set191760

Açúcar começa semana em alta

O açúcar iniciou a semana em alta nas bolsas internacionais, impulsionado, principalmente, pelas preocupações com o andamento da safra indiana, segundo maior produtor do mundo da commodity. O mercado prevê que a quebra de safra no maior estado produtor da Índia, Maharashtra, pode afetar as perspectivas iniciais de exportação de açúcar daquele país.

Segundo o analista Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Australia, “a Índia está, portanto, menos propensa a exportar mais açúcar, talvez deixando o mundo com suprimentos um tanto apertados durante grande parte do primeiro semestre do calendário de 2023”.

Em Nova York, na ICE Futures, o lote março/23 do açúcar bruto fechou valorizado 25 pontos, com a commodity negociada a 21,21 centavos de dólar por libra-peso. Durante a sessão o lote chegou a bater 21,33 cts/lb. Já a tela maio/23 subiu 29 pontos, contratada a 19,90 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 17 e 29 pontos.

Londres

Em Londres os contratos do açúcar branco também fecharam em alta nesta segunda-feira. O lote março/23 foi contratado ontem a US$ 568,70 a tonelada, valorização de 6,30 dólares no comparativo com os preços de sexta-feira. Já a tela maio/23 valorizou 7,20 dólares, negociada a US$ 560,70 a tonelada. Os demais vencimentos subiram entre 5,20 e 6,80 dólares.

Mercado interno

No mercado doméstico a segunda-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 130,45 contra R$ 132,37 de sexta-feira, desvalorização de 1,45% no comparativo entre os dias, aumentando para 4,57% as perdas acumuladas em janeiro no indicador.

Etanol hidratado

O Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado voltou a cair nesta segunda-feira após seis dias consecutivos de alta. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.854,00 o m³ contra R$ 2.868,00 o m³ praticado na sexta-feira, desvalorização de 0,49% no comparativo.

Fonte: Agrolink via UDOP – BIEOENERGIA Foto: Divulgação

set191898

Propostas para fortalecer a cafeicultura no Paraná

Em 2023, a cafeicultura paranaense deverá passar por uma reestrutura nos seus diversos segmentos, na busca por mais sustentabilidade. O ponto de partida para isso é o Plano Estadual de Apoio e Desenvolvimento da Cafeicultura do Paraná, elaborado, no segundo semestre do ano passado, por diversas entidades, como Sistema FAEP/SENAR-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

O material elenca os principais desafios da cadeia no Paraná, como o baixo preço do café nos últimos anos; alta dos custos de produção, especialmente insumos; deficiência de mão de obra em quantidade e qualidade; condições climáticas adversas; e falta de assistência técnica, com baixa disponibilidade de profissionais. A partir disso, foram definidos metas e objetivos para nortear as ações, visando promover o aumento da área cultivada e a rentabilidade dos cafeicultores.

O presidente da Comissão Técnica (CT) de Cafeicultura do Sistema FAEP/SENAR-PR, Walter Ferreira Lima, destaca três pontos de sustentação do plano: políticas públicas, com ações de parceria dos governos estadual e municipais; gestão de pessoas, com associativismo e desenvolvimento humano; e tecnologia e assistência técnica. “Creio que estes são a base para atingir o aumento da produtividade, renda e qualidade do café paranaense e chegarmos, no futuro, à marca de três milhões de sacas beneficiadas [a última safra paranaense atingiu 498 mil sacas]. Isso permite que a cadeia tenha agilidade e volume para despertar interesse do mercado”, afirma.

A capacitação dos produtores rurais é uma das estratégias para o desenvolvimento da cadeia. Em Carlópolis, por exemplo, o aumento da área dedicada à cultura cresceu de 750 hectares em 1970 para 5,5 mil hectares nas últimas décadas. Isso só foi possível graças à profissionalização dos cafeicultores, sendo que muitos fizeram curso do SENAR-PR. Em 20 anos, a entidade realizou 632 cursos sobre café, sendo quase 30% em Carlópolis.

“O município conta com um plano local de desenvolvimento da cafeicultura, que inclui parceria com o sindicato rural que demanda os cursos para o Sistema FAEP/SENAR-PR. Isso promove a instrução dos produtores e treinamento de assistência técnica. Hoje, Carlópolis é referência estadual na cafeicultura, sendo um bom exemplo a ser seguido”, destaca Bruno Vizioli, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da entidade.

O documento aponta tecnologias disponíveis para que os cafeicultores paranaenses atinjam produtividades superiores à média nacional, de 27,4 sacas beneficiadas por hectare. A média paranaense é de 27 sacas por hectare. “Temos muitas áreas com baixa produtividade porque são modelos antigos de produção, que precisam se adaptar às novas tecnologias. Mas, para o produtor assimilar o novo precisa de assistência técnica nesse processo. É aí que entram o associativismo, apoio do Estado e engajamento dos municípios”, complementa Lima.

Histórico

O plano traz um resumo da cafeicultura do Paraná, que já foi a mais produtiva do país até a década de 1960, com mais de 1,8 milhão de hectares plantados e representando 60% do valor total da produção agrícola do Estado. Com a geada negra de 1975, as lavouras de café no Paraná foram devastadas, especialmente nas regiões Norte e Noroeste, principais produtoras.

Desde então, o perfil da produção de café precisou se reinventar. Hoje, o foco está nos cafés especiais, que garantem mais valor agregado para a renda das famílias rurais paranaenses. Com o Programa Café Qualidade Paraná, de 1997, o Estado passou a ser reconhecido como um produtor de cafés especiais, consolidando-se nos cenários nacional e mundial.

De acordo com Departamento de Economia Rural (Deral), o café está presente em 187 municípios do Estado, enquanto a atividade é desenvolvida por cerca de 6 mil famílias, sendo sua única ou maior fonte de renda.

No entanto, a área destinada ao plantio de café no Paraná tem diminuído significativamente nos últimos 20 anos, com a saída de agricultores da atividade. Segundo o Deral, na safra 2021/22, a área cafeeira registrou perda de 17,3%, enquanto a produtividade média reduziu em 28,4%. As projeções indicam que apenas 26,6 mil hectares serão destinados ao cultivo do grão na safra 2022/23, gerando uma produção de aproximadamente 42,8 mil toneladas.

Como o plano vai funcionar

Veja o resumo do projeto que pretende revitalizar a cafeicultura do Paraná

Linhas de ação

– Pesquisa: desenvolvimento de cultivares com mais produtividade, resistência, diferentes ciclos de maturação, qualidades de bebida diferenciadas; desenvolvimento de um sistema agroflorestal visando a sustentabilidade da cultura; retomada de pesquisas na área de solos e mecanização;

– Assistência técnica e extensão rural: organização de uma rede de assistência técnica coordenada; implantação de unidades demonstrativas de novas cultivares de café desenvolvidas pelo IDR-Paraná; contratação de extensionistas para reforço da equipe de assistência técnica e extensão rural;

– Produção: manejo e conservação do solo e fertilidade; elevação da produtividade; redução de custos; mecanização; melhoria da qualidade; organização dos produtores; sustentabilidade do processo; gestão de negócio;

– Comercialização: agregação de valor; organização da produção; viabilização e estruturação de núcleos de pós-colheitas, preparo de cafés especiais e padronização do café.

Metas

– Aumentar área no Paraná em 5 mil hectares para 90 mil hectares nos próximos 12 anos;

– Aumentar a produtividade média para 40 sc/ha;

– Aumentar a produção para três milhões de sacas em 12 anos;

– Produzir, no mínimo, 80% do café com qualidade bebida dura tipo 6;

– Produzir, no mínimo, 20% de cafés especiais;

– Diminuir o custo de produção para 70% do valor da saca beneficiada;

– Mecanizar 80% da área estadual nos próximos quatro anos;

– Capacitar e dar assistência técnica a 2 mil novos cafeicultores por ano por meio de uma rede de ATER (IDR, cooperativas, prefeituras e organizações de cafeicultores) coordenada pelo IDR-Paraná.

Fonte: Faep/ Bruna Fioroni Foto: Divulgação

set191980

Volume de milho embarcado em janeiro em Paranaguá é 161% superior ao mesmo mês de 2022

O mês de janeiro ainda nem terminou, mas o volume de milho carregado pelo Porto de Paranaguá, neste ano, impressiona. Até o último dia 29, foram 569.461 toneladas do cereal embarcadas. O volume é quase 161% maior que as 218.358 toneladas exportadas pelos terminais paranaenses durante os 31 dias do mesmo mês de 2022.

“O que estamos percebendo pelos grandes volumes registrados nos embarques aqui pelo Porto de Paranaguá é que essa movimentação já vem se intensificando desde o ano passado”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
No último mês de dezembro foram carregadas 580.147 toneladas de milho. Comparado às 97.124 toneladas exportadas em dezembro de 2021, o volume foi 947% maior.

“Também o line-up dos navios que chegarão para carregar milho aqui pelo Paraná mostra que a tendência é que continue assim pelo menos ainda no próximo mês”, afirma Garcia.

Embarque

No mês de janeiro, até este domingo (29), 19 navios atracaram no Porto de Paranaguá para carregar milho. Segundo o line-up desta segunda-feira (30), escala das embarcações para receber o granel, nove navios já estão em porto para carregar 587.324 toneladas e outros oito estão na sequência para embarcar 511.839 toneladas de milho. Já há outro anunciado, que deve receber 67 mil toneladas. Somado, o volume quase chega a 1,1 milhão de toneladas do cereal a serem exportados por Paranaguá.

Mercado

A engenheira agrônoma Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, confirma que janeiro realmente não é típico período de exportação de granéis, especialmente milho. Porém, segundo ela, uma combinação de fatores tem impulsionado a demanda pelo cereal brasileiro.

Além do fato dos produtores precisarem fazer espaço para receber a nova safra de soja, a lacuna aberta no mercado internacional pela situação da guerra na Ucrânia e a nova demanda da China também aquecem os embarques pelos portos brasileiros.

“No último mês de novembro, com o novo acordo comercial com a China, 136 empresas foram auditadas e habilitadas pelo Ministério da Agricultura para armazenar e exportar milho no Brasil”, afirma a agrônoma. O Paraná, de acordo com ela, é o segundo Estado com maior número de plantas autorizadas pelos governos chinês e brasileiro.

Como explica a especialista, a Ucrânia e os Estados Unidos costumavam ser os principais exportadores de milho para a China. As exportações ucranianas reduziram 24%, já que tiveram menor produção e dificuldades para embarcar o produto, devido ao conflito com a Rússia. E, no caso dos norte-americanos, há conflito comercial.

“O Brasil surge como uma alternativa importante. O país vem se tornando uma potência na exportação de milho, com um crescimento anual bastante expressivo”, afirma.

Ainda de acordo com a análise de Ana Paula Kowalski, nos Estados Unidos o volume de milho embarcado já tem sido reduzido. “O Brasil ocupou essa lacuna e a tendência é que isso se mantenha para os próximos anos”, acrescenta.

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

set192098

Com trecho do Show Rural pronto, duplicação da BR-277 alcança 63% de conclusão

Com o trecho do Show Rural finalizado, as obras de duplicação da BR-277 em Cascavel avançaram bastante no Oeste do Estado. Segundo medição mais recente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), 63% dos trabalhos já foram concluídos. O projeto abrange a duplicação das pistas entre o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Nova Ferroeste, em uma extensão de 5,81 quilômetros.

A prioridade das obras, inicialmente, foi finalizar a execução em frente ao Parque Tecnológico da Coopavel, local onde acontece o Show Rural, um dos maiores eventos do setor do agronegócio brasileiro, que neste ano será de 6 a 10 de fevereiro.

“Concluímos o trecho do Show Rural, que recebe mais de 280 mil visitantes, melhorando o tráfego nos dias do evento e proporcionando mais segurança aos demais usuários da rodovia. Agora, as obras estão concentradas na passagem superior da trincheira de ligação da BR-277 com a PR-180, para melhorar ainda mais o acesso dos visitantes”, explica o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti.

A previsão é que a passagem superior da trincheira da PR-180 seja liberada para o tráfego de veículos até o início do Show Rural. Na sequência, os esforços serão para finalizar a trincheira de acesso à Nova Ferroeste. A previsão da entrega da obra é março de 2023.
Os serviços de terraplanagem ultrapassaram os 56%, com a pavimentação do trecho atingindo 73%, obras de drenagem em 55%, e iluminação já com 70% concluída. Também está sendo pavimentada a via marginal esquerda da rodovia do km 581,7 ao km 583,3, em uma extensão de 1,56 quilômetros.

Parceria

A duplicação da BR-277 integra convênio entre o Governo do Estado e a Itaipu Binacional, representando um investimento de R$ 48.009.661,88. A parceria já rendeu outros grandes investimentos em infraestrutura, como a Ponte da Integração Brasil – Paraguai e a implantação da rodovia Perimetral Leste de Foz do Iguaçu; a duplicação da Rodovia das Cataratas; as obras de pavimentação da Estrada Boiadeira entre Umuarama e Icaraíma e da estrada entre Ramilândia e Santa Helena; e a nova iluminação viária da BR-277 em Foz do Iguaçu.

Fonte: AEN Foto: DER

set191334

Secretaria ganha novas atribuições: cooperativismo e reforço da produção sustentável são foco

No início do ano, o Ministério da Agricultura e Pecuária foi reestruturado. Na nova disposição, que começou a vigorar no último dia 24, a antiga Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (SDI) passou a agregar também o Cooperativismo. Com o decreto publicado em 1° de janeiro de 2023, a Secretaria continuará encarregada de temas importantes como Sustentabilidade, Inovação, Camada de Competitividade, Cooperativismo e Bioeconomia Agrícola.

A SDI será comandada pela engenheira de alimentos Renata Bueno Miranda, primeira mulher a assumir o comando da Secretaria. Ela foi nomeada na última quinta-feira (19). “A SDI é focada na sustentabilidade, na inovação, competitividade, na agregação de valor às cadeias produtivas, mas com o foco no território com suas peculiaridades e autonomia. Esta Secretaria guarda a responsabilidade de modernizar e harmonizar o nosso sistema de produção, em relação à qualidade de vida da população brasileira e do mundo”, disse.

De acordo com o decreto, a Secretaria será responsável por formular políticas públicas para a inovação e o desenvolvimento rural, fundamentadas em práticas agropecuárias inovadoras e sustentáveis, com o objetivo de promover a sua integração com outras políticas públicas. A partir dessas políticas se buscará a melhoria do ambiente brasileiro de inovação para a agricultura, pecuária e florestas plantadas; a modernização e inovação na agropecuária, incluídos programas de conectividade, de ecossistema digital, de bioeconomia e de novas tecnologias; competitividade e sustentabilidade das cadeias produtivas agrícolas, pecuárias e de florestas plantadas; cooperativismo e associativismo rural; além de outros objetivos. (veja abaixo)

Dividida em seis departamentos, a SDI contará com o Departamento de Apoio à Inovação para a Agropecuária; o Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e Indicações Geográficas; o Departamento de Produção Sustentável e Irrigação;

Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas; a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac); e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Foco na produção sustentável e agregação de valor

A Secretaria continuará buscando o aumento da produção sustentável da agricultura, a partir da implementação de planos, programas, ações e atividades. A recuperação de áreas degradadas também permanecerá sendo um dos principais objetivos da pasta. Além disso, cabe à SDI promover o desenvolvimento e a disseminação de tecnologias sustentáveis e boas práticas que visem à adaptação e à mitigação dos impactos causados por mudanças climáticas na agropecuária.

Segundo a secretária Renata, a modernização e harmonização fazem parte da transformação de um sistema produtivo mais sustentável, capaz de responder com altíssima eficiência, baixo impacto ambiental, alta competitividade e grandes frutos a colher em ativos ambientais. “Nós temos competência para isso. Cada vez mais vamos trabalhar com ciência, junto com a Embrapa e toda rede de pesquisa”, avalia Miranda.

Em se tratando do Cooperativismo, o foco da SDI está na agregação de valor aos produtos dos pequenos, médios e grandes produtores. Há a preocupação da área em valorizar os produtos das cooperativas brasileiras de forma tangível, aumentando a agregação de valor na cadeia de valor. Ou seja, além do produto ser primário (milho em grão, por exemplo), será também secundário e terciário (derivados). É também intangível, que são produtos com processos de baixa emissão carbono, ou de regiões tradicionais que têm Indicação Geográfica (IG).

“O Ministério da Agricultura, junto com o MDA, vai trabalhar o Cooperativismo e o Associativismo para agregar valor ao produto. Todos de mãos dadas em prol do produtor”, disse a secretária.

Reflorestamento

Com a criação do Departamento de Reflorestamento e Recuperação de Áreas Degradadas, o Ministério da Agricultura e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima também trabalharão juntos. Isso porque haverá o apoio entre as pastas para disponibilizar informações para o Inventário Florestal Nacional e na gestão do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR), integrado ao Sistema Nacional de Informações Florestais.

Ao Departamento ainda foi atribuído o papel de desenvolver ações que estimulem o plantio de florestas de reflorestamento e sistemas agroflorestais em unidades de produção agropecuária; apoiar e incentivar a recuperação de vegetação nativa e a recomposição florestal em unidades de produção agropecuária; desenvolver e propor planos de produção florestal de florestas plantadas em unidades de produção agropecuária para a produção de celulose, madeira, energia e outros fins; entre outras atribuições.

Outras competências da secretaria:

Inovações agregadoras de valor aos produtos e processos agrícolas, pecuários e de florestas plantadas;

Desenvolvimento da cacauicultura e de sistemas agroflorestais associados;
práticas de manejo sustentável e de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas;

Produção integrada e sustentável;

Boas práticas agropecuárias;

Recuperação de áreas degradadas e recomposição florestal;

Manejo e conservação de solo e água;

Irrigação eficiente como ferramenta de desenvolvimento rural;

Gestão e uso de base de dados da agropecuária e dos fatores que a influenciam, inclusive meteorologia e climatologia;

Pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico em agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais, florestas plantadas e agroindústria.

Fonte: Mapa – Ministério da Agricultura e Pecuária Foto: Divulgação

set191483

Exportação de soja do Brasil despenca em janeiro até 3ª semana do mês

O desempenho ocorre em um cenário de menores estoques disponíveis para exportação e lentidão no início da colheita da oleaginosa na safra 2022/23.

Mais cedo, nesta segunda-feira, a consultoria AgRural indicou que 1,8% da área nacional de soja havia sido colhida até a última quinta-feira, versus 4,7% no mesmo período do ano anterior, com um ciclo mais alongado devido a períodos de seca durante o plantio. Alguns episódios de chuvas também afetaram os trabalhos das colheitadeiras em Mato Grosso.

A consultoria também reduziu em 700 mil toneladas sua projeção para a produção do grão nesta temporada, mas ainda seria um recorde de 152,9 milhões de toneladas.

Em contrapartida, os dados da Secex mostraram que 4,22 milhões de toneladas de milho foram exportados no acumulado de três semanas do mês, contra 2,73 milhões em todo o janeiro de 2022. A média diária mais que dobrou para 281,3 mil toneladas, com a China puxando a demanda.

Ainda entre os destaques, as vendas externas de petróleo já superaram janeiro do ano passado, com 5,05 milhões de toneladas em três semanas deste mês, versus 4,19 milhões no total de janeiro de 2022.

Fonte: Reuters Foto: Divulgação

set191580

Milho recua novamente no Sul

No mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul, o balcão recuou novamente mais R$ 1/saca, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Colheita da safra de verão segue avançando no estado, já que as chuvas quando vem, são poucas e muito esparsas. Estamos passando de 38% das áreas colhidas no estado. Preços para fevereiro (posto indústrias) começam a ser indicados: R$ 88,00 Grande Santa Rosa, R$ 88,00 Ijuí, R$ 93,00 região de Marau, R$ 94,00 região de Lajeado. Porto indicou R$ 93,00 no melhor momento, entrega em fevereiro e pagamento em março. Vendedor segue pedindo entre R$ 88,00 até 92,00 interior (quando há ofertas)”, comenta.

Santa Catarina tem mercado inalterado, com grandes empresas comprando fora e granjeiros o milho local. “Na região de Campos Novos e Videira, havia vendedores a R$ 95,00 e comprador quieto. Na região de Xanxerê e Chapecó vendedores pedindo R$ 93,00 FOB diferido.

Na região norte de SC (Mafra, Canoinhas, Irineópolis) R$ 89/90,00 FOB. Comprador, hoje, nem quis indicar preço. comprador hj, nem preço quis indicar. Preços de Balcão inalterados a R$ 84/saca em Campos Novos, Joaçaba e Concórdia e R$ 82,50 em Chapecó”, completa.

No Paraná as safras estão boas e o mercado voltou a comprar no interior, para exportação. “Hoje, realmente não vimos negócios de milho no estado. Anotamos apenas algumas indicações: Ponta Grossa R$ 88 x R$ 85, Guarapuava R$ 87 x R$ 84, Cascavel R$ 90 x R$ 87, Toledo R$ 88 x R$ 86, Londrina R$ 88 x R$ 84, Maringá R$ 87 x R$ 84,5. Nesta quarta-feira os preços apresentados pela exportação em Paranaguá foram de R$ 84,30/saca para entrega em junho e pagamento em 30/7; R$ 84,80 para entrega em juçlho e pagamento em 30/8; R$ 84,10 para entrega em agosto e pagamento em 30/9 e R$ 84,60 para entrega em setembro e pagamento em 30/10”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

set191627

Coopavel fecha 2022 com faturamento de R$ 5,4 bilhões

A Coopavel, a Cooperativa Agroindustrial de Cascavel, registrou um faturamento 10% maior em 2022 do que no período anterior. No ano passado, a cooperativa faturou R$ 5,4, bilhões, contra R$ 4,94 bilhões do exercício anterior.

O lucro obtido em 2022 foi de R$ 103 milhões, mesmo com R$ 367,3 milhões destinados a investimentos, o que representou mais de R$ 1 milhão por dia ao longo do ano passado.

No último dia útil de 2022, a Coopavel tinha em seus quadros 6.968 cooperados e 7.118 colaboradores. A produção da indústria de sementes foi de 493,8 mil sacas, a da indústria de fertilizantes de 122,2 mil toneladas e a da indústria de esmagamento de soja de 263,4 mil toneladas.

A indústria de rações, por sua vez, produziu 520,1 mil toneladas, o moinho de trigo 162,7 mil toneladas e as produções das indústrias de fertilizantes foliares e de produtos de higiene e limpeza, respectivamente, foram de 830 mil e 176,3 mil litros.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Pixabay

set190919

Primeiro levantamento da safra 2023 de café indica uma produção de 54,94 milhões de sacas

A primeira estimativa para a safra de café em 2023 aponta para uma produção de 54,94 milhões de sacas de café beneficiado. Mesmo neste ano de bienalidade negativa, a previsão inicial sinaliza uma produção 7,9% superior à colhida em 2022, que fechou em 50,9 milhões de sacas. As informações são do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (19).

A área total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espécies mais cultivadas no país (arábica e conilon), totaliza 2,26 milhões de hectares, aumento de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 milhão de hectares destinados às lavouras em produção e 355,5 mil hectares em formação. “Vale destacar que, nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, que só entrarão em produção nos próximos anos”, ressalta o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro. “Nas últimas safras, a estabilidade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade, representado pela mudança tecnológica observada na produção cafeeira no país”.

Para o café arábica, as estimativas iniciais da Conab apontam para uma retomada de produção em Minas Gerais, principal estado cafeicultor do país, o que impacta positivamente sobre a perspectiva nacional, mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras. “De maneira geral, há um aumento na área total do país em produção em relação ao ciclo passado, bem como uma estimativa de incremento na produtividade média, impulsionado, particularmente, pelos rendimentos médios esperados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná”, explica o superintendente substituto de Informações da Agropecuária, Rodrigo Souza. “Assim, a expectativa de produção neste primeiro levantamento é de 37,43 milhões de sacas de café arábica beneficiado, sendo 14,4% superior ao volume obtido em 2022”.

Quanto ao café conilon, depois de uma safra recorde em 2022, a perspectiva para a temporada atual sinaliza uma certa redução no potencial produtivo, particularmente em razão de intercorrências climáticas registradas no Espírito Santo, principal estado produtor da espécie, o que impactou fortemente as lavouras em fases iniciais do ciclo. “Mesmo com o aumento na área em produção, a estimativa para o rendimento médio deve sofrer um decréscimo em relação à safra anterior”, revela o gerente de Acompanhamento de Safras da Companhia, Rafael Fogaça. “Isso impacta, consequentemente, na perspectiva de produção total, que está avaliada, nesse primeiro levantamento, em 17,51 milhões de sacas de café conilon beneficiado, 3,8% menor que o volume nacional obtido na safra passada”.

Em outros estados, o Boletim anuncia uma produção esperada em São Paulo de 4,72 milhões de sacas da espécie arábica, representando crescimento de 7,7% em comparação ao resultado obtido em 2022. Na Bahia, o crescimento previsto é de 0,6% na produção total, com 3,62 milhões de sacas em todo o estado, sendo 1,23 milhão de sacas de arábica e 2,39 milhões de sacas de conilon. Em Rondônia, a produção deve chegar em 2,94 milhões de sacas de conilon, acréscimo de 5,1% em comparação à safra passada. No Paraná, onde o cultivo é unicamente de café arábica, há previsão de crescimento de 47,2% na produtividade, com produção chegando a 733 mil sacas. No Rio de Janeiro, a produção estimada em 259,6 mil sacas de café arábica reflete redução de 11,8% em relação à safra passada. O estado de Goiás também sinaliza redução de 16% na produção, e deverá produzir 233,3 mil sacas de café em 2023. Já em Mato Grosso, a previsão é de crescimento de 2%, alcançando um volume de 232,5 mil sacas, resultado do início de produção dos cafezais clonais inseridos a partir de 2020.

Mercado

Nas análises do mercado de café realizadas pela Conab, o Brasil, maior produtor mundial do grão, seguido pelo Vietnã e Colômbia, exportou 39,8 milhões de sacas de 60 quilos de café em 2022, o que representa uma queda de 6,3% na comparação com o ano anterior. Essa queda na exportação, de acordo com o Boletim, resulta do declínio da taxa de câmbio no Brasil e da redução da oferta interna no período. Com o real mais forte em relação ao dólar em 2022, o interesse pela exportação de café perdeu força na comparação com o ano anterior.

“Nos últimos ciclos, as lavouras de café foram prejudicadas pelos efeitos climáticos, em especial, pelo tempo seco sob influência do fenômeno La Niña, e pelas geadas ocorridas no inverno de 2021, que impactaram negativamente na produção de 2022”, informa o superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, Allan Silveira. A restrição dos estoques, influenciada pelas adversidades climáticas que limitaram a produção do café arábica em 2021 e 2022, inibiu a exportação de café em 2022.

O café brasileiro foi comercializado internacionalmente com 145 países, sendo Estados Unidos e Alemanha os principais destinos. Em termos de valores, a exportação de café atingiu em 2022 o maior valor já registrado na série histórica do produto. Apesar da queda na quantidade exportada pelo Brasil, o preço elevado do café no exterior permitiu que a exportação do produto alcançasse US$ 9,2 bilhões em 2022, correspondendo a um aumento de 45% na comparação com o valor observado em 2021.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

set191026

Mercado de bioinsumos cresce quase 70% na safra 2021-22

Defensivos agrícolas de base biológica e bioinoculantes movimentaram R$ 2,905 bilhões no Brasil na safra 2021-22. O levantamento FarmTrak, da Kynetec, recém-divulgado, aponta elevação de 67% no desempenho desses produtos frente ao ciclo anterior (R$ 1,744 bilhão). Segundo a consultoria, os biológicos também avançaram de 3% para 4% do total de transações realizadas pelo setor de defesa vegetal, que subiu de R$ 58,384 bilhões (2020-21) para R$ 78,247 bilhões, alta de 33%.

Conforme a Kynetec, na análise do estudo FarmTrak por categoria de produtos biológicos, os bionematicidas lideraram a comercialização ao longo da safra, com a participação de 39,6% (R$ 1,152 bilhão). Na segunda posição aparecem os bioinseticidas: 30,7% ou R$ 890 milhões. Bioinoculantes e biofungicidas completam o ranking do segmento, com 19,2% das vendas (R$ 557 milhões) e 10,5% (R$ 306 milhões).

Tratamentos nos cultivos-chave

De acordo com a Kynetec, na safra 2021-22 os bioinsumos chegaram a 28% da área plantada de soja, ou 10,5 milhões de hectares, além de tratar 52% da cana-de-açúcar (4,74 milhões de hectares) e 26% do milho safrinha (3,8 milhões de hectares). Alcançaram ainda 638 mil hectares e 993 mil hectares de milho verão e algodão, 17% e 64% destes cultivos, respectivamente.

Conforme o gerente de contas da Kynetec, Lucas Alves, a área tratada com produtos biológicos apresentou crescimento relevante nas principais culturas da safra 2021-22, com destaque para o milho na safrinha. Neste, a utilização de bioinsumos saltou de 13% para 26% das lavouras. No milho verão, houve elevação de 4% para 17%. Na soja, o cultivo de maior importância econômica, esses produtos ocuparam 28% das áreas, ante 21% do período 2020-21.

Já a avaliação do mercado de biológicos atrelada à área potencial tratada (PAT), calculada com base no número de aplicações dos produtores, por área cultivada nas propriedades e por cultura, apurou crescimento de 29%. Por esse critério, ressalta a consultoria, bioinsumos trataram o equivalente a 92,521 milhões de hectares, nas principais regiões produtoras, no período 2021-22, ante 71,750 milhões de hectares.
Ainda segundo a Kynetec, a cultura da soja respondeu por 70% do total do PAT biológicos: 65,203 milhões de hectares. Atrás da oleaginosa, os indicadores mais relevantes foram medidos no milho safrinha, com 16% do total ou 15,151 milhões de hectares e na cana-de-açúcar, com 7% ou 6,807 milhões de hectares. Fecham a relação cultivos de algodão, café, HF, arroz, amendoim e outros.

Diretor da Kynetec para a América Latina, o engenheiro agrônomo André Dias salienta que o mercado de biológicos tende a se manter em alta nos próximos ciclos. “Há crescente oferta de inovação. Um dos fatores centrais a impulsionar bioinsumos é a necessidade de aplicar defensivos com diferentes modos de ação, para conter a resistência de fungos e pragas a ingredientes ativos químicos. Exigências por uma agricultura mais sustentável também pesam em favor dos biológicos”, conclui Dias.

Fonte: Portal do Agronegócio via Kynetec Brasil – Assessoria de Imprensa Foto: Divulgação