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Preço do milho sobe e Brandalizze vê fôlego para mais altas

A quarta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando novas movimentações positivas na B3. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 61,68 e R$ 70,97.

O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 61,68 com elevação de 1,30%, o novembro/24 valeu R$ 65,15 com ganho de 0,65%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 68,40 com estabilidade e o março/25 teve valor de R$ 70,97 com recuo de 0,06%.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve desempenho positivo neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Brasília/DF. Já as valorizações apareceram nas praças de Londrina/PR, Castro/PR, Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Cândido Mota/SP.

De acordo com a análise da Agrinvest, o milho setembro/24 operou com alta de mais de 1% nesta tarde na B3, ganhando suporte da valorização do dólar e futuros positivos em Chicago.

“A redução na oferta de milho ucraniano, associada à competitividade do milho brasileiro e melhora na demanda externa continuam trazendo ímpeto de alta para o cereal, não só na B3, mas no mercado físico”, diz a consultoria.

Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro de milho tem fôlego para buscar patamares mais altos de cotações, mas neste momento está “subindo de escada”.

“O março/25 já está R$ 71,00 depois de trabalhar em alguns momentos em R$ 69,00. O janeiro/25 já tem fôlego para ir aos R$ 70,00, o setembro/24 que é o spot já se afastou bem dos R$ 60,00, mais próximos dos R$ 62,00. O ambiente do milho é um ambiente de alta, então o fôlego é positivo”, diz.

Brandalizze acrescenta que os preços devem seguir melhorando conforme nos aproximamos do final do ano. “Temos pouco milho. Basicamente hoje quem sabe que temos menos milho do que vai precisar para a demanda interna de etanol, de ração e exportação, é o produtor. Na hora que o mercado todo sentir isso, depois da colheita, ele tem que valorizar o milho porque o milho está muito barato”.

Mercado Externo

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também encerraram o pregão desta quarta-feira contabilizando movimentações no campo positivo, mesmo após terem começado o dia no negativo.

O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 4,03 com valorização de 1,25 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,18 com ganho de 0,75 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,32 com alta de 1,00 ponto e o maio/25 teve valor de US$ 4,42 com elevação de 1,00 ponto.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (23), de 0,31% para o setembro/24, de 0,18% para o dezembro/24, de 0,23% para o março/25 e de 0,23% para o maio/25.

Segundo informações da Agrinvest, vai voltar a ficar mais quente e seco em boa parte do Cinturão do Milho dos Estados Unidos, já que os mapas climáticos rodados pela NOAA nesta manhã mostraram temperaturas acima dos 36 °C e podendo chegar aos 40 °C nos próximos sete dias.

“Esse cenário, associado ao calor e seca na Ucrânia, causando aumento dos preços do milho na exportação e redução da oferta no Leste Europeu, acabam contribuindo para mais uma sessão de alta para o grão”, dizem os analistas da Agrinvest.

Fonte e Foto: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti

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