set201672

Brasil está prestes a se tornar maior exportador mundial de milho

Brasil está prestes a se tornar o maior exportador mundial do cereal, de acordo com os dados da consultoria AgRural. As exportações brasileiras de milho atingiram um recorde de 43,17 milhões de toneladas em 2022, mais do que dobrando em comparação com o ano anterior. A expectativa é que o país exporte entre 46 e 47 milhões de toneladas de milho em 2023, consolidando sua posição como líder mundial nesse setor.

Segundo dados da Efficienza, a possível liderança do Brasil como maior exportador de milho em 2023 será o resultado de uma conjuntura específica, relacionada à lenta exportação dos Estados Unidos e aos preços pouco competitivos do milho norte-americano. Os produtores norte-americanos retiveram o milho e optaram por vender-lo posteriormente, o que elevou os preços e impulsionou as exportações brasileiras nos últimos meses de 2022 e no início de 2023. Fábio Pìzzamiglio, diretor da Efficienza, diz qe, os Estados Unidos sempre foram reconhecidos pela sua produção e exportação de milho, que estão presentes na cultura norte-americana como um todo. “Estamos vendo um crescimento significativo do nosso país, principalmente quando tratamos de preço e da qualidade dos nossos produtos”, incentivou o executivo.

Mas mesmo com o país tomando a liderança, a produção de milho nos países das Américas, Brasil e Estados Unidos, apresenta perspectivas promissoras para as próximas safras, de acordo com relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) do Brasil. O Brasil espera alcançar uma produção de 133 milhões de toneladas de milho na safra 2023/24, com uma área de 22,8 milhões de hectares a serem colhidos, representando um aumento em relação à safra anterior. A Conab também estima um aumento de 9% na produção total de milho em relação ao ano anterior, chegando a 123,7 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, a produção esperada é de cerca de 348,76 milhões de toneladas em 2023, com uma produtividade estimada de 181,28 sacas por hectare.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

set201167

Paraná registra o maior crescimento do Brasil nas exportações no 1º trimestre

De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as exportações paranaenses totalizaram US$ 5,08 bilhões no 1º trimestre de 2023. O valor representa um crescimento de US$ 528,3 milhões em relação ao mesmo período de 2022, quando o Estado exportou US$ 4,56 bilhões, fazendo com que o Paraná registre o maior aumento em valores absolutos nas vendas ao exterior do Brasil nesse período.

Graças aos bons resultados, o Paraná subiu de sétimo para o quinto estado que mais exportou no primeiro trimestre do ano, ultrapassando o Rio Grande do Sul (US$ 5,03 bilhões) e o Pará (US$ 4,5 bilhões). Quem lidera o ranking é São Paulo, com US$ 15,3 bilhões de vendas aos países estrangeiros entre janeiro e março de 2023.

Em números proporcionais, a alta das exportações do Paraná foi de 11,6% no primeiro trimestre, marca que coloca o Estado à frente dos demais estados do Sul e do Sudeste do País. A porcentagem foi quase o dobro da registrada em Santa Catarina, que foi a segunda melhor do grupo analisado, com 6% de variação positiva.

Depois, estão São Paulo (3,2%) e Rio Grande do Sul (0,6%). Minas Gerais manteve os índices do 1º trimestre de 2022, enquanto Rio de Janeiro e Espírito Santo tiveram queda nas exportações de 1,5% e 5,9% respectivamente.

Produtos

Um dos principais fatores que contribuíram com a melhora da balança comercial paranaense foi o aumento das exportações de cereais, tendo o milho como principal destaque, que saltaram de US$ 78 milhões para US$ 377 milhões, um acréscimo de 381,7% entre os dois trimestres analisados.

Outros produtos com impacto significativo na elevação das vendas ao exterior no período foram o óleo de soja bruto, o farelo de soja e a carne de frango in natura, com variações positivas de 120%, 30,8% e 23,9% respectivamente.

Segundo o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, as taxas de crescimento das exportações estaduais poderão ter crescimentos ainda mais relevantes nos próximos meses por causa da aceleração dos embarques dos grãos de soja.

“Devido a um regime de chuvas mais intenso no início deste ano, houve um atraso na colheita da soja, o que deverá deslocar uma parcela importante das exportações da oleaginosa para o 2º trimestre”, explica.

Compradores

Entre os principais destinos da produção paranaense, quem lidera é a China, que importou US$ 779 milhões em bens produzidos no Estado apenas nos três primeiros meses do ano. Apesar de o valor representar 17,2% a menos em relação ao mesmo período de 2022, o país asiático ainda responde por 15% do mercado consumidor.

Por outro lado, as exportações estaduais para a França, Japão, Argentina e o México aumentaram 177,4%, 172,5%, 47,3% e 38,7%, respectivamente, mais do que o suficiente para compensar a diminuição das vendas ao mercado chinês.

Acumulado

Os portos do Paraná são a principal porta de saída das exportações. No primeiro trimestre deste ano (janeiro a março) foram movimentadas 14.109.999 toneladas nos dois sentidos: de exportação, foram 8.778.706 toneladas (62,2% do total) e de importação, 5.331.293 toneladas (37,8% do total). O volume total é 0,2% superior em relação primeiro trimestre de 2022, que registrou 14.079.296 toneladas.

Crescimento das exportações no trimestre (comparativo de 2022 e 2023):

Paraná: US$ 528.292.789,00

São Paulo: US$ 468.602.647,00

Mato Grosso: US$ 330.013.445,00

Santa Catarina: US$ 150.998.295,00

Alagoas: US$ 142.618.913,00

Mato Grosso do Sul: US$ 102.266.707,00

Amazonas: US$ 34.154.691,00

Rio Grande do Sul: US$ 32.381.227,00

Piauí: US$ 31.890.977,00

Paraíba: US$ 31.312.632,00

Distrito Federal: US$ 27.062.442,00

Rondônia: US$ 21.295.975,00

Maranhão: US$ 14.415.872,00

Sergipe: US$ 14.090.549,00

Minas Gerais: US$ 643.729,00

Acre: – US$ 8.238.993,00

Amapá: – US$ 12.398.569,00

Roraima: – US$ 30.786.874,00

Ceará: – US$ 50.259.014,00

Rio Grande do Norte: – US$ 76.460.029,00

Tocantins: – US$ 85.757.351,00

Espírito Santo: – US$ 123.399.617,00

Bahia: – US$ 135.047.655,00

Pernambuco: – US$ 145.208.402,00

Rio de Janeiro: – US$ 156.159.962,00

Pará: – US$ 318.951.397,00

Goiás: – US$ 404.456.095,00

Exportações em números absolutos no trimestre:

São Paulo: US$ 15.313.436.382

Rio de Janeiro: US$ 9.948.632.382

Minas Gerais: US$ 8.894.541.693

Mato Grosso: US$ 7.784.909.906

Paraná: US$ 5.083.511.043

Rio Grande do Sul: US$ 5.031.411.237

Pará: US$ 4.503.659.265

Goiás: US$ 2.766.695.757

Santa Catarina: US$ 2.672.118.259

Bahia: US$ 2.472.817.224

Mato Grosso do Sul: US$ 2.033.298.651

Espírito Santo: US$ 1.953.267.635

Maranhão: US$ 1.103.309.401

Rondônia: US$ 673.939.870

Pernambuco: US$ 585.415.116

Ceará: US$ 499.360.507

Tocantins: US$ 415.956.036

Alagoas: US$ 295.239.378

Piauí: US$ 223.334.141

Amazonas: US$ 217.902.826

Rio Grande do Norte: US$ 143.193.662

Distrito Federal: US$ 103.037.288

Roraima: US$ 72.918.657

Paraíba: US$ 66.647.687

Amapá: US$ 49.780.418

Sergipe: US$ 30.902.660

Acre: US$ 10.680.654

Fonte e Foto: AEN

set200969

Plano Safra 2023/2024 com foco na agricultura de baixo carbono

Ministros se reuniram no último dia 18 para debater mecanismos de estímulo à produção sustentável de alimentos dentro do Plano Safra 2023/2024. Participaram do encontro os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

O ministro Fávaro ressaltou que as tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono vão nortear as políticas de crédito rural. “O Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como linha mestra. Tenho certeza de que faremos o melhor Plano Safra da história do Brasil”, disse Fávaro, que está em missão oficial em Londres e participou da reunião virtualmente. Segundo ele, o governo está totalmente comprometido com a transição sustentável da produção agrícola.

A ideia é que o Plano Safra tenha condicionantes positivas para que os produtores que aderirem às práticas sustentáveis possam ter melhores condições de financiamento. Segundo Haddad, o Ministério da Fazenda está imerso na agenda de transformação ecológica do país. “Se somarmos esforços, poderemos fazer da agenda ambiental a principal agenda de desenvolvimento do país”, disse.

O secretário-executivo em exercício do Mapa, Luiz Rodrigues, disse que as tecnologias de agricultura de baixo carbono também ajudam na adaptação do produtor rural. “Temos que construir uma agricultura contemporânea, sustentável, com uso de agricultura digital e que também seja resiliente. E esse Plano Safra vai ajudar a aumentar a resiliência da agricultura”.

O Plano Safra 2023/2024 irá aliar o financiamento das tecnologias agrícolas de diversas áreas com a sustentabilidade da produção. O estímulo pode ser desde o acesso às práticas de assistência técnica, até a concessão de bônus. “Estamos definindo quais as formas de conceder esses benefícios”, explicou o secretário de Política Agrícola em exercício do Mapa, Wilson Vaz.

A ministra Marina Silva lembrou que a proposta de agricultura de baixo carbono para o Plano Safra surgiu de uma conversa entre ela e o ministro Fávaro, ainda em janeiro, e afirmou que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, florestal e hídrica. Segundo ela, o Plano Safra deverá evoluir para que toda a agricultura seja de baixa emissão de carbono. “Podemos chegar a um nível em que os tomadores de recurso poderão receber bônus por esse cumprimento de normas de natureza sustentável para agricultura de baixo carbono”.

O uso de bioinsumos e o incentivo à agricultura regenerativa devem estar presentes no Plano Safra, destacou o ministro Paulo Teixeira. “A transição para uma agricultura regenerativa é um desafio que não podemos adiar, temos que responder imediatamente”, disse.

Fonte: Ministério da Agricultura Foto: Divulgação

set201019

Governo do Paraná espera que concessões de rodovias comecem a operar em setembro

Um documento prévio elaborado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aponta que o leilão das concessões das rodovias paranaenses, a partir do novo modelo de pedágio do Paraná, deve ter início no dia 24 de agosto. As datas ainda não estão oficializadas, pois dependem de uma última reunião da diretoria da ANTT. No entanto, o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex afirma que o estado trabalha com o início do processo em maio, com leilão em agosto.

O secretário detalhou quais serão os primeiros trechos que devem ir a leilão.

A previsão é de que a operação e a cobrança dos novos pedágios devam voltar entre os meses de setembro e outubro. Para isso, as empresas devem dar início já aos trabalhos de reparo nas pistas e obras de conservação.

Já as novas obras, como construção de viadutos, contornos e duplicação de vias, passam por trâmites legais e não devem acontecer em 2023. A ANTT deve tornar pública a minuta com o cronograma do processo de licitação e leilão dos contratos de pedágio no Paraná no dia 2 de maio.

Ouça

Fonte: CBN Foto: Divulgação

set201271

Anec revê para cima estimativa de exportação de soja em abril

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) aumentou sua projeção de embarques de soja em abril para 15,152 milhões de toneladas, ante 14,386 milhões de toneladas estimadas na semana passada. Em março, o Brasil enviou ao exterior 14,421 milhões de toneladas de soja, segundo estimativa da associação.

A Anec reduziu a sua previsão de exportação de farelo de soja, de 2,092 milhões para 2,043 milhões de toneladas. No mês passado, foram 1,795 milhões de toneladas do derivado exportadas.

Exportações de milho e trigo

Quanto ao milho, a previsão de embarques caiu de 207,1 mil para 186,6 mil toneladas, enquanto a projeção do trigo aumentou de 207,5 mil para 237,6 mil toneladas. Em março, o Brasil exportou 780,9 mil toneladas de milho e 603,1 mil toneladas de trigo.

Na semana de 9 a 15 de abril foram exportadas 3,520 milhões de toneladas de soja, 490.348 toneladas de farelo de soja, 42 mil toneladas de milho e 117.585 toneladas de trigo.

Para a semana de 16 a 22 de abril, a Anec projeta embarques de 3,514 milhões de toneladas de soja, 613.578 toneladas de farelo, 66.214 toneladas de milho e 31.415 toneladas de trigo.

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Divulgação

set200778

Mercado de soja deve iniciar a semana sob pressão

A tendência é de um início de semana com poucas alterações no mercado brasileiro de soja. Prêmios e dólar seguem recuando e Chicago esboça recuperação. A colheita avança e o aumento da oferta segue pressionando o mercado. Os produtores negociam apenas o essencial e esperam por repiques para se desfazer da soja.

O mercado manteve, na sexta-feira, o mesmo ritmo observado ao longo da semana: lentidão. Os preços variaram de maneira mista: queda em algumas praças, estabilidade e leve alta em outras.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu em R$ 146,00 para R$ 144,00. Na região das Missões, a cotação diminuiu de R$ 145,00 para R$ 143,00. No Porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 150,00 para R$ 148,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço desvalorizou de R$ 138,00 para R$ 136,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca recuou de R$ 148,00 para R$ 143,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca estabilizou em R$ 127,00. Em Dourados (MS), a cotação seguiu em R$ 132,00. Em Rio Verde (GO), a saca decresceu de R$ 127,00 para R$ 124,00.

Chicago

* Os contratos da soja com vencimento em julho operam com alta de 0,54% a US$ 15,08 3/4 por bushel.

* O mercado busca uma recuperação frentes às perdas da sexta-feira.

* Porém, a alta do dólar frente a outras moedas e a queda do petróleo limitam os ganhos.

* A colheita de soja no Brasil também segue como fator de pressão. Segundo levantamento da SAFRAS & Mercado, a colheita já é estimada em 86% da área total esperada.

Prêmios

* Os preços FOB da soja voltaram a recuar no fechamento da semana passada nos portos brasileiros. A queda nos prêmios e a volatilidade de Chicago determinaram o recuo, em mais um dia de pouca atividade em Santos e Paranaguá.

* Os prêmios de exportação da soja estavam em -155 a -150 sobre Chicago no final da sexta no Porto de Paranaguá, para abril. Para maio, o prêmio era de -155 a -150. Para junho de 2023, o prêmio estava em -115 a -105 pontos, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

* O preço FOB (flat price) para abril ficou entre US$ 494,40 e US$ 496,20 a tonelada na sexta-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 496,40 e R$ 501,90.

Câmbio

* O dólar comercial opera com baixa de 0,16% a R$ 4,908. O Dollar Index sobe 0,1% a 101,66 pontos.

Indicadores financeiros

* As principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +1,42; Tóquio, +0,07%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, -0,06%; Frankfurt, -0,07%; Londres, +0,23%.

* O petróleo registra perdas. O WTI para maio recua 0,67% para R$ 81,98 o barril.

Fonte: Agência Safras Foto: Divulgação

set200686

Prêmios negativos da soja trarão prejuízo de R$ 12 bilhões no 1º semestre

Safra recorde de soja, baixa comercialização antecipada e demora nos embarques. Esses três componentes formam a “tempestade perfeita” para a queda vertiginosa dos prêmios no Brasil. Essa é a avaliação do consultor em agronegócio Carlos Cogo.

Segundo ele, há quase 20 anos não se registra prêmio inferior a um dólar por bushel. A última vez que isso aconteceu no país foi em abril de 2004. O especialista ilustra como o cenário afeta os preços da soja no Brasil.

“O preço que seria embasado pela cotação do primeiro vencimento em Chicago, que hoje está acima de 15 dólares por bushel, representaria o equivalente, sem prêmio, a R$ 160 no Porto de Paranaguá, mas está em R$ 146 [nesta quinta-feira], ou seja, estamos perdendo 14 reais por saca pela ineficiência da nossa logística e do nosso sistema de infraestrutura”, afirma.

Cogo lembra que esses problemas advém do início da cadeia, com a falta de armazenagem e de capacidade estática. “Nesta safra de grãos, faltam 124 milhões de toneladas de capacidade estática. O produtor colhe, embarca, joga no porto, todos contratam o frete ao mesmo tempo, os fretes explodem de preços, os descontos crescem, os portos ficam entupidos de produto e os prêmios desabam, como estamos vendo”, enumera.

Grande volume de soja disponível

Em uma safra de soja avaliada em 153 milhões de toneladas, conforme a Conab, os produtores brasileiros venderam, apenas 27% de forma antecipada. “Com isso, gera-se um acúmulo ainda maior, já proveniente de uma colheira maior, de soja disponível. A isso, soma-se mais um ingrediente complicador: o câmbio abaixo dos R$ 5”, diz Cogo.

De acordo com ele, os componentes que levam ao cenário negativo dos preços finais são compostos por:

Colheita farta

Tempo de embarque demorado

Logística de portos complicada

Falta de armazenagem no interior do país

Câmbio baixo

Prêmios e o prejuízo ao produtor

O especialista lembra que cada vez que há um desconto exagerado, há uma perda não apenas na soja que é exportada, mas também na movimentada internamente. “Tanto a soja exportada como a interna vendida para produzir farelo e óleo no mercado interno também sofre esse desconto. Resumindo: a perda em abril está estimada em 4,4 bilhões de reais”.

Com isso, o prejuízo para este primeiro semestre chega a 12 bilhões de reais com prêmios negativos. “O programa de construção de armazéns do governo tem recursos para 4,5 bilhões de reais, ou seja, daria para fazer [com o valor do prejuízo] dois anos de programa”, ilustra Cogo.

Assista reportagem completa

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

set200570

Exportações do agronegócio atingem recorde em março e no acumulado do ano

O valor exportado pelo agronegócio brasileiro alcançou o recorde de US$ 16 bilhões em março deste ano. Os produtos de maior destaque no mês, em função do crescimento do valor exportado, foram: soja em grãos (+US$ 878,3 milhões), milho (+US$ 397,8 milhões), farelo de soja (+US$ 330,5 milhões), açúcar de cana em bruto (+US$ 215,2 milhões) e carne de frango in natura (+US$ 214 milhões).

Juntos, os produtos contribuíram com US$ 2,0 bilhões para o aumento das exportações, valor superior ao crescimento de US$ 1,6 bilhão nas vendas externas totais do setor. Em março de 2022, as exportações do agronegócio foram de US$ 14,4 bilhões.

De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, o aumento do volume embarcado explica, em grande parte, o valor histórico das exportações do agronegócio em março de 2023. O índice de quantum das exportações brasileiras do agronegócio subiu 7,1%, e o índice de preço dos produtos exportados teve aumento de 3,5%.

Soja em grãos e farelo de soja

No complexo soja, dois produtos merecem menção com recordes em volume e em divisas: soja em grãos e farelo. A soja em grãos atingiu US$ 7,3 bilhões (+13,6%) e embarques de 13,2 milhões de toneladas (+8,6%). O Brasil colhe uma safra recorde da oleaginosa estimada em 153,6 milhões de toneladas (+22,4%). A China continua sendo o principal destino, absorvendo 75,7% do total embarcado pelo Brasil.
Já as vendas de farelo de soja somaram valor recorde de US$ 1,1 bilhão (+45,5%), e quase 2 milhões de toneladas (+31,7%). A União Europeia, maior importadora do produto, adquiriu US$ 492,3 milhões (+40,9%) e 904,4 mil toneladas (+29,1%).

Carne de frango

As exportações do país alcançaram o recorde de US$ 967,8 milhões (+29,6%) em março deste ano, com incremento de 25,5% em volumes exportados, que foram de 504,9 mil toneladas. Os principais importadores foram China, Japão e Arábia Saudita.

Segundo analistas da SCRI, em um contexto mundial com surtos generalizados de gripe aviária nos principais exportadores, foram abertas oportunidades adicionais para o mercado brasileiro, já que o Brasil nunca registrou casos em seu território.

Açúcar

As exportações de açúcar alcançaram recorde de US$ 818,1 milhões (+46,4%). O volume exportado aumentou 27,0%, atingindo 1,8 milhão de toneladas. Há expectativas de menor produção de açúcar em países como China, Índia, México, Tailândia e União Europeia.

Milho

As exportações de milho alcançaram US$ 401,9 milhões. Em março de 2022 foram de apenas de US$ 4,1 milhões. Os principais destinos foram Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Vietnã.

Acumulado do ano

No primeiro trimestre do ano, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram o recorde de US$ 36 bilhões, alta de 6,7% em relação ao mesmo período anterior.

O agronegócio registrou participação de 47,2% da pauta de exportações do Brasil, no período.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura