O mercado brasileiro de milho registrou um aumento nos preços ao longo de setembro, impulsionado principalmente pelas preocupações com as condições climáticas. De acordo com a Safras Consultoria, a restrição na oferta por parte dos produtores contribuiu para essa valorização.
A volatilidade cambial e a firmeza da paridade de exportação também favoreceram o avanço dos negócios destinados ao mercado externo. Do lado da demanda, houve um aumento moderado na procura por parte dos consumidores, porém, os valores solicitados pelos produtores estavam acima do que os compradores estavam dispostos a pagar, o que resultou em negociações menos agressivas.
No mercado internacional, os preços também reagiram durante o mês, em parte pelas mesmas preocupações climáticas no Brasil, apesar das expectativas de uma safra robusta nos Estados Unidos.
Preços internos
No Brasil, a saca de milho foi cotada, em média, a R$ 62,86 em 26 de setembro, uma alta de 5,47% em relação aos R$ 59,59 registrados no final de agosto.
Em Cascavel, Paraná, o preço do milho subiu 1,69%, passando de R$ 59,00 para R$ 60,00 por saca. Em Campinas (CIF), a cotação aumentou 4,62% no mês, de R$ 65,00 para R$ 68,00. Na região da Mogiana paulista, o preço se manteve estável em R$ 60,00 por saca.
No Mato Grosso, em Rondonópolis, o valor da saca avançou 7,84%, saindo de R$ 51,00 para R$ 55,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o milho apresentou alta de 6,06%, subindo de R$ 66,00 para R$ 70,00 ao longo de setembro.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço da saca aumentou expressivos 12,07%, passando de R$ 58,00 para R$ 65,00. Em Rio Verde, Goiás, o milho foi cotado a R$ 57,00, registrando uma alta de 3,64% em relação aos R$ 55,00 do final de agosto.
Exportações
As exportações brasileiras de milho em setembro alcançaram uma receita de US$ 1,993 bilhão (em 15 dias úteis), com uma média diária de US$ 99,685 milhões. O volume total exportado foi de 4,696 milhões de toneladas, com média diária de 313,083 mil toneladas, e o preço médio por tonelada ficou em US$ 199,20.
Comparado a setembro de 2023, houve uma queda de 24,1% no valor médio diário das exportações, uma redução de 8,7% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 16,9% no preço médio da tonelada, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação
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