transferir (2)

Faturamento das cooperativas cresce 11,8% no primeiro semestre

As 226 cooperativas do Paraná, que integram o Sistema Ocepar, faturaram R$ 101,4 bilhões no primeiro semestre de 2023. O resultado é 11,8% superior em comparação ao mesmo período do ano passado.  Todos os ramos apresentaram crescimento nominal. O maior percentual de aumento foi no ramo Consumo (46,5%), seguido do Crédito (43,8%), Infraestrutura (21,4%), Transporte (19,4%), Saúde (11,7%), Agropecuário (8,7%) e Trabalho (4,2%). Os dados são da Gerência de Monitoramento e Consultoria e são resultado da análise executiva feita a partir dos balancetes fornecidos pelas cooperativas. Em relação ao desempenho econômico, o resultado consolidado até junho de 2023 totalizou R$ 4,5 bilhões, representando um crescimento de 12,9% em relação ao primeiro semestre de 2022.

Expansão

O cooperativismo paranaense demonstrou um crescimento expressivo em termos de tamanho, com um aumento de 20,2% no total de ativos, alcançando R$ 257,6 bilhões. Destaca-se que os ramos crédito e agropecuário representam a parcela predominante deste montante, com 48,9% e 48,8%, respectivamente. O patrimônio líquido das cooperativas registrou um avanço de 22,5%, atingindo um valor total de R$ 56,8 bilhões. Esse crescimento é justificado pela geração de sobras até junho de 2023.

Mercado internacional

O mercado exterior demonstrou um impacto positivo, com as exportações acumuladas até junho de 2023 aumentando em 18,1%, comparativamente ao resultado de janeiro a junho de 2022. As vendas ao mercado externo totalizaram US$ 4,3 bilhões neste primeiro semestre de 2023. Houve aumento também no volume de impostos recolhidos pelo setor que foi 8,3% superior no período, totalizando R$ 2 bilhões.

Sustentabilidade e Emprego

O cooperativismo paranaense cresceu também em número de cooperativas e de associados. O primeiro semestre de 2023 fechou com quatro cooperativas a mais em comparação a junho de 2022. O número de cooperados no total aumentou 8,8%, chegando a 3,4 mil em julho de 2023. Além disso, houve expansão de 4,1% no número de funcionários diretos, chegando ao total de 140.416 empregos no encerramento do primeiro semestre.

Perspectivas positivas

“Mantendo o cenário atual e incorporando os dados até julho de 2023, as projeções apontam para um faturamento próximo a R$ 201,3 bilhões e um resultado de R$ 9 bilhões no fechamento do exercício de 2023”, destaca José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar. Segundo ele, os dados da análise evidenciam o crescimento constante e diversificado do cooperativismo paranaense, refletindo sua resiliência e contribuição para a economia regional e nacional. “Se a projeção for confirmada, estaremos alcançando, ao final deste ano, a meta estabelecida pelo Plano Paraná Cooperativo (PRC200), o planejamento estratégico do cooperativismo paranaense”, pontua.

Fonte: Ocepar Foto: Divulgação

transferir (1)

El Niño deve trazer bons ventos para a safra 2023/24 no Paraná

Os últimos anos foram marcados por prejuízos na produção de grãos na região Sul do Brasil e nos vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai, em função da falta de chuvas. Isso porque o clima estava sob influência do fenômeno La Niña, que torna irregular a distribuição da precipitação na região Centro-Sul da América do Sul. Ao que tudo indica, esse período ficou para trás com a chegada do El Niño.

Até o momento, os prognósticos apontam que o El Niño, que já está instalado, deve ganhar intensidade e permanecer, pelo menos, até a metade do próximo ano, trazendo chuva em boa quantidade. A preocupação passa a ser a possibilidade de granizo e vendavais em terras paranaenses.

“O El Niño muda o padrão dos ventos e aumenta as chances de passagem de frentes frias, causando chuvas. Com essas entradas mais frequentes de umidade, a tendência é que haja temperaturas acima do normal climatológico, aumentando, assim, a chance de granizos e tempestades”, Heverly Morais, agrometeorologista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná)

Segundo a especialista, ainda é cedo para cravar que o El Niño será de intensidade moderada a forte na influência dos eventos climáticos. Em 2018, por exemplo, último período de El Niño no Paraná, o fenômeno foi fraco. Naquele período, choveu até menos que o normal (55 milímetros em outubro, quando a média é de 200 milímetros). Já 2015, último El Niño de intensidade forte, foi marcado por chuvas acima da média, com 516 milímetros em novembro.

“Em geral, na agricultura, é melhor que sobre água, do que falte. Então imagino que tenhamos boas perspectivas em relação ao clima para essa safra”, complementa a agrometeorologista. “A previsão é que tenhamos precipitações significativas na primavera e verão, até o fim do ano e primeiro trimestre de 2024. As chuvas, em alguns momentos, podem ser mais fortes, com temporais severos, o que pode impactar em culturas do verão”, alerta Reinaldo Kneib, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

Inverno

O El Niño deve se refletir já em um inverno menos rigoroso em 2023. Com o passar do tempo, o fenômeno deve ganhar força e influenciar ainda mais o clima na primavera e verão. “Já em setembro devemos ter um adiantamento da estação chuvosa. Geralmente, começa a chover na segunda quinzena, mas esse ano há possibilidade de as chuvas começarem antes. Como é o período de plantio de alguns grãos, isso pode contribuir”, aponta o meteorologista do Simepar.

Geralmente, a possibilidade de geadas tardias em setembro tira o sono dos produtores rurais que apostam nos cereais de inverno e na soja e milho no verão, já que temperaturas baixas significam prolongamento dos ciclos. Com o El Niño, a chance de o frio se prolongar e causar prejuízos diminui.

“Em ano de El Niño, a probabilidade de geada tardia é pequena. A chuva costuma ser melhor distribuída ou até mesmo acima da média, o que pode gerar problema também. Vale um alerta para as culturas de inverno, que podem enfrentar muita umidade na hora da colheita e também no plantio de verão, quando pode haver dificuldades na semeadura”, pontua o meteorologista Luiz Renato Lazinski. “Com mais umidade, podemos ter mais doenças, o que exige cuidado por parte dos produtores nos manejos das lavouras. E, claro, preocupa na hora da colheita, que pode coincidir com períodos de bastante chuva”, complementa.

Fonte: Faep Foto: IDR-PR

Produção de maçã. Paula Freitas. Foto: José Fernando Ogura/AEN

Governo formaliza novas regras e ampliação do Banco do Agricultor Paranaense

O Governo do Estado publicou nesta semana o Decreto 3.289/2023, que promove alterações nas normas do Banco do Agricultor Paranaense, anunciadas no lançamento do Plano Safra. As principais mudanças são a inclusão de linha específica para mulheres agricultoras familiares, a ampliação da equalização total da taxa de juros para diversas atividades agropecuárias e a possibilidade de investimento em energia renovável biogás/biometano por pessoa jurídica e não apenas física.

O novo documento altera dispositivos do Decreto 10.163, de 3 de fevereiro de 2022, que regulamenta a Lei 20.357, de 20 de outubro de 2020, proposta pelo governo e aprovada pela Assembleia Legislativa. Por meio dela, o Estado foi autorizado a conceder subvenção econômica a cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e a agroindústrias familiares, além de projetos que utilizem fontes renováveis de geração de energia e programas destinados à irrigação, entre outros.

O financiamento é operado no âmbito do Programa Paraná Mais Empregos. A Fomento Paraná, que é gestora do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), foram autorizados a celebrar convênios com órgãos ou entidades financeiras do Sistema Nacional de Crédito Rural para concessão da subvenção em operações de crédito rural a beneficiários do Banco do Agricultor Paranaense.

“O governo está voltado a contribuir na promoção da inovação tecnológica e da sustentabilidade e na geração de empregos e melhoria da competitividade dos produtos agropecuários”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Júnior. “Os benefícios oferecidos pelo Banco do Agricultor Paranaense visam ajudar na tomada de decisão para investimentos que agreguem valor aos produtos e mais ganho aos produtores”.

Segundo o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o Estado está sempre atento para oferecer mecanismos de fomento à atividade agropecuária. “Já vínhamos praticando uma política agressiva no sentido de baratear o dinheiro para o produtor rural realizar investimentos. Com essa nova pegada, queremos dar um novo impulso, pois temos convicção, e trabalhamos diariamente para isso, de que o agro é o setor que pode liderar por muito tempo o avanço da economia paranaense”, disse.

Mudanças

A nova regulamentação estabelece a equalização total para projetos de irrigação; cooperativas; agroindústrias; produção, captação e reservação de água; produção de pinhão e erva-mate; cadeias produtivas da seda, café, olericultura, produção orgânica e agroecológica, floricultura e fruticultura; energia renovável no meio rural; turismo rural e apicultura.

O benefício foi estabelecido para agricultores familiares, cooperativas da agricultura familiar e agroindústrias com faturamento anual até R$ 4,8 milhões em todo o território paranaense. Eles também devem ter Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa ou inscrição no Cadastro da Agricultura Familiar (CAF). A integralidade aplica-se às taxas de juros das linhas rurais de crédito de investimento do Pronaf que forem contratadas e liberadas até 30 de junho de 2024.

O mesmo artigo salienta que projetos destinados a atender às necessidades da mulher agricultora familiar que forem financiadas exclusivamente com a linha de Crédito de Investimento Pronaf Mulher também terão equalização total das taxas de juros. O benefício estende-se para mulheres de todo o Estado em operações liberadas até 30 de junho de 2024.

Projetos de médios e grandes produtores do Estado em qualquer uma das linhas do Banco do Agricultor Paranaense terão equalização de até cinco pontos percentuais. A subvenção econômica será aplicada em operações contratadas e liberadas com recursos das linhas oficiais do Plano Safra até 30 de junho de 2024.

No caso da energia renovável biogás/biometano será permitido apresentar projetos individuais ou coletivos, por CPF ou CNPJ, o que não estava previsto até agora. Os juros serão equalizados integralmente para quem possui DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) ativa ou inscrição no CAF (Cadastro Nacional da Agricultura Familiar). Os investimentos beneficiados não poderão exceder a R$ 500 mil para pessoa física e R$ 2 milhões para pessoa jurídica individualmente, até o máximo de R$ 20 milhões, se coletivo.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura

transferir

Anec reduz estimativa de exportação de soja e milho para agosto

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisou no último dia 29 suas estimativas para as exportações de soja, farelo e milho em agosto.

Os embarques de soja em grão tendem a ficar entre 7 milhões de toneladas e 7,748 milhões de toneladas, em comparação com 7,1 milhões de toneladas a 8,067 milhões de toneladas previstas anteriormente.

A Anec prevê, ainda, exportação de 1,926 milhões de toneladas de farelo, ante 2,106 milhões de toneladas previstas uma semana antes.

Já os envios de milho ao exterior devem somar 9 milhões de toneladas a 9,377 milhões de toneladas, ante 8,5 milhões de toneladas a 10,282 milhões de toneladas esperadas na semana passada.

A entidade também detalhou as exportações de trigo, fixando em 52 mil toneladas de trigo, ante 50 mil toneladas projetadas anteriormente.

Na semana de 20 a 28 de agosto, os embarques de soja em grão totalizaram 1,437 milhão de toneladas e, de farelo, 496.361 toneladas.

De milho foram embarcadas 2,157 milhões de toneladas e, de trigo, 27 mil toneladas. Para a semana de 27 de agosto a 2 de setembro, o Brasil deve enviar ao exterior 2,040 milhões de toneladas de soja, 2,085 milhões de toneladas de milho e 328.326 toneladas de farelo.

Fonte: Estadão Conteúdo/Victor Faverin Foto: Canal Rura

image00010_6

Estado lança plataforma interativa sobre riscos de grandes eventos climáticos

A população paranaense pode consultar a previsão do comportamento do clima de longo prazo com um novo mapa interativo a partir desta segunda-feira (28). Os dados estão disponíveis no site da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest). O mapa contém previsão sobre cada um dos 399 municípios nos próximos anos, com dois recortes mais chuvoso ou mais seco. A plataforma é resultado do Programa ParanáClima e foi elaborada a partir de uma parceria entre a Sedest, o Instituto Água e Terra (IAT) e o Simepar.

Esse mapeamento completo, a partir de diversos cenários, leva em consideração eventos extremos e severos de precipitação de chuvas e seca, e pode ajudar gestores municipais a tomar novas medidas para minimizar os efeitos dos eventos.

Os indicadores são apresentados a partir de manchas mais escuras ou mais claras, e que indicam probabilidade (muito alta ou muito baixa de eventos adversos). Os períodos analisados são 2031-2060 e 2061-2090.

O mapa também apresenta uma série de combinações distintas. De acordo com o Simepar, os cenários foram formulados a partir de modelos climáticos, dentro do conceito de Shared Socioeconomic Pathways (algo como caminhos socioeconômicos compartilhados).

O primeiro, o SSP 1-2.6, delineia um futuro com transição acelerada para fontes de energia de baixo carbono e medidas de mitigação bem-sucedidas. O objetivo é conter o aumento da temperatura média global em 1,5° C acima dos níveis pré-industriais. O SSP 5-8.5 traça um quadro de emissões elevadas, com ações de mitigação limitadas e o aumento contínuo das concentrações de gases de efeito estufa. Isso resultaria em um aumento considerável na temperatura global até o final do século, podendo exceder 4° C ou mais em relação aos níveis pré-industriais.

A partir desses cenários, vários modelos climáticos foram empregados, cada um com suas próprias características, resultando em combinações distintas. Os que são apresentados na plataforma são HADGEM (Reino Unido), MIROC (um consórcio de instituições de pesquisa do Japão) e MPI (Alemanha). Além disso, a média entre esses modelos foi calculada para possibilitar análises complementares.

Com essa combinação, a população pode consultar diferentes cenários do futuro. Em Curitiba, por exemplo, as chuvas devem ficar entre média e alta no cenário SSP 5-8.5, dentro da média dos modelos apresentados, entre 2031-2060. Os municípios de Ivaiporã, Iretama, Rosário do Ivaí e Laranjal têm chances altas de seca entre 2061-2090, mesmo no cenário 2031-2060. O Índice de Vulnerabilidade dos Municípios pode ser acessado AQUI.

“O interessante desse serviço é que ele indica quais ações a gestão pública pode fazer para diminuir os efeitos causados pelas mudanças climáticas, que são preocupações no mundo todo”, explica o secretário Valdemar Bernardo Jorge. “Para os municípios com incidência de chuvas maiores a longo prazo, o ideal é investir em obras para contenção de cheias e parques urbanos, entre outras medidas. Já para os municípios onde a incidência maior é a seca, o investimento ideal será com arborização. Os dados também ajudam muito em políticas de cuidados com a produção agrícola”.

ParanáClima

Coordenado pela Sedest, o Programa Paranaense de Mudanças Climáticas (ParanáClima) tem três eixos para enfrentar os cenários de mudanças climáticas globais: planos e políticas públicas; ações de mitigação; geração de conhecimento. É dentro deste último eixo que está o Índice de Vulnerabilidade dos Municípios, juntamente com o Inventário Estadual de Emissões de Gases de Efeito Estufa – 2005 – 2019, divulgado há duas semanas.

São dados que utilizam recursos científicos e tecnológicos para ofertar estimativas confiáveis e subsidiar as políticas públicas de proteção, mitigação e adaptação às mudanças do clima.

Participação popular

O ParanáClima também está com espaço aberto à população em geral na construção do Plano de Ação Climática. A consulta pública pode ser feita até o dia 15 de setembro, através de um formulário simples e dinâmico.

O objetivo é elaborar estratégias e ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e fortalecer a capacidade de adaptação às Mudanças Climáticas no Paraná.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura

Lavoura de trigo. Carambeí 12/09/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Preços do trigo despencam neste fim de mês

As cotações do trigo no mercado brasileiro continuam em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, este movimento se deve ao avanço da colheita no País, à elevada disponibilidade interna, a compras em ritmo pontual e à desvalorização externa. De acordo com os dados do Cepea, as médias mensais de agosto (até dia 25) são as menores, em termos nominais, desde setembro de 2020 no Paraná e desde outubro de 2020 em São Paulo e em Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, a média atual ainda supera a de junho deste ano, que, por sua vez, havia sido a mais baixa desde outubro de 2020. Quanto aos derivados de trigo, os preços internos também seguem em baixa. No caso da farinha, a pressão vem da menor demanda, e para os farelos, da alta disponibilidade de milho.

Fonte: Cepea Foto: Jaelson Lucas

dfb77186-ff12-4505-8a7c-0465936f5a94

Startups do agro poderão se cadastrar no Radar Agtech Brasil 2023 até o dia 6 de setembro

Startups que atuam no setor agropecuário brasileiro terão até o dia 6 de setembro deste ano para se cadastrarem no maior mapeamento de empresas de base tecnológica do setor, o Radar Agtech Brasil. A participação é voluntária e gratuita e pode ser feita diretamente no site do Radar, pelo link https://radaragtech.com.br/ . Detalhe importante: agtechs que participaram de edições anteriores também devem se recadastrar.

O Radar Agtech Brasil é um mapeamento realizado anualmente pela Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens Inovação e Conhecimento, com o objetivo de dar visibilidade às agtechs junto aos ecossistemas de inovação nacionais e internacionais. “É a principal fonte de informações para quem quer conhecer um panorama das empresas de base tecnológica do setor. Traz dados importantes sobre perfil, segmento, área de atuação e localização das agtechs, além de suas necessidades e oportunidades do setor”, explica Ana Euler, diretora-executiva de Negócios da Embrapa.

“O Radar tem sido a principal fonte de informações para quem deseja obter um panorama das empresas de base tecnológica do setor e dos investidores que têm realizado aportes em agtechs no Brasil”, afirma Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures. O lançamento da edição 2023 do mapeamento está previsto para novembro.

“A pesquisa possui duas abordagens complementares: o mapeamento para compreender a distribuição geográfica e por categorias das agtechs e o levantamento para aprofundar o perfil e necessidades das agtechs. Neste ano, incorporamos o tema de talentos no levantamento, para conhecer melhor o perfil das pessoas que trabalham nas startups do agro, diversidade e outros assuntos”, complementou  Luiz Ojima Sakuda, sócio da Homo Ludens.

Para Sakuda, é importante que as agtechs respondam ao levantamento, para que gestores públicos, empresas e institutos de pesquisa possam fazer ações mais efetivas para suas necessidades, como políticas de financiamento e de programas de inovação aberta.

Na sua última edição, o Radar Agtech mostrou a validação de 1.703 startups brasileiras ativas no setor agropecuário: 44,4% atuantes em negócios pós-fazenda e que eram maioria; 41,2% trabalhavam dentro da propriedade rural; e 14,2% atuavam em atividades antes da fazenda.

Também identificou que 2022 foi o ano mais próspero da série histórica em volume de investimentos e que as principais tendências globais para os próximos anos eram os mercados de Insumos Biológicos, Agfintechs, Marketplace para o agronegócio e as Climatechs. Com o Radar Agtech 2022 foi possível ainda identificar que, do total de agtechs, 28,7% possuíam ao menos uma mulher em sua estrutura societária, ou seja, em 520 startups há mulheres como sócias.

Cadastramento

Para o cadastramento, serão coletadas informações básicas sobre a startup, como localização, site, data de fundação e contato, bem como dados que categorizam a agtech no processo de produção, sendo oferecidas alternativas para as etapas antes, dentro e depois da fazenda.

Também deverá ser indicada a área de atuação da empresa: pecuária, aquicultura, suinocultura, avicultura, grãos, horticultura, frutas, entre outros. O formulário coleta, ainda, sugestões e desafios das agtechs – informações importantes para subsidiar depois políticas públicas e fomentar parcerias e negócios com o setor privado, por meio da inovação aberta.

Site

No site do Radar (https://radaragtech.com.br/) podem ser visualizados e baixados todos os relatórios com os resultados dos mapeamentos realizados nos anos anteriores, bem como o perfil dos realizadores e a equipe envolvida, além dos detalhes sobre como participar da próxima edição.

Serviço:

Cadastramento de startups

Local: https://radaragtech.com.br/

Período: até 6 de setembro de 2023

Fonte: Embrapa Soja Foto: Divulgação

download

Semana começa lenta para a soja

No mercado da soja do estado do Rio Grande do Sul os preços retornam a altas amenas, mas negócios se mostram expressivamente lentos, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Semana começa lenta, apesar de bons preços. Grande parte dos negócios feitos com Soja no RS, acabam sendo feitos com soja de outros estados, para esmagar e/ou apenas embarcar aqui”, comenta.

“Compradores seguem com suas demandas focadas no setembro (segunda quinzena), e indo para o final, e a maioria já olha outubro e até no novembro. No porto, melhor preço do dia foi de R$ 163,00 para final de agosto, marcando alta de R$ 3,00/saca. No interior, em Cruz Alta o preço subiu em R$ 6,00/saca, indo a R$ 153,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 155,50, marcando alta de R$ 3,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço ficou a R$ 155,00, também com alta de R$ 3,00/saca”, completa.

Alta de preços de R$ 2,00/saca foi vista em Santa Catarina, mas os negócios seguem lentos. “Preços marcam alta de R$ 2,00/saca em SC, a semana começou muito lenta, sem negócios saindo apesar da alta, com o produtor já muito bem comercializado aguardando momentos ainda melhores, sabe-se que volumes a R$ 155,00 para momentos mais distantes têm saído, o produtor aguarda esses. No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 148,00 para 05/09 marcando alta de R$ 2,00/saca”, indica.

Já o Paraná teve altas de até R$ 4,00/saca, com negócios saindo. “Negócios passam por dia melhor em especial no porto de Paranaguá com alguns bons volumes saindo, as demais posições no entanto seguem fracas em termos de oferta, com produtor segurando mesmo diante de boas e atípicas altas, algo de se estranhar. Ademais, a maior parte dos volumes saindo são para mês que vem ou o próximo”, informa.

“No porto, cif Paranaguá marcou alta de R$ 4,00/saca, indo a R$ 153,00 com pagamento em 30/09 e entrega em agosto. No interior, o  mercado de soja spot Ponta Grossaregistrou alta de R$ 2,00/saca e segue a R$ 142,00”, conclui.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

6-4.jpeg

Brasil torna-se maior fornecedor mundial de farelo de soja

O Brasil deverá manter elevadas as exportações de farelo de soja nesta temporada, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto com o escoamento de 21,82 milhões de toneladas. De acordo com a análise do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na segunda-feira (21), as recentes alterações foram motivadas pela redução do processamento de soja na Argentina – principal fornecedor mundial – em decorrência da queda na produção da oleaginosa naquele país, com previsão de ser 50% inferior à do ano passado, o pior resultado argentino desde o ciclo 1999/00.

De forma indireta, outro fator importante no acréscimo da oferta do farelo de soja nacional está relacionado à forte demanda por parte das indústrias brasileiras de biodiesel, que impulsionaram os preços do óleo de soja no mercado brasileiro. Esse cenário foi acirrado pela disputa externa, uma vez que a procura global pelo óleo de soja do Brasil também está aquecida, apresentando, de acordo com o Comex Stat, recorde de exportação do subproduto no período. As exportações brasileiras do farelo de soja no acumulado até julho/23 atingiram 12,9 milhões de toneladas contra 12,2 milhões ocorridas no mesmo período do exercício passado. Destaca-se ainda o escoamento pelo porto de Santos (40,6%), Paranaguá (29%), Rio Grande (15,5%) e Salvador (5,7%).

O Boletim informa ainda que, no mês de julho, 36,1% das exportações brasileiras de soja ocorreram pelo porto de Santos, 37,3% foram escoadas pelo porto do Arco Norte, e 11,7% pelo porto de Paranaguá. Já com relação ao milho, os portos do Arco Norte continuam apresentando incrementos na participação das vendas externas em relação aos demais portos do país, atingindo, em jul/23, 39,8% da movimentação nacional contra 36% no mesmo período do ano anterior. Na sequência, o porto de Santos, com 27,2% da movimentação total, o porto de Paranaguá com 16,9%, e o porto de São Francisco do Sul, que registrou 7,7% dos volumes embarcados contra 2,6% em igual período do exercício anterior. Tanto para o milho quanto para a soja, a origem das cargas para exportação ocorreu, prioritariamente, dos estados de Mato Grosso, Goiás, Paraná, e Mato Grosso do Sul.

Fretes – Com relação aos preços de fretes rodoviários, o Boletim aponta que houve tendência de aumento na média das cotações em Mato Grosso, onde as contratações de transporte de grãos vêm sofrendo sucessivos acréscimos, acompanhando a volatilidade observada nos preços dos combustíveis. De acordo com as fontes, este aquecimento deve perdurar até que o nível de comercialização da soja e do milho atinja patamares considerados suficientes para que se estabilize, o que poderá acontecer em outubro e novembro. Em Mato Grosso do Sul, o mercado também experimentou reajustes de preços, especialmente a partir da segunda quinzena do mês, devido a questões comerciais que envolvem as cotações dos grãos e dos prêmios nos portos, e a demanda do mercado interno e externo.

Outros estados que seguiram o movimento de alta foram Goiás, onde os preços sofreram reajustes e as dificuldades para obter caminhões continuaram em julho, e Tocantins, que apresenta alta demanda em determinados itinerários, especialmente na retirada da soja em grãos dos armazéns com descarga no transbordo de Palmeirante e destino no porto de Itaqui/MA. No Paraná, os valores de transporte para o milho não apresentaram variações nos trajetos em direção a Paranaguá. Já nos estados da Bahia, Piauí, Maranhão e também no Distrito Federal, o mercado de fretes apresentou redução na maior parte dos trechos.

Em Minas Gerais, na avaliação das transportadoras, o grande volume de soja que continua armazenado e sem comercialização fará com que o setor siga aquecido ao longo de todo o segundo semestre. Além disso, o grande destaque do estado é a rota do café, líder das exportações do setor agropecuário mineiro e que desempenha um papel crucial na receita do estado, representando 36% do valor total. No primeiro semestre deste ano o produto faturou US$ 2,6 bilhões, com embarques correspondentes a 11 milhões de sacas.

O Boletim Logístico da Conab traz também informações sobre o desembarque de adubos e fertilizantes nos portos brasileiros, que revela incremento de 16%, e ainda dados sobre a movimentação de estoques da Conab, realizada por transportadoras contratadas via leilão eletrônico. O periódico mensal coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. Confira a edição completa do Boletim Logístico – Agosto/2023, disponível no site da Companhia.

Fonte: Conab Foto: Agência Brasil

GUARAPUAVA - 08-04-2021- Colheita de soja na região de Guarapuava / Foto Jonathan Campos / AEN

34 cidades do Paraná têm Valor Bruto de Produção Agropecuária acima de R$ 1 bilhão

O Paraná tem 34 municípios com Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) superior a R$ 1 bilhão. A galeria cresceu com a divulgação oficial dos números de 2022 pela Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento na terça-feira (22) e a inclusão de nove novos integrantes do Clube do Bilhão: Pinhão, Astorga, Pitanga, Pato Branco, Irati, General Carneiro, Medianeira, Mangueirinha e Missal. O VBP total do Paraná no ano passado foi de R$ 191,7 bilhões.

Eles se somam a Toledo, Castro, Cascavel, Guarapuava, Santa Helena, Marechal Cândido Rondon, Assis Chateaubriand, Tibagi, Dois Vizinhos, Carambeí, Palotina, São Miguel do Iguaçu, Ubiratã, Piraí do Sul, Nova Aurora, Palmeira, Lapa, Londrina, Francisco Beltrão, Arapoti, Cianorte, Ponta Grossa, Prudentópolis, Cafelândia e Candói na lista. Esses municípios têm como vocação, entre várias culturas, soja, produção leiteira, suinocultura e avicultura.

“Os novos bilionários estão distribuídos em diversas regiões do Estado e foram destacados em atividades distintas, que vão desde a agricultura, passando pela pecuária e silvicultura, o que reflete bem o Paraná, um Estado com terra fértil e agricultores criativos, trabalhadores e que sabem aproveitar as oportunidades para agregar renda às suas famílias e a seus municípios”, afirmou o secretário Norberto Ortigara.

Pinhão, na região Centro-Sul do Estado, ocupa a 23ª colocação, com R$ 1.182.984.609,64. O destaque é para a produção de soja, com valor superior a R$ 399 milhões, representando 33,73% de toda a atividade agropecuária municipal. É seguida pelo milho e pela batata de segunda safra, cada um com pouco mais de R$ 103 milhões.

No Norte do Estado, Astorga chegou ao 24º lugar e somou R$ 1.178.874.735,19. Ali predomina o frango de corte, responsável por 56,17% de toda a produção agropecuária do município, com valor bruto de R$ 662,1 milhões. A soja vem em segundo lugar com R$ 145,9 milhões.

Pitanga, no Centro, também alcançou o grupo dos bilionários, tendo na soja a maior representatividade, com R$ 457,7 milhões. O leite – R$ 179 milhões – também foi importante para que o município acumulasse R$ 1.111.671.264,86 e passasse a ocupar a 28ª colocação no ranking paranaense.

Logo abaixo, no 29º lugar, aparece Pato Branco, município no Sudoeste do Estado que tem na produção de pintinhos para corte a principal atividade agropecuária. O segmento foi responsável por R$ 288,9 milhões dos R$ 1.090.724.285,44 de VBP em 2022. A soja contribuiu com o valor expressivo de R$ 142,5 milhões.

Irati, mais um município na região Centro-Sul, é o 30º colocado com VBP de R$ 1.061.367.866,65. A soja de primeira safra destacou-se com R$ 342,4 milhões. Município onde predominam as pequenas propriedades, teve na produção de fumo o segundo maior destaque, com valor bruto de R$ 155,8 milhões.

A região Sul também teve um terceiro novo bilionário. General Carneiro foi o município que deu o maior salto. Em 2021 ficou na 75ª colocação com VBP de R$ 649,4 milhões. Um ano depois desponta no 31º lugar com valor de R$ 1.048.717.676,90. Segundo a economista do Departamento de Economia Rural (Deral) responsável pelo relatório do VBP, Larissa Nahirny, General Carneiro teve o quarto maior incremento no Estado em 2022. “Os municípios que mais cresceram no ano passado têm em comum o bom desempenho no mercado madeireiro”, disse.

No Oeste paranaense, Medianeira, com a produção de frango de corte (R$ 407,7 milhões) e com suínos (R$ 231,8 milhões), passou a ser o 32º colocado entre os municípios com maior VBP do Estado. Em 2022 o número alcançou R$ 1.028.190.440,14.

Mangueirinha, no Sudoeste, teve na soja a principal cultura a contribuir para o VBP total de R$ 1.027.194.667,35. A oleaginosa sozinha somou R$ 432,9 milhões. A produção de leite também foi importante para o município, com R$ 103,3 milhões.

Também no Oeste, Missal fecha a lista dos 34 municípios com VBP bilionário, tendo alcançado R$ 1.008.641.654,54. O município tem na suinocultura a maior projeção em termos de produção, com VBP de R$ 455,9 milhões. A segunda grande atividade é a avicultura, que gerou R$ 223,5 milhões.

Quase bilionários

De acordo com o VBP, outros dez municípios quase alcançaram a marca de R$ 1 bilhão, variando entre R$ 901 milhões e R$ 975 milhões. Aparecem na lista Teixeira Soares (35º), Chopinzinho (36º), São Mateus do Sul (37º), Coronel Vivida (38º), Corbélia (39º), Mamborê (40º), Matelândia (41º), Nova Santa Rosa (42º), Jaguariaíva (43º) e São José dos Pinhais (44º).

Pesquisa ampla

O levantamento do VBP paranaense é um dos mais completos do País, com cerca de 350 culturas, entre elas produtos da agricultura, pecuária, piscicultura, silvicultura, extrativismo vegetal, olericultura, fruticultura, plantas aromáticas e ornamentais.

Os setores pecuário e de produtos florestais ampliaram a participação no Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária paranaense em 2022. Enquanto a pecuária subiu de 48% para 51% comparado com o ano anterior, a produção florestal foi de 3% para 5%. Prejudicada pelas geadas e estiagem, a agricultura passou de 49% para 44%.

Fonte e Foto: AEN