As exportações brasileiras de milho seguem em ritmo inferior ao observado em julho de 2024. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nos 19 primeiros dias úteis de julho de 2025, o Brasil embarcou 1.522.714,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce). O volume representa apenas 42,8% do total exportado no mesmo mês do ano passado, quando foram registradas 3.553.865,8 toneladas.
A média diária de embarques ficou em 80.142,9 toneladas neste mês, uma retração de 48,1% na comparação com as 154.515,9 toneladas diárias contabilizadas em julho de 2024.
Semana marca avanço nos embarques
Apesar do desempenho anual mais fraco, os embarques vêm ganhando ritmo nas últimas semanas. A média diária, que na semana anterior era de 64.297,6 toneladas, cresceu mais de 24% nos últimos cinco dias úteis, indicando uma retomada gradual nas exportações.
Entrada da safrinha deve impulsionar exportações
Segundo Raphael Bulascoschi, analista de inteligência de mercado de milho da StoneX, o início do segundo semestre traz perspectiva de melhora nas exportações, especialmente com a entrada da safrinha.
“O começo do ano tende a ser mais fraco por questões sazonais. Além disso, havia escassez de milho no mercado doméstico, o que limitava os embarques. Com a colheita da safrinha, devemos ver um repique nas exportações”, avalia.
Oferta cresce, mas demanda internacional segue baixa
Embora o aumento da oferta possa favorecer os embarques, Bulascoschi alerta que a demanda externa segue limitada. Segundo ele, a atratividade dos prêmios brasileiros com a chegada da nova safra pode melhorar a competitividade do milho nacional no mercado internacional, mas o volume de negócios ainda é baixo.
“A paridade de exportação será determinante. O Brasil terá uma oferta robusta neste ano, mas a demanda internacional ainda não reagiu. Isso será um ponto de atenção nos próximos meses”, afirma o analista.
Receita com exportações também recua
No acumulado de julho até agora, o Brasil arrecadou US$ 321,190 milhões com as exportações de milho, valor bem inferior aos US$ 700,644 milhões obtidos ao longo de todo o mês de julho de 2024.
A média diária de receita caiu 44,5%, passando de US$ 30,4 milhões para US$ 16,904 milhões por dia útil.
Preço por tonelada tem alta de 7%
Apesar da queda no volume e no faturamento total, o preço médio pago por tonelada exportada aumentou 7% em relação ao ano anterior. O valor subiu de US$ 197,20 em julho de 2024 para US$ 210,90 até o momento em julho de 2025.
Fonte: Portal do Agronegócio Foto: APPA/Paranaguá
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