set195922

Brasil caminha para liderar exportações de milho em 2023

A Embrapa apresentou durante a 43ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, do Ministério da Agricultura e Pecuária, análise sobre genética e genômica de milho e inovações tecnológicas para o mercado de sementes do cereal. De acordo com Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, “os temas demonstraram, pelos dados e considerações apresentadas, os desafios e as contribuições da ciência com propósito, associada ao empreendedorismo de utilidade, perpassando o marco legal vigente e perspectivas”. “Basicamente, buscou-se analisar a integração da ciência e tecnologia para os arranjos produtivos e a dinâmica do mercado, pautado em ciência, dados e evidências”, disse.

Por parte da Embrapa, foram analisados os dados sobre as cultivares de milho registradas no Brasil, por background genético e inserções biotecnológicas, indicando as empresas obtentoras e/ou mantenedoras desses materiais, além de enfoques atualizados sobre o levantamento de cultivares para a safra 2022/2023 e o evento transgênico BTMAX. A reunião, realizada no último dia 7 de março, foi conduzida pelo empresário agrícola e presidente da Câmara Setorial, Sérgio Luiz Bortolozo, que reconheceu a importância da Embrapa no desenvolvimento do agronegócio no País. “A Embrapa tem feito um trabalho heroico. Todas as vezes que solicitamos uma missão à instituição, ela nos atende com eficácia. Hoje, temos tecnologia tropical e condições para sermos ainda mais competitivos”, disse.

“Quando ouvimos expectativas de mais produção e mais produtividade, de forma sustentável, enxergamos como um forte compromisso com a ciência brasileira”, enfatizou Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo. Segundo Durães, 95 empresas – sendo 12 públicas e 83 privadas – requereram registro de 6.600 cultivares de milho, “com background e características diferentes, no pós Lei de Proteção de Cultivares (LPC Nº 9.456/97)”. “É um mercado competitivo, concentrado e significativamente de interesse para os segmentos da cadeia de valor do milho brasileiro, incluindo o produtor e a agricultura tropical”, enfatizou o chefe-geral. “Esta é uma temática que requer uma atenção dedicada de políticas públicas. Porquanto, observam-se exemplos de empresas obtentoras que estão contribuindo e podem ampliar sua parcela de participação tecnológica e nos novos contextos de expansão do Brasil na agenda de oferta de alimentos de qualidade e de segurança alimentar mundial”, enfatizou.

Segundo o pesquisador Emerson Borghi, da Embrapa Milho e Sorgo, 98 novas cultivares de milho – sendo 70 de ciclo precoce e 25 superprecoces – foram disponibilizadas pelas empresas de sementes para a safra 2022/2023, “evidenciando a importância da segunda safra”. Dessas 98 novas cultivares, 78 materiais estão posicionados para produtores de alto nível tecnológico. “Novos eventos transgênicos são lançados a cada ano no Brasil, demonstrando que as empresas estão buscando soluções como resistência às principais lagartas que atacam a cultura do milho, cultivares com tolerância ao déficit hídrico e tolerância às doenças, visando assim proporcionar maiores índices de produtividades para os agricultores, relatou.

Milho transgênico totalmente desenvolvido no Brasil

O evento transgênico de milho BTMAX, que apresenta alta eficácia contra a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), considerada a principal praga da cultura do milho, e a broca-da-cana (Diatraea saccharalis), foi apresentado pelo pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Newton Portilho Carneiro, líder do projeto desenvolvido em parceria com a Helix, empresa do grupo Agroceres. O BTMAX é um produto tecnológico resultante de uma parceria público-privada 100% nacional entre as duas empresas, cujo evento técnico-científico (EH913) foi aprovado por unanimidade pela CTNBio em junho de 2022. “Atualmente três empresas multinacionais concentram genes para o controle da lagarta-do-cartucho. Com o BTMAX, Embrapa e Helix, duas empresas nacionais, entram definitivamente no seleto rol de empresas de conhecimento disruptivo para sementes de milho”, disse. “Este é um caso diferenciado, de integração da ciência, da tecnologia e das práticas de mercado, que interessa ao Brasil, e que tem forte capacidade de inclusão socioprodutiva e de produtividade com sustentabilidade”, completou Frederico Durães.

Para Urbano Ribeiral Júnior, diretor financeiro do grupo Agroceres, o diferencial do BTMAX é o uso da própria biodiversidade brasileira para controlar pragas desse mesmo ecossistema. “O BTMAX está entre as melhores tecnologias existentes hoje no mercado, nascida do solo brasileiro, e resultado de uma parceria público-privada genuinamente nacional”, destacou. O processo de regulamentação da tecnologia já foi iniciado em outros países. Ainda segundo Ribeiral, o objetivo é disponibilizar a tecnologia ao agricultor brasileiro o mais rápido possível.

Projeções de safra e exportações

Allan Silveira dos Santos, superintendente de Estudos de Mercado e Gestão da Oferta da Conab, apresentou as perspectivas da primeira e da segunda safra de milho 2022/2023. Segundo ele, a safra de verão do cereal deve ter incremento de produção de 5,7% em relação ao último ciclo, com aumento de produtividade de 9,5% e redução de 0,4% em área. A segunda safra acompanha a mesma eficiência produtiva, com aumento de 6,6% em produtividade e incremento de 10,6% na produção. “Em relação à oferta, temos perspectiva de boa produção no Brasil e recuperação da produção nos Estados Unidos. A Argentina já apresenta perdas consolidadas e a Ucrânia apresenta produção bem abaixo do potencial. Sobre a demanda, o consumo se mantém firme no Brasil e apresenta estimativa de queda no mundo em função dos preços altos. Entretanto, a demanda pelo milho brasileiro deve se manter alta devido à baixa disponibilidade do produto no mercado internacional”, prevê.

O engenheiro agrônomo Wallas Ferreira, da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), apresentou um panorama das exportações de milho no período 2022/2023. De acordo com ele, o Brasil poderá ocupar a posição de líder mundial nas exportações do cereal em 2023, ultrapassando os Estados Unidos, atingindo a marca de 50 milhões de toneladas destinadas ao mercado externo. A estimativa do Departamento de Agricultura do país americano é de 48,897 milhões de toneladas exportadas, com queda também na produção neste ano: 349 milhões de toneladas contra 383 milhões de toneladas em 2022.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, enfatizou a necessidade de o Brasil produzir mais milho, atendendo todas as cadeias produtivas, que devem trabalhar de forma conjunta para o desenvolvimento sustentável do agronegócio brasileiro. “O Brasil precisa e tem condições de produzir mais milho, tanto na primeira quanto na segunda safra, para os mercados mundial e doméstico”, disse. Visão similar foi externada pelo presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco. A expectativa é que o Brasil produza seis bilhões de litros de etanol de milho na safra 2023/2024, com aumento de 36,7% em relação ao último período produtivo. Atualmente, o setor de bioetanol de milho consome aproximadamente 14 milhões de toneladas do cereal e a meta para 2030, segundo ele, é de chegar a cerca de 26 milhões de toneladas.

A próxima reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo será no dia 22 de junho deste ano. Acompanhe a agenda.

Fonte: Embrapa Foto: Divulgação

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“Desastre”, dizem transportadores de cargas sobre interdição da BR-277

A interdição da BR-277 em pleno período de pico do escoamento da safra foi classificada como um “desastre” pela Fetranspar (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná). A rodovia foi completamente bloqueada nesta quarta-feira (8), no sentido Paranaguá, após o surgimento de uma fenda no km 33, em Morretes, no litoral.

Geólogos do DNIT condenaram o trecho após avaliar que o afundamento do pavimento é irrecuperável. Portanto, a BR-277 permanecerá interditada até a reconstrução completa do local. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), um desvio operacional será instalado no trecho. Por um período indeterminado, na região do km 33, as pistas sentidos Curitiba serão transformadas em mão dupla, atendendo provisoriamente as duas direções de fluxo. Em um primeiro momento, caminhões não serão permitidos.

A orientação inicial é que veículos pesados façam o desvio pela BR-376 e atravessem a Baía de Guaratuba pelo ferry-boat. Dessa forma, eles devem seguir até Matinhos e usar a PR-508 para retornar à BR-277 e acessarem o Porto de Paranaguá. O problema é que as balsas têm uma limitação de 26 toneladas, muito abaixo do que transportam os caminhões carregados com grãos.
Para o presidente da Fetranspar, Sérgio Luiz Malucelli, o desvio é inconcebível.

O representante das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná está em Brasília, onde se reúne com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para debater a situação das rodovias paranaenses. Na avaliação de Malucelli, as estradas federais e estaduais que compunham o Anel de Integração estão abandonadas desde o fim dos antigos contratos de concessão, que venceram em novembro de 2021.

Segundo o Ministério dos Transportes, o pico do escoamento da safra 2022/2023 é esperado entre os meses de março e abril. O relatório mensal do Deral (Departamento de Economia Rural), referente ao mês de fevereiro, aponta que o Paraná se prepara para colher “uma das maiores, senão a maior, safra de soja da história”.

A produção estimada se aproxima de 21 milhões de toneladas. Além disso, a colheita da primeira safra do feijão já está 95% concluída e os produtores avançam com o plantio da segunda safra do milho.
Em nota, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) informou que realiza um trabalho de sinalização para poder abrir o desvio por uma das faixas da BR-277 que, originalmente, opera no sentido Curitiba.
O DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) informou que disponibilizou equipe de Operação de Tráfego Rodoviário e que aguarda mais informações do DNIT, que é o responsável pela BR-277.

Ouça

Fonte: BandNews/Angelo Sfair Foto: Divulgação

set196140

Exportações do Paraná aumentam 9% no primeiro bimestre de 2023

As exportações do Paraná cresceram 9% no acumulado de janeiro e fevereiro em comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com levantamento do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), publicado nesta quarta-feira (8). No primeiro bimestre deste ano o estado vendeu mais de três bilhões de dólares para o exterior.

Nestes dois meses, dos cinco produtos mais exportados pelo Paraná, quatro tiveram aumento nas vendas. A carne de frango, com aumento de 21%, o farelo de soja, com crescimento de 50% e cereais e óleo de soja bruto, cada um que tiveram mais que o triplo de vendas em comparação com 2022.

Entre os produtos industrializados, quatro tiveram aumentos expressivos nas exportações. Foram os automóveis, as máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração, veículos de carga e autopeças.

O Paraná exportou para 190 países em janeiro e fevereiro. A lista dos maiores compradores do Estado no bimestre é liderada, nesta ordem, pela China, Estados Unidos, Argentina, Japão, México, Chile, Holanda, Colômbia, Índia e Paraguai.

A China segue isolada como maior importador do Paraná, com mais de trezentos e onze milhões dólares em compras. Na segunda posição está os Estados Unidos e atrás dele a Argentina.

Fonte: CBN Foto: Divulgação

set19564

Boletim do IDR-Paraná mostra situação das lavouras após excesso de chuvas em fevereiro

Fevereiro de 2023 foi marcado por muita chuva em todo o Paraná, com média estadual de precipitação de 256,4 mm, sendo que a média histórica é 167,7 mm no mês, informa o Boletim Agrometeorológico do Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater (IDR-PR), divulgado nesta segunda-feira (06). Dados do Setor de Agrometeorologia do Instituto mostram que a precipitação registrada em Guaíra chegou a 460,6 mm. Somente em locais pontuais no Estado, como em Curitiba e Paranaguá, as chuvas ficaram abaixo da média histórica. As temperaturas, consequentemente, foram mais amenas.

As culturas agrícolas tiveram um bom desenvolvimento, exceto nas regiões Oeste e Sudoeste, onde se registrou muito calor e precipitações escassas e irregulares. Na soja, de uma forma geral, a persistência e ininterrupção de chuvas longo do mês impediram que fossem realizados tratos culturais como controle fitossanitário e colheita em muitas áreas do Estado. A colheita do milho primeira safra foi bastante lenta devido às chuvas contínuas. Já o milho da segunda safra teve condição de germinação excelente. As chuvas contínuas prejudicaram as colheitas de algumas frutas, como a uva e laranja.

As regiões Oeste, Norte e Noroeste do Paraná destacaram-se com quantitativos de chuva muito acima da média histórica. Isso ocorreu devido às intensas e constantes atuações da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) e Sistemas de Baixa Pressão que se formam no Paraguai e Argentina ao longo do mês. Tais sistemas ingressam e avançam pelo Paraná pelas regiões Oeste, Noroeste e Norte.

Além do alto quantitativo pluviométrico no Estado, observou-se chuvas constantes ao longo do mês. Em Paranaguá, por exemplo, foram apenas dois dias sem chuva. O máximo de dias sem chuva ocorreu em Foz do Iguaçu (16 dias). Em média, o Paraná ficou apenas nove dias sem registrar precipitação, o que corresponde a 19 dias com chuva.

Temperatura

Em decorrência das chuvas constantes e abundantes, as temperaturas de fevereiro foram bastante amenas, especialmente as máximas, com valores abaixo das médias em todo o Estado. Em Paranavaí, por exemplo, a média histórica da temperatura máxima do segundo mês do ano é 31,9°C e em fevereiro de 2023 registrou 29°C, ficando 2,9°C abaixo do esperado para o mês. Na média, a temperatura máxima do mês de fevereiro no Paraná foi 28,2°C, enquanto que a média histórica é 30°C.
Quanto às temperaturas mínimas, na grande maioria dos munícipios registrou-se valores abaixo da normal climatológica. Em Foz do Iguaçu a média da mínima registrada em fevereiro foi 19,1°C, permanecendo 2,4°C abaixo do esperado, que é 21,5°C. Na média, a temperatura mínima do mês de fevereiro no Paraná foi 18,1°C, enquanto que a média histórica é 19,1°C, permanecendo 1°C abaixo da normal climatológica.

Confira os efeitos do clima de fevereiro sobre as principais culturas:

SOJA – As chuvas no início do mês favoreceram a cultura, no entanto a persistência e ininterrupção das precipitações ao longo do mês impediu que fossem realizados tratos culturais como controle fitossanitário e colheita em muitas áreas do Estado. Assim, algumas lavouras poderão ter redução no potencial produtivo e qualidade dos grãos. Porém, no final do mês a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) classificou as lavouras do Paraná com 85% apresentando boas condições de desenvolvimento, 12% média e 3% ruim. Até o final do mês tinha sido colhida 17% da safra do Estado.

MILHO 1ª SAFRA – A colheita do milho primeira safra foi bastante lenta devido às chuvas contínuas. De acordo com a SEAB, estima-se que 83% apresentaram boas condições de desenvolvimento, 16% média e 1% ruim. Até o final do mês havia sido colhida 26% da safra do Paraná.

MILHO 2ª SAFRA – Deu-se continuidade na semeadura do milho segunda safra e, de maneira geral, as condições de germinação e desenvolvimento inicial da cultura foram excelentes. No entanto, o avanço da semeadura foi muito lento devido às chuvas contínuas. Grande parte dos produtores não conseguiu realizar o plantio, mesmo porque as chuvas impediram a colheita da soja. No final do mês 26% da safra do Paraná tinha sido semeada.

FEIJÃO 1ª SAFRA – Até o final do mês 95% da safra do Paraná haviam sido colhidos. De acordo com a SEAB, 69% das áreas cultivadas com feijão 1ª safra estavam em boa condição e 31% em condição média. Assim, a grande maioria dos grãos apresentaram boa qualidade e produtividade, com destaque para as lavouras mais tardias, implantadas a partir da segunda quinzena de outubro, devido à ocorrência de um clima mais propício à cultura do feijão.

FEIJÃO 2ª SAFRA – Houve prosseguimento na semeadura do feijão 2ª safra e até o final de fevereiro, 70% da cultura foi semeada no Paraná, segundo a SEAB. A germinação e o desenvolvimento vegetativo foram excelentes devido às precipitações abundantes.

FRUTICULTURA – As chuvas contínuas prejudicaram as colheitas de algumas frutas, como a uva e laranja.

CAFÉ – Os cafeeiros em geral apresentaram bom desenvolvimento e foram beneficiados pelas condições climáticas. Durante o mês de fevereiro a grande maioria estava na fase de frutificação.

OLERÍCOLAS – As hortaliças folhosas cultivadas em céu aberto sofreram com o excesso de chuva registrado em fevereiro.

PASTAGENS – As chuvas abundantes favoreceram as pastagens, as quais apresentaram um excelente desenvolvimento vegetativo.
MANANCIAIS HÍDRICOS – Os rios, represas e córregos registraram níveis acima da normalidade.

Fonte: AEN Foto: IDR Paraná

set195730

O que esperar do mercado da soja?

O clima volta a ser o fator mais acompanhado pelo mercado agora que se aproxima da safra norte-americana. As chances de ocorrer o evento El Niño no mês de junho, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), é de 55%, e o El Niño traz condições mais secas e quentes para os Estados Unidos. Para o Brasil, o evento traz temperaturas mais amenas durante o inverno, uma redução drástica das chuvas no nordeste, e um aumento significativo de chuvas no sul.

Conforne a análise do especialista Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, pelo cenário desenhado em relação à exportação de farelo de soja, espera-se que esse derivado da oleaginosa siga se sustentando em alta, e por consequência dificultando fortes quedas no preço do grão de soja. Com isso, a expectativa é de um mercado trabalhando nos mesmos patamares atuais.

Também haverá a divulgação do relatório de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE) na próxima quarta-feira. O relatório possivelmente irá trazer mais uma queda na expectativa de produção argentina, provocada pelas instabilidades climáticas e uma possível redução de expectativa de produção brasileira. Para a moeda norte-americana, o cenário esperado é de alta volatilidade até a divulgação do relatório Payroll (taxa de empregos não agrícolas nos EUA) que será divulgado na próxima sexta-feira (10/03). Questões internas do Brasil tendem a trazer valorização na moeda americana, mas o mercado segue atento a qualquer fator que possa reverter essa tendência de alta.

Diante desses fatores, há uma expectativa de que a soja brasileira tenha uma semana com tendência de alta nas cotações, prevalecendo a alta do dólar e a redução de oferta da Argentina.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set19547

Com semeadura finalizada, IMEA aponta novo reajuste na área do algodão

A estimativa de exportação da safra 21/22 em MT exibiu recuo de 3,80% ante o último relatório, totalizando 1,28 milhão de t da fibra. Esse cenário é reflexo das incertezas quanto à economia global, que reflete na redução do consumo da pluma, por ser considerado um bem não essencial. Diante disso, e com a rolagem de alguns contratos de comercialização da safra 21/22 para a 22/23, devido aos lotes com coloração fora do padrão, os estoques de passagem exibiram elevação e ficaram em 62,81 mil t de pluma. No que tange à safra 22/23, com a projeção de uma maior produção ante a safra 21/22, e à expectativa de uma recuperação da economia global, é estimado uma alta de 18,00% nos embarques do ciclo, frente à safra passada. Por fim, diante do maior volume dos estoques de passagem da safra 21/22 para a 22/23, os estoques finais ficaram em 71,00 mil t, 13,05% maior que o do ciclo passado.

Confira os destaques do boletim:

ALTA: pautado pelo otimismo com os dados econômicos da China, divulgados no dia 28/02, o contrato de jul/23 na bolsa de NY exibiu valorização de 2,16% no comparativo semanal.

BAIXA: com a menor demanda pelo subproduto na semana, o preço do óleo de algodão disponível apresentou baixa de 0,74% no comparativo semanal.

FINALIZAÇÃO: com o avanço de 0,04 p.p. na semana, a semeadura do algodão da safra 22/23 atingiu 100,00% da área estimada para a temporada.

A 6ª estimativa do Imea para a safra 22/23 em Mato Grosso trouxe novo reajuste na área do algodão

Com a semeadura finalizada no estado, foi possível mensurar com mais exatidão os impactos dos preços menos atrativos da fibra e do atraso da semeadura na decisão final do cotonicultor em relação à intenção de área a ser cultivada no ciclo. Dessa forma, a estimativa de área apresentou incremento de 3,65% ante o último relatório, o que totaliza 1,15 milhão de ha, no entanto, o total ainda é 1,93% inferior ao consolidado da safra 21/22. No que se refere à produtividade, essa permaneceu projetada em 278,26 @/ha, 12,27% superior ao registrado na safra passada. Vale ressaltar que fatores ainda incertos podem interferir no rendimento do algodão ao longo do ciclo, como as condições climáticas e ocorrência de pragas e doenças. Por fim, a produção de algodão em caroço ficou prevista em 4,82 milhões de toneladas, 10,04% superior em relação à safra 21/22, pautado pela expectativa de uma melhor produtividade.

Fonte: Boletim semanal n° 664 – Algodão – IMEA

set195524

Café tem ajustes nos preços

O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta terça-feira (7) com ajustes técnicos para os preços na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O mercado tem ajustes depois de registrar alta com suporte na queda nas exportações da Colômbia. A preocupação com a oferta global, diante das incertezas com o Brasil, ainda dão suporte aos preços.

“É preciso lembrar, que em 2022, a Colômbia aumentou fortemente a importação de cafés do Brasil. Interesses de curto prazo de especuladores e fundos de investimentos explicam as fortes e rápidas oscilações nas cotações do café na ICE em NY”, destacou a última análise do Escritório Carvalhaes.

Por volta das 08h (horário de Brasília), maio/23 tinha queda de 65 pontos, negociado por 179,65 cents/lbp, julho/23 tinha queda de 80 pontos, valendo 178,90 cents/lbp, setembro/23 tinha baixa de 80 pontos, valendo 177,50 cents/lbp e dezembro/23 tinha desvalorização de 55 pontos, cotado por 175,85 cents/lbp.

Em Londres, o café também tem uma manhã de ajustes técnicos. Maio/23 tinha queda de US$ 13 por tonelada, valendo US$ 2140, julho/23 tinha baixa de US$ 12 por tonelada, valendo US$ 2130, setembro/23 tinha desvalorização de US$ 5 por tonelada, valendo US$ 2119.

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,91% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.110,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,89%, cotado por R$ 1.130,00, Machado/MG teve alta de 0,46%, valendo R$ 1.095,00, Varginha/MG teve alta de 2,68%, valendo R$ 1.150,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 0,88%, valendo R$ 1.147,00.

O tipo cereja descascado teve alta de 0,85% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.185,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,82%, negociado por R$ 1.230,00, Varginha/MG teve alta de 1,69%, valendo R$ 1.200,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 0,84%, valendo R$ 1.207,00.

Fonte: Notícias Agrícolas/Virgínia Alves Foto: Divulgação

set194944

Mercado brasileiro de milho deve continuar com comercialização travada

O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de comercialização travada. A oferta no âmbito doméstico teve uma melhora, mas os negócios devem seguir com lentidão. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em alta. O dólar, por sua vez, apresenta volatilidade em sua cotação.

O mercado brasileiro de milho registrou preços de estáveis a mais baixos nesta quarta-feira. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado esteve travado, com indústrias tentando derrubar preços no Sul e Sudeste. “Aparentemente o mercado está um pouco melhor de oferta, mas ainda lento nos negócios”, comenta.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 88,00 (compra) a R$ 93,00 (venda) a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 88,00/93,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 82,00/84,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 83,00/85,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 89,00/91,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 90,00/91,50 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 78,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 77,00/R$ 80,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 68,00/73,00 a saca em Rondonópolis.

Chicago

* Os contratos de milho com vencimento em maio de 2023 operam com alta de 4,50 centavos, ou 0,70%, a US$ 6,40 1/4 por bushel.

* Conforme a Agência Reuters, o cereal é sustentado por compras de barganha. As cotações já subiram nesta madrugada no mercado asiático. Além disso, a alta do petróleo também oferece suporte às cotações. Hoje saem as exportações semanais norte-americanas, às 10h30 (horário de Brasília). Analistas esperam vendas entre 500 mil e 1,2 milhão de toneladas.

* Ontem (1) a posição maio de 2023 fechou com alta de 5,50 centavos de dólar por bushel ou 0,87%, cotada a US$ 6,35 3/4 por bushel.

A posição julho de 2023 encerrou cotada a US$ 6,25 por bushel, ganho de 3,50 centavos de dólar por bushel ou 0,56%.

Câmbio

* O dólar comercial registra alta de 0,05% a R$ 5,1950. O Dollar Index registra alta de 0,23% a 104,72 pontos.
Indicadores financeiros

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,05%. Tóquio, -0,06%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices mistos. Paris, + 0,08%. Frankfurt -0,25%. Londres, -0,09%.

* O petróleo opera em alta. Abril do WTI em NY: US$ 78,03 o barril (+0,43%).

Fonte: Agência Safras Foto: Divulgação

set195026

Feijão, por Ibrafe: Volta a calmaria no campo

Depois da valorização é normal que haja a sensação que o “grande prêmio já passou” e, pelo menos nesse momento, sim, passou. É hora, portanto, do produtor ou do cerealista aguardar a volta do empacotador. A onda de reposição dos empacotadores aparentemente aconteceu e agora eles estão tratando de atender o varejo para, somente após isso, voltar ao produtor.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação

set195150

Setor produtivo do PR encaminha propostas para o plano safra 2023/2024; aumento de recursos e redução de juros estão entre os pleitos

Recursos na ordem de R$ 403 bilhões e redução de juros entre 1 e 3 pontos percentuais, dependendo do programa, estão entre as propostas para a safra 2023/2024 encaminhadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pelas entidades do setor produtivo paranaense, entre elas, o Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). As demandas foram levantadas com contribuições dos sindicatos rurais, produtores rurais, cooperativas, assistência técnica e extensão rural.

Outros destaques

O valor solicitado pelo Paraná para a próxima safra representa um aumento de 18,2% em relação ao montante disponibilizado anteriormente pelo governo federal para as linhas de custeio, investimento, comercialização e industrialização. Além disso, as entidades paranaenses estão pedindo o aumento nos limites dos financiamentos de programas como o Pronaf, que beneficia a agricultura familiar, e do Pronampe, os médios produtores, entre outros. Para a subvenção ao seguro rural, o pleito é de liberação de R$ 2,5 bilhões. Além disso, o aumento do limite de cobertura dos atuais R$ 335 mil para R$ 500 mil por produtor e por safra no Proagro (Programa de Garantia da Atividade Agropecuária).

Investimentos

“Há uma expectativa de que a produção nacional de grãos atinja os 310 milhões de toneladas na safra 2022/23, apesar de alguns estados estarem sofrendo com problemas de clima, o que demonstra o protagonismo do Brasil na produção de alimentos. Nesse contexto, é fundamental contar com o apoio de políticas públicas que forneçam o adequado suporte ao produtor, sendo que o crédito rural representa um instrumento importante de fomento à produção agropecuária. Esperamos que o governo federal dê uma atenção especial aos recursos destinados aos investimentos, com taxas de juros competitivas. Em nosso entendimento também é necessário manter o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como principal repassador desses recursos, que devem chegar na ponta com agilidade e em condições favoráveis á produção no campo”, afirma o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

Clique aqui e confira todas as propostas ao plano safra 2023/24 encaminhadas ao Mapa

Fonte: Sistema Ocepar