diz o presidente do Sindicato Rural de Sinop e vice-presidente da Federação da Agropecuária do Mato Grosso (Famato), Ilson José Redivo.

Segundo o Imea, a produção de milho deve crescer quase 4% sobre a temporada anterior, atingindo 46,4 milhões de toneladas, num cenário de aumento da demanda e menor oferta do milho no mercado internacional, em decorrência da quebra de safra na Argentina e nos Estados Unidos, além da guerra na Ucrânia, que diminuiu a produção daquele país. O equivalente a 62,5% do milho colhido em Mato Grosso deve ser exportado.

Segundo números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), no ano passado a receita total das exportações foi de US$ 32,5 bilhões, o que faz de Mato Grosso o quarto estado exportador do país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Vinte anos antes, em 2002, era o 10° exportador.

Mais informações:
https://www.gazetadopovo.com.br/economia/mato-grosso-estado-mais-cresce-pais-triplo-media-nacional/

Fonte e Foto: Gazeta do Povo