set194071

Portos do Paraná lideram exportação de soja do Brasil em janeiro

Segundo dados do governo federal, o volume de exportação de soja colocou o porto paranaense como líder nacional no mês de janeiro.
Foram 346 mil toneladas de soja embarcadas pelos três berços preferenciais, volume inferior às 652 mil toneladas carregadas em janeiro de 2022, mas superior aos volumes movimentados nos portos de Rio Grande (263 mil toneladas), Salvador (71 mil) e Vitória (56 mil toneladas).

Também foram 629 mil toneladas de milho carregadas no último mês de janeiro, volume 388% maior que o registrado nos mesmos 31 dias de 2022: 129 mil toneladas. Em janeiro deste ano também houve embarque de farelo do cereal: 59 mil toneladas.

Desde 2016, o pátio de triagem do Porto de Paranaguá não recebia tantos caminhões em janeiro. Neste ano, foram 29 mil veículos que chegaram para descarregar soja, milho e farelo de soja nos terminais paraenses. O recorde para o mês na ocupação de vagas do local, registrado há sete anos, foi de 30 mil caminhões. O número de 2023 é quase 15% maior que o registrado em 2022, quando foram 25.819 transportadores recebidos.

Em janeiro de 2022, cerca de 83,8% da movimentação de janeiro saiu pela rodovia e em janeiro deste ano foram 82,3%. A participação do modal ferroviário passou de 13,7% para 17,7%.

Nova safra

No Paraná, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, nem 10% da área de soja plantada no Estado foi colhida. Apesar do produto ainda não estar chegando com intensidade, a tendência é que aumente já a partir do final deste mês.

Fonte: CBN, com informações de Assessoria de Imprensa Foto: AEN

set193960

Soja: Custos maiores com fretes e armazenagem pesam sobre preços no mercado brasileiro

As estimativas para a safra 2022/23 de soja do Brasil continuam sendo reajustadas, porém, as perspectivas de uma nova oferta robusta – apesar dos problemas sentidos, principalmente no sul do país – já têm exercido uma pressão sobre o mercado nacional. Os preços não sentem só pela chegada de grandes volumes de soja, mas também pelas preocupações com uma infraestrutura logística que não cresceu no mesmo ritmo de crescimento da safra. Os fretes rodoviários são o primeiro sinal deste quadro.

Segundo levantamento da Brandalizze Consulting, uma rota como Sorriso/MT ao porto de Paranaguá, que custava entre R$ 350,00 e R$ 370,00 por tonelada passou algo entre R$ 500,00 e R$ 550,00 até o começo desta semana e, nesta quarta-feira (15), já chegava a R$ 510,00 a R$ 560,00. “Só pelo impacto do frete são, pelo menos, R$ 0,60 por saca sentido no preço ao produtor de ontem para hoje”, explicou o consultor de mercado Vlamir Brandalizze.

Em reais por saca, os valores que estavam variando de R$ 20,00 a R$ 22,00 já passam a um intervalo de R$ 30,00 a R$ 33,00 e pode chegar aos R$ 40,00 – nesta mesma rota – no pico da colheita brasileira. Muito além disso, porém, ainda como explica Brandalizze, os preços não devem avançar, pois é quando os negócios começam a ficar mais limitados. E será preciso agilidade para escoar toda essa soja.

Durante o evento On-Board Agro-Logística, o pesquisador do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (EsalqLog), Fernando Bastiani, afirmou que os fretes rodoviários poderiam ter uma elevação de 10% a 15% nos próximos dois meses, justamente refletindo este atraso na colheita da soja.

Temos muito mais soja do que na safra 2021/22, mas a mesma frota de caminhões. Hoje, aproximadamente 61,1% de todo o transporte de grãos no Brasil é feito pelo modal rodoviário, seguido pelo ferroviário – com 20,7% – e pelo aquaviário – 13,6%, de acordo com números da CNT (Confederação Nacional dos Transporte).

“O ciclo passado foi muito adiantado e o pico de colheita ocorreu entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Neste ano, com as chuvas em excesso, os trabalhos voltarão a um ritmo mais normal e a colheita ficará mais extensa e ocorrerá por todo o país, na mesma época. Como consequência, haverá disputa por caminhões”, afirmou Bastiani, em uma reportagem noticiada pelo Valor Econômico.

O especialista complementa afirmando ainda que, para o segundo semestre, os preços deverão ser também elevados para o transporte de graneis, uma vez que as perspectivas indicam para maiores produções de milho e açúcar, além da soja, em aumentos que, somados, deverão totalizar 38 milhões de toneladas. “Com o atraso da colheita da soja, haverá carga remanescente para exportação no segundo semestre, que vai se unir ao escoamento do milho (segunda safra) e do açúcar”, disse.

Ao lado da concentração da oferta e de volumes maiores a serem escoados, ainda como explica Vlamir Brandalizze, os custos para o setor de transportes estão mais elevados. Além do combustível – e de mudanças que podem vir nas políticas de preços nos próximos meses, intensificadas pela mudança de governo – as parcelas dos caminhões e os custos de manutenção estão maiores neste começo de 2023. “E isso vai ser repassado no frete, não tem outro caminho. Os caminhoneiros estão entrando, depois de dois, três anos, em um ano de margens positivas. Nos últimos anos muitos trabalharam no prejuízo”, explica o consultor.

A dificuldade no escoamento da soja para os portos reacende outros alertas sobre a infraestrutura logística brasileira, entre eles a da armazenagem, que também manteve sua capacidade quase que inalterada nos últimos anos, enquanto a safra foi apresentando incrementos consideráveis temporada a temporada. Brandalizze afirma que apesar do bom 2022 para as exportações de milho para o país, há ainda muitos armazéns – principalmente no sul e sudeste – com muito grão para ser entregue e comercializado – o que pode agravar o quadro com a chegada da nova safra de soja e do milho de verão.

E este pode ser mais um fator de pressão sobre as cotações no mercado nacional, uma vez que o produtor brasileiro poderá “se ver obrigado” a avançar com suas vendas diante dessa falta de maior capacidade armazenadora em um cenário de mercado que pode não ser o mais oportuno para seu planejamento comercial. “A armazenagem – ou a falta dela – pode ser mesmo mais um fator a tirar renda do produtor brasileiro, pode significar menor faturamento”, explica o consultor de mercado.

Nos últimos três anos, ainda como lembra Vlamir Brandalizze, o produtor brasileiro de soja que esperou um pouco mais para vender conseguiu preços melhores, o que neste ano pode ser diferente. “Nos últimos anos tínhamos menos oferta e mais dela comercializado. Hoje temos mais oferta, pouca colheita – o que vai concentrar maiores volumes nos próximos meses – e pouco negociado, e assim pode acontecer o contrário do que nos últimos anos, com o produtor se deparando com preços menores mais a frente”, diz.

Nos próximos quatro meses, portanto, devemos ter alguns problemas logísticos, grandes volumes de soja circulando e o Brasil embarcando cerca de 15 milhões de toneladas da oleaginosa por mês, “e isso se aproxima da capacidade dos nossos portos”, lembra Brandalizze.

Um levantamento da Royal Rural mostra que o lineup da soja nos portos brasileiros, em fevereiro, já soma 9,589,24 milhões de toneladas. O total já embarcado chega a 2,885,71 milhões. Do total, 4 milhões estão nomeadas para o porto de Santos, mais de 1,6 milhão para Barcarena e mais de 1,026 milhão para Paranaguá. O tempo de espera para os embarques, porém, é grande e crescente diante de todo esse atraso da colheita, reflexo direto nos prêmios ofertados ao produto nacional.

“Há uma queda assustadora nos prêmios para a soja brasileira no porto de Paranaguá. O Brasil teria plantado mais rápido no ano passado para a colheita deste ano e essa janela de plantio não se confirmou na colheita. Portanto, com o atraso que hoje se encontra, os exportadores estão se vendo obrigados a trocar posição e perder vendas ou até mesmo fazer washout de posições que não conseguem entregar em fevereiro. E isso acabou derrubando muito o prêmio”, explicou o diretor comercial da Novo Rumo e da Agrosoya, Mário Mariano.

Assim, em 30 dias até o começo desta semana, os prêmios para o embarque fevereiro já marcavam uma perda de 44 centavos de dólar, chegando a 9 centavos negativos, ou seja, a menos do que o valor do bushel praticado na Bolsa de Chicago. Os meses seguintes apontam para prêmios melhores do que os de março, mas ainda bem mais baixos do que os observados há um mês. “Abril, maio, junho e julho estão com 20 centavos menor nos últimos 30 dias. É nítido e claro para entender que são problemas pontuais que o Brasil está tendo em sua colheita, que não consegue chegar no tempo de entrega determinado por compromissos do ano passado”, complementou Mariano.

É certo que produtores de todo o Brasil vão sentir os impactos da chegada desta nova oferta, dos desdobramentos desse aumento de produção nos mais diversos elos da cadeia logística, porém, com o passar dos meses, estes impactos serão distintos entre as regiões produtoras, em especial aquelas que sofreram mais com as adversidades climáticas e as perdas de potencial produtivo. Ainda assim, é preciso que o planejamento comercial seja revisto, detalhado e que se adeque a este cenário, independente do ponto do Brasil em que o sojicultor esteja comercializando sua safra 2022/23.

“Teremos 'Brasis' diferentes pela oferta 'mal' localizada”, completa o diretor comercial, destacando as diferenças de safra que podem ser registradas em todo país, inclusive de índices de comercialização e destino dos negócios, os quais se dividirão entre demanda interna e exportação.

Fonte: Notícias Agrícolas/Carla Mendes Foto: Divulgação

set193830

Milho exportação continua estagnado

Sem suporte, o mercado de milho para exportação continua estagnado e voltado para Safrinha, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios recuaram para $ 103 cents/bushel para julho23; para $ 105 para agosto23 e subiram para $110 para setembro”, comenta a consultoria.

“Novamente, sem o suporte da dupla Chicago/dólar que, mais uma vez, se anulou, nesta terça-feira e com algumas Tradings encerrando as compras da temporada anterior e se voltando apenas para a soja, neste momento ou para a Safrinha de milho, que começa em agosto próximo, o mercado continuou retraído. Raros negócios, a maior parte para cobrir navios que estão chegando, mas nada para bancar novas posições de negócio. Com isto, os preços do milho recuaram 0,49% na B3 e 0,23% no Cepea”, completa.

No Paraguai a soja continua a fazer pressão logística sobre o milho. “Com qualidade limitada neste momento, aliada ao foco do vendedor na soja e preços estáveis, o negócio de milho parecem muito lentos. Os compradores locais ainda buscam suprir suas necessidades até a próxima safra, mas a qualidade exigida por alguns e os preços pouco atrativos limitam os negócios neste momento. Para a próxima safra também há números que se mantêm estáveis, mas o produtor não quer assumir novos compromissos até ter plantado tudo e ter certeza de que entrará em uma boa janela de plantio. Os negócios para o Brasil podem ser retomados caso haja demanda por qualidade diferenciada, já que os valores do frete parecem ter sofrido um pequeno revés e podem contribuir para novos negócios”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

set193796

Agricultura precisará de força política para baixar juros no Plano Safra, diz Geller

“Acho que a taxa de juros, sim, é bastante elevada… vamos ver qual é a força política que nós temos para buscar a equipe econômica (para a redução dos juros)”, afirmou durante seminário do Lide Agronegócios, citando que reconhece que o país tem dificuldades orçamentárias.

Recentemente, integrantes do governo atual e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm questionado o patamar da taxa básica de juros do país, a Selic, defendendo que não haveria justificativa para o nível de 13,75% ao ano definido pelo Banco Central.
No agronegócio, o Plano Safra 2022/23 conta com taxas de juros entre 5% e 6% ao ano para o programa da agricultura familiar (Pronaf), enquanto os médios produtores possuem tarifas de 8% ao ano.

Em programas como o da agricultura de baixo carbono (ABC) e a linha de crédito que financia armazéns agrícolas (PCA) os juros podem chegar a 8,5% ao ano.

Geller, que espera sua nomeação formal como secretário para os próximos dias, ressaltou ainda que o Ministério de Agricultura, sob a gestão do ministro Carlos Fávaro, será “muito forte” na questão do crédito rural.

Ele lembrou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reabriu linhas de crédito que estavam fechadas para o setor, com um valor de 2,9 bilhões de reais para financiamento da safra 2022/23, mas que os recursos se esgotaram em poucos dias.

Déficit de Armazéns

O esgotamento dos recursos do BNDES está travando a tomada de crédito principalmente para investimentos na lavoura, conforme reportagem publicada pela Reuters na véspera. Com isso, ampliações em capacidade de armazenagem e melhorias nos parques de máquinas, por exemplo, estão ficando para depois.

Também presente no evento do Lide Agronegócios, o presidente Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG) da Abimaq, Paulo Bertolini, lembrou que o Brasil tem necessidade de investimentos na ordem de 15 bilhões de reais ao ano para impedir o crescimento do déficit de silos de grãos, estimado em 117 milhões de toneladas para esta safra.

O Brasil espera uma colheita recorde de grãos para 2022/23, com um salto na produção de soja levando o país a uma safra de verão maior que capacidade de armazéns pela primeira vez em 20 anos, conforme antecipou a Reuters.

No último Plano Safra foram liberados 5,13 bilhões para o programa PCA, linha de crédito para investimento em armazéns do setor.
Geller adiantou, no entanto, que há expectativa de novas informações sobre a retomada de recursos pelas linhas de crédito do BNDES em breve.

“Com certeza nos próximos dias vocês vão ter novidades”, disse ele, sem detalhar os valores que poderão ser anunciados pelo banco e nem quando virá um novo anúncio de recursos.

O indicado para a secretaria do ministério destacou que está aguardando um pouco para assumir o cargo, enquanto realiza um mapeamento sobre a necessidade de recursos que os produtores ainda precisam para completar o Plano Safra 2022/23 até junho.
“Queremos dar uma posição com firmeza ao setor até a Agrishow e as feiras agrícolas do início do ano”, afirmou, citando a maior feira do setor na América Latina que normalmente acontece entre o fim de abril e início de maio.

O presidente do Lide Agronegócios, Francisco Matturro, disse que o setor não pode chegar à Agrishow “sem nenhum recurso” disponível para a compra de máquinas e implementos agrícolas.

Matturro ainda pediu a Geller que o anúncio do novo Plano Safra 2023/34 seja realizado com a maior antecipação possível e ressaltou a necessidade de uma mudança para que o programa passe a seguir o ano calendário, o que facilitaria sua adequação em linha com o orçamento anual da União.

Seca

Questionado sobre a seca no Rio Grande do Sul que vem afetando a safra de grãos neste verão, Geller disse que “está bem encaminhada” a disponibilização de algum auxílio federal que será anunciado junto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Fonte: Reuters Foto: Divulgação

set193398

Mercado brasileiro de trigo mantém lentidão com foco nas culturas de verão

Os preços seguem caindo. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, os compradores estão bem abastecidos, buscando apenas negócios de ocasião. Já os produtores, focados na safra de verão, não têm interesse em vender nos atuais patamares.

Essa tem sido a dinâmica do mercado desde o início do ano. A tendência é de que persista até meados de março, uma vez que a intensificação da colheita de verão deve encarecer os fretes até lá. Fretes, estes, que devem ser dominados por soja e milho.

Além da safra recorde, outro ponto que contribui com a desvalorização do trigo no momento é redução da paridade de exportação. O dólar segue acumulando queda frente ao real na comparação com o fim do ano passado, ainda que tenha subido expressivamente nesses primeiros dias de fevereiro. A retração da moeda norte-americana barateia a importação do grão e desestimula a exportação. Assim, há uma retenção de oferta nos portos, o que pressiona para baixo os preços.

No mercado internacional, os contratos do trigo negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago seguem em queda no acumulado parcial de 2023, pressionados, em grande parte pela ampla oferta na Rússia. Incertezas quanto ao corredor de grãos no Mar Negro e à safra de inverno dos Estados Unidos são alguns dos fatores que limitaram a derrocada das cotações até o momento.

Exportações brasileiras

Dados divulgados nesta semana pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) previram que o Brasil deve embarcar 368,057 mil toneladas de trigo em fevereiro. Na semana passada, encerrada no dia 4, foram embarcadas 223,577 mil toneladas. Para esta semana, que encerra no dia 11 de fevereiro, são previstas 192,7 mil toneladas.

Em fevereiro do ano passado, os embarques somaram 925,264 mil toneladas. No acumulado de janeiro a fevereiro de 2023, os embarques são estimados 1,133 milhão de toneladas. No mesmo período do ano passado, foram embarcados 1,621 milhão de toneladas.

Fonte: Agência SAFRAS Foto: Divulgação

set193486

Milho pouco se move no Sul

O mercado do milho pouco se movimentou nos últimos dias no estado do Rio Grande do Sul, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado local praticamente sem nenhuma novidade. Grandes compradores se abastecendo no Centro-oeste e pequenos granjeiros, no mercado local. Preços para março (posto indústrias) R$ 85,00 Grande Santa Rosa, R$ 85,00 Ijuí, R$ 91,00 região de Marau, R$ 92,00 região de Lajeado. Vendedor segue pedindo entre R$ 86,00 até 89,00 interior (quando há ofertas).

Na exportação tradings indicaram preços de R$ 94,50 para fevereiro, pagamento março, repetindo os dias anteriores”, comenta.
Em Santa Catarina o movimento voltou para o mercado interno. “Compradores a R$ 88/saca em Joaçaba e Chapecó. Exportação voltou a indicar preços abaixo de R$ 90,00 no porto, depois de se abastecer não soubemos de novos negócios. Comprador hoje, continuou ausente, no mercado local. Somente pequenos granjeiros se abastecem localmente. Preços de balcão inalterados a R$ 84/saca em Campos Novos, a R$ 81,50 em Chapecó e em queda para R$ 82,00 Concordia e Joaçaba”, completa.

O mercado do milho paranaense está completamente parado, já que o milho do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso pressiona preços no Paraná. “Vendedores mantendo pedidas entre R$ 86/87/saca, mas os compradores relatando cada dia mais ofertas de milho do MS e do MT a preços mais competitivos. Com isto não vimos nenhum negócios hoje. Houve a tentativa de uma Trading de comprar um lote para completar carga a R$ 91/saca no porto catarinense de São Francisco do Sul, mas sem sucesso, porque os vendedores temem a logística de acesso a este porto”, conclui.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set193589

BRDE prospecta novos investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhão no Show Rural 2023

Após liberar R$ 240 milhões em novos negócios a cooperativas, produtores rurais, empresas e a Prefeitura de Cascavel durante a 35ª edição do Show Rural, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) prevê um novo ciclo de investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhões para o Paraná. Esse é o resultado de novas possibilidades de financiamentos prospectadas no evento na região Oeste, principalmente em linhas voltadas à inovação, além das parcerias firmadas com o Iguassu Valley para ações de fomento dessa área.
A participação no Invest Day, a convite do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), com uma exposição sobre fundos para inovação no agro, e a atuação do banco nas linhas Finep/Inovacred também foram fundamentais para essa projeção.

“Nós estabelecemos um planejamento estratégico vocacionado ao diálogo com a sociedade, entendendo nossas dificuldades e virtudes, e em cima desse diagnóstico assumimos novos comportamentos. Um deles é o BRDE se tornar o Banco Verde, com direcionamento a projetos sustentáveis, alinhamento com quase 80% de ODS em suas linhas de crédito e assim se posicionar como o maior e melhor banco de desenvolvimento do Sul”, analisou o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.

Ele lembrou que apenas em 2022 foram gerados R$ 423,9 milhões em investimentos na região Oeste por meio de linhas de crédito do BRDE. O banco alcançou meta histórica em 2022, com R$ 4,4 bilhões em contratações nos três estados do Sul.

Show Rural

A participação no Show Rural contou com a assinatura com a Prefeitura de Cascavel para aquisição de 15 ônibus elétricos, sendo 13 do modelo convencional e dois articulados; assinatura do protocolo de intenções com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Fundação Araucária para apoio a projetos de pesquisa tecnológica nos termas propostos pelo Fundo Verde e de Equidade do BRDE; lançamento da quarta edição do BRDE Labs; e encontros com diretores da Cresol e com o cônsul adjunto do Japão, Kazuu Wakaeda, sobre possibilidades de captação de recursos internacionais via JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão.

Balanço

O Show Rural de Cascavel bateu recorde de público em 2023: 384.122 visitantes. Foram movimentados R$ 5 bilhões em negócios (financiamentos, contratos, parcerias e compras) para modernização do campo e dos sistemas de produção.

Fonte e Foto: AEN

set193661

Navio carrega 107 mil toneladas de farelo de soja e quebra recorde em Paranaguá

O navio Maran Astronomer carregou 107.717 toneladas de farelo de soja e bateu recorde de carregamento desse produto no Porto de Paranaguá. A carga tem como destino a Holanda e a Polônia.

Até hoje, além do próprio Maran Astronomer, somente outros dois navios embarcaram mais de 100 mil toneladas de granel em Paranaguá, segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior. Um deles foi o E.R. Bayonne, que levou 103.403 toneladas em julho de 2020, e o Pacific Myra, que carregou 105 mil toneladas (abril de 2021).

Luiz Teixeira Silva afirma que os recentes ganhos operacionais têm permitido ao Porto de Paranaguá receber grandes navios, com melhor aproveitamento da capacidade de carga nos diversos segmentos.

“Os três berços do Corredor Leste de Exportação (212, 213 e 214), por exemplo, foram de 12,50 metros para 12,80 metros de calado, que é a profundidade máxima que as embarcações podem ficar submersas na água. Trinta centímetros parecem pouco, mas representam um ganho real para a operação”, completa.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Cláudio Neves