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Congresso Brasileiro de Sementes 2024

Com o “Sementes: A Matéria-prima da Sustentabilidade”, a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES) promove um dos eventos mais significativos do setor de agronegócio no Brasil. Trata-se do Congresso Brasileiro de Sementes que será realizado em Foz do Iguaçu, de 10 a 13 de setembro de 2024, nas instalações do Rafain Palace Hotel.

O encontro tem como objetivo discutir o papel das sementes na geração de inovação, qualidade e rentabilidade para o setor agrícola, bem como na preservação dos recursos naturais e da biodiversidade.

Para inscrições e mais informações: https://cbsementes.com/

Soja

Comercialização da soja brasileira safra 2023/24 alcança 41,6% da produção estimada

Levantamento realizado pela DATAGRO Grãos mostra que, até o dia 5 de abril, a comercialização brasileira da safra 2023/24 de soja alcançou 41,6% da produção esperada, abaixo dos 43,0% observados em igual período do ano passado, além de muito distante dos 71,5% do recorde da safra 2019/20 e dos 57,6% da média dos últimos cinco anos.

Porém, o avanço mensal foi de 8,4 pontos percentuais, bem superior aos 2,2 p.p. registrados no mês anterior, apesar de aquém dos 9,2 p.p. em 2023 e dos 9,1 p.p. da média normal. “O ritmo melhor dos negócios ficou dentro de nossa expectativa, pois a valorização dos preços foi confirmada, além de absorver a alavancagem de recursos para a compra de insumos da safra de inverno e da safra 2024/25”, comenta Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos.

Considerando a atual estimativa de produção em 146,3 milhões de toneladas, os produtores brasileiros negociaram, até a data analisada, 60,9 mi de t de soja. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava maior em termos relativos e absolutos, chegando a 68,9 mi de t.

Safra 2024/25

As negociações da safra 2024/25 também andaram um pouco melhor no período analisado. O levantamento da DATAGRO Grãos aponta para 2,7% da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 1,4 p.p., acima dos 0,9 p.p. em semelhante época do ano passado, mas abaixo dos 3,1 p.p. da média plurianual. Dessa maneira, o fluxo está aquém dos 4,3% compromissados em 2023 e muito distante dos 19,9% do recorde da safra 2020/21, além de abaixo dos 9,8% da média plurianual.

 Conforme exercício inicial realizado pela consultoria – a intenção de plantio sai em julho –, a projeção para safra 2023/4 é de 160,5 mi de t, o que representaria um crescimento de 9% ante a temporada atual.

Milho

As negociações da safra 2023/24 do milho de verão no Centro-Sul do Brasil também andaram de forma mais acelerada no período analisado. O levantamento da DATAGRO Grãos aponta para 19,9% da expectativa de produção compromissada, salto mensal de 8,4 p.p., acima dos 5,4 p.p. apontados no levantamento anterior, mas abaixo dos 16,0 p.p. em semelhante época do ano passado e dos 14,7 p.p. da média plurianual. Dessa forma, a comercialização se encontra aquém dos 25,5% compromissados em igual momento de 2023 e muito distante dos 36,0% da média normal.

“Em números absolutos, temos vendas de 3,6 mi de t, de uma safra de 18,2 mi de t. Em 2023, nessa mesma época, tínhamos vendas de 5,1 mi de t”, comenta França Junior.

A comercialização da safra de inverno 2024 da região, estimada em 81,9 mi de t, chegou a 19,5%, contra 14,4% no levantamento anterior, 22,4% na mesma data do ano passado e média plurianual de 39,2%.

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Fonte: DATAGRO

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Custos de produção de soja recuaram em março

Segundo o Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias, os custos para a produção da safra 24/25 de soja registraram uma queda em março de 2024. O custeio da temporada foi projetado em R$ 4.098,87 por hectare, representando uma retração de 1,25% em relação ao mês anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Essa redução nos custos foi impulsionada pela desvalorização de 2,54% nos preços dos fertilizantes e corretivos. Em relação ao Custo Operacional Efetivo (COE), este foi estimado em R$ 5.627,92 por hectare, uma queda mensal de 1,11%. Já o Custo Operacional Total (COT) apresentou um recuo de 1,00% em comparação com a estimativa de fevereiro de 2024, projetado em R$ 6.233,75 por hectare.

Apesar da redução nos custos em março de 2024, ao analisar o Ponto de Equilíbrio (PE) para a safra em sacas, observa-se que o produtor do estado precisará produzir, no mínimo, 57,09 sacas por hectare para cobrir o COE e, para o COT, a necessidade é de pelo menos 63,24 sacas por hectare.

Diante desse cenário, as atenções permanecem voltadas para o investimento dos produtores para a próxima safra, considerando as dificuldades decorrentes dos preços baixos, custos elevados e margens apertadas.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Pixabay

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Com leis e programas, Paraná celebra pioneirismo na difusão da agricultura que cuida do solo

Recurso essencial para a atividade agropecuária, o solo precisa de cuidados adequados, que reduzam riscos ambientais de degradação e garantam fertilidade e a segurança alimentar para a população. Em 15 de abril, celebra-se o Dia Nacional da Conservação do Solo, instituído pela Lei Federal n° 7.876, de 1989, com o objetivo de lembrar a importância das boas práticas de uso e manejo deste recurso natural.

Cinco anos antes, em 1984, o Paraná já criava uma lei estadual para preservação do solo agrícola. A Lei Estadual nº 8.014, que completa 40 anos em 2024, é considerada uma ferramenta de promoção da agricultura sustentável, e reforça sua validade em um momento de atenção para os efeitos das mudanças climáticas, que também impactam a atividade agropecuária, e de intensificação da erosão dos solos agrícolas.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, lembra que o Estado foi pioneiro no desenvolvimento de algumas práticas conservacionistas, a exemplo do plantio direto, quando a semente é colocada na terra sem revolvimento, mantendo a cobertura de plantas e resíduos vegetais que protegem o solo, e que revolucionou a forma de fazer agricultura tropical. O Governo também tem ampla participação em programas e pesquisas no setor.

“Poucos lugares do mundo tiveram, como nós tivemos, essa visão. Isso é motivo de orgulho, porque com conhecimento, inovação, ciência, nos tornamos um estado com produção relevante, diversificada, e com presença forte no mercado mundial”, afirma Ortigara. “Fica o nosso reconhecimento àqueles que constroem essa visão estratégica e um pedido de atenção para capricharmos cada vez mais nas formas de manejo de solo e da água, tão fundamentais para a vida, para o ambiente, e para o nosso negócio, que é produzir alimentos”.

Segundo ele, a agricultura atual se volta aos processos naturais, à redução da carga química. “Na minha visão, o que vai potencializar o novo salto qualitativo e quantitativo é exatamente a ideia de um solo com mais vida, mais matéria orgânica, mais carbono retido. Claro que isso se combina com outras técnicas, como permitir que a água infiltre, evitar erosão, evitar solos compactados, fazer rotação de culturas”, explica.

A conservação dos solos acontece quando o agricultor adota práticas como o não revolvimento dos solos, a rotação de culturas, uso de plantas de cobertura, uso racional de adubos, terraceamento, manejo integrado de pragas e doenças, e adequação de estradas, explica o engenheiro agrônomo da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e secretário executivo do Prosolo, Antônio Ricardo Lorenzon. “Essas são algumas ações que diminuem a perda de solo e melhoram a qualidade dos recursos hídricos”, diz.

De acordo com Lorenzon, principalmente quando há uso intensivo de insumos, é necessário fazer um levantamento detalhado de solos, já que é possível encontrar diferentes tipos dentro de uma mesma paisagem – o que também exige adequação dos cuidados no uso e manejo.

Programas

O Paraná tem grande experiência na execução de programas de conservação do solo e da água, como o Estradas da Integração, que promove o controle da erosão por meio da redução da poluição dos cursos d’ água e melhoria da trafegabilidade de estradas rurais. Desde 2019, já são mais de 1,2 mil quilômetros de estradas rurais pavimentadas em todas as regiões do Paraná, com pelo menos 18 mil famílias beneficiadas.

O Estado também foi o primeiro a adotar os objetivos do Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), criando o PronaSolos Paraná, que desde 2018 reúne instituições parceiras para estudos sobre os solos brasileiros.

Por meio desse programa, recentemente uma ação conjunta entre Embrapa, Secretaria da Agricultura e Abastecimento, IDR-Paraná, Instituto Água e Terra (IAT) e Itaipu ajudou a mapear em torno de 10 mil quilômetros quadrados na Bacia do Paraná III. O trabalho foi feito na escala 1:50.000 (solos) e 1:5.000 (vegetação ciliar), e proporcionou a capacitação de aproximadamente 80 técnicos do governo estadual e da iniciativa privada por meio da 1ª Reunião de Correlação e Classificação de Solos e Vegetação Ciliar, que aconteceu em março, em municípios da região Oeste.

O levantamento, resultado de um trabalho de quase três anos, permite visualizar, com precisão, lagos, nascentes e rios, e seus padrões de distribuição. Com uma base de dados robusta, disponibilizada na plataforma GeoInfo – Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa, o novo mapa hidrográfico pode subsidiar outras pesquisas e colaborar para a construção de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável.

Já o Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná (Prosolo) estabelece ações coordenadas entre órgãos públicos e privados para conservação do solo agrícola e da água, como estudos financiados pela Fundação Araucária e pelo Sistema Federação da Agricultura do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar). Há também ações de capacitação, com apoio do sistema Faep.

“Essas ações conjuntas são importantes ferramentas para o planejamento conservacionista, criando uma unidade de discurso que fortalece a difusão de tecnologia”, finaliza Lorenzon.

História

A ocupação dos solos do Paraná pela agricultura passou a se intensificar na década de 1960, com velocidade ainda maior nas décadas seguintes, explica o engenheiro agrônomo Oromar Bertol, diretor do Núcleo Estadual da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (Nepar-SBCS). “Na época, as práticas agrícolas adotadas no uso das terras, principalmente no preparo do solo e no plantio das culturas, estavam em desacordo com o clima dominante no Paraná. As práticas adotadas desprotegiam o solo por deixá-lo descoberto e pelo revolvimento intensivo”.

Como consequência, o Paraná enfrentou a intensificação da erosão hídrica, um fenômeno causado pelas chuvas e que pode ser considerado natural, mas que se torna intensa quando o solo  está desprotegido e desagregado. Ela remove a melhor camada de solo, reduz o valor da terra e sua capacidade de armazenar água, além de ocasionar contaminação das águas, assoreamento de rios, lagos, represas, soterramento das nascentes e desabastecimento de populações.

As dificuldades estavam principalmente em áreas com intenso uso e ocupação, como Oeste, Norte, Sudoeste e Noroeste do Estado. A intensificação desse problema faz com que o recurso se torne finito. “Em razão disso, cresceu a necessidade de o Paraná ter uma lei que protegesse um dos seus patrimônios mais importantes”, diz o engenheiro agrônomo.

Para Bertol, embora tenham se passado quatro décadas, a Lei nº 8.014 continua atual. Entre os exemplos, estão artigos que determinam a necessidade da participação dos poderes públicos estadual e municipal e da sociedade civil na preservação do solo; de integrar diferentes práticas conservacionistas; evitar as queimadas; evitar o desmatamento de áreas impróprias para a agricultura; promoção da educação conservacionista por parte da assistência técnica e extensão rural; e a realização de pesquisas por meio das instituições científicas.

Os especialistas enfatizam que a continuidade de ações em manejo conservacionista do solo pela sociedade como um todo é de grande importância para o Paraná. “Estamos falando de dois importantes recursos naturais, solo e água, que impactam na vida do produtor rural e da sociedade. Conciliar solos produtivos para agricultura e água de qualidade para a população é possível quando práticas adequadas são adotadas”, diz Bertol.

No entanto, muitos agricultores não têm adotado boas práticas de conservação, causando retorno da erosão dos solos, dentro de um contexto de alterações do clima, especialmente com  chuvas mais intensas.

O Nepar promove eventos técnico-científicos, como as reuniões paranaenses de ciência do solo, com a participação de pesquisadores, professores, alunos e profissionais de assistência técnica e extensão rural. Também publica manuais, boletins destinados a professores das redes públicas estadual e municipal de ensino, e diante do agravamento da erosão, elaborou juntamente com universidade e instituições de pesquisa uma proposta técnica que gerou, em 2015, a Rede Paranaense de Agropesquisa.

Segundo Bertol, mesmo com as informações e estudos disponíveis, parte dos produtores rurais ainda resiste ao emprego das tecnologias conservacionistas. Por isso, o núcleo também investe em capacitação. Em 2024, o Nepar planeja realizar eventos para ampliar o alcance de medidas de conservação dos solos e da água. “Isto se fará por meio da atuação dos nossos membros em todas as regiões do Paraná, inseridos nas diferentes universidades públicas e privadas, nos institutos de pesquisa e nos órgãos de assistência técnica e extensão rural”, completa.

Solo

Um bom exemplo da cultura conservacionista do solo e da água está na extensão rural desenvolvida na microbacia Santa Terezinha, em Realeza, na região Sudoeste, desde os anos 1980, no contexto da criação da Lei nº 8014. A área de 1,4 mil hectares, com 59 famílias produtoras principalmente de grãos e suínos, era caracterizada por supressão das matas e alta exploração dos recursos ambientais para a atividade agrícola, o que reduzia significativamente a produtividade das lavouras.

O solo também era bastante compactado e com baixos índices de nutrientes. Além disso, propriedades vizinhas drenavam a água para estradas ou divisas, e os processos erosivos podiam ser observados pelas voçorocas e altos índices de turbidez dos cursos d’água. As famílias se abasteciam com água de fontes desprotegidas.

O extensionista César Paz conta que, com ações integradas para a sistematização das lavouras, eliminando erosão nas divisas, terraceando encostas e adequando estradas rurais, foi possível transformar gradativamente a paisagem. “Coube à Extensão Rural capacitar parceiros e produtores em frequentes reuniões técnicas, articular e mobilizar as instituições municipais para viabilizar um trabalho que tinha a microbacia hidrográfica como unidade de planejamento, usando a legislação como ferramenta imprescindível”, diz.

De acordo com ele, a adoção das práticas conservacionistas pelos agricultores e técnicos foi massiva. “Além das técnicas de controle do escorrimento superficial, houve aumento de infiltração de água, melhor manejo do solo, modernização dos equipamentos e rotinas com boas práticas de produção assumidas hoje pelas novas gerações”, comemora.

A comunidade conseguiu benefícios com práticas como a ampliação do plantio direto, o compartilhamento de máquinas e equipamentos e destino correto de embalagens, adoção do manejo integrado de pragas e doenças, e o uso adequado de agrotóxicos. “Atualmente as produtividades alcançadas superam em muito os anos 80. Um exemplo é a produtividade de 4.700kg de soja por hectare em condições climáticas normais. Também se observa aumento da produção de biomassa de pastagens perenes”, diz o extensionista.

Defesa agropecuária

Outra parte do trabalho do Estado acontece por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), em ações que se concentram em duas frentes. Uma delas é a fiscalização, com efetiva aplicação da lei em casos de irregularidades e imposição de penalidades aos causadores de danos ao solo agrícola. As práticas nocivas ao solo podem gerar notificação e autuação para o produtor, com multa conforme a gravidade do caso.

A penalidade pode ir de 5 a 17 UPF (Unidade Padrão Fiscal do Estado do Paraná) por hectare prejudicado. Mas o coordenador do Programa de Fiscalização do Uso do Solo Agrícola, Luiz Renato Barbosa, destaca os bons resultado nesse setor. “Em cerca de 80% dos casos fiscalizados pela Adapar, já na fase de notificação, o produtor consegue um profissional habilitado para fazer o planejamento adequado do manejo e volta para a regularidade”, conta.

A outra frente é a a educação sanitária, ou seja, a prevenção dos danos ao solo por meio da orientação dos produtores e capacitação de profissionais, de forma integrada com a extensão rural do IDR-Paraná. Essa é a frente em que a Agência busca trabalhar de forma mais intensa, segundo o coordenador do Programa de Fiscalização do Uso do Solo Agrícola, Luiz Renato Barbosa.

“Também incentivamos os profissionais do setor, como engenheiros agrônomos, a se envolverem nas recomendações técnicas aos produtores rurais para conservação do solo e águas. Nesse sentido, a Adapar está à disposição para fornecer instruções sobre a elaboração dos planejamentos exigidos pela lei”, diz.

As ações da Coordenação Programa de Fiscalização do Uso do Solo Agrícola têm se beneficiado do uso da tecnologia. Softwares e drones colaboram no mapeamento de bacias de captação de água, que identificam pontos de fragilidade, e propriedades com inconformidades.

“A lei é muito clara em dizer que toda propriedade rural, para ser explorada, deve ter planejamento conservacionista, atendendo às capacidades de uso do solo. Quando o produtor é resistente, precisa lembrar que está descumprimento o Artigo 1º, que diz que o solo é patrimônio de todos. Então esse dever vem em benefício de toda a sociedade”, explica Barbosa.    

Fonte: AEN Foto: Roberto Dziura

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Safra de grãos 2023/2024 está estimada em 294,1 milhões de toneladas

A sétima estimativa da safra de grãos 2023/2024, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (11), aponta que a produção de grãos no país deverá atingir um total de 294,1 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 8% à obtida na temporada passada, ou seja, 25,7 milhões de toneladas a menos a serem colhidas. Com uma área estável, estimada em 78,53 milhões de hectares, a quebra se deve, sobretudo, à atuação da forte intensidade do fenômeno El Niño, que em 2023 teve influência negativa desde o início do plantio até as fases de desenvolvimento das lavouras nas regiões produtoras do país. Isso impactou na produtividade média, que saiu de 4.072 quilos por hectare para 3.744 kg/ha.

Com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, as atenções se voltam ao desenvolvimento das lavouras de segunda e terceira safra, bem como às culturas de inverno. O comportamento climático continua como fator preponderante para o resultado final do atual ciclo. Comparativamente à previsão anterior da Companhia, divulgada no início de março, há uma redução na produção total de 1,52 milhão de toneladas, com as maiores quedas observadas no milho, 1,79 milhão de toneladas, e na soja, 336,7 mil toneladas. Por outro lado, arroz, algodão, gergelim, sorgo, e, principalmente, feijão apresentam perspectivas de aumento de produção em relação ao último levantamento.

Com os trabalhos de colheita avançados nos principais estados produtores, atingindo em torno de 76,4% da área cultivada no país, a estimativa de produção de soja é de 146,52 milhões de toneladas, redução de 5,2% sobre a safra anterior. Tal redução se deve às baixas precipitações e às temperaturas acima do normal nas principais regiões produtoras do Centro-Oeste e Sudeste, ocasionando atraso do plantio e perdas na produtividade.

Principal cultura cultivada na segunda safra, o milho tem produção total estimada em 110,96 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra, publicado pela Conab nesta semana, os trabalhos de colheita da primeira safra do cereal, quando é esperada uma produção de 23,36 milhões de toneladas, atingem 51% da área cultivada. Já a semeadura da segunda safra está praticamente finalizada. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras apresenta bom desenvolvimento, assim como em Goiás e Minas Gerais. Porém, em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a redução das precipitações em março provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas, comprometendo o seu potencial produtivo. Nas demais regiões produtoras, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, apesar do atraso no plantio. A estimativa para a segunda safra de milho está em 85,62 milhões de toneladas.

No caso do feijão, que possui 3 ciclos de cultivo dentro da temporada, a expectativa é que a segunda safra tenha um acréscimo de 18,4% na produção, com uma colheita estimada em 1,5 milhão de toneladas. Esse bom desempenho contribui para o abastecimento interno de um importante produto consumido pelos brasileiros, uma vez que a atual estimativa para a leguminosa é de uma produção total de 3,2 milhões de toneladas. Também é verificado um cenário de recuperação para o arroz. Com a área de plantio estimada em 1,5 milhão de hectares, 4,4% superior à da safra anterior, estima-se uma produção em 10,57 milhões de toneladas, 5,3% acima da obtida no ciclo anterior.

A área cultivada de algodão também registra crescimento, passando de 1,7 milhão de hectares para 1,9 milhão de hectares, justificado principalmente pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras e a previsão é que sejam colhidas cerca de 3,6 milhões de toneladas de pluma, alta de 13,4%. Para o trigo, a estimativa atual indica uma produção de 9,73 milhões de toneladas.

Mercado

Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de exportação para o milho na safra 2023/24, uma vez que a produção total do cereal foi reduzida. Com isso, a nova expectativa é de um volume de 31 milhões de toneladas embarcadas, volume 43,3% inferior ao obtido no ciclo passado. Já o consumo interno está projetado em torno de 84 milhões de toneladas do grão.

No caso do feijão, o aumento na produção possibilita um incremento no estoque de passagem da leguminosa. Já para o arroz as projeções no quadro de suprimentos permaneceram praticamente estáveis, com a Companhia estimando uma expansão do consumo nacional para 10,5 milhões de toneladas.

Clique aqui e confira as informações das principais culturas cultivadas no país no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024.

Fonte: Conab Foto: Agência Governo

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Últimos dias para votar no Personagem Soja Brasil

Últimos dias para votar no pesquisador França Neto ao título de Personagem Soja Brasil. Se você ainda não teve a oportunidade de votar, esta é sua chance!

Vote aqui.

O Personagem Soja Brasil é um prêmio que reconhece e valoriza os profissionais que se destacam na cadeia produtiva da soja. Vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES), Dr. José de Barros França Neto, é pesquisador da Embrapa Soja há 49 anos e concorre ao título Personagem Soja Brasil.

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Paraná terá concurso de café

O Paraná terá um concurso para eleger o melhor café do estado. O anúncio foi feito durante a ExpoLondrina, realizada no norte do Paraná, nesta semana. O cultivo do grão ocupa cerca de 30 mil hectares, com produção de aproximadamente 700 mil sacas por ano.

O objetivo da iniciativa é estimular o aumento dessa área, presente atualmente em 187 cidades. Podem concorrer ao concurso Café Qualidade Paraná aqueles produtos que passaram por processamento natural, tanto na chamada via seca, em que os grãos são secados inteiros, ou pela via úmida, método em que a polpa do fruto é retirada antes da secagem.

Cada participante pode enviar de uma a cinco sacas, no padrão de 60 quilos. Os lotes vão passar pela avaliação física. O objetivo é detectar defeitos no produto, como grãos quebrados ou avariados. Cada entrega pode apresentar 12 problemas, sem ser desclassificada.

Já na segunda etapa serão analisados aroma, doçura, acidez, corpo, sabor, gosto remanescente e balanço da bebida. Em cada categoria, os finalistas até o terceiro lugar terão a compra do lote garantida pela cotação da bolsa de valores. Os vencedores serão divulgados em 30 de novembro.

Fonte: BandNews Foto: Divulgação

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PR: pavimentação em estrada rural vai beneficiar o agro

O programa Estradas da Integração, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), está impulsionando o desenvolvimento rural no município de Ibiporã, no Norte do Paraná, por meio da pavimentação de uma estrada rural. As obras beneficiarão aproximadamente 30 propriedades rurais na região.

Segundo informações divulgadas pela Seab, o projeto contempla a pavimentação de 4,2 quilômetros da estrada Abóboras utilizando paver, com um investimento total de R$ 3,1 milhões. Desse montante, R$ 2,9 milhões são provenientes da Seab, enquanto o município contribui com R$ 155 mil como contrapartida.

Na última terça-feira (9), as obras da estrada receberam a visita do secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, do prefeito de Ibiporã, José Maria Ferreira, e de uma equipe do Sistema Estadual de Agricultura (Seagri).

Além de Ibiporã, outros municípios da região também serão beneficiados com as melhorias nas condições de trafegabilidade. Essas melhorias são essenciais tanto para o setor agrícola da região, que concentra produtores de grãos e alguns aviários, quanto para o transporte escolar, garantindo uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento econômico e social local.

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: AEN

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São José dos Pinhais entra na Justiça por isenção de pedágio; concessionária é contra medida para os moradores

A prefeitura de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, ingressou com uma Ação Civil Pública contra a EPR Litoral Pioneiro para liberar moradores que vivem após a praça de pedágio, no sentido litoral da BR-277, de pagarem a tarifa básica de R$ 22,70.

Por meio de nota, o Executivo Municipal informou que a medida tem como objetivo beneficiar moradores que residem entre os km 49 e km 60. Em 4 de abril, uma reunião foi realizada, na sede da concessionária, para resolver a situação, mas nenhuma solução foi encontrada.

A reunião contou com representantes da prefeitura, da concessionária e moradores que buscam o benefício. Por conta do impasse, a prefeitura decidiu recorrer ao Judiciário para tentar uma medida que libere os residentes de pagarem a tarifa.

Durante reunião da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação, da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), nesta terça-feira (9), o diretor-presidente da EPR Litoral Pioneiro, Marcos de Oliveira Moreira, disse que a quantidade de passagens para isenção é muito elevada.

O representante da empresa apontou ainda que houve uma tentativa de negociação com a prefeitura, mas sem sucesso. A Justiça Federal, em Curitiba, será a responsável por analisar a situação. Sem a isenção, os moradores têm que pagar R$ 45,40 para ir e voltar pela rodovia.

O diretor-executivo da concessionária, Roberto Longman, disse que a aplicação da isenção não é algo razoável. Ele comparou o formato aplicado em rodovias pedagiadas do estado de São Paulo, por exemplo. Para ele, as obras realizadas são uma maneira de compensar o valor.

Desde o início das concessões, em fevereiro deste ano, a Associação dos Municípios Paranaenses (AMP) acompanha a situação. Recentemente, o presidente da associação, Edimar Santos, pontuou que está unindo esforços para resolver essa situação para os moradores.

Em Jacarezinho, no interior do estado, uma liminar a favor de moradores do distrito de Marques dos Reis, obtida por meio da prefeitura, e que concedia a isenção da tarifa de pedágio, foi revogada. Desde esta quarta-feira (10), o valor da tarifa básica de R$ 12 voltou a ser cobrado.

Fonte: CBN/Bruno de Oliveira Foto: Divulgação

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Ibrafe: Variação de preços de Feijão-carioca chega a 50%

Alguns negócios têm sido realizados com a condição de que o valor pago não seja reportado. Às vezes, o produtor solicita; outras vezes, o empacotador. Isto ocorre muitas vezes quando o produto é Feijão-carioca e a qualidade é a melhor disponível nas fontes.

Os valores normalmente estão acima de R$ 300 por saca de 60 quilos. Mas o volume maior de negócios tem sido dos Feijões comerciais. As cooperativas e cerealistas têm colocado o preço a ser pago para formação de lotes desde R$ 190 até R$ 210 para o Feijão-carioca, dependendo da qualidade. 

Assim, há uma diferença bastante grande que chega 50% devido à diferença da qualidade. Já para o Feijão-preto, colocaram na “pedra” ontem entre R$ 200 e R$ 220, variando conforme o tipo e a umidade.

Fonte: Ibrafe Foto: Divulgação