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Mesmo com menor produção, café garante mais rendimento ao produtor paranaense

A cafeicultura paranaense ocupou em 2024 praticamente a mesma extensão territorial do ano anterior, mas a produção foi 8% menor. No entanto, em razão da valorização dos preços recebidos pelos produtores, com a saca beneficiada superando em até 73% os valores de 2023, o rendimento tem sido maior.

Esta análise faz parte do Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 4 a 10 de outubro. O documento é preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), e analisa também o desempenho da soja e batata, os preços de suínos e bovinos, e as exportações de frango e peru.

A safra de café deste ano já está totalmente colhida. Ela ocupou 25 mil hectares e a estimativa é uma produção de 40,2 mil toneladas. No ano passado foram obtidas 43,9 mil toneladas. Os produtores conseguiram comercializar a saca beneficiada por R$ 1.247,17, em média, durante setembro deste ano. Valor bem superior aos R$ 720,57 de setembro de 2023.

Segundo o Deral, a alta estimulou a venda, que alcançou 41% das 670,6 mil sacas produzidas no ciclo. No mesmo período da safra anterior estava em 13%. É possível projetar que o Valor Bruto de Produção (VBP) do café supere R$ 750 milhões em 2024, valor 33% maior que os R$ 562,8 milhões obtidos em 2023.

A expectativa é que isso ajude a amenizar, ainda que momentaneamente, a tendência de retração de áreas dedicadas ao café no Estado. “A longo prazo, a tendência ainda é de encolhimento desta atividade rural, em razão das dificuldades de sucessão familiar e obtenção de mão de obra, somadas à grande concorrência com a produção de grãos no Estado”, analisou o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

De acordo com ele, a segunda década do milênio apresentou preços pouco atrativos para os produtores e muitos operaram no prejuízo. “Além disso, as dificuldades climáticas ainda são presentes, como a marcante frente fria de julho de 2013 que ocasionou grande erradicação de cafezais, que até então ocupavam 65 mil hectares, área duas vezes e meia superior à atual”, disse Godinho.

Batata

A colheita da batata de segunda safra caminha para o final. Restam pouco mais de 150 dos 10,5 mil hectares plantados. Eles estão em fase de desenvolvimento vegetativo na região de Cornélio Procópio, no Norte do Estado.

A produção total projetada é de 289 mil toneladas, 10,4% abaixo das 322,5 mil toneladas previstas no início da safra. Contribuíram para essa redução as chuvas irregulares, as ondas de calor intenso e os longos períodos de estiagem.

Soja

O boletim registra ainda a estimativa de produção de 429,2 milhões de toneladas de soja no mundo, o que configuraria recorde. Como principal produtor da oleaginosa, o Brasil deve ser responsável por 40% desse total, seguido pelos Estados Unidos, com 29%, e a Argentina (11,9%).

No cenário brasileiro, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê 166,28 milhões de toneladas a serem colhidas em uma área de 47,4 mil hectares. Se confirmada, será a maior da história. O Paraná deve contribuir com mais de 22 milhões de toneladas, fruto de semeadura em área recorde de 5,8 milhões de hectares.

Suínos

O preço médio de varejo dos cortes de carne suína pesquisados pelo Deral (lombo sem osso, paleta com osso e pernil com osso) subiu pelo quarto mês consecutivo no Paraná. Em média, o preço de R$ 16,54 praticado em maio de 2024 chegou agora em R$ 18,86 (12% a mais).

O maior reajuste foi da paleta com osso, que teve acréscimo de 15%, ou R$ 2,42 a mais por quilo. O pernil com osso elevou-se 13%, ou R$ 2,06 por quilo, enquanto o lombo sem osso está custando R$ 2,50 a mais por quilo (10% de aumento). A maior demanda é a principal explicação para o aquecimento no preço.

Bovino

No caso dos bovinos, a diminuição na oferta de animais prontos para o abate e a deterioração da qualidade de pastagens em boa parte do País provocou alta de 7,24% no preço da arroba nos oito primeiros meses do ano. Atualmente está em R$ 294,20 (US$ 53,18), o maior valor em dólares neste ano.

A constante desvalorização do real, a menor oferta de animais nos abatedouros e a expectativa de menor produção devido ao maior abate de fêmeas nos últimos anos pode elevar ainda mais o preço da carne no mercado interno. No varejo, todos os cortes pesquisados pelo Deral, com exceção do filé mignon, fecharam setembro de 2024 mais caros que no mesmo mês do ano passado.

Frango

O documento mostra também que as exportações brasileiras de carne de frango diminuíram 7,7% em faturamento nos oito primeiros meses de 2024. Foram US$ 6,2 bilhões contra US$ 6,7 bilhões no ano passado. Em quantidade, a retração foi de 1,7%, caindo de 3,40 milhões de toneladas para 3,34 milhões de toneladas.

No Paraná, a retração foi de 0,6% no volume exportado, reduzindo de 1,43 milhão de toneladas para 1,42 milhão de toneladas, e de 2,1% em valores, saindo de US$ 2,6 bilhões para US$ 2,5 bilhões. Principal produtor e exportador, o Estado tem participação de 42,6% em volume e de 41,5% da receita cambial.

Peru

A plataforma Agrostat Brasil aponta ainda que no mesmo período de oito meses as empresas nacionais exportaram 38.054 toneladas de carne de peru, com receita de US$ 93 milhões. Em 2023 tinham sido 47.451 toneladas (19,8% a mais) e US$ 144 milhões (54,6% a mais).

O Paraná é o terceiro colocado entre os estados brasileiros em exportação de carne de peru, com 8.180 toneladas e faturamento de US$ 19,5 milhões. Santa Catarina lidera com 16 mil toneladas e US$ 38,3 milhões em receitas, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 13.841 toneladas e US$ 35 milhões de divisas.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura

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Sindiadubos Paraná realiza 18ª edição do Simpósio NPK em Curitiba

O Sindiadubos Paraná anuncia a 18ª edição do Simpósio Sindiadubos NPK 2024, que ocorrerá no dia 24 de outubro, no Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. O evento, que será realizado de forma presencial, é um dos principais encontros do setor e reúne uma ampla gama de participantes, incluindo importadores, fabricantes, distribuidores de fertilizantes, produtores de aditivos, fornecedores de insumos, e outras partes interessadas no agronegócio.

Este ano, o simpósio abordará temas cruciais para o setor, como os impactos da reforma tributária sobre o agronegócio brasileiro e as perspectivas do segmento de fertilizantes no cenário nacional e mundial. As discussões prometem trazer insights valiosos sobre o futuro do agronegócio, com a presença de especialistas renomados.

A programação inclui palestras e painéis com figuras importantes do setor, como os Deputados Federais Pedro Lupion e Tião Medeiros, que discutirão os reflexos da reforma tributária. Marcos Jank, especialista e executivo em empresas do agronegócio e professor sênior do Insper e da USP, também estará presente para falar sobre as perspectivas do agronegócio brasileiro, com ênfase no setor de fertilizantes.

Inscrições

As inscrições para o Simpósio Sindiadubos NPK 2024 podem ser feitas pelo site oficial (www.sindiadubos.org.br) até o dia 18 de outubro de 2024. O valor da inscrição é de R$ 750,00 por participante. Após essa data, caso ainda haja vagas, as inscrições poderão ser feitas no local do evento, com pagamento em dinheiro ou cartão.

Fonte e Foto: Revista Cultivar

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Soja: confira a análise e perspectivas para o mercado do grão

A análise do mercado da soja da plataforma Grão Direto destaca que o relatório de oferta e demanda está alinhado com as expectativas do setor. Embora as estimativas de safra nos Estados Unidos tenham caído, as previsões para Brasil e Argentina se mantiveram estáveis, sugerindo um cenário equilibrado para os próximos meses.

Chuvas previstas

A semana trouxe chuvas para diversas regiões do país, embora, em muitos locais, a quantidade de precipitação ainda seja insuficiente para dar início ao plantio. Nos EUA, o ritmo da colheita avançou consideravelmente, com índices 10% superiores ao mesmo período do ano passado e 13% acima da média dos últimos cinco anos.
Esse cenário impactou de forma negativa os preços em Chicago, onde o contrato de soja para novembro de 2024 fechou a U$10,05 por bushel, uma queda de 3,18%. O contrato para março de 2025 também caiu, terminando em U$10,35 por bushel. O mercado físico brasileiro acompanhou essa tendência, mesmo com uma alta de 2,93% no dólar, que encerrou a R$5,62.

Perspectivas e projeções

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que as chuvas se espalhem pelo Brasil Central na próxima semana, com maior intensidade no Rio Grande do Sul. No Mato Grosso, as precipitações devem ser gerais, com volumes mais baixos na região leste e chuvas mais intensas no noroeste. Essa melhoria nas condições climáticas pode incentivar muitos produtores a iniciar ou acelerar o plantio da safra 2024/25.

Além disso, especulações sobre um possível cessar-fogo impactaram o mercado, resultando em uma queda significativa nos preços do petróleo. Isso afetou toda a cadeia de commodities, incluindo a soja. Mesmo que esses rumores não tenham sido confirmados, a situação permanece instável, e especialistas afirmam que a resolução do conflito ainda está distante. Essa incerteza continuará a influenciar o mercado de grãos, dada a relevância da região na produção de petróleo.

Dados da ferramenta de Inteligência de Mercado da Grão Direto indicam que os meses de junho e julho registraram o maior volume de vendas para entrega em março de 2025. Agora, há um aumento nas vendas para entrega em abril de 2025, impulsionado pelo atraso no plantio da safra 2024/25. Espera-se que o ritmo de comercialização para os meses de abril e maio de 2025 aumente conforme o avanço do plantio.

Análise gráfica

Analisando o contrato de novembro da soja em Chicago (X24), notamos que os preços se aproximaram da faixa de US$10.00/bushel, um ponto crucial para o comportamento do mercado. Caso os preços caiam abaixo dessa marca, há a possibilidade de recuar até as mínimas do ano, próximas a US$9.55/bushel. Se, por outro lado, os preços se mantiverem acima de US$10.00/bushel, pode haver um teste das máximas de setembro, em torno de US$10.70/bushel.

O mercado seguirá atento ao progresso do plantio no Brasil, que, apesar do atraso, é avaliado de maneira otimista. Assim, a próxima semana pode ser marcada por uma desvalorização em Chicago, refletindo nas cotações brasileiras.

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação

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Agronegócio empregou 28,6 milhões de pessoas no segundo trimestre

De abril a junho de 2024, o agronegócio brasileiro empregou um recorde de 28,6 milhões de pessoas, o maior número registrado desde o início da série histórica em 2012, superando o resultado do primeiro trimestre deste ano.

Os dados são do boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com o levantamento, os trabalhadores do agronegócio representaram 26,5% do mercado de trabalho brasileiro no segundo trimestre. “Frente ao 2º trimestre de 2023, a população ocupada do setor aumentou 2,3% (643 mil pessoas), reflexo do maior contingente ocupado nas agroindústrias (4,0% ou 179 mil pessoas) e, principalmente, nos agrosserviços (8,3% ou 815 mil pessoas)”, diz o boletim.

Clique aqui e confira a íntegra do boletim.

Fonte: CNA Foto: Divulgação

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Estoques de milho do Venda em Balcão são reforçados em virtude de estiagem

Os criadores e as criadoras de animais de todo país irão contar com o reforço de 16 mil toneladas de milho nos estoques do Programa de Venda em Balcão (ProVB). O reforço realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é uma ação recorrente e leva em consideração a estiagem registrada nos últimos meses. Além dessa remoção, a Companhia prevê contratar o serviço de frete de outras 21 mil toneladas do cereal neste ano.

Para facilitar o acesso dos criadores ao grão disponível nos estoques públicos, a Companhia permite a compra de quem já possui cadastro diretamente do seu celular ou computador de maneira on-line, por meio do Balcão Digital. Essa ferramenta permite ao cidadão formalizar demandas de compra de milho, emitir a autorização de venda e a Guia de Recolhimento da União (GRU) para pagamentos e até agendar a retirada do cereal nas unidades da Companhia.

“O objetivo da Companhia com esta ação é oferecer um serviço público de qualidade, economizando tempo e dinheiro do cidadão e tornando as operações mais simples e ágeis. A iniciativa segue as estratégias da Transformação Digital no Setor Público, que busca simplificar a comunicação e a aquisição de produtos, tornando o processo mais eficiente”, reforça o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Arnoldo de Campos.

Parcerias

Outra ação que tende a aproximar o criador da Companhia são as parcerias com entidades estaduais, municipais ou organizações da sociedade civil . “Uma das dificuldades encontradas pelos pequenos criadores é a questão logística, uma vez que é preciso se deslocar para a unidade de venda da Conab mais próxima. Mas uma colaboração com prefeituras, secretarias ou ainda com associações e cooperativas pode auxiliar na superação desse desafio, facilitando o acesso ao milho comercializado pela estatal”, destaca Campos.

Atualmente, o Programa conta com aproximadamente 69 mil toneladas de milho nos estoques. De janeiro a setembro deste ano foram comercializadas cerca de 74,5 mil toneladas do cereal, atendendo mais de 11 mil criadores cadastrados nos estados em que o ProVB é executado pela Companhia.

O Venda em Balcão é destinado aos pequenos criadores, entre suinocultores, avicultores, bovinocultores, caprinocultores, ovinocultores, bubalinocultores (búfalos), aquicultores e coturnicultores (codornas), que sejam detentores da Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) ou que, embora não a possuam, atendam os critérios de enquadramento.

Para participar do Programa, os criadores devem procurar a Conab e realizar o cadastro no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais e Demais Agentes (Sican), disponível no portal da Companhia. Após a realização da inscrição, o interessado em adquirir o milho comercializado pela Conab deverá entrar em contato, por e-mail ou telefone, com a Superintendência da estatal ou ainda a Unidade armazenadora mais próxima para habilitação da documentação enviada. As informações devem estar atualizadas e permitem o acesso mensal aos estoques públicos, de acordo com o tamanho do plantel.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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A chave para a produtividade da soja

O Brasil, o maior produtor e exportador de soja do mundo, prevê uma safra de 165 milhões de toneladas para 2024/2025, com um crescimento de 12% em relação à safra anterior. Apesar de desafios climáticos e preços baixos, a demanda global pela soja permanece forte, o que pode gerar boa rentabilidade para os agricultores. Para maximizar a produtividade, é fundamental abordar os desafios nutricionais na fase inicial do ciclo da soja, incluindo a disponibilidade de Nitrogênio, Fósforo, Potássio e micronutrientes como Zinco e Manganês.

“Os agricultores precisam ter atenção especial a essas deficiências, uma vez que esses nutrientes contribuem para fortalecer a planta e fortalecem e aumentam sua resistência ao estresse hídrico. Já os micronutrientes desempenham papéis críticos nas defesas naturais da planta, como a ativação de enzimas antioxidantes, que reduzem os danos celulares em condições adversas”, explica Bernardo Borges, gerente técnico da BRQ Brasilquímica.

O especialista ressalta que o tratamento de sementes com inoculantes e fungicidas é crucial para proteger as plantas e melhorar a fixação de nitrogênio. A aplicação de micronutrientes, como zinco e manganês, no sulco de plantio garante a nutrição desde o início do ciclo.  A BRQ Brasilquímica oferece soluções, incluindo a coinoculação com QualyFix 7.2 e QualyFix Gramíneas, e o tratamento com AminoSpeed Leg, que fornece nutrientes e enraizadores. Seus produtos QualyFol 9.9 e QualyFol Cerrado Mn, que contêm manganês e zinco balanceados, ajudam a maximizar a produtividade e a qualidade da safra.

“Também temos produtos aplicados no momento inicial, como QualyFol 9.9, fonte de manganês, e QualyFol Cerrado Mn, que tem outros componentes, como zinco, de maneira balanceada. O portfólio foi desenvolvido para ajudar os sojicultores a atingir o maior teto produtivo da safra e com excelente qualidade. Ao utilizar nossos produtos, eles estão oferecendo às plantas todos os nutrientes necessários para o seu esperado desenvolvimento”, finaliza Bernardo Borges.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

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Exportação de milho: Paranaguá sem vendas

Os prêmios de exportação de milho em Paranaguá apresentaram variações nas ofertas de compra, enquanto as vendas registraram ausência de valores nos principais meses. Para outubro, a venda ficou sem valor, mantendo a indicação anterior em 115, enquanto a compra subiu para 115 (+5), com base no contrato Z4. Em novembro, a situação foi semelhante, com a venda sem valor e a compra subindo para 120 (+5). Para julho e agosto, não houve valor de venda, e a compra foi registrada em 60 (+5), com base U5. Essas oscilações refletem um cenário de alta nas ofertas de compra, mas sem movimentação nas vendas.

No mercado argentino, o preço do milho com entrega imediata manteve-se em A$ 180 mil por tonelada, mesma cotação do dia anterior, mas há expectativa de melhorias. Esse valor também foi oferecido para contratos futuros, registrando um aumento de A$ 3 mil por tonelada em comparação com a rodada anterior. Para os forwards, as ofertas para embarques entre novembro e dezembro também permaneceram estáveis em A$ 180 mil por tonelada. No mercado MATBA, o preço oscilou para US$ 193,00 por tonelada, com entrega em abril, um aumento em relação aos US$ 189,00 anteriores. Em Chicago, o preço ficou em US$ 172,27.

No cenário global, o milho FOB americano foi cotado a US$ 210, o argentino a US$ 203 e o brasileiro a US$ 212 por tonelada. Esses valores, convertidos para US$/t, fornecem uma ideia aproximada dos custos para os importadores brasileiros. O milho argentino FOB fechou com preços aproximados de US$ 209 para outubro e US$ 210 para os meses de novembro e dezembro.

Fonte e Foto: Agrolink

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Desafios e Perspectivas no Mercado de Trigo

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul atravessa um cenário desafiador, especialmente para os moinhos locais. Estes estão bem abastecidos, sobretudo com trigos de qualidade mediana, o que tem mantido as moagens em níveis baixos ao longo de setembro. Em relação aos preços, os vendedores estão pedindo R$ 1.250,00 por tonelada (FOB) para trigos com um teor de proteína mínima de 77 e qualidade panificável, mas esse valor não tem sido alcançado, e os moinhos preferem não fazer ofertas.

Em Santa Catarina, os moinhos também estão atentos à safra gaúcha, aguardando a colheita para reabastecer seus estoques. A demanda segue baixa, mas espera-se que uma melhora na qualidade do trigo impulsione a procura por farinhas. Recentemente, os preços variaram nas principais cidades catarinenses: R$ 72,00 em Caçador, R$ 67,67 em Canoinhas, R$ 73,00 em Chapecó, R$ 72,00 em Joaçaba, R$ 70,00 em Rio do Sul, R$ 75,25 em São Miguel do Oeste e R$ 76,48 em Campos Novos.

No Paraná, o mercado de trigo está sob pressão. Os preços variam entre R$ 1.450,00 e R$ 1.500,00 (FOB), pressionados pela busca dos moinhos por valores mais baixos. A chegada do trigo da nova safra gaúcha, com preços CIF entre R$ 1.300,00 e R$ 1.380,00, também contribui para essa pressão. O aumento da colheita no estado paranaense intensifica a oferta e afeta ainda mais os preços locais. Em comparação, o mercado gaúcho apresenta melhores condições de custo para os moinhos, enquanto o Paraná, com a colheita já em andamento, movimenta o mercado spot.

Fonte e Foto: Portal do Agronegócio

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Winter Show: Agrária promove evento para discutir pesquisa agropecuária e tecnologia

A importância da pesquisa para a evolução e revolução na agricultura foi destacada no último dia 1º na abertura do Winter Show, maior evento técnico de cereais de inverno do Brasil, promovido pela Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), um dos braços da Cooperativa Agrária Agroindustrial, em Entre Rios, no município de Guarapuava. Ele é realizado há 21 anos e tem como objetivo a difusão de tecnologias e inovações sobre culturas de inverno, particularmente trigo e cevada.

O Winter Show 2024 é promovido pela Agrária e pela Fundação Agrária Pesquisa Agropecuária (Fapa). Entre os dias 1º e 3 de outubro o público terá contato com 76 empresas expositoras que oferecerão soluções para o agronegócio, além de palestras e cursos. A cooperativa investiu este ano R$ 5 milhões para a pavimentação da rua principal da área de campo e a construção de cincos estandes em alvenaria. Os espaços têm dois pavimentos e comportam banheiros, lounge e sala de reuniões.

A importância da pesquisa agropecuária foi enfatizada pelo secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Natalino Avance de Souza. Segundo ele, o Estado tem procurado aumentar os investimentos em pesquisa, mantendo parceria com entidades particulares, incluindo a Fapa. “É um caminho curto da inovação, ciência e tecnologia em prol da modernização, sustentabilidade e competitividade da agricultura”, destacou.

De acordo com o secretário, a região no entorno da Agrária não apresenta uma agricultura tão pujante quanto aquela em que há atuação da cooperativa, particularmente em razão do trabalho feito pela Fapa e pelo processo de transferência de tecnologia. “A cooperativa provocou uma revolução na agricultura graças à capacidade de trabalhar a inovação”, disse.

O presidente da Agrária, Adam Stemmer, igualmente salientou que a cooperativa trabalha desde 1951, quando foi criada, tendo como base investimento em pesquisas. “O investimento vem sempre evoluindo, e agora com a agricultura 5.0 e a inteligência artificial demanda cada vez mais agilidade, desenvoltura e ação para dar respostas aos cooperados e ao mercado”, afirmou.

Os investimentos em pesquisa, principalmente com cevada, têm crescido devido à exigência do mercado. A Agrária, em parceria com a empresa alemã Ireks, investe R$ 500 milhões em uma indústria para produzir malte especial, com previsão de produzir cerca de 64 mil toneladas anuais. A nova indústria está sendo levantada ao lado de outra maltaria da Agrária.

Além disso, em junho deste ano foi inaugurada a Maltaria Campos Gerais, em Ponta Grossa, distante cerca de 160 quilômetros de Guarapuava. Com investimento de R$ 1,6 bilhão, ela é fruto de intercooperação entre as cooperativas Agrária, Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus e Coopagrícola. A capacidade é para produção de 280 mil toneladas de malte por ano.

Culturas de Inverno

Beneficiado por seu clima, historicamente o Paraná é grande produtor de culturas de inverno. No ano passado foram cultivados aproximadamente 2,2 milhões de hectares entre aveia branca e preta, azevém, canola, centeio, cevada, trigo, trigo mourisco e triticale.

Foram retirados da terra 4,4 milhões de toneladas de produtos, com destaque para trigo – 3,2 milhões de toneladas; triguilho – 456 mil toneladas; aveias – 439,8 mil toneladas, e cevada – 249 mil toneladas.

As culturas de inverno foram cultivadas comercialmente em 328 municípios paranaenses e alcançaram R$ 4,2 bilhões em Valor Bruto de Produção (VBP). Além disso, o Estado produziu 186,5 mil toneladas de sementes dos produtos invernais.

Fonte: AEN Foto: Evandro Fadel/SEAB

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Mercado cafeeiro inicia sessão desta 5ª feira com preços mistos nas bolsas internacionais

De acordo com o Escritório Carvalhaes, a expectativa da chegada de chuvas sobre os cafezais brasileiros, depois de longa e severa seca, com altas temperaturas em pleno inverno, continua provocando um intenso sobe e desce nas cotações do café em Nova Iorque e Londres.

O mercado de commodities segue acompanhando a perspectiva de adiamento da Lei Antidesmatamento, e segundo o Barchart, para o café o adiamento da lei permitiria que estoques certificados mantidos em armazéns europeus fossem usados ​​para satisfazer contratos, reduzindo as preocupações de que a nova lei levaria à descertificação do café e limitaria os suprimentos existentes.

Diante deste cenário, o café robusta registrava às 8h50 (horário de Brasília) uma queda de US$ 4 no valor de US$ 5.107/tonelada no contrato de novembro/24, uma alta de US$ 16 no valor de US$ 4.878/tonelada no de janeiro/25, e uma alta de US$ 43 no valor de US$ 4.694/tonelada no de março/25.

Já o arábica trabalhava com queda de 30 pontos no vencimento de dezembro/24 no valor de 256,20 cents/lbp, uma alta de 20 pontos no valor de 254,95 cents/lbp no de março/25, e uma alta de 30 pontos no valor de 253,10 cents/lbp no de maio/25.

Algumas regiões cafeeiras do robusta no Brasil chegaram a resgitrar chuvas moderadas nos últimos dias, que ajudaram a aliviar o impacto da seca durante o importante período de floração dos cafezais.

Mas, de acordo com relatos recebidos pela produção do Notícias Agrícolas, áreas produtoras do arábica no país ainda estão sofrendo muito com a seca, e os produtores seguem apreensivos sobre a dimensão do quanto a crise hidríca prolongada já afetou o potencial produtivo das lavouras. A expectativa é que as chuvas cheguem nos próximos 10 dias para essas regiões.

Fonte: Notícias Agrícolas Foto: Divulgação