O mercado de soja enfrenta uma série de desafios, desde condições climáticas adversas até questões econômicas globais. No entanto, as perspectivas continuam otimistas, com a expectativa de uma demanda crescente, especialmente da China, e uma safra robusta nos EUA. O atraso na colheita da soja no Brasil tem sido uma preocupação constante. As chuvas irregulares e a janela de plantio mais tardia impactaram negativamente os números, ficando aquém da série histórica.
De acordo com a análise de mercado da Grão Direto, as vendas para a safra 2024/25 totalizaram apenas 470,3 mil toneladas, contrastando fortemente com os 1,83 milhões de toneladas vendidas no mesmo período do ano anterior. Esse declínio reflete diretamente a pressão sobre os preços. As notícias sobre a criação de empregos nos Estados Unidos, excedendo as expectativas do mercado, trouxeram volatilidade aos mercados financeiros. Essa situação pode influenciar as decisões futuras do Federal Reserve sobre as taxas de juros, afetando indiretamente o mercado de commodities agrícolas.
Perspectivas para o mercado internacional de soja
Com o fim do feriado na China, espera-se um aumento na demanda por soja, especialmente do Brasil e Argentina, que oferecem origens mais competitivas. No entanto, os números de exportação de março mostraram uma diminuição significativa em comparação com o ano anterior, contribuindo para uma queda na receita do setor agropecuário brasileiro.
Desafios locais: chuvas, qualidade e logística
No cenário nacional, as intensas chuvas no sul e sudeste de Goiás têm prejudicado a qualidade das lavouras de soja. Produtores relatam dificuldades na entrega dos grãos para padronização em armazéns e cooperativas, além de escassez de caminhões para frete na região. Esses desafios estão afetando a disposição dos produtores para vender e depreciando o poder de venda devido aos descontos pela baixa qualidade dos grãos.
Projeções e tendências futuras
Apesar do aumento nos preços do petróleo, não houve um impacto significativo nos preços do óleo de soja na bolsa de Chicago. Isso se deve, em parte, à expectativa de uma safra volumosa nos EUA, impulsionada pelo aumento da área plantada. A relação entre soja e milho favorece a soja, mesmo com a terceira semana consecutiva de queda para a soja nos EUA.
Fonte: Agrolink/ Aline Merladete Foto: Divulgação
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