images

Lupion rejeita proposta que determina imposto sobre exportações

A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou o relatório do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), rejeitando o projeto de lei 1586/2022 que determina a cobrança de imposto de exportação sobre um conjunto de alimentos estratégicos para a dieta básica dos brasileiros, quando houver algum risco de abastecimento interno.

O projeto prevê a incidência do imposto de exportação sobre soja, milho e arroz quando os estoques públicos estiverem com volumes abaixo do correspondente a 10% das previsões de consumo nacional, e sobre carnes de bovinos, suínos e de frango nas situações de ameaças de regularidade do abastecimento interno, devendo o Poder Executivo dispor sobre o início e o final da incidência do referido imposto e atualização de informações sobre os estoques públicos as condições de suprimento interno.

O parlamentar destacou que a imposição de impostos de exportação sobre commodities agrícolas leva a consequências negativas para o país produtor e para a economia global. “Apesar de todas as dificuldades geradas pela pandemia e pela guerra na Ucrânia, a agropecuária brasileira continuou ampliando investimentos para aumentar a produção, que bateu recordes, apesar de dificuldades climáticas”.

Lupion destacou ainda que “o setor aumentou o número de empregos formais e ajudou a atenuar o impacto da pandemia no PIB do país, além de contribuir para a estabilização de preços de alimentos no mercado interno e externo.”

De acordo com o deputado Domingos Sávio (PL-MG) não faz sentido esse imposto. “Qualquer política no sentido de tributar ainda mais o agro é penalizar todos os brasileiros e não gesto de proteger o mercado. Estabelecer mais impostos é ruim para todos.”

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) citou o exemplo da Argentina. “Era o país da América do Sul que tinha conquistado os melhores mercados de carne do mundo, enquanto o Brasil lutava muito para entrar na comunidade Europeia. O relatório está acertado e esse argumento de tributar o mercado para proteção é sem fundamento e acarreta a perda de mercado”.

Já o ex-presidente da FPA, deputado Sérgio Souza (MDB-PR) alertou que a taxação pode ocasionar perda de concorrência. “Não se taxa a saída em país nenhum do mundo, se taxa a entrada. Estamos vendo uma manifestação neste país com relação a entrada de leite de forma desleal, aí se taxa para garantir a produção interna. Quanto mais exportamos para mais países, mais o nosso país vai crescer internamente.”

A título de exemplo, cabe destacar que, em 2019, 77,3% da produção da carne bovina se destinou ao mercado interno e apenas 22,3% foi exportado. Este é um padrão da produção brasileira, mesmo com o aumento das exportações, a maior parte da produção sempre se destinou ao mercado interno. As exportações são fundamentais para escoamento da produção e própria regulação do mercado.

A proposta segue agora para análise nas Comissões de Desenvolvimento Econômico (CDE), Comissão de Indústria, Comércio e Serviços (CICS), Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Fonte: FPA Foto: Divulgação

1fd050e849656f2f5f64cec79f8dd13b

Potencial do agro paranaense deve ganhar cada vez mais vitrine

O Brasil precisa unir forças para difundir a mensagem de que a produção agrícola nacional é sustentável e fundamental para a economia. Essa foi a defesa do secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, durante o painel “Resiliência dos Sistemas Alimentares: Fortalecer do Local para o Global”, que fez parte do 4º Fórum do Agronegócio, realizado em Londrina nesta segunda (18). O evento também contou com a participação do governador Ratinho Junior.

“Precisamos estar presentes em fóruns, em encontros internacionais, para mostrar de forma positiva, assertiva e competente que nós fazemos uma agropecuária de forma sustentável, que temos negócio relevante, importante, que gera oportunidades”, destacou Ortigara.

Para Ortigara, o Brasil tem dado uma resposta altamente positiva em pelo menos 40 cadeias alimentares. “Construímos um setor dinâmico, de ponta, e o conhecimento aplicado é o que explica nosso sucesso nos últimos anos”, afirmou.

Segundo ele, de tudo o que é produzido no campo, três quartos já têm a ver com ciência e conhecimento. “Produzir alimento é o nosso negócio e não há mais lugar para empirismo, pois precisamos olhar o consumidor com carinho e respeito e oferecer o que ele quer de nós, um alimento de qualidade e com capacidade competitiva”, reforçou.

O secretário também defendeu que o País precisa fortalecer a agroindustrializacão, promovendo ainda mais o processamento dos alimentos e entregando menos matéria-prima. “Temos de agregar valor para chegar ao consumidor com a estratégia correta, ao mesmo tempo em que geramos riqueza, oportunidade de renda, de emprego, o que dinamiza a economia”, afirmou. “Eu enxergo um futuro brilhante se não errarmos a mão na política agrícola”.

O posicionamento foi apoiado pelo coordenador de Estudos do Agronegócio da FGV, Guilherme Soria Bastos, que acentuou a necessidade de o País conseguir avançar na sistematização de dados para serem apresentados de forma completa à sociedade. “Ter os dados agropecuários agregados e mostrar isso à sociedade é básico, porque isso vai ajudar a trabalhar melhor a nossa comunicação”, disse.

Participante do painel, o coordenador do Centro de Excelência contra a Fome e representante do Programa Mundial de Alimentos, das Nações Unidas, Daniel Balaban disse que 180 milhões de pessoas são alimentadas diariamente pelo programa, com investimento de U$ 20 bilhões. No entanto, o Brasil contribui com apenas 0,04% do total de alimento comprado. “O Brasil poderia participar mais desse sistema”, afirmou.

Segundo ele, há bastante alimento brasileiro, mas vendido por uma empresa da Turquia, que ganha o leilão oferecendo preço mais baixo. “Imagina quanto paga para comprar do Brasil”, ponderou.

Balaban também instigou que os produtores e lideranças brasileiros participem mais de fóruns e debates internacionais. “Precisamos mostrar o que somos e tudo o que está acontecendo no Brasil”, disse.

O presidente da Sociedade Rural do Paraná, Marcelo Janene El-Kadri, anfitrião do encontro, destacou que o Brasil é competente desde o campo até o prato do consumidor. “Temos que divulgar bem aquilo que nós fazemos bem. O País produz com qualidade e quantidade. É a chave do nosso desenvolvimento”, afirmou.

Fonte e Foto: AEN/Jaelson Lucas

soja-foto-Divulgação

Perspectivas para a Agropecuária 2023/24

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza, nesta terça-feira (19/9), a partir das 14h, o evento sobre as Perspectivas para a Agropecuária Safra 2023/24, no auditório da matriz. O evento também será transmitido pelo canal da Conab no YouTube.

Na oportunidade serão apresentadas as perspectivas de área, produção, produtividade, exportações, importações, consumo e preços para soja, milho, algodão, arroz e feijão. Estes cinco produtos correspondem a mais de 90% da produção brasileira de grãos. Também serão mostradas as estimativas de dados de produção, exportações, suprimento e de preços de mercado referentes ao próximo ciclo produtivo da suinocultura, avicultura e bovinocultura de corte.

Participam do webinar o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; o diretor-presidente da Companhia, Edegar Pretto; o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto; o superintendente de Gestão da Oferta da estatal, Wellington Teixeira; o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello; o gerente de Produtos Agropecuários da Companhia, Sérgio Roberto Santos; o assessor técnico especializado do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Mozar Salvador; o diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi; a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Conab, Luis Carlos Guedes Pinto; e o assessor de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Décio Siebert.

Serviço:

Perspectivas para a Agropecuária Safra 2023/24

Data: terça-feira, 19 de setembro de 2023

Horário: 14h

Link para transmissão: https://linktr.ee/conab

Fonte: Conab Foto: Divulgação

images

Lagartas do milho requerem atenção e manejo cuidadoso

Com mais um recorde tanto de produção como de produtividade, o Brasil comemora uma safra 2022/23 extremamente especial na cultura do milho. Com exceções pontuais, o país contou com condições adequadas, superando muitas expectativas. Apenas em Mato Grosso, foram colhidas em torno de 51 milhões de toneladas de milho na segunda safra, a popular “safrinha”. No Brasil, segundo a CONAB, a safra total de milho será de 131 milhões de toneladas.

“O milho é uma cultura tão importante quanto a soja para o agricultor, tanto em rentabilidade quanto em entrega de produtividade. Só nessa última safra o Brasil plantou aproximadamente 22 milhões de hectares”, destaca Alexandre Santaella, Gerente de Desenvolvimento de Mercado da BASF.

Para a próxima safra, as expectativas são igualmente positivas e favoráveis para a cultura do milho. Apesar do indicativo de incidência do fenômeno climático El Niño intenso, é projetada uma certa “neutralidade” na região central do Brasil e alguma intensidade maior de chuvas na Região Sul – que sofreu nos últimos anos com estiagens consecutivas e prolongadas.

De acordo com Santaella, a projeção de safra “extremamente positiva” justifica que o agricultor invista para proteger sua lavoura. Isso porque o El Niño tem como característica trazer temperaturas mais elevadas, o que favorece o surgimento e aumento da pressão de pragas, pois encurta o ciclo de vida dos insetos.

Ele lembra que a lagarta-do-cartucho, a Spodoptera frugiperda, é a principal lagarta do milho e pode reduzir a produtividade em até 50% em situações sem manejo. Isso ocorre em função do modo de ataque da praga, que atua diretamente nas regiões reprodutivas do milho. Por isso, reforça o Gerente de Desenvolvimento de Mercado da BASF, é importante utilizar produtos e técnicas de manejo que garantam máxima produtividade no próximo ciclo que se inicia.

Como exemplo de tecnologia capaz de proteger o milho contra as principais lagartas que ameaçam a cultura, Santaella cita o inseticida Pirate®, um produto “multiculturas e multipragas”. “Ele entrega uma atuação muito eficiente em todo o espectro de lagartas que nós conhecemos. Esse é um dos poucos produtos do mercado que apresenta um efeito duplo: de choque e residual”, aponta.

O especialista explica que o ingrediente ativo do Pirate® tem a capacidade de penetrar na folha da planta e “atravessar para o outro lado, atingindo onde a lagarta se esconde”, embaixo da folha, protegida do sol e raspando a face abaxial da folha, se alimentando. Assim, o inseticida consegue atuar de uma forma muito mais eficiente.

Diferenciais

Um diferencial do Pirate®, destaca Santaella, é sua compatibilidade para mistura de tanque. Uma característica que ganha importância em função da resistência que as lagartas desenvolvem aos produtos mais comuns disponíveis atualmente. Ele ressalta que o inseticida possui um ingrediente ativo único: um análogo de pirazol sem similares no mercado, que permite que o agricultor possa fazer a rotação de ativos dentro do manejo do milho, conferindo mais sustentabilidade ao controle de pragas.

“Sustentabilidade no sentido de rotacionar esses ativos e evitar a seleção de lagartas resistentes a certos grupos químicos. Isso faz com que o agricultor tenha sempre uma ferramenta na mão e garanta a proteção da lavoura, evitando prejuízos potenciais”, justifica o especialista.

Atualmente o Brasil tem mais de 95% de sua área cultivada de milho com algum tipo de biotecnologia para o controle de lagartas. Porém, alerta Santaella, essas biotecnologias não podem serem “deixadas sozinhas na atuação contra essas pragas, elas precisam de parceiros, para não deixar toda a pressão de seleção numa única tecnologia, o que acaba comprometendo a preservação dessas tecnologias no campo”.

“Temos visto nos últimos anos uma pressão de seleção muito forte, com algumas proteínas Cry ou Vip perdendo eficiência para algumas espécies de lagartas. Utilizando a ferramenta da transgenia associada ao manejo químico, como o Pirate®, é possível garantir tanto a proteção da biotecnologia quanto a devida rotatividade de ativos na lavoura”, sustenta o especialista.

O momento ideal de fazer a entrada na lavoura com o inseticida, explica ele, é quando se identifica os primeiros sintomas da presença da lagarta. Com aproximadamente 20% de plantas atacadas, conforme recomendação da EMBRAPA, com lagartas no primeiro ou segundo instar, ou seja, numa fase ainda inicial, o que torna o controle mais eficiente.

Resultados

O Pirate® vem entregando resultados excelentes, afirma o Gerente de Desenvolvimento de Mercado da BASF. Trata-se de um produto utilizado na cultura do milho desde o ano de 2015, e que se consolidou como líder no mercado de inseticidas premium para o controle de lagarta pela eficiência superior a 85%, com residual de até 15 dias.

“Vemos o sucesso desse inseticida pela alta demanda que ele possui e pela recorrência de compra. Quem já utilizou  Pirate® confia no produto e sabe que se trata de uma ferramenta fundamental. Quando ocorre um escape de lagarta e a pressão dessa praga aumenta, o produto é a solução mais assertiva para o manejo com eficiência a  longo prazo”, conclui Alexandre Santaella.

Fonte: Agrolink e Assessoria Foto: Divulgação

acucar-foto-envato-18-p9t5D

Açúcar/Cepea: Indicador segue em elevação

Os valores médios do açúcar cristal branco subiram no mercado spot do estado de São Paulo, de acordo com dados do Cepea, devido às recentes valorizações externas do demerara. Muitos agentes de usinas têm priorizado a exportação da commodity, o que tem reduzido a oferta de açúcar no País, resultando em aumento nos preços pedidos no mercado interno. Além disso, na semana passada, compradores domésticos estiveram mais ativos no spot. Na sexta-feira, 15, o Indicador CEPEA/ESALQ, cor Icumsa 130-180, fechou a R$ 151,85/saca de 50 kg, avanço de 3,64% em relação à sexta-feira anterior, 8. No acumulado do mês, o aumento é de 7%.

Fonte: Cepea Foto: Divulgação

trigo-parana-960x540

A multiplicação do trigo: Paraná aposta em variedades que rendem até 10 toneladas por hectare

Estado que é o segundo maior produtor de trigo do Brasil, o Paraná quer dar um passo importante na consolidação da cultura nos cultivos de inverno. Na expectativa de conquistar a melhor safra da história, o Paraná espera colher 4,5 milhões de toneladas no atual ciclo.

A produtividade média do ano deve ficar em torno de 3,2 toneladas por hectare, mas o avanço genético das sementes, além de tecnologia, pesquisa, escolha de solo e assistência técnica adequadas, pode render nos próximos ciclos lavouras com produtividade de 10 toneladas por hectare. É o triplo do que se colhe hoje.

O projeto é possível e em pouco tempo. Luiz Tarcísio Behm, da Fundação Meridional, que opera como uma parceira da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na área de melhoramento genético, afirma que já existe variedade que rende cerca de 10 toneladas por hectare. Ele reforça que o potencial produtivo vai muito além do que se tem visto no campo, mas que, como qualquer outra cultura, é suscetível às condições climáticas e aos tratos culturais.

O segredo está, segundo ele, no melhoramento genético que tem permitido plantas muito mais resistentes, cultivares que produzem muito e que se adaptam ao clima e solo de todo o território nacional. “Hoje não se produz mais trigo só no Sul do Brasil. Quem quiser plantar no Centro-Oeste, por exemplo, tem variedades específicas e com ótimas produtividades”, reforça ele.

Esse avanço de cultivo pode levar à autossuficiência nacional, com produção do grão em larga escala com qualidade e rentabilidade, focando inclusive nas exportações.

Neste ano, o Brasil espera colher 10,4 milhões de toneladas, mais de 90% disso cultivado por dois estados: Rio Grande do Sul (5,6 milhões de toneladas) e Paraná (4,5 milhões de toneladas). “Existe potencial genético para produtividade de 10 toneladas opor hectare. A pesquisa evoluiu muito e a Embrapa nem lança mais um material que não tenha potencial genético para menos de 5 toneladas por hectare em produtividade. Para passar na avaliação e ser lançado como material para o mercado, é preciso que tenha no mínimo esse volume produtivo”, afirma Behm.

Cultivo de trigo oferece várias fontes alternativas de renda ao produtor

O especialista lembrou que há dezenas de variedades e aplicações do trigo, que vão desde a panificação e alimentação humana, passando pela ração animal, até a produção de bebidas. E esse mercado está de olho tanto no consumo interno como nas exportações.

“Além disso, a cultura é uma ótima alternativa para o período de inverno e oferece possibilidade de várias fontes alternativas de renda. Pode servir para o consumo humano, como uma ótima forrageira, para o pastejo, agregando muito valor em proteína animal. E aparece como utilidade interessante a pequenos e médios produtores com alimentação animal de custo baixo”, completa Behm.

Além do aumento de produtividade, o trigo conta com uma vasta área ainda a ser explorada durante os meses de frio no Paraná. O estado se utiliza de apenas 10% das lavouras que são destinadas à soja no verão. Isso significa que, no atual ciclo, o Paraná destinou apenas 1,5 milhão de hectares à triticultura e, mesmo assim, uma parte importante dessas lavouras não foi cultivada como uma primeira opção dos produtores.

Muitos só semearam o cereal porque o ciclo da soja em 2022/23 atrasou, fazendo com que houvesse perda na janela de cultivo para a segunda safra do milho. Sem ter como semear a safrinha, a opção para não deixar a área em pousio, que é quando o solo descansa das atividades agrícolas, foi plantar trigo.

“Antes de termos o milho safrinha, o Paraná já era o líder isolado na produção de trigo no Brasil. Desta vez aumentou a área porque atrasou o plantio do milho, mas temos área e capacidade com aumento de produtividade e podemos ter produção muito maior do que teremos neste ano”, avalia o secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Ortigara.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: AEN/Gilson Abreu

embarque_farelo_de_milho_corredor_arquivo_agosto_claudio

Exportações do Paraná aumentam 11,7% nos primeiros oito meses de 2023

As exportações paranaenses aumentaram 11,7% no acumulado de janeiro a agosto de 2023 em relação ao mesmo período de 2022. O Estado movimentou US$ 16,7 bilhões (cerca de R$ 82,7 bilhões) em vendas ao Exterior, contra US$ 15 bilhões (perto de R$ 74,3 bilhões) nos primeiros oito meses de 2022. Além disso, o Paraná aparece em quinto lugar como maior exportador do País e melhor colocado entre os estados do Sul.

O avanço nas exportações foi puxado pelo agronegócio. Só a venda de alimentos para outros países representou 61,6% das exportações paranaenses de janeiro a agosto, totalizando US$ 10,3 bilhões (cerca de R$ 51 bilhões).

A venda de soja em grãos segue como carro-chefe das exportações, totalizando US$ 3,8 bilhões (R$ 18,8 bilhões, aproximadamente). O segundo produto mais vendido para fora do país é a carne de frango, com US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 12,3 bilhões). Na terceira colocação, o comércio de farelo de soja movimentou US$ 1,3 bilhão (perto de R$ 6,4 bilhões). A negociação de cereais ficou na quarta posição, com US$ 663,2 milhões (aproximadamente R$ 3,2 bilhões).

A venda de cereais para o Exterior foi a que teve maior aumento nas exportações, com crescimento de 60,5%. Já a exportação de soja cresceu 55% em relação ao mesmo período de 2022.

Entre os produtos manufaturados, a exportação de automóveis foi o destaque. Com alta de 19,9% em relação aos oito primeiros meses de 2022, o segmento contabilizou US$ 409 bilhões (perto de R$ 2 bilhões).

Países

A China segue como principal destino das exportações paranaenses, movimentando US$ 4,3 bilhões (R$ 21,3 bilhões) de janeiro a agosto – o Governo do Paraná está, inclusive, com uma missão oficial no país neste mês de setembro em busca de mais investimentos chineses no Estado. O gigante asiático também foi o país em que as exportações paranaenses mais aumentaram: crescimento de 53,8% em comparação aos oito primeiros meses de 2022.

A Argentina é o segundo principal destino, totalizando US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões). As vendas ao vizinho sul-americano tiveram variação positiva de 33,5% em relação aos oito primeiros meses do ano passado.

O Japão ocupa a sétima colocação entre os países compradores do Paraná. Porém, foi o país o qual as exportações paranaenses mais cresceram no período. Os US$ 466 milhões (perto de R$ 2,3 bilhões) vendidos de janeiro a agosto ao país asiático representaram aumento de 62,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

O México, que ocupa a quarta colocação entre os parceiros comerciais do Paraná, também teve um aumento significativo nas exportações. O Estado vendeu ao mercado mexicano US$ 679,3 milhões (perto de R$ 3,3 bilhões), alta de 35,1% em relação aos oito primeiros meses de 2022.

Balança Comercial

O Paraná teve saldo positivo na balança comercial nos oito primeiros meses de 2023. Enquanto as exportações somaram US$ 16,7 bilhões (cerca de R$ 82,7 bilhões) no período, as importações alcançaram US$ 12,1 bilhões (perto de R$ 60 bilhões). Com isso, o Estado teve superávit de US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 22,7 bilhões).

Adubos e fertilizantes lideraram a lista de produtos que o Paraná precisou comprar de outros países, com movimentação de US$ 1,4 bilhão (quase R$ 7 bilhões). Porém, esse volume representou uma queda perto de 50% em relação à importação de adubos e fertilizantes nos oito primeiros meses de 2022.

Os outros produtos mais importados pelo Paraná de janeiro a agosto foram óleos combustíveis (US$ 1,1 bilhão – perto de R$ 5,4 bilhões); autopeças (US$ 846,3 milhões – cerca de R$ 4,2 bilhões) e produtos químicos (US$ 783,7 milhões – perto de R$ 3,8 bilhões).

Confira o Informativo do Comércio Exterior Paranaense – Exportações  do Ipardes.

https://www.aen.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2023-09/1209informativoexportacoes.pdf

Fonte e Foto: AEN/Claúdio Neves

download

Açúcar: melhorias climáticas e correções de preços

Indicadores técnicos sinalizam um momento volátil. O mercado tem negociado o clima há algum tempo. Durante a semana passada, os preços do açúcar bruto atingiram a máxima de 4 meses, em 27 USc/lb, devido às perspectivas de deterioração da safra da Índia, enquanto o açúcar branco seguiu esta tendência ultrapassando momentaneamente o nível de 750 USd/t.

Segundo Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint Global Markets, as expectativas de menor disponibilidade oferecem suporte aos contratos futuros e contribuem para a sustentação do prêmio do branco. “No entanto, este recente aumento nos preços poderá durar pouco, à medida que nos aproximamos do vencimento do contrato de outubro”, diz.

“Apesar dos rumores, e sim, nenhuma exportação da Índia poderá vir a ser uma realidade dependendo da decisão do governo, o clima tem mostrado algumas melhorias no país. Regiões como Uttar Pradesh, Gujarat e Tamil Nadu não sofreram tanto como Maharashtra e, recentemente, a previsão de precipitação para setembro melhorou em todo o país. Embora o mercado tenha reagido a todas as notícias que circulam, os preços ainda não refletem uma quebra catastrófica da safra indiana, e nem deveriam”, observa.

Não só na Índia, mas o clima brasileiro também melhorou. Ao contrário do Hemisfério Norte, o clima seco é mais que bem-vindo para acelerar o ritmo de moagem e induzir maior teor de sacarose, segundo a analista. “Considerando os modelos de precipitação GFS e Europeu para o país, devemos esperar chuvas abaixo da média durante o mês de setembro. Portanto, o Brasil continuará sendo o fator de baixa mais forte no curto prazo. Esta tendência poderá oferecer alguma resistência a novos aumentos de preços antes do vencimento, tornando possível compensar parte da alta de médio/longo prazo principalmente para o primeiro contrato”, afirma.

À medida que se aproxima do vencimento de outubro, segundo a analista, pode-se esperar que os seus preços diminuam. “A alta disponibilidade do Brasil e o baixo prêmio do físico em Santos podem indicar uma entrega do país – é claro, se o spread V/H continuar não oferecendo incentivo para carrego. Se os destinos realmente precisassem do adoçante de forma urgente, o prêmio do físico deveria pelo menos corresponder aos 30 pontos do ano passado, mas o açúcar está sendo negociado com um desconto de 30 pontos. Portanto, o mercado não parece tão apertado durante o 3T de 2023, mas espera-se que assim seja a partir do 4T”, diz Lívea.

De acordo com a analista, a estrutura de spread já está precificando esta lógica e, com isso, se pode esperar que o V/H caia ainda mais. “Entretanto, devemos continuar monitorando o clima – como foi dito em muitos relatórios anteriores – para melhor avaliar tanto a escassez da Índia quanto a possibilidade de uma disponibilidade maior do Brasil”, finaliza. “Entretanto, devemos continuar monitorando o clima – como foi dito em muitos relatórios anteriores – para melhor avaliar tanto a escassez da Índia quanto a possibilidade de uma disponibilidade maior do Brasil”, finaliza.

Fonte: Notícias Agrícolas via HEDGEpoint Global Markets Foto: Divulgação

809ac37953a940a0a55cac647b00c132_858x483

Soja tem impulso no Brasil

A valorização do dólar frente ao Real, a firme demanda externa e as estimativas da Conab indicando redução dos estoques nacionais na temporada 2022/23 impulsionaram os preços da soja no Brasil na semana passada.

Conforme dados do boletim informativo do Cepea, a piora das condições das lavouras de soja nos Estados Unidos também deram suporte aos valores domésticos. A tendência agora é de que sojicultores nacionais se voltem às atividades de campo da safra 2023/24, resultando em diminuição no volume de comercialização do remanescente da safra. Assim, as condições climáticas na América do Sul passam a ficar no radar dos produtores agrícolas.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Pixabay

images

Com dados de campo, USDA de setembro deve trazer safras menores de soja e milho nos EUA

O boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de setembro é um dos mais aguardados e importantes do ano e depois do cenário climático adverso enfrentado pelas lavouras norte-americanas durante o mês de agosto, os números atualizados são aguardados com ainda mais ansiedade. As safras 2023/24 de soja e milho do país, segundo os especialistas, deverão se concluir abaixo da média, mas não configurando uma “quebra trágica”.

Assim, os dados atualizados que chegam às 13h (horário de Brasília) desta terça-feira, dia 12, são os primeiros a chegarem com dados de campo, efetivamente, e devem mexer com o mercado. “Há ainda chances de vermos ajustes nos números de áreas da soja e do milho”, afirma Todd Hultman, analista líder do portal DTN The Progressive Farmer. “Como o clima de plantio foi geralmente favorável em 2023, quaisquer alterações na terça-feira provavelmente serão pequenas”.

É consenso, todavia, que o departamento deverá trazer números menores em relação aos apresentados em agosto para a produtividade e produção das duas culturas no país.

Soja

A média das expectativas do mercado para a produção de soja norte-americana é de 122,65 milhões de toneladas, contra 114,4 milhões do reporte anterior. O intervalo varia de 110,39 e 114,8 milhões e, no ano passado, os EUA colheram 116,37 milhões de toneladas da oleaginosa.

A produtividade esperada é de 56,04 sacas por hectare, em um intervalo de 54,91 a 57,16 scs/ha. Há um mês, o rendimento da soja veio estimado em 57,04 sacas e há um ano, foi de 55,48 sacas por hectare.

Assim, as projeções do mercado para os estoques finais de soja no país são de 6,4 a 7,3 milhões de toneladas. A média esperada é de 6,97 milhões, menor do que as 7,08 milhões estimadas em agosto.

Milho

O intervalo de expectativas do mercado para a produção de milho dos Estados Unidos é de 374,98 a 384,20 milhões de toneladas, com média de 380,87 milhões. No mês passado, o reporte estimou uma produção de 383,84 milhões de toneladas e, na safra 2022/23, o número foi de 348,70 milhões.

As projeções para o rendimento do cereal americano têm média esperada de 181,28 sacas por hectare, dentro de um intervalo de 178,88 a 183,06 scs/ha. O USDA estimava, em agosto, 183,16 sacas por hectare e os EUA finalizaram a última temporada com 181,28.

Sobre os estoques finais, a expectativa média do mercado é de 37,06 milhões de toneladas, contra 37,01 milhões de agosto. O intervalo esperado é de 34,22 a 38,91 milhões de toneladas.

Safra 2023/24

Para os estoques finais globais de soja 2023/24, o intervalo das expectativas do mercado é de 116,4 a 120,8 milhões de toneladas, com média de 118,5 milhões. A média, se confirmada, também poderá ser menor do que o número de agosto, de 119,4 milhões.

Já no milho, a média das expectativas é de 310,3 milhões de toneladas, também menor do que o número do reporte anterior, de 311,1 milhões. As projeções variam de 305 a 313,8 milhões de toneladas.

O mercado espera entre 261 e 267,9 milhões de toneladas para os estoques finais mundiais de trigo, com média de 265 milhões. Em agosto, o USDA estimou 265,6 milhões.

Safra 2022/23

Para a safra 2022/23, as expectativas do mercado para os estoques finais mundiais de soja são de 102 a 103,5 milhões de toneladas, com média de 103 milhões. No boletim anterior, o número veio em 103,1 milhões.

Os traders esperam ainda entre 267,9 e 298,5 milhões de toneladas no caso do milho, com a média das expectativas ficando em 294,9 milhões. Em agosto, o número foi de 297,9 milhões.

Para o trigo, o mercado tem projeções de estoques finais 22/23 de 261 a 267,9 milhões de toneladas, com média de 265 milhões. No reporte anterior, foram estimadas 265,6 milhões.

Fonte: Notícias Agrícolas/Carla Mendes Foto: Divulgação