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Triticale e trigo: IDR-Paraná vai apresentar novas cultivares de inverno em Londrina

A apresentação de duas novas cultivares — IPR Goitacá, de triticale, e BRS Coleiro, de trigo — é a principal atração do Dia de Campo sobre Cultivos de Inverno programado para sexta-feira (9), a partir das 8h, na sede do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), em Londrina. O encontro é dirigido a técnicos, produtores e estudantes de ciências agrárias, que podem se inscrever diretamente no local.

A programação também prevê a troca de informações sobre oportunidades e desafios na safra de inverno, com ênfase na qualidade do produto e sua valorização pelo mercado e, ainda, discussões técnicas sobre o controle de plantas daninhas e o uso de redutores de crescimento nessas culturas.

Triticale – O triticale é um cereal que resulta do cruzamento entre o trigo e o centeio. O triticale IPR Goitacá tem alto potencial produtivo, tendo alcançado perto de 6,5 toneladas por hectare nos ensaios experimentais. É uma cultivar de ciclo médio e chega à colheita em cerca de 120 dias. As plantas de IPR Goitacá têm porte médio e ótima tolerância ao acamamento.

Apresenta ainda boa sanidade, resistência ao oídio e à bacteriose e tem resistência moderada à ferrugem da folha e às manchas foliares. É moderadamente suscetível à ferrugem linear.

Em relação à espiga, IPR Goitacá é moderadamente suscetível à giberela e à brusone. Como é suscetível ao vírus do nanismo amarelo da cevada (VNAC), recomenda-se o tratamento de sementes e monitoramento da população de pulgões para decidir sobre a necessidade de aplicar inseticidas na lavoura.

O triticale é utilizado na indústria de alimentos integrais (confere crocância a pães e biscoitos e substitui aditivos químicos para essa finalidade) e como alternativa ao milho em silagem e rações para alimentação animal. Também é boa opção para cobertura do solo, diversificação de culturas e produção de palhada no sistema de plantio direto.

Trigo – A cultivar de trigo BRS Coleiro, desenvolvida pela Embrapa, tem porte médio e alcançou nos ensaios experimentais produtividade de quase 7 toneladas por hectare.

O ciclo médio para espigamento (64 dias) e precoce para maturação fisiológica (111 dias) são características que atraem os produtores, por proporcionar melhor disponibilidade de janela de semeadura e planejamento para a safra de soja.

Com relação à sanidade, apresenta boa tolerância ao acamamento e ao crestamento, sendo resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares.

BRS Coleiro tem grãos do tipo extraduro e qualidade tecnológica da classe melhorador, com alta força de glúten e farinha de boa estabilidade. Isso indica que os grãos podem ser usados na produção de massas, na fabricação de pão industrial, pão francês e, ainda, em misturas com farinhas mais fracas.

Indicação – Tanto o triticale IPR Goitacá como o trigo BRS Coleiro são indicados para cultivo nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Sementes das novas cultivares estarão à disposição das empresas multiplicadoras já para a safra 2025.

O dia de campo de cereais de inverno é uma realização do IDR-Paraná, Embrapa e Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária, entidade formada por produtores de sementes que atua no fomento à experimentação agrícola.

Serviço:

Dia de Campo sobre Cultivos de Inverno

Data: 9 de agosto, sexta-feira

Horário: 8 h

Local: sede do IDR-Paraná em Londrina (rodovia Celso Garcia Cid, km 375 – saída para Curitiba)

Inscrições: no local

Fonte: AEN Foto: IDR Paraná

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Mapa cancelou 177 registros de agrotóxicos em 2023

O registro de produto é a porta para o acesso ao mercado. O registro de um produto técnico e seu produto formulado podem demandar 10 anos ou mais, com um custo que pode ultrapassar US$ 100 mil, mais as taxas anuais de manutenção.  

Em 2023, o Ministério da Agricultura aprovou 555 registros de agrotóxicos, somando 2.737 aprovações nos últimos 5 anos. Isso tem refletido diretamente no mercado com o aumento da competição, com maior número de players, redução dos preços e maior prazo para pagamento (para os importadores).  Se por um lado as empresas reclamam por mais produtos, no mesmo ano o MAPA cancelou 177 registros, ou seja, quase um terço do número de registros aprovados. Foram cancelados 48 registros de produtos técnicos e 129 de formulados. Dentre esses, 89 foram por solicitação das próprias empresas detentoras dos registros.

Dos registros cancelados, destaque para os produtos à base de carbendazim (22), piraclostrobina (15), fipronil (9) e mancozebe (8). Com o banimento do carbendazim pela Anvisa, a maioria das empresas titulares desses registros requereu os seus cancelamentos. Outrossim, ainda consta no Agrofit do MAPA 21 registros à base desse ingrediente ativo. Produtos à base do fipronil apresentaram o segundo maior número de cancelamentos, os quais, muito provavelmente, foram motivados pela proibição pelo Ibama da aplicação foliar, o principal mercado.

Quase ¼ dos cancelamentos, 43, foi de registros aprovados entre 2019 e 2023 (24,29%). Ou seja, esses produtos não ficaram nem 5 anos no mercado. Desses, 16,38% foram aprovados após o início de 2021, sendo que 2021 e 2022 foram os anos com maior número de registros aprovados que resultaram em cancelamentos no ano de 2023. Importante ressaltar que a maioria dos registros cancelados foram de produtos equivalentes, de acordo com o “Relatório: Registros Cancelados (2023)” elaborado pela AllierBrasil.

Você pode conferir a lista completa clicando aqui.

Em relação aos pleitos de registros cancelados, ou seja, processos de registros ainda não concluídos, de acordo com o MAPA foram cancelados 85 processos, dentre os quais 17 indeferimentos, de 33 produtos técnicos e 52 formulados. Em relação aos “cancelamentos”, é frequente que as empresas registrantes solicitem o cancelamento do pleito antes do processo ser indeferido, para que não seja publicado como tal.

O número de cancelamentos de registros tende a ser muito maior. Isso porque, de acordo com o Art. 35 da Lei dos Agrotóxicos “Emitido o registro para o agrotóxico, …, o titular do registro terá até 2 (dois) anos para iniciar a produção e a comercialização do produto, sob pena de cancelamento do registro concedido”. A aprovação de um registro pode demorar 10 anos ou mais, e, ironicamente, o registro será sumariamente cancelado se não for comercializado em 2 anos. 

Foram cancelados 48 registros de produtos técnicos e 129 de formulados

Fonte e Foto: Agrolink – Leonardo Gottems

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Café: Ainda de olho no frio, arábica tem leves altas nesta 5ª

O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta quinta-feira (8) com leves altas para os preços em Nova York e também em Londres para o tipo robusta. O mercado continua monitorando a massa de ar frio, que pode derrubar as temperaturas e eleva o risco de geada em áreas de café do Brasil. A condição climática deu suporte aos preços nos últimos dias.

Por volta das 08h48 (horário de Brasília), setembro/24 tinha alta de 70 pontos, negociado por 247,50 cents/lbp, dezembro/24 tinha alta de 80 pontos, valendo 242,80 cents/lbp, março/25 tinha alta de 55 pontos, cotado por 239,25 cents/lbp e maio/25 tinha alta de 50 pontos, valendo 236,50 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o tipo robusta tinha alta de US$ 44 por tonelada, valendo US$ 4327, janeiro/25 tinha valorização de US$ 41 por tonelada, negociado por US$ 4172, março/25 tinha alta de US$ 28 por tonelada, cotado por US$ 4024 e maio/25 tinha valorização de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 3908.

Uma recuperação nos estoques de café da ICE de níveis historicamente baixos é negativa para os preços. Os estoques de café robusta monitorados pela ICE em 25 de julho subiram para uma alta de 1 ano de 6.521 lotes, acima da baixa recorde de 1.958 lotes registrada em fevereiro de 2024. Além disso, os estoques de café arábica monitorados pela ICE subiram para uma alta de 1 ano e meio em 25 de junho de 842.434 sacas, acima da baixa de 24 anos de 224.066 sacas registrada em novembro de 2023.

Fonte e Foto: Notícias Agrícolas/Virgínia Alves

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Alta produtividade da soja inclui qualidade da semente

A compra de sementes de soja é crucial para o potencial produtivo e deve considerar a capacidade de germinação, vigor, sanidade e pureza. Sementes de alta qualidade germinam melhor e têm menos risco de doenças. É essencial alinhar essas qualidades com o preparo do solo e práticas agrícolas, segundo Rafael Toscano, Gerente Sr de Sementes na ORÍGEO.

“A semente de soja é um embrião revestido por um fino tegumento, o que a torna extremamente sensível. Existem diversos fatores que influenciam a perda de qualidade. Até o manuseio incorreto pode acarretar rupturas superficiais e destruição dos tecidos vegetais, comprometendo a qualidade física, fisiológica e sanitária, por isso a importância do cuidado no manuseio e armazenamento adequado na fazenda”, ressalta Toscano.

Ao comprar sementes, o agricultor deve verificar a qualidade, incluindo a sanitária, com o auxílio de laboratórios especializados. A ORÍGEO, em parceria com a Seedcorp I HO, oferece sementes de alta produtividade através das cultivares Ellas Genética. Estas variedades, como Luiza IPRO e Manu IPRO, têm alta tecnologia e desempenho comprovado, adaptadas ao Cerrado e com excelente performance na última safra, destacando-se pela produtividade e sanidade.

“São variedades com excelente performance comprovada em diversos ensaios, conferindo produtividade e sanidade, e totalmente adaptadas ao Cerrado, além de alto teto produtivo. Elas mostraram excelentes resultados de campo na última safra, o que é de extrema importância para os agricultores”, finaliza o gerente Rafael Toscano.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Pixabay

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5º Show Rural Coopavel de Inverno ganha mais quatro pavilhões de 400 metros quadrados

Uma nova estrutura física vai ser incorporada às atrações da quinta edição do Show Rural Coopavel de Inverno, agendada para 27 a 29 de agosto, em Cascavel, no Oeste do Paraná. Com 42 empresas expositoras, o evento se consolida como o maior palco brasileiro para a apresentação de novidades para o trigo e para as culturas indicadas para os meses de baixas temperaturas.

O novo ambiente é composto por quatro pavilhões de 400 metros quadrados cada. Eles recebem novo layout com destaque para a ampla fachada nas cores branco e vermelho. O pavilhão 1 vai abrigar indústrias do portfólio da Coopavel, como Sementes Coopavel, Rações Coopavel, Nutriagro, Coopclean, Biocoop, além da Credicoopavel, a Cooperativa de Crédito Rural da cooperativa.

Além de ambientes físicos para a apresentação e demonstração de soluções e produtos desenvolvidos para potencializar resultados principalmente do trigo, as indústrias da Coopavel terão parcelas para apresentar resultados na prática. Técnicos especializados vão recepcionar visitantes, repassar detalhes das tecnologias apresentadas e esclarecer dúvidas, observa o coordenador geral do Show Rural Coopavel, Rogério Rizzardi.

Faturamento das Cooperativas Agropecuárias caiu em 2023

As empresas que estarão no 5º Show Rural de Inverno, serão: Adama, Basf, Bayer, Bionat, Biotrigo, Biotrop, Corteva, FMC, Ihara, OR Sementes, Sumitomo, Raix, Syngenta, IDR-PR, Embrapa, DMS Tortuga, Cargil/Nutron, Agroceres, Alltech, Laboratório Prado, Parque Tecnológico Itaipu, Sebrae, Agromobility, Alltech, Cargill e Sumitomo (essas três também no Espaço Impulso), ADS Drones, Coopersystem, Eemovel, Fienile, Radek Systems, Tecexpert, Grupo PPG Educação, Claro, Magnólia, Vitrine Agroecológica, Nutriagro, Biocoop, CoopClean, Sementes Coopavel, Fertilizantes Coopavel e Rações Coopavel.

A abertura dos portões aos visitantes, diariamente, ocorrerá às 8h30. O acesso ao parque e ao estacionamento serão gratuitos. O evento vai receber caravanas de produtores rurais de vários municípios do Paraná, principalmente da área de cobertura da Coopavel no Oeste e Sudoeste do Estado.

Fonte: Agrimídia Foto: Assesseria Coopavel

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Safra 2024/25: Soja cresce, milho encolhe

A DATAGRO Grãos divulgou seu levantamento anual sobre a intenção de plantio para a safra 2024/25, indicando crescimento contínuo para a soja e retração para o milho. Pelo 18º ano consecutivo, a área de soja no Brasil deve aumentar, passando de 46,184 milhões de hectares na safra 2023/24 para 46,890 milhões de hectares em 2024/25, um crescimento de 1,5%.

A DATAGRO prevê uma produtividade inicial de 3.554 kg/ha, com produção potencial de 166,644 milhões de toneladas, 12% superior à safra revisada deste ano, de 149,262 milhões de toneladas. Flávio Roberto de França Junior, economista da DATAGRO, observa que esses números são preliminares e podem mudar com variações nas cotações nos próximos 60 dias. O aumento na área de cultivo deve ser uniforme, com destaque para as regiões Norte e Nordeste.

Para o milho, a DATAGRO prevê redução tanto na safra de verão quanto na de inverno. A área da 1ª safra deve cair para 3,894 milhões de hectares, contra 4,053 milhões de hectares na temporada 2023/24. O Centro-Sul terá 2,544 milhões de hectares, e o Norte/Nordeste, 1,350 milhões de hectares. A produção potencial da 1ª safra é estimada em 23,351 milhões de toneladas, 1% abaixo dos 23,693 milhões de toneladas de 2024.

Para a safra de inverno 2025, a área deve diminuir para 16,855 milhões de hectares, 2% a menos que os 17,207 milhões de hectares deste ano. Com clima regular, a produção da 2ª safra é projetada em 93,608 milhões de toneladas, estável em relação às 93,315 milhões de toneladas atuais. No total, a área de cultivo de milho deve ser de 20,749 milhões de hectares, 2% abaixo dos 21,260 milhões de hectares da temporada 2023/24, com produção potencial de 116,959 milhões de toneladas, estável em relação à safra atual.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Canva

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11º Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais e XXII Congresso Brasileiro de Sementes

O evento debate os desafios e oportunidades na cadeia de sementes e mudas no Brasil, com foco na sustentabilidade

O 11º Simpósio Brasileiro de Tecnologia de Sementes Florestais, integrado ao XXII Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), acontecerá de 10 a 13 de setembro de 2024, em Foz do Iguaçu. O evento reunirá especialistas e profissionais dedicados à tecnologia de sementes florestais para discutir desafios e oportunidades no desenvolvimento da cadeia de sementes e mudas no Brasil, um dos maiores mercados mundiais do segmento.

Com o tema central “Semente: a base da sustentabilidade”, o CBSementes promoverá discussões e trocas de experiências voltadas para práticas mais sustentáveis no setor florestal. A programação inclui mesas redondas sobre políticas públicas, mercado de carbono, restauração ambiental, oportunidades financeiras no setor de sementes florestais, impacto social e econômico da comercialização de sementes nativas, e tecnologias inovadoras para análise de sementes.

Destaques do evento incluem:

Mesa Redonda de Abertura: Discussão sobre integração de políticas públicas e agricultura carbono zero, com representantes do MDIC, MAPA e UFSCAR.

Sessão sobre Ambiente e Sementes Florestais: Impactos das mudanças climáticas na germinação de sementes, liderada por Bárbara Dantas da Embrapa Semiárido.

Debate sobre Tecnologias Inovadoras: Ferramentas avançadas para análise de sementes, apresentadas por especialistas da Universidade de Oviedo.

Além disso, o evento contará com palestras, grupos de trabalho, oficinas, e uma análise crítica dos cursos de pós-graduação na área de produção e tecnologia de sementes florestais.

O XXII Congresso Brasileiro de Sementes incluirá discussões sobre qualidade, sanidade, inovação, legislação e políticas públicas para o setor, além de exposições e submissão de trabalhos. Este congresso é essencial para o fortalecimento da produção nacional de sementes e mudas, fundamentais para a segurança alimentar e o crescimento econômico do Brasil.

Fonte: SeedNews

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Novo centro de distribuição de soja é inaugurado

A Boa Safra, uma das principais produtoras de sementes de soja no Brasil, anunciou a conclusão das obras de seu novo Centro de Distribuição (CD) em Campo Novo do Parecis, localizado no estado de Mato Grosso. Este novo empreendimento é um marco significativo na trajetória da empresa e faz parte de um plano estratégico de expansão de médio e longo prazo, conforme detalhado durante o follow-on realizado em abril de 2024.

O novo CD, com uma área total construída de 9.375 m², inclui 6.000 m² destinados a câmaras frias especialmente projetadas para o armazenamento de sementes. Esta infraestrutura moderna permitirá a estocagem de até 13.300 big bags, o que representa um avanço considerável na capacidade logística da Boa Safra. A construção do Centro de Distribuição reflete a estratégia da empresa de investir continuamente em sua logística para garantir a entrega eficiente e oportuna de seus produtos.

A escolha de Campo Novo do Parecis como sede do novo CD foi estratégica, tendo em vista a localização geográfica que permite uma cobertura abrangente de todas as regiões do Mato Grosso. Esta decisão posiciona a Boa Safra de maneira vantajosa para atender a demanda crescente no estado e reforça sua presença regional. O novo centro está localizado na Rodovia MT-235, KM 12, um ponto logístico crucial que facilitará o acesso e a distribuição dos produtos da empresa.

O objetivo principal da Boa Safra com essa expansão é aprimorar ainda mais a experiência do cliente, oferecendo um serviço de entrega que prioriza a qualidade, pontualidade e segurança.

A escolha de Campo Novo do Parecis como sede do novo CD foi estratégica

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Ivan Bueno/APPA

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Preço do milho sobe e Brandalizze vê fôlego para mais altas

A quarta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando novas movimentações positivas na B3. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 61,68 e R$ 70,97.

O vencimento setembro/24 foi cotado à R$ 61,68 com elevação de 1,30%, o novembro/24 valeu R$ 65,15 com ganho de 0,65%, o janeiro/25 foi negociado por R$ 68,40 com estabilidade e o março/25 teve valor de R$ 70,97 com recuo de 0,06%.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve desempenho positivo neste meio de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Brasília/DF. Já as valorizações apareceram nas praças de Londrina/PR, Castro/PR, Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Maracaju/MS, Campo Grande/MS e Cândido Mota/SP.

De acordo com a análise da Agrinvest, o milho setembro/24 operou com alta de mais de 1% nesta tarde na B3, ganhando suporte da valorização do dólar e futuros positivos em Chicago.

“A redução na oferta de milho ucraniano, associada à competitividade do milho brasileiro e melhora na demanda externa continuam trazendo ímpeto de alta para o cereal, não só na B3, mas no mercado físico”, diz a consultoria.

Na visão do Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro de milho tem fôlego para buscar patamares mais altos de cotações, mas neste momento está “subindo de escada”.

“O março/25 já está R$ 71,00 depois de trabalhar em alguns momentos em R$ 69,00. O janeiro/25 já tem fôlego para ir aos R$ 70,00, o setembro/24 que é o spot já se afastou bem dos R$ 60,00, mais próximos dos R$ 62,00. O ambiente do milho é um ambiente de alta, então o fôlego é positivo”, diz.

Brandalizze acrescenta que os preços devem seguir melhorando conforme nos aproximamos do final do ano. “Temos pouco milho. Basicamente hoje quem sabe que temos menos milho do que vai precisar para a demanda interna de etanol, de ração e exportação, é o produtor. Na hora que o mercado todo sentir isso, depois da colheita, ele tem que valorizar o milho porque o milho está muito barato”.

Mercado Externo

Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também encerraram o pregão desta quarta-feira contabilizando movimentações no campo positivo, mesmo após terem começado o dia no negativo.

O vencimento setembro/24 foi cotado à US$ 4,03 com valorização de 1,25 pontos, o dezembro/24 valeu US$ 4,18 com ganho de 0,75 pontos, o março/25 foi negociado por US$ 4,32 com alta de 1,00 ponto e o maio/25 teve valor de US$ 4,42 com elevação de 1,00 ponto.

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última terça-feira (23), de 0,31% para o setembro/24, de 0,18% para o dezembro/24, de 0,23% para o março/25 e de 0,23% para o maio/25.

Segundo informações da Agrinvest, vai voltar a ficar mais quente e seco em boa parte do Cinturão do Milho dos Estados Unidos, já que os mapas climáticos rodados pela NOAA nesta manhã mostraram temperaturas acima dos 36 °C e podendo chegar aos 40 °C nos próximos sete dias.

“Esse cenário, associado ao calor e seca na Ucrânia, causando aumento dos preços do milho na exportação e redução da oferta no Leste Europeu, acabam contribuindo para mais uma sessão de alta para o grão”, dizem os analistas da Agrinvest.

Fonte e Foto: Notícias Agrícolas/Guilherme Dorigatti

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O segredo para uma boa eficiência no manejo de pragas e doenças no trigo

O trigo tem sido apontado como uma das principais fontes de alimento da população humana e dos cereais cultivados, ocupa a terceira posição, atrás do milho e do arroz. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) a área nacional destinada ao cultivo de trigo no ano 2024 está estimada a 3,26 milhões de hectares, uma redução de 6% em relação ao ano anterior.

Mesmo assim, a perspectiva de produtividade é 9,587 milhões de toneladas, com um possível aumento de 26% em relação à safra anterior. Dentre os vários fatores para produção, atenção deve ser dada também ao manejo das principais pragas e doenças da cultura, dado que, uma boa produtividade depende do bom manejo fitossanitário.

Principais pragas na cultura do trigo

Pulgões

São insetos sugadores e causam grandes danos de formas diretas, sugando a seiva, reduzindo significativamente o número de grãos por espiga, o tamanho e o peso dos grãos. De forma indireta o dano mais comum e que pode ser causado pelos pulgões é a transmissão do BYDV causador do nanismo-amarelo em cereais de inverno.

As principais espécies danosas de pulgão são: Pulgão-verde-dos- cereais Schizaphis graminum, entre as espécies de afídeos de inverno é a de maior prolificidade. Pulgão-do-colmo-do-trigo Rhopalosiphum padi,é uma das espécies mais importantes como praga do trigo. Pulgão-da-espiga-do-trigo Sitobion avenae é a espécie mais abundante na fase de espigamento do trigo e pode causar danos diretos quantitativos e qualitativos quando em altas populações, durante o enchimento de grãos.

Para essa praga, a estratégia de controle baseia-se inicialmente no tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos. O monitoramento da lavoura é de grande importância durante o período de estabelecimento. O controle químico é recomendado com 10% de plantas infestadas a partir da emergência até o emborrachamento. Durante o período de espigamento o nível de controle é de 10 pulgões por espiga.

Percevejos

As principais espécies na cultura do trigo são: percevejos barriga-verde Diceraeus furcatus e Diceraeus melacanthus, percevejo-verde Nezara viridula, percevejo-do-trigo Thyanta perditor e o percevejo-raspador Collaria scenica.

Podem causar grandes problemas no período de emborrachamento do trigo como desenvolvimento atrofiado, redução da altura da planta e má formação das espigas, deixando-as sem grãos ou com formação parcial, comprometendo a produtividade e acarretando em impactos econômicos.

Para percevejos-barriga-verde, a aplicação de inseticidas em pulverização da parte aérea do trigo deve ser tomada quando encontrar quatro exemplares por m² na fase vegetativa e dois exemplares por m² na fase reprodutiva.

Para o percevejo-verde, em densidades populacionais superiores a quatro insetos por m², esta espécie é capaz de gerar quedas no rendimento e na germinação de sementes. Para o percevejo-do- trigo uma população acima de dois percevejos por espigas pode causar redução na produtividade, bem como na qualidade das sementes de trigo. O percevejo-raspador tem capacidade de reduzir a produtividade apenas quando ocorre em altas densidades populacionais.

Corós

Corós são larvas de solo tipicamente rizófagas, que atacam a cultura do trigo, são conhecidos pelo nome comum de bicho-bolo ou pão-de-galinha. Na região Sul do Brasil, as espécies coró-do-trigo (Phyllophaga triticophaga) e coró-das-pastagens (Diloboderus abderus) são as mais comuns. Segundo a EMBRAPA, as perdas ocasionadas por corós podem chegar a 100% em certos pontos da lavoura infestada.

As espécies de corós se alimentam de sementes e de raízes, As plantas atacadas apresentam-se murchas, em casos de destruição de todas as raízes morrem.O monitoramento e manejo dos corós necessita de cuidado por serem espécies de ciclo longo, polífagas, de difícil visualização e alcance devido aos hábitos subterrâneos, que ocorrem em reboleiras e possuem elevado potencial de dano.

As decisões sobre controle são adotadas já por ocasião do plantio através do tratamento de sementes, com produtos registrados para este fim.

Principais doenças que acometem a cultura do trigo

Giberela é uma doença de espiga causada pelo fungo Fusarium graminearum, manifesta-se em condições de intensa precipitação e causa prejuízos significativos para a cultura. As espigas infectadas pela doença apresentam coloração esbranquiçada e aristas arrepiadas, fatores que minimizam a produtividade e a qualidade dos grãos.

Para um manejo de alta eficiência é necessário escolher cultivares moderadamente resistentes, escalonar a época de semeadura para que os cereais não coincidam com as condições ambientais favoráveis ao patógeno e realizar controle químico preventivo, o recomendado é ser realizado pelo menos duas aplicações, uma no florescimento e a outra 15 dias após a primeira aplicação.

Brusone é uma doença de difícil controle causada pelo fungo Pyricularia grisea, em condições de clima frio. Seu maior dano ocorre principalmente na base da espiga, o indício mais comum é o branqueamento parcial da espiga, chegando a reduzir completamente a produção de grãos, no mais, o fungo pode infectar todos os órgãos aéreos.

É uma doença de difícil controle visto que permanece em restos culturais e em sementes de trigo. O manejo eficaz acontece com uso de cultivares moderadamente resistentes, rotação de culturas, escalonamento de época de semeadura e aplicação de fungicidas.

Mancha amarela, causada pelo fungo Drechslera tritici-repentis, é a principal doença foliar que ataca a cultura do trigo na região sul do Brasil, perdura nos restos vegetais, podendo se intensificar em lavouras com monocultura de trigo e em cultivares suscetíveis quando encontra dias consecutivos de chuva e temperatura adequada.

O fungo acomete as folhas, causando lesões que virão a restringir a área fotossintética e, por consequência, a presença dessa doença na lavoura pode reduzir em mais de 50% a produtividade de grãos. O manejo eficiente compreende rotação de culturas em conjunto com sementes sadias e/ou tratamento de sementes com fungicidas específicos. Para potencializar o manejo é recomendado o uso de cultivares moderadamente resistentes e aplicação de fungicida nos órgãos aéreos por meio do monitoramento.

Por: Eduarda Gheller e Omega Saul acadêmicos do curso de Agronomia da UFSM, campus Frederico Westphalen, membros do Programa de Educação Tutorial – PET Ciências Agrárias, sob acompanhamento do tutor, professor Dr. Claudir José Basso.

Fonte: Mais Soja Foto: Flávio Martins/Embrapa Soja