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Paraná se destaca no melhoramento genético do feijão e garante maior produtividade

O Paraná é um dos maiores produtores nacionais de feijão, grão que tem presença obrigatória no prato dos brasileiros. No Estado, a produção é principalmente de agricultores familiares e, por isso, o Governo do Estado tem investido no melhoramento genético para aumentar a rentabilidade e a produtividade das lavouras.

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar- Emater) mantém um dos principais programas de melhoramento genético do País, e mudou a realidade agrícola do Estado, gerando conhecimentos, produtos e tecnologias. Como resultados, além de ganho na produtividade, propicia a prática de uma agricultura mais sustentável, a redução da utilização de agrotóxicos e, consequentemente, a produção de alimentos mais baratos e seguros para a sociedade paranaense.

A iniciativa começou a ser estruturada ainda na fundação do antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), em 1972, com o objetivo de desenvolver cultivares para o mercado interno e externo, com bons atributos. São plantas que passaram por processos de melhoramento para que sejam inseridas características que não possuíam.

Genética

Desde que foi iniciado, o programa de melhoramento genético já colocou à disposição dos agricultores de todo o Brasil, e de alguns países da América do Sul e Europa, 223 cultivares. Destas, 41 são de feijão, e 11 estão atualmente com sementes disponíveis no mercado e cultivadas em todas as regiões produtoras no país. São elas: o IPR Tangará, IPR Campos Gerais, IPR Quero-quero, IPR Bem-te-vi e IPR Sabiá, todos do grupo comercial carioca. Há também no grupo comercial preto o IPR Uirapuru, IPR Tuiuiú, IPR Nhambu e IPR Urutau e, do grupo especial, o IPR Garça (branco).

Na safra 2022, 63% dos campos de multiplicação de sementes de feijão preto e 14% de carioca no Brasil eram cultivares IPR. “Observamos uma preferência do agricultor pelas cultivares desenvolvidas pelo IDR-PR, porque são variedades que promovem rentabilidade, contribuem para uma produção sustentável e têm resistência às principais doenças que ocorrem no Estado”, disse Vânia Moda Cirino, especialista em melhoramento genético de feijão e atualmente diretora de Pesquisa do Instituto.

Social

“A cultura do feijão é uma das prioridades do instituto, porque tem grande relevância econômica e social para o Estado. É predominantemente produzida por pequenos produtores, constituindo a principal fonte de renda desses agricultores familiares”, explicou a diretora.

O desenvolvimento de uma nova cultivar é um trabalho de longo prazo. Desde o planejamento dos cruzamentos, que visam à combinação dos genes para obter as características pretendidas para a planta até o lançamento das sementes para multiplicação, são 10 a 12 anos de estudos. O melhoramento genético agrega diversas características à planta, como ciclos de cultivo mais curtos, tolerância a diferentes condições de clima e de solo, arquitetura de planta que facilita a colheita mecânica e até mesmo a qualidade culinária do grão.

Maior produtividade

Laercio Della Vecchia, produtor rural em Mangueirinha, no Sudoeste do Estado, plantou por muito tempo variedades de feijão como o rajado, além do esteio e preto puro, mas, depois optou pelo carioca, com o plantio do IPR Sabiá. “Ele tem se mostrado muito bom em campo. Já no primeiro ano, produziu 70 sacas por hectare e nosso custo foi de apenas R$ 4 mil por hectare. Neste ano, o valor da saca girou em torno de R$ 350 a R$ 400 reais”, disse o produtor.

Após o processo de melhoramento genético, os grãos passam a ter alto potencial de rendimento e adaptação ao solo, garantindo mais estabilidade de produção. As plantas crescem com porte ereto, o que as torna mais apropriadas para a colheita mecânica e também desenvolvem resistência maior às principais doenças.

“Quando você tem uma genética que te dá tolerância, não tem necessidade de fazer tantas aplicações de fungicidas. Nós produzimos um alimento mais saudável, nutritivo, que vai fazer toda a diferença para o consumidor final. Estou conseguindo tirar os meus feijões sem o uso de inseticida. Em produtividade é o melhor que eu conheço hoje”, ressaltou Laercio.

Para ele, a escolha pela variedade ofertada pelo IDR-PR trouxe uma série de benefícios. “Uma boa safra começa com sementes de qualidade. Tivemos redução de custo e aumento de produção. É um feijão muito fácil de conduzir em termos de doenças radiculares e aéreas, principalmente antracnose, e é muito fácil de ser colhido, já que tem pouca perda mecânica”, avaliou.

Impacto

De acordo com Vânia, todas essas particularidades impactam positivamente o setor, já que os grãos passam a ter características adequadas ao segmento comercial, com um tamanho maior e boa aparência, mais tolerantes ao escurecimento. “São excelentes para a comercialização por conta da coloração, forma do grão, e qualidade culinária. Não adianta ser uma variedade boa de campo e ruim de panela”, enfatizou.

Com isso, a população que consome o feijão passa a ter um alimento de melhor qualidade, com cozimento rápido e caldo consistente, de sabor agradável e com elevado porcentual de grãos inteiros após o preparo. “Os seres humanos são reflexos do que comem. Solo rico, alimento rico. Estamos entregando um alimento com mais ferro, cálcio, mais rico em minerais. Além do produtor colher bem, o consumidor ganha um alimento muito mais nutritivo”, destacou o produtor.

Destaques

Uma das maiores conquistas do programa foi o desenvolvimento de cinco cultivares com resistência ao mosaico dourado, doença das mais prejudiciais a lavouras de feijão no Brasil, um constante desafio à pesquisa nacional. São quatro do tipo carioca — IPR Celeiro (2016), IPR Eldorado (lançada em 2006), IAPAR 72 (1994) e IAPAR 57 (1992) — e, ainda, IAPAR 65, do grupo preto, de 1993.

Na categoria de grãos do tipo carioca, a vitória mais recente do IDR-Paraná é a cultivar IPR Águia, que se destaca pela resistência ao escurecimento dos grãos. Em condições adequadas de armazenamento, grãos de IPR Águia levam cerca de nove meses para começar a escurecer, um atributo importante para os agricultores.

“Os consumidores não compram um feijão com pigmento escurecido porque o associam a um feijão velho que não cozinha. Além disso, os agricultores não dão pouso para feijão carioca, eles colhem e imediatamente comercializam para não perder valor. Essa cultivar possibilita que armazene o grão por um determinado período”, ressaltou Vânia.

Gourmet

O grupo de melhoramento genético de feijão do IDR-Paraná também busca avanços na categoria de feijões especiais (grãos do tipo gourmet). O IDR-Paraná vai lançar este ano a cultivar IPR-Cardeal, de grãos vermelhos, desenvolvida para o segmento de exportação, particularmente a indústria de enlatados e conservas.

Vania compartilha uma curiosidade: o fato de todas as cultivares de feijão produzidas pelo Iapar ganharem o nome de pássaros. “Os pássaros são nossos companheiros na lavoura quando estamos trabalhando. Nós associamos o nome da ave com alguma característica que se ressalta na cultivar”, disse.

Como é feito

A obtenção de uma linhagem a ser cultivada passa primeiro pela avaliação e seleção dos genitores que carregam as características agronômicas, comerciais e culinárias desejáveis para o cultivo. Isso inclui resistência a determinadas doenças, o potencial de rendimento, adaptação ao clima e até a cor, tempo de cozimento e quantidade de nutrientes no grão.

Pelo método de melhoramento convencional usado pelo Iapar, os genes são cruzados e recombinados para obter um único genótipo com as características esperadas para aquela cultivar. O produto resultante desses cruzamentos, que passa por oito gerações da planta sendo colhida e replantada, é avaliado até atingir a estabilidade genética do material.

Após esse processo, que leva de três a quatro anos, o material selecionado é testado em diferentes ambientes do Estado, sendo plantado nas estações experimentais do Iapar e em áreas de produtores parceiros para avaliar sua adaptação a diferentes climas e solos.

O programa também conta com um protocolo para manejo integrado de pragas (MIP-Feijão), tecnologia para fixação biológica de nitrogênio e métodos para o manejo sustentável das principais doenças. Vânia explicou que esse procedimento foi aplicado em todas as áreas acompanhada pelo IDR-PR.

“Em boa parte das minhas áreas não houve necessidade de aplicar inseticida. O MIP diagnostica os bichos inimigos e a gente só interfere quando eles estiverem em maior proporção ou causando danos. Quando tem necessidade, aplica, quando não tem, não aplica”, detalhou a diretora de Pesquisa do IDR.

Segundo Vânia, todo esse processo é essencial e muito satisfatório, já que beneficia tanto o produtor como o consumidor. “É muito bom poder trabalhar com uma cultura em que você beneficia o produtor, principalmente o pequeno, trazendo uma tecnologia que gera renda para ele, e contribuir também com a sociedade, gerando um alimento de excelente qualidade nutricional. Estamos sempre em busca de boas características agrícolas, culinárias e nutricionais. Queremos um feijão com mais proteína, mais ferro, mais zinco, um alimento que possa realmente nutrir a população”, projetou a diretora de pesquisa.

Fonte: AEN Foto: Laércio/Acervo pessoal

set200570

Exportações do agronegócio atingem recorde em março e no acumulado do ano

O valor exportado pelo agronegócio brasileiro alcançou o recorde de US$ 16 bilhões em março deste ano. Os produtos de maior destaque no mês, em função do crescimento do valor exportado, foram: soja em grãos (+US$ 878,3 milhões), milho (+US$ 397,8 milhões), farelo de soja (+US$ 330,5 milhões), açúcar de cana em bruto (+US$ 215,2 milhões) e carne de frango in natura (+US$ 214 milhões).

Juntos, os produtos contribuíram com US$ 2,0 bilhões para o aumento das exportações, valor superior ao crescimento de US$ 1,6 bilhão nas vendas externas totais do setor. Em março de 2022, as exportações do agronegócio foram de US$ 14,4 bilhões.

De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, o aumento do volume embarcado explica, em grande parte, o valor histórico das exportações do agronegócio em março de 2023. O índice de quantum das exportações brasileiras do agronegócio subiu 7,1%, e o índice de preço dos produtos exportados teve aumento de 3,5%.

Soja em grãos e farelo de soja

No complexo soja, dois produtos merecem menção com recordes em volume e em divisas: soja em grãos e farelo. A soja em grãos atingiu US$ 7,3 bilhões (+13,6%) e embarques de 13,2 milhões de toneladas (+8,6%). O Brasil colhe uma safra recorde da oleaginosa estimada em 153,6 milhões de toneladas (+22,4%). A China continua sendo o principal destino, absorvendo 75,7% do total embarcado pelo Brasil.
Já as vendas de farelo de soja somaram valor recorde de US$ 1,1 bilhão (+45,5%), e quase 2 milhões de toneladas (+31,7%). A União Europeia, maior importadora do produto, adquiriu US$ 492,3 milhões (+40,9%) e 904,4 mil toneladas (+29,1%).

Carne de frango

As exportações do país alcançaram o recorde de US$ 967,8 milhões (+29,6%) em março deste ano, com incremento de 25,5% em volumes exportados, que foram de 504,9 mil toneladas. Os principais importadores foram China, Japão e Arábia Saudita.

Segundo analistas da SCRI, em um contexto mundial com surtos generalizados de gripe aviária nos principais exportadores, foram abertas oportunidades adicionais para o mercado brasileiro, já que o Brasil nunca registrou casos em seu território.

Açúcar

As exportações de açúcar alcançaram recorde de US$ 818,1 milhões (+46,4%). O volume exportado aumentou 27,0%, atingindo 1,8 milhão de toneladas. Há expectativas de menor produção de açúcar em países como China, Índia, México, Tailândia e União Europeia.

Milho

As exportações de milho alcançaram US$ 401,9 milhões. Em março de 2022 foram de apenas de US$ 4,1 milhões. Os principais destinos foram Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã.

Acumulado do ano

No primeiro trimestre do ano, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram o recorde de US$ 36 bilhões, alta de 6,7% em relação ao mesmo período anterior.

O agronegócio registrou participação de 47,2% da pauta de exportações do Brasil, no período.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura

set200178

Em ano de menor custo de produção, safra de trigo no Paraná deve contar com aumento de área

Mesmo com os desafios climáticos da última safra de trigo no Paraná, já era previsto um aumento de área do cereal para a safra de 2023. E com o atraso na colheita da soja no estado, sobretudo nas regiões norte, oeste e central, a janela de semeadura do milho segunda safra foi empurrada, o que alterou o planejamento dos produtores e deve resultar em uma área ainda maior para a cultura do trigo neste próximo ciclo. Dados do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral/PR) apontam para um crescimento de área em torno de 13%. E atentos a como melhor rentabilizar a propriedade rural, 300 pessoas, entre técnicos, cooperativas, cerealistas, produtores de sementes, multiplicadores e triticultores do Paraná, São Paulo, Cerrado e Paraguai participaram do Seminário Técnico do Trigo 2023. O evento foi promovido pela Biotrigo, em Campo Mourão (PR), nesta quarta-feira (12), e foi realizado durante o mês que marca o aniversário de 15 anos da empresa e de 10 anos da criação da filial da Biotrigo no Paraná.

Em 2023, há a perspectiva de redução no custo de produção da cultura, especialmente com relação aos fertilizantes. Ainda assim, o manejo racional de fertilidade segue sendo uma medida importante a ser adotada, visando maximizar a lucratividade da atividade agrícola. Esse foi um dos temas abordados no seminário. De acordo com um dos palestrantes do evento, o doutor em ciência do solo, Telmo Amado, além de ser uma fonte de renda e uma oportunidade de amortizar os custos fixos da propriedade, a cultura do trigo também traz diversos benefícios nutricionais ao solo e ao cultivo subsequente, como a soja. “O trigo possibilita alcançar de 40 a 50% da necessidade de aporte anual de carbono para manutenção do estoque desse elemento no solo”, destaca. Telmo cita que o cereal também é importante fonte de magnésio, enxofre e, em menor proporção, nitrogênio. Inclusive, se rotacionado com a soja, o trigo otimiza a nutrição de potássio.

“Além disso, é uma cultura que possibilita a adubação de sistema, pois apresenta elevada densidade de plantas, espaçamento reduzido e ainda possui perfilhamento, o que favorece a absorção de nutrientes verticalmente móveis, como o nitrogênio, enxofre e boro”, completa.

Os benefícios do trigo no sistema de produção, porém, não se relacionam apenas com a fertilidade. Outro fator a ser considerado é o papel da cultura no manejo integrado de plantas daninhas. Se olharmos para a soja, uma das invasoras que mais gera prejuízos em nível nacional, em especial ao Sul do país, é a buva. Segundo o especialista em herbologia e gerente técnico de pesquisa da Fundação ABC, Luis Henrique Penckowski, o manejo dessa daninha começa no outono e inverno e passa por uma boa cobertura de solo no período.

“Cereais de inverno, em especial o trigo, têm um papel fundamental para diminuir essa pressão de infestação e tornar o manejo de plantas daninhas na soja mais fácil e barato”, cita. Já no trigo, o azevém ganha o destaque de Penckowski como a mais importante invasora da cultura. Porém, ele ainda destaca as plantas voluntárias de soja como um ponto de atenção. “Atualmente, as novas tecnologias de transgênicos de soja resistentes a alguns herbicidas estão começando a ser semeadas no Brasil e as plantas voluntárias dessa soja vão gerar desafios, pois serão tolerantes aos herbicidas que utilizamos no trigo. Assim, teremos que introduzir novas ferramentas na cultura do trigo para manejar essas plantas daninhas”, assinala.

Mais benefícios ao sistema de produção

Com um olhar especial ao sistema produtivo, o seminário apresentou Biotrigo Sentinela, um dos três lançamentos da empresa em 2023. A cultivar representa a introdução dos ciclos largos no Brasil, que contam com um período ainda mais longo no campo em comparação a ciclos médio/tardios. Conforme o diretor e melhorista da Biotrigo, André Cunha Rosa, em todas as regiões tritícolas no Brasil, há um intervalo entre a soja e o trigo, em que normalmente ocorrem chuvas. “O solo descoberto nesse período gera uma perda de nutrientes e carbono no solo, assim como a maior ocorrência de invasoras, erosão, dentre outros fatores”, comenta. E com a premissa de cobrir o solo em uma parte desse período, surge Sentinela, variedade que conta com 10 a 15 dias a mais de ciclo que TBIO Ponteiro, outro material da Biotrigo já presente no mercado. Além desses benefícios, Sentinela apresenta elevado potencial produtivo, similar ao próprio Ponteiro. “A cultivar também oferece um bom pacote fitossanitário, tanto para folha, como para espiga, seguindo o padrão visto no portfólio da Biotrigo”, aponta André. Assim, Sentinela une diversos benefícios agronômicos e de sistema, proporcionando mais estabilidade produtiva e segurança na propriedade do agricultor.

Alto desempenho no campo

Outro lançamento apresentado no evento foi Biotrigo Talismã, cultivar que representa uma evolução de TBIO Audaz, um dos trigos mais semeados do país atualmente. “Talismã é um refinamento de um trigo que já entrega alta qualidade. Assim, essa evolução traz uma maior robustez no campo, mantendo ou melhorando praticamente todos os aspectos agronômicos de Audaz”, afirma o melhorista da Biotrigo, Francisco Gnocato. Um dos destaques de Talismã é o seu elevado padrão de qualidade na indústria. Mas uma relevante evolução que o material traz em comparação a Audaz é a melhoria no nível de resistência à giberela, que atinge patamares ainda mais altos. “Assim, a tendência de Talismã é entregar níveis menores da micotoxina deoxinivalenol (DON), o que traz maior segurança ao produtor na comercialização e à indústria na recepção do produto”, acrescenta Francisco.

Se juntando à Sentinela e Talismã como os lançamentos de 2023, foi apresentado Biotrigo Titan. A cultivar, de ciclo médio, se diferencia no portfólio da empresa por seu altíssimo potencial produtivo e versatilidade no campo, entregando excelente performance tanto em ambientes de alta tecnologia, quanto em ambientes de menores investimentos. “Em termos de sanidade, Titan se mostra muito equilibrado e robusto na lavoura. Em relação a rendimento, Titan se apresenta consistentemente superior a cultivares referência no mercado, como TBIO Ponteiro e Toruk, por exemplo”, indica o gerente de melhoramento da Biotrigo, Ernandes Manfroi. Esses fatores, aliados com uma ampla adaptação, tornam Titan um material único no portfólio da Biotrigo. “Por suas entregas no campo, nós acreditamos que, dentro de alguns anos, ele será a cultivar de trigo mais semeada do Brasil”, atesta.

O Seminário Técnico do Trigo 2023 contou com o apoio de Sementes Butiá e o patrocínio de Syngenta, Basf, Enlist, Yara, Bayer, Ihara, Laborsan, FMC e Sumitomo.

Fonte: Biotrigo Foto: Divulgação Biotrigo/Ricardo Maia

set200259

Técnicos da Conab apuram dados para 2° Levantamento da Safra de Café 2023

Até o próximo dia 22, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizam as pesquisas para o 2° Levantamento da Safra de Café 2023. Os trabalhos tiveram início nesta semana com visitas presenciais em lavouras da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Nos demais estados, a apuração ocorre de forma remota, a partir da coleta de informações com produtores, cooperativas, escritórios que prestam serviços de assessoria técnica, revendas de insumos, entre outros.

Durante o trabalho de campo, os técnicos da estatal poderão acompanhar o início da colheita da atual safra do grão. A expectativa, apontada no primeiro levantamento do produto realizado pela Conab ainda em janeiro, é que pouco mais de 4% do café nacional deve ser colhido até o final de abril.

As visitas incluem as propriedades rurais, cooperativas e outras entidades parceiras. Serão levantadas informações a respeito da produção total de café, bem como os seus reflexos para o mercado, considerando as variáveis climáticas, do manejo, da bienalidade da cultura, das condições de crédito rural e das perspectivas de mercado.

Os dados consolidados constarão no boletim do 2º Levantamento da Safra de Café 2023, que será divulgado e publicado no dia 18 de maio no site da Companhia.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

set200319

Após avaliação, PRF suspende restrição de caminhões nas BRs 277 e 376

Após uma série de discussões com áreas técnicas internas e com outros órgãos envolvidos, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tomou a decisão de suspender as portarias de restrições a veículos de carga articulados nos trechos da Serra do Mar das BRs 277 e 376, no Paraná.
A suspensão das restrições vale para os três próximos feriados prolongados, que estavam incluídos nas portarias suspensas: Tiradentes (21 de abril), Dia do Trabalhador (1º de maio) e Corpus Christi (8 de junho).

Conforme avaliação da PRF, a restrição aos caminhões mais pesados teve sua eficácia comprovada durante a temporada de férias, em que o fluxo de veranistas em direção às praias do Paraná e de Santa Catarina tradicionalmente é maior. Com a chegada do Outono, esse tipo de deslocamento tende a se reduzir, fato que inclusive já foi observado durante o último feriado da Semana Santa.

A decisão de suspender a restrição para caminhões em feriados foi tomada em conjunto com o DNIT e a concessionária Arteris Litoral Sul.

Alerta

A PRF alerta aos motoristas que filas quilométricas seguirão existindo, enquanto houver desvios e interdições parciais, especialmente na BR-277, onde uma das pistas está fechada. Os usuários da rodovia precisam estar atentos às placas de sinalização, e reduzir a velocidade nos trechos em obras.

Com a livre distribuição dos veículos pesados ao longo dos dias de maior movimento, a PRF espera evitar a formação de extensos comboios após o término dos horários de restrição e a superlotação de caminhões em pátios postos de combustíveis e áreas de acostamento.
Ao longo dos próximos feriados, o trânsito seguirá sendo monitorado pela PRF. Ao menos a princípio, novas restrições a veículos de carga estão descartadas.

Fonte: Bem Paraná Foto: PRF

set200439

Movimentação de carga nos portos do Paraná cresce 17,2% em março

A movimentação mensal de mercadorias nos portos do Paraná aumentou 17,2% em março em relação a fevereiro, passando de 4.571.512 toneladas para 5.357.799 toneladas. O crescimento se deu, principalmente, pela chegada da nova safra de soja ao porto e embarque nos navios, num fluxo mais intenso.

O aumento tem sido gradativo a cada mês. O volume movimentado em fevereiro foi 8,6% maior que o registrado em janeiro (4.207.256 toneladas). No acumulado deste ano, foram movimentadas 14.109.999 toneladas nos dois sentidos: de exportação, foram 8.778.706 toneladas (62,2% do total) e de importação, 5.331.293 toneladas (37,8% do total). O volume total é 0,2% superior em relação ao primeiro trimestre de 2022, que registrou 14.079.296 toneladas.

Os granéis sólidos representam quase 62,4% de toda a movimentação mensal dos portos de Paranaguá e Antonina. Neste ano, em março, foram 3.341.475 toneladas de cargas importadas e exportadas no segmento. O volume é cerca de 22,8% maior que as 2.722.016 de toneladas movimentadas no último mês de fevereiro.

Só de soja, foram carregadas 1.204.720 toneladas, muito mais que o dobro das 453.595 toneladas embarcadas da oleaginosa no último mês de fevereiro. De carga geral, em março foram 1.114.103 toneladas movimentadas nos dois sentidos (importação e exportação), volume 4,7% maior que o registrado em fevereiro – com 1.063.852 toneladas. De líquidos, no mês de março foram 902.221 toneladas, cerca de 14,8% a mais que as 785.644 toneladas registradas em fevereiro.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Claudio Neves

set199852

Embrapa apresenta tecnologias inovadoras para cultura da soja durante a ExpoLondrina

A Embrapa Soja participa da ExpoLondrina 2023, promovida pela Sociedade Rural do Paraná, de 06 a 16 de abril, em Londrina (PR), apresentando os pilares que compõem a sustentabilidade da soja brasileira, com destaque para temáticas como bioinsumos, soja baixo carbono, agricultura digital e genética avançada. De acordo com o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, as ações de pesquisa atuais estão voltadas para o aumento da produtividade com racionalização de custos, permitindo a obtenção de renda adequada ao produtor, segurança alimentar e benefícios sociais. “Aliado a isso, as novas tecnologias vem contribuindo com a conservação dos recursos ambientais e a mitigação da emissão de gases causadores do efeito estufa”, defende Nepomuceno. “Por isso, estamos centrando esforços das nossas equipes numa atuação estratégica em quatro grandes eixos temáticos focados em sustentabilidade dos sistemas produtivos”, comenta.

Ainda no estande institucional da Embrapa Soja, serão apresentados os impactos da seca na cultura da soja e as ações para enfretamento deste grande desafio. Entre as ações de mitigação no processo de produção agrícola, estão as reconhecidas práticas de manejo e de conservação do solo e da água, a diversificação de culturas, a utilização do plantio direto na palha, a preservação de nascentes, rios e margens de rios (para aumentar a captação e recarga do perfil do solo e para evitar assoreamento), o respeito ao Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), as estratégias biotecnológicas, entre outras. “As plantas que sofrem com a seca têm diminuição de tamanho e peso de vagens e grãos, redução de produtividade e possibilidade de morte da planta”, destaca Nepomuceno.

Via Rural (Fazendinha) – Além disso, a Embrapa Soja estará na unidade de grãos da Via Rural, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR). As tecnologias da inoculação e da coinoculação, Manejo Integrado de Pragas, Manejo de Doenças têm sido objeto de intensas atividades de transferência com os agricultores do Paraná. O projeto conduzido pelo Instituto IDR e a Embrapa em Unidades de Referência (URs) instaladas em áreas de produtores de soja no Paraná mostrou que, nas áreas assistidas conseguem reduzir a aplicação de químicos e aumentar a renda. De acordo com a Embrapa, o número médio de aplicações de inseticidas nas lavouras de soja que utilizam o MIP é 50% menor, quando comparado com as áreas que não adotam o MIP.

A Embrapa também demonstrará na ExpoLondrina os benefícios da utilização da coinoculação na soja (associação das bactérias Bradyrhizobium+Azospirillum). Ensaios de campo mostram que, a coinoculação promove um incremento médio de 16% no rendimento da soja, em relação às áreas inoculadas somente com Bradyrhizobium. O bioinsumo que mais impacta positivamente a sojicultura brasileira é o inoculante à base de bactérias fixadoras de nitrogênio. A Fixação Biológica do Nitrogênio (FBN) promove uma economia de aproximadamente R$ 38 bilhões, ao dispensar os adubos químicos nitrogenados no Brasil.

Fórum Soja Baixo Carbono – No dia 11 de abril, das 8h15 às 12h30, no Pavilhão Smart Agro, a Embrapa Soja irá promover o 1° Fórum Soja Baixo Carbono, com o apoio das empresas Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM e UPL. Na ocasião, as empresas apoiadoras do Programa Soja Baixo Carbono irão assinar um Termo de Adesão, que marcar o início da parceria. Confira a programação: www.embrapa.br/forum-sbc.

O evento irá reunir aproximadamente 150 lideranças do agronegócio para promover intercâmbio de informações e discussões que colaborem com a sustentabilidade nos processos produtivos. Para abordar as oportunidades, as perspectivas e as tendências de produção no âmbito da agricultura de baixo carbono, o Fórum contará com a palestra da representante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Fabiana Villa. A programação técnica estará composta também da palestra sobre o Programa Soja Baixo Carbono, tema a ser abordado pelo pesquisador da Embrapa Soja, Henrique Debiasi. O pesquisador irá descrever os principais desafios técnicos encontrados no processo de inovação que engloba a construção da certificação da soja produzida em sistemas sustentáveis no Brasil. Outro destaque da programação do Fórum Soja Baixo Carbono será o Talk show com a participação de sete representantes da cadeia produtiva da soja: Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM, UPL.

Embrapa na ExpoLondrina

– Estande institucional, próximo da pista principal

– Participação na Via Rural

– 1° FÓRUM Soja Baixo Carbono: 11 de abril, das 8h15 às 12h30, no Pavilhão Smart Agro.

Fonte: Embrapa Foto: Divulgação