transferir (2)

Governo faz ajustes em programas de concessão de crédito rural

O Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira (24) mudanças nas operações de crédito voltadas às atividades da agropecuária e agricultura familiar. As mudanças atingem o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e Proagro Mais.

A resolução do Conselho Monetário foi editada pelo Banco Central na última quinta-feira (20), mas foi publicada na edição do Diário Oficial da União de hoje.

Entre as mudanças divulgadas está a proibição de concessão de crédito do Pronamp para aquisição de máquinas e equipamentos que possam ser financiadas pelo Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Nesse caso, produtores rurais e cooperativas agrícolas com renda bruta anual de até R$ 45 milhões permanecerão financiando tratores, pulverizadores, semeadeiras, colheitadeiras e equipamentos para beneficiamento agrícola pelo programa instituído pelo Banco Central desde 2002.

Outra mudança, realizada no Manual de Crédito Rural (MCR) foi o estabelecimento de índices mínimos de nacionalização e potência máxima, nesse caso, 80 cavalos-vapor, para tratores e motocultivadores que venham a ser financiados pelo Pronaf, além da dispensa do Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI) para financiamento de motores de embarcações, o que não ocorre para os demais equipamentos financiáveis.

Também atribui ao Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) os critérios para enquadramento de empreendimento no Proagro e Proagro Mais, que tenham sistema de produção de base agroecológica, ou em transição. Na regra anterior, essa atribuição era estabelecida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esses critérios garantem aos empreendimentos que se enquadrem nesse perfil a aplicação da alíquota básica de apenas 2% na participação dos programas.

Fonte: Agência Brasil Foto: Wenderson Araújo

images

Demanda por soja brasileira está aquecida

A disputa entre compradores domésticos e externos pela oleaginosa resultou em alta nos preços nacionais, que alcançaram, na semana passada, os maiores patamares nominais desde abril/23, conforme dados do Cepea.

Veja as cotações da soja aqui.

Conforme dados do boletim informativo do Cepea, os preços do farelo de soja também subiram nos últimos dias. Além das influências da alta da matéria-prima e da valorização externa do derivado, a demanda pelo produto brasileiro segue aquecida, tanto por parte de compradores domésticos quanto de externos. Já os preços do óleo de soja caíram, influenciados pela retração de grande parte dos compradores. 

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

transferir (1)

Feijão, por Ibrafe: Produtores e empacotadores estão mais aliviados com o retorno de negócios de R$ 240

Produtores e empacotadores estão mais aliviados com o retorno de negócios ao redor de R$ 240, já bem mais perto dos R$ 250, o mínimo almejado pelos produtores e o piso ideal para os empacotadores, que prefeririam estar comprando a R$ 300. Eu explico.

O empacotador de tamanhos médio e grande não especula comprando mais baixo para vender quando sobe. Tanto é assim que todos conhecemos empresas que compram praticamente todo dia, dado o volume que necessitam. O seu faturamento diminui quando o preço diminui ao produtor, mas as despesas se mantêm e a margem diminui. Com os supermercadistas ocorre o mesmo. Atingir metas da seção de mercearia das grandes redes quando os preços diminuem exige divulgar ainda mais e, com isso, promover para fazer volume. Por isso, todos sentem um pequeno alívio no segundo semestre, quando a produção passa a ser originada em áreas irrigadas onde há um número menor de produtores e, invariavelmente capitalizados, conseguem evitar oscilações ainda mais fortes.

Então não temos problemas, certo? Errado. Ainda temos um mal a ser eliminado. Especuladores que enchem de foguinho e setas num dia defendendo que o Feijão no mundo acabou, que algo que nunca se viu está acontecendo e que os preços vão ser os maiores desde que Moisés saiu do Egito. E no outro, incrível, todos os estados vão produzir e nem vai valer a pena colher. Isso é crime previsto em lei. As tais fake news são coibidas com a lei e implicam, se houver prejuízo comprovado, em prisão. Portanto, leve seu boletim de duas semanas atrás, que comentava que o desastre era iminente, e os do final da semana passada, quando parece agora que o céu será o limite, e registre um B.O.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação

transferir

Colheita de milho 2ª safra 2023 no centro-sul do Brasil atinge 47%, diz AgRural

A colheita de milho segunda safra 2023 alcançou 47% da área cultivada no centro-sul do Brasil até a última quinta-feira, um avanço de 11 pontos percentuais em relação ao registrado na semana passada, mas ainda com atraso frente aos 62% observados há um ano, disse a consultoria AgRural nesta segunda-feira.

Segundo a consultoria, o ritmo dos trabalhos foi puxado novamente por Mato Grosso e Goiás, onde o tempo mais seco favorece a perda de umidade dos grãos e a entrada das máquinas em campo.

Já em outros Estados, como no Paraná e no Mato Grosso do Sul, a colheita ainda não deslanchou devido à combinação de plantio tardio e alta umidade dos grãos causada por chuva e pelas temperaturas baixas em julho.

Fonte: Portal do Agronegócio via Reuters Foto: Divulgação

transferir (1)

Paraná e Rio Grande do Sul impulsionam Brasil rumo à autossuficiência na produção de trigo

Após décadas de dependência extrema do trigo importado, principalmente da Argentina, Estados Unidos e do Leste Europeu, o Brasil se aproxima da autossuficiência na produção para abastecimento do país e até sinaliza para o mercado de exportações. Segundo as principais consultorias do agro, como a StoneX, a previsão de colheita no atual ciclo pode alcançar 11,3 milhões de toneladas, superando a última safra que foi de cerca de 10 milhões de toneladas, conforme registro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que projeta 10,5 milhões/ton para novo ciclo. O Brasil consome, por ano, de 11,5 milhões de toneladas a 12 milhões de toneladas.

As estatísticas oficiais divulgadas Pela Conab e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), desde o ano de 1970, apontam para recordes nos indicadores de produção e de áreas de cultivo, o que já aconteceu no período de 2021/22 e deve se repetir neste ano.

Maiores produtores do país, Rio Grande do Sul e Paraná, que caminham para a conclusão da semeadura, devem colher mais de 10 milhões de toneladas, se somado o volume de produção dos líderes no cultivo de trigo entre os estados brasileiros.

Política de incentivo no RS

O grande filão do cultivo está na região Sul do Brasil, destacada pelos estados do Rio Grande do Sul e Paraná. Juntos os dois prometem colher 90% de toda produção nacional que vem sendo estimada por consultorias.

No Rio Grande do Sul, por exemplo, onde se espera entre a primeira e segunda melhor safra do cereal da história, a expectativa de produção é de 5,7 milhões de toneladas, muito próximo à registrada no ano passado. A avaliação é do coordenador da Câmara Técnica do Trigo, Tarcísio José Minetto, do Sistema Ocergs, a Organização Cooperativa.

Segundo o coordenador, o estado tem investido e incentivado o cultivo do cereal como opção de renda e de rotação de cultura. “Com isso, nossa estimativa é para que em um, no máximo dois anos, a produção (nacional) alcance e mantenha a autossuficiência. Em encontro recente com técnicos da Embrapa no Rio Grande do Sul foi possível avaliar que, em cinco anos sejamos autossuficientes e tenhamos um volume importante para exportação”, projetou.

Com o envolvimento de entidades ligadas ao agro, o Estado lançou o Programa Duas Safras que estimula a triticultura no inverno e isso justificaria, segundo Minetto, o avanço das lavouras, ano após ano. “Na safra de verão, o Rio Grande do Sul cultiva de 8 milhões a 8,5 milhões de hectares, enquanto no inverno vinha cultivando apenas 15% disso. Com os incentivos e estímulos, já plantamos em torno de 25% das áreas. Nesta safra, destinamos somente para a cultura do trigo cerca de 1,5 milhão de hectares”, ressaltou.

Na avaliação de Minetto, a produção estimada depende do comportamento climático nos próximos meses. “Mas se o clima contribuir, e esperamos que assim seja, teremos uma ótima produção, similar à registrada no ano passado, o que é expressivo e importante não só para o Rio Grande do Sul, mas para o Brasil”, reiterou.

O avanço da triticultura gaúcha já torna o estado o maior exportador do cereal no país. Ano passado, segundo o coordenador da Câmara Técnica, foram 3 milhões de toneladas vendidas a 14 países.

Paraná: maior safra da história

O Paraná, segundo maior produtor de cereal do Brasil, deverá colher a maior safra da história: 4,5 milhões de toneladas de trigo, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral). Em 2022, o estado produziu cerca de 3,8 milhões de toneladas. “O Paraná teve uma ótima safra em 2022 e, mais uma vez, tudo se desenha para uma colheita histórica se as condições climáticas permitirem”, comentou o secretário de Estado de Agricultura, Norberto Ortigara.

“O trigo passou a ser menos atrativo ao produtor nas últimas décadas, com baixa cotação e falta de política de incentivo. Precisamos de ações para mantermos as plantações”, acrescentou.

Ortigara ainda lembra que, na última década, se tornou mais vantajosa a importação, tanto pelo preço quanto pela qualidade do produto, situação que se inverteu nos últimos três anos.

“A cotação do cereal como de outras comodities subiu muito nos últimos anos por conta da pandemia de covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Internamente tivemos muitas pesquisas (pela Embrapa) que resultaram em um trigo de excelente qualidade”, explicou.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Gilson Abreu/AEN

O Café do Norte Pioneiro foi o primeiro produto a obter o registro de Indicação Geográfica (IG) junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).  -  Foto:  Emater de Carlópolis

Maior prêmio do segmento, Café Qualidade Paraná 2023 está com as inscrições abertas

Cafeicultores interessados em disputar o prêmio Café Qualidade Paraná 2023 já podem fazer a inscrição, gratuita, até o dia 2 de outubro, em qualquer unidade municipal do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater). Podem participar proprietários, meeiros, arrendatários e parceiros. Esse é o evento mais importante do segmento no Estado. Ele revela novos talentos da cultura que está ligada à história do Paraná.

É possível concorrer com cafés que passaram por processamento natural – ou via seca, em que os grãos são secados inteiros, ou cereja descascado – e pela chamada via úmida, método em que a polpa do fruto é retirada antes da secagem.

Em ambas as categorias o produtor deve atentar para o tamanho do lote, que pode ter de uma a cinco sacas (60 quilos) beneficiadas. Os grãos devem ter peneira 16 ou superior, menos de 11,5% de umidade e apresentar no máximo 12 defeitos.

Os lotes inscritos passam inicialmente por uma avaliação física para detectar alterações no produto – como grãos quebrados ou avariados por insetos – com base na Classificação Oficial Brasileira (COB). Na segunda avaliação, a prova de xícara, realizada com a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA, na sigla em inglês), são analisados aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da bebida.

Em cada categoria, os finalistas classificados até o terceiro lugar têm garantida a compra de seu lote pela cotação da Bolsa de Valores (B3) no dia anterior à data do encerramento do concurso, acrescido de um ágio mínimo de 50%.

A íntegra do regulamento pode ser conferida em www.cafequalidadeparana.com.br.

O concurso Café Qualidade Paraná é patrocinado pela Amiste Cafés, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Bratac, Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal), Crea-PR, Federação de Agricultura do Paraná (Faep), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Grupo Dois Irmãos, Integrada Cooperativa Agroindustrial, e Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), Prefeitura de Mandaguari, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) e Sociedade Rural do Paraná (SRP).

O certame é uma realização da Câmara Setorial do Café do Estado do Paraná, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e Associação dos Engenheiros-Agrônomos de Londrina.

Serviço:

21° Concurso Café Qualidade Paraná

Inscrições: até 2 de outubro, nos escritórios municipais do IDR-Paraná

Mais informações: www.cafequalidadeparana.com.br

Fonte: AEN Foto: Emater/Carlópolis

transferir (3)

Portos do Paraná terminam o primeiro semestre com movimentação de 30 milhões de toneladas

Os portos do Paraná fecharam o primeiro semestre com movimentação de mais de 30 milhões de toneladas embarcadas e desembarcadas. O valor representa um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2022, que movimentou de 29 milhões de toneladas.

Os granéis sólidos representam quase 63,4% da movimentação total dos portos. De janeiro a junho, neste ano, foram quase 20 milhões de toneladas movimentadas no segmento. De farelo de soja, foram exportadas 3,3 milhões de toneladas no acumulado do ano, 12% a mais do que no ano passado.

Os embarques de açúcar a granel somaram 582 mil toneladas em junho, 55% a mais que as 374 mil toneladas carregadas nos mesmos 30 dias, no ano passado. No acumulado do ano, foi 1,6 milhão de toneladas, 39% a mais que as 1,2 milhão de toneladas registradas em 2022.

Neste ano, as exportações somam quase quatro milhões de toneladas no mês de junho e 20 milhões no acumulado do ano, registrando alta de 16% no semestre. Entre os produtos de carga geral, é destaque o aumento na movimentação das cargas em contêineres e dos veículos, e entre os líquidos, os aumentos estão nas exportações de óleo de soja e derivados de petróleo.

Fonte: CBN Foto: Divulgação

transferir (2)

IDR-PR é responsável por duas das cultivares de feijão mais comercializadas no Brasil

O Paraná tem as duas cultivares de feijão que se destacam como as mais multiplicadas e comercializadas em todo o País: o IPR Sabiá, do grupo carioca, e o IPR Urutau, do grupo preto. Elas são resultado de anos de trabalho de pesquisadores do antigo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), hoje denominado Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná).

“Há um grande esforço para melhorar cada vez mais o desempenho no campo, produzindo plantas com arquitetura correta para colheita mecânica e com tolerância às pragas, doenças e problemas climáticos”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “O fruto desse esforço é que temos mais de 40 cultivares de feijão disponibilizadas”.

O feijão é uma cultura de extrema importância para o Brasil, sendo um dos alimentos básicos na dieta da população. O Paraná possui condições climáticas favoráveis e uma estrutura agrícola bem desenvolvida, o que permite uma produção significativa de feijão com alta qualidade e que entrega mais quilos por hectare. De acordo com Ortigara, o Estado também tem o privilégio de contar com parceiros que trabalham muito próximos à pesquisa e multiplicam essas sementes para os agricultores do Brasil.

Segundo indicadores do Controle de Produção de Sementes e Mudas, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na safra 2022/23 e 2023/24 foram implantados no Brasil 22.759,6 hectares de campos de produção de sementes de cultivares de feijão do grupo comercial carioca, e 8.089,5 ha de campos de sementes de feijão do grupo comercial preto.

A cultivar IPR Sabiá está em primeiro lugar no grupo comercial carioca, com 3.864,9 hectares de área de produção de sementes, o que representa 16,98% da produção total de sementes desse grupo no Brasil.

Já no grupo comercial preto, a cultivar IPR Urutau lidera com 4.351,8 ha, ou 53,8% da área de produção de semente no Brasil, muito à frente da cultivar que ocupa a segunda colocação, que está em 1.301,2 hectares (16,09% da área). A IPR Urutau tem sido amplamente multiplicada no Paraná e contribui para o abastecimento desse tipo de feijão em todo o País.

“Considerando as cultivares IPR Urutau, IPR Tuiuiú e IPR Uirapuru, o IDR-Paraná tem uma participação de 66,36% no mercado brasileiro”, aponta José Neto, pesquisador e coordenador de grãos do Instituto.

Trabalho conjunto

Para o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, os dados apontados pelo Mapa são motivo de orgulho para o Instituto e reconhecimento do trabalho histórico de pesquisa no Paraná, no antigo Iapar e no IDR-Paraná. “Mostra o comprometimento da estrutura estadual com a agricultura familiar e com os pequenos agricultores”, enfatiza.

A diretora de Pesquisa do IDR-Paraná e melhorista em feijão, Vania Moda Cirino, salienta que a qualidade do feijão produzido no Estado é resultado de um trabalho conjunto entre os agricultores, instituições de pesquisa e órgãos de apoio técnico, que tem visado sempre entregar um produto de excelência para os consumidores.

“A cultura do feijão é uma das prioridades do instituto, porque tem grande relevância econômica e social para o Estado. É predominantemente produzida por pequenos produtores, constituindo a principal fonte de renda desses agricultores familiares”, explica.

Fortalecer cada vez mais a pesquisa agropecuária é uma das estratégias do Governo. “Estamos fazendo um esforço de reinvestimento em pesquisa e no uso de recursos da ciência e tecnologia”, complementa Ortigara. Segundo ele, o Estado trabalha nos últimos detalhes para abertura de concurso público, com previsão de 126 pessoas para a pesquisa agrícola e mais de 200 vagas para a assistência técnica e extensão rural. A contratação será possível em razão de economia feita pelo IDR-Paraná.

Lançamentos

O IDR-Paraná lançou este ano duas novas cultivares de feijão: a IPR Águia e a IPR Cardeal. A IPR Águia, do grupo comercial carioca, destaca-se pela alta tolerância ao escurecimento dos grãos, característica desejada por todos os elos da cadeia produtiva e especialmente importante para os agricultores, já que permite estocar a produção e decidir sobre o melhor momento para a venda.

Já a IPR Cardeal, de grãos vermelhos (tipo Dark Red Kidney), desenvolvida para o segmento de exportação, será utilizada para a indústria de enlatados e conservas. Com ciclo de 78 dias, ela pode alcançar produtividade de 3 toneladas por hectare. É resistente à ferrugem e ao mosaico comum; moderadamente resistente à antracnose, mancha angular e murcha de curtobacterium; e suscetível a mosaico dourado, crestamento bacteriano comum e oídio.

Fonte e Foto: AEN

transferir (1)

Produtores têm armazenado grãos à espera de melhores preços

Com as chuvas das últimas semanas, o próximo relatório de condições de lavouras poderá ser observado um aumento nas condições boas/excelentes da cultura. As previsões climáticas ainda mostrando chuvas no cinturão agrícola para esta semana, corroborando em partes a decisão do USDA em manter a produtividade da oleaginosa, no último relatório.

Segundo o especialista da Grão Direto, Ruan Sene, o cenário ainda é incerto em relação à economia norte-americana, visto que a inflação veio apresentando crescimento juntamente da diminuição da taxa de desemprego, de acordo com o relatório Payroll. Nesta semana, haverá o início da temporada de divulgação dos balanços corporativos nos Estados Unidos, e serão importantes para a definição do horizonte econômico do país. Caso os balanços virem de forma positiva, pode ser um fator decisivo para que o FED leve em consideração na definição do rumo das taxas de juros no país.

Clique aqui e veja as cotações da soja.

A soja possui uma correlação positiva com o petróleo, sendo assim, a soja acompanha os movimentos praticados pelo petróleo. Sazonalmente o petróleo está chegando ao fim do seu período de alta, dando início a partir de Agosto a sazonalidade de alta, que pode, e provavelmente irá, fazer uma pressão baixista nos preços da soja.

A projeção do mercado é que haja aumento de 4,5% para 7,3% no PIB anual da China. A queda na demanda global por grãos tem afetado os preços e a produção nos Estados Unidos, abrindo espaço para o Brasil dominar a janela de exportação do segundo semestre.

Produtores ainda estão cautelosos com as vendas. Produtores brasileiros têm armazenado grãos à espera de melhores preços devido à supersafra no país, e a baixa demanda chinesa pode levar à originação da oleaginosa no Brasil, no segundo semestre. Embora isso não seja comum historicamente, pode oferecer oportunidades de negócios para produtores com soja disponível. No entanto, a logística brasileira estará voltada para a cultura do milho nas próximas semanas, o que pode ser um obstáculo para essa oportunidade.

O especialista ainda salienta que, perante os fatos apresentados, a soja em Chicago poderá apresentar uma semana positiva, resultando em valorização dos preços no mercado interno brasileiro.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

transferir

Brasil deve produzir maior safra histórica de grãos no ciclo 2022/2023

O volume da produção brasileira de grãos deverá atingir 317,6 milhões de toneladas na safra 2022/2023, um crescimento de 16,5% ou 44,9 milhões de toneladas acima da safra 2021/22, consolidando as previsões anteriores como a maior já produzida no país. Os dados constam no 10º levantamento de grãos, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com a estimativa, esse resultado também é 0,6% superior ao divulgado em junho, decorrente, principalmente, do melhor desempenho das lavouras de milho segunda safra observado em campo neste último mês, e do crescimento da área semeada com o trigo, aliado às boas condições climáticas que vêm ocorrendo.

“O ajuste reforça a safra recorde brasileira”, ressalta o presidente da Conab, Edegar Pretto. “A agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem aumentos de produtividade”.

De acordo com o boletim, a soja deverá atingir uma produção recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas, 23,1% ou 29 milhões de toneladas acima da ocorrida no ciclo passado. Já para o milho, a previsão é de 127,8 milhões de toneladas, incluindo as três safras, chegando a 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da cultivada em 2021/22. “Observamos um avanço mais lento na área colhida do milho segunda safra, que já era esperado, devido ao atraso no plantio e colheita da soja em diversas regiões, e à diminuição das temperaturas durante a maturação dos grãos”, explica o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos. “Mesmo assim, o cenário continua extremamente positivo para a produção do cereal”.

Outras culturas, como o algodão, feijão e sorgo, seguiram o movimento de alta e apresentaram percentuais de aumento na produção. Já o arroz e alguns cultivos de inverno, como aveia, centeio e trigo, apontam para redução no volume produzido, em comparação com a safra anterior.

Com relação à área, esse levantamento aponta ainda uma estimativa de 78,2 milhões de hectares, 4,9% ou 3,7 milhões de hectares superior à semeada em 2021/22. Os maiores incrementos são observados na soja, com 2,6 milhões de hectares (6,2%), no milho, com 576 mil hectares (2,7%), e no trigo, com 343,4 mil hectares (11,1%).

Mercado

O aumento da produção brasileira, alinhada à maior demanda internacional, deve elevar o volume de exportações de milho em 2023. Com a projeção de demanda externa aquecida, estima-se que 48 milhões de toneladas do cereal sairão do país. Para o estoque interno também há previsão de aumento de 27,6% ao fim deste ano-safra, chegando a 10,3 milhões de toneladas.

Com relação à soja, o boletim aponta que as exportações continuam estimadas em 95,64 milhões de toneladas, um aumento percentual de 21,5% comparada à safra anterior. Neste levantamento, a Conab ajustou os números de esmagamentos da oleaginosa, de 52,29 milhões de toneladas para 52,82 milhões de toneladas, em decorrência do aumento na produção de biodiesel. Assim, os estoques finais antes estimados em 7,51 milhões de toneladas, passaram para 7,43 milhões de toneladas.

Clique aqui e acesse os arquivos com informações do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023.

https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos

Fonte: Conab Foto: Divulgação