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Produção de grãos deve chegar a 298,6 milhões de toneladas na safra 2023/2024

A produção brasileira de grãos deverá atingir 298,6 milhões de toneladas na safra 2023/24, uma redução de 21,2 milhões de toneladas quando comparada com o volume obtido na temporada passada. Os dados estão no 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta terça-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa queda é influenciada principalmente pela perda na produtividade média das lavouras do país, reflexo das adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas de primeira safra, em especial, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras.

A colheita do milho segunda safra está avançada e segue para a finalização, com produção estimada em 90,28 milhões de toneladas. De acordo com o Progresso de Safra, publicado nesta semana pela Companhia, os trabalhos de colheita superam 90% da área cultivada no país. As produtividades alcançadas neste ciclo do grão variaram de acordo com o pacote técnico utilizado e, principalmente, da época de plantio da cultura. Semeaduras realizadas dentro da janela ideal, ou seja entre janeiro até meados de fevereiro, obtiveram produtividades dentro do esperado e até superiores às registradas na última safra devido, principalmente, à regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura. As exceções a esta situação ocorreram no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal.

Aliada à perda de produtividade, a área destinada para o milho também foi reduzida, tanto na segunda como na primeira safra do grão, o que influencia na menor expectativa de colheita. A produção total esperada para o ciclo 2023/24 é de cerca de 115,65 milhões toneladas, cerca de 12,3% inferior à temporada passada.

Outra importante cultura de segunda safra é o algodão. Mas, para a fibra, a Conab prevê aumento tanto na área como no desempenho médio das lavouras, influenciado pelas condições climáticas que favoreceram o desenvolvimento da cultura. Com isso, a previsão é de um novo recorde para a produção da fibra, sendo estimada uma colheita de 3,64 milhões de toneladas de algodão em pluma.

Já para o feijão é esperada uma produção total de 3,26 milhões de toneladas, 7,3% superior à produção de 2022/23. A segunda safra da leguminosa, com a produção estimada em 1,5 milhão de toneladas, teve seu potencial de produtividade reduzido devido à incidência de doenças e da mosca-branca, além da falta de chuvas e temperaturas elevadas em importantes estados produtores. A terceira safra do grão está estimada em 812,5 mil toneladas, com as lavouras, de modo geral, nos estágios de desenvolvimento à maturação, e em Goiás, em fase inicial de colheita.

Dupla do feijão no prato dos brasileiros, o arroz já está com a colheita finalizada. A produção neste ciclo teve um crescimento de 5,6%, comparada ao volume produzido na safra anterior, chegando a 10,59 milhões de toneladas. O aumento verificado é influenciado pela maior área cultivada no país, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.

Já a soja, principal grão cultivado no país, a produção na atual safra é de 147,38 milhões de toneladas, redução de 4,7% sobre o ciclo anterior. Nas áreas semeadas entre setembro e outubro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba, houve alterações no potencial produtivo das lavouras, com os baixos índices pluviométricos e as altas temperaturas, situações que causaram replantios e perdas de produtividade, diferente das áreas com lavouras mais tardias.

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. A semeadura nos estados da Região Sul, maior produtora do cereal no país, onde se concentra 85% da área cultivada, está quase concluída, restando áreas em Santa Catarina para serem plantadas. No Rio Grande do Sul, após o atraso inicial da semeadura em razão do excesso de chuvas, teve o plantio concluído, assim como as áreas semeadas no Paraná. A expectativa é de uma redução de 11,6% na área destinada ao cereal, estimada em 3,07 milhões de hectares.

Mercado

Neste 11º levantamento, a Conab manteve estáveis as projeções do quadro de suprimentos da safra 2023/2024 para os principais produtos analisados, com exceção do milho. A Companhia aumentou em 2,5 milhões de toneladas a estimativa de exportação desse produto. Este incremento ocorre em meio a recente desvalorização da moeda brasileira, a qual tem refletido em um aquecimento no fluxo das vendas ao mercado externo do cereal.

A questão cambial também pode afetar as exportações de arroz que hoje estão estimadas em 1,3 milhão de toneladas. No último mês, o volume embarcado do grão chegou a 175 mil toneladas, enquanto que em junho as exportações chegaram a 62 mil toneladas. Entretanto, cabe pontuar que a menor disponibilidade interna do grão deverá limitar o volume embarcado até o ciclo 2024/205.

Para outras informações acesse os arquivos do 11º Levantamento – Safra 2023/2024, publicados no Portal da Conab.

Fonte: Conab Foto: Rufino/Embrapa Soja

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Começa prazo para produtor declarar ITR

O prazo para os produtores rurais enviarem a declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), exercício 2024, começa nesta segunda (12).

Os procedimentos para a declaração estão na Instrução Normativa nº 2206/2024 da Receita Federal e a DITR poderá ser encaminhada pelo site até o dia 30 de setembro.

A declaração do ITR pessoa física ou jurídica, proprietário ou posseiro do imóvel rural, é obrigatória e, por isso, a CNA alerta o produtor rural para que observe o prazo e evite multas.

A DITR é composta pelo Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diac) e pelo Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diat).

Caso ocorra erro ou esquecimento de informações, após o envio do documento, o produtor deve fazer uma declaração retificadora. Nela, é importante conter todas as informações anteriormente declaradas mais as correções, sem interromper o pagamento do imposto apurado na DITR original.

Segundo a CNA, mesmo com a publicação da lei nº 14.932/2024, que retirou a obrigatoriedade do Ato Declaratório Ambiental (ADA) na declaração, é importante que o produtor preencha o documento, conforme previsto na IN 2206/2024, para fins de exclusão de áreas não tributáveis do imóvel e redução do valor pago do ITR.

Para baixar o programa gerador do ITR 2024, clique aqui .

Fonte e Foto: CNA

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Exportações de soja, açúcar, combustíveis e frango batem recorde no Paraná em 2024

As exportações paranaenses de soja em grão, açúcar bruto, óleos e combustíveis, geradores e transformadores elétricos e carne de frango industrializada bateram recordes históricos nos primeiros sete meses deste ano. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), organizados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). O Paraná já exportou US$ 13,6 bilhões em 2024.

No caso da soja, as vendas estaduais ao mercado internacional somaram US$ 3,5 bilhões no acumulado de janeiro a julho de 2024, correspondendo à maior cifra registrada para o período desde 1997, início da série histórica. Também houve um crescimento de 4,6% em relação aos US$ 3,3 bilhões movimentados no mesmo período em 2023, que era o maior registro até então. A soja representa 25% (um quarto) da pauta de exportações do Paraná.

Da mesma forma, as exportações paranaenses de açúcar bruto são as mais relevantes da série de resultados, com receitas de US$ 709 milhões até julho, ficando 41% acima dos US$ 502 milhões contabilizados em idêntico intervalo do ano passado, por exemplo. O melhor resultado tinha sido de janeiro a julho de 2011, com US$ 669 milhões.

Já as vendas ao Exterior de óleos e combustíveis totalizaram US$ 247 milhões, valor igualmente recorde (o maior tinha sido em 2022, com US$ 239 milhões), evidenciando a pujança do setor petroquímico paranaense, com crescimento de 29,8% em relação ao mesmo período de 2023 (US$ 190 milhões).

Essa realidade também pode ser observada no âmbito da indústria local de material elétrico, com as exportações de US$ 87 milhões de geradores e transformadores registradas de janeiro a julho de 2024. O recorde é quase três vezes maior do que os US$ 33 milhões do mesmo período do ano passado.

As exportações de carne de frango industrializada atingiram US$ 84,7 milhões, superando todos os resultados anotados nos sete primeiros meses de cada ano, de 1997 a 2023, inclusive o recorde anterior de US$ 82 milhões em 2022. O volume das vendas desse produto indica a conquista de mercados pelos alimentos paranaenses de maior valor agregado, o que resulta em maiores retornos econômicos para o Paraná, assim como no caso do mercado de suínos e pescados.

Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, a variedade de produtos que vêm registrando recordes de exportação demonstra que a competividade do Estado não se restringe a poucos segmentos. “Somos competitivos da produção de bens primários até a manufatura de mercadorias sofisticadas, o que pode ser atribuído aos empreendedores locais, que contam com o apoio do governo estadual”, afirma.

Balanço Geral

As exportações paranaenses cresceram em julho em relação a junho (de US$ 2,01 bilhões para US$ 2,05 bilhões). De maneira geral, o Paraná é o 5º maior exportador do ano, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato Grosso. Os maiores compradores do Paraná foram China (US$ 3,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 884 milhões), México (US$ 584 milhões), Argentina (US$ 525 milhões) e Chile (US$ 357 milhões).

No sentido oposto do comércio internacional, as importações aumentaram 4,8% de janeiro a julho, saindo de R$ 10,3 bilhões para US$ 10,8 bilhões. A principal pauta estadual é adubos e fertilizantes (U$ 1,09 bilhão), óleos e combustíveis (US$ 940 milhões) e autopeças (US$ 698 milhões). A balança comercial continua positiva, com diferença de US$ 2,7 bilhões entre compras e vendas.

Confira o relatório de dados do Ipardes de janeiro a julho.

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

Lavoura de cevada. Ipiranga,12/09/2019 Foto:Jaelson Lucas / AEN

Paraná teve chuvas acima da média e temperatura máxima de 26,8 °C em julho, aponta boletim

Em julho de 2024, assim como nos dois meses anteriores, foi um período seco nas regiões Norte e Noroeste paranaense. Isso ocorreu devido, novamente, à atuação de bloqueios atmosféricos com extensas massas de ar secas e quentes, que impediram o avanço das frentes frias. Nas demais regiões as chuvas foram abundantes. O maior acumulado mensal ocorreu em Palmas, no Sul, onde choveu 247,8 mm, e o menor índice foi 18 mm registrado em Jaguariaíva, no Norte.

Os dados são do Boletim Agrometeorológico de Julho elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), com apoio do Simepar. Segundo o informe, as anomalias de precipitação foram superiores à média histórica em grande parte do Paraná, exceto no Norte e Noroeste. O Litoral e Sul foram as localidades que registraram os maiores acumulados de precipitação e que mais se distanciaram da normal climatológica com superávits de 108,6 mm e 102,5 mm, respectivamente.

As regiões Noroeste e Norte foram impactadas pela seca, tanto em termos quantitativos, como em distribuição. Nessas localidades houve apenas a atuação de um sistema de instabilidade significativo durante o mês, que provocou chuva concentrada no período de 08 a 13.

O déficit de precipitação em relação à média histórica atingiu -64 mm em Jaguariaíva, no Norte. Devido à chuva expressiva na maior parte do Paraná, a média estadual de precipitação foi de 135,1 mm, sendo que a média histórica é de 89,4 mm.

As temperaturas máximas foram proporcionais às precipitações, ou seja, mais amenas nos locais mais chuvosos como no Sul, Sudoeste, Litoral e Oeste. No Litoral, por exemplo, a temperatura máxima foi 2,4 ºC abaixo da média histórica. Por outro lado, as regiões Norte e Noroeste apresentaram temperaturas entre 1 a 2 ºC acima da média histórica devido a presença persistente de massas de ar quentes.

A maior temperatura máxima média de julho foi de 26,8 °C, registrada em Cambará, no Norte. As temperaturas mínimas foram variadas, mas superior à média histórica na maior parte do Estado. Em Apucarana, no Norte, a média das temperaturas mínimas foi 14,9 °C, sendo que a média histórica é 13,2 °C. Na média estadual, a temperatura máxima e mínima foram -0,5 °C e 0,5 °C em relação a média histórica, respectivamente.

Somente no dia 1º de julho houve formação de geadas de fraca intensidade em algumas localidades no extremo sul do Paraná. Não houve registro do fenômeno no restante do mês. A menor temperatura registrada foi de -0,1 °C no dia 01/07 no município de Palmas.

Milho 2ª safra – A colheita do milho, favorecida pela estiagem, atingiu 85% no final de julho. Devido à seca, grande parte das lavouras apresentou quebra na produtividade, exceto as localizadas no Sudoeste e parte da região Oeste, as quais obtiveram produtividade dentro da estimativa inicial. As chuvas de julho tiveram pouco impacto na produtividade, pois a grande maioria das lavouras estava em fase de maturação.

De maneira geral, nessa safra, a infestação de cigarrinha foi menor e melhor controlada, comparado à safra anterior, especialmente nas áreas com boa precipitação. Ocasionalmente, algumas lavouras acamaram devido ao vento e  chuvas.

Trigo – Em julho foi finalizada a semeadura de trigo, apesar da dificuldade por falta ou excesso de umidade no solo. Muitas lavouras, especialmente as localizadas nas regiões Norte e Nordeste, foram prejudicadas pela seca e temperaturas elevadas desde a implantação da cultura, apresentando porte reduzido, pouco perfilhamento, perfilhos inviáveis, espigas pequenas, área foliar diminuta e redução no potencial produtivo. A adubação nitrogenada e manejos fitossanitários também foram intensificados após as chuvas ocorridas em julho, visando o controle de ferrugem, oídio, brusone, manchas foliares, pulgões e lagartas.

Mais Cereais De Inverno – As lavouras de aveias localizadas nas regiões Norte e Noroeste também tiveram a produtividade reduzida em virtude da seca. Iniciou-se a dessecação e rolagem nas áreas de cultivo de aveia para cobertura do solo. Os cereais comumentes cultivados mais ao Sul do Estado, como a cevada, canola, centeio, triticale e até mesmo a aveia, apresentaram bom desenvolvimento.

Café – A colheita do café evoluiu de 47% em junho para 76% em julho, favorecida pelo tempo seco nas regiões produtoras (Norte e Noroeste). No entanto, devido à colheita manual, houve atraso em muitas lavouras. As produtividades foram abaixo do esperado, bem como a renda e a qualidade. O clima seco também provocou maior infestação de bicho mineiro e queda precoce de folhas.

Fruticultura – Em julho foi finalizada a colheita de poncãs e nas lavouras que ocorreram chuvas abundantes houve redução dos frutos comercializados devido queda, podridões e fungos, além do ataque de mosca das frutas. A laranja também apresentou produtividades limitada pela seca e doenças. As áreas com banana também foram impactadas pelos baixos índices pluviométricos. A uva foi colhida com produtividade dentro do esperado.

Mandioca – Na primeira semana do mês, tanto a colheita quanto o plantio da mandioca foram interrompidos pela estiagem. Porém, após as chuvas, a colheita foi retomada de forma intensa e mais da metade da safra foi colhida até julho. As raízes apresentaram maior teor de amido, o que é favorável para as indústrias e produtores. As precipitações também contribuíram para a retomada do plantio.

Cana-De-Açúcar – Apesar de uma breve interrupção no período chuvoso, a colheita ocorreu de forma satisfatória e mais de metade da área foi colhida, apresentando boa produtividade.

Olericultura – Nas hortas que não foram protegidas, as geadas fracas ocorridas no início do mês causaram pequenos danos, com leve queima superficial nas folhas da alface, repolho, couve-flor e brócolis. Alguns produtores realizaram a proteção dos canteiros com coberturas de mantas de TNT. Foi realizada a colheita da alface, repolho, couve-flor, brócolis, couve-manteiga, acelga, espinafre e rabanetes e batata segunda safra.

O transplante de mudas de tomate em estufas foi realizado. Houve transplantes e a semeadura direta de cebola, especialmente de ciclo mais tardio. As cebolas em desenvolvimento passaram por tratos culturais. Nas áreas com precipitação abundante mais ao Sul do Estado, os canteiros irrigados demandaram menos água neste mês em comparação ao anterior, exigindo ajustes no manejo.

Pastagens – A falta de umidade no solo nas regiões Norte e Noroeste, onde as chuvas não foram expressivas nos últimos três meses, provocou déficit de massa verde das pastagens e a alimentação animal teve que ser suplementada com ração, silagem, capim napier e cana. Isso provocou perda de peso no gado de corte e aumento dos custos. O gado leiteiro também foi afetado, já que sua alimentação, normalmente realizada com lavouras para silagens e forragens, também foram afetadas pela seca.

Incêndio – O clima seco propiciou o aumento na incidência de focos de incêndios na zona rural do Norte e Noroeste do Estado.

Safra De Verão – Os agricultores aproveitaram o tempo seco para intensificar as atividades de preparo para a próxima safra. Destaca-se a construção e reforma de terraços e aplicação de calcário.

Fonte: AEN Foto: Jaelson Lucas /Arquivo AEN

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Triticale e trigo: IDR-Paraná vai apresentar novas cultivares de inverno em Londrina

A apresentação de duas novas cultivares — IPR Goitacá, de triticale, e BRS Coleiro, de trigo — é a principal atração do Dia de Campo sobre Cultivos de Inverno programado para sexta-feira (9), a partir das 8h, na sede do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), em Londrina. O encontro é dirigido a técnicos, produtores e estudantes de ciências agrárias, que podem se inscrever diretamente no local.

A programação também prevê a troca de informações sobre oportunidades e desafios na safra de inverno, com ênfase na qualidade do produto e sua valorização pelo mercado e, ainda, discussões técnicas sobre o controle de plantas daninhas e o uso de redutores de crescimento nessas culturas.

Triticale – O triticale é um cereal que resulta do cruzamento entre o trigo e o centeio. O triticale IPR Goitacá tem alto potencial produtivo, tendo alcançado perto de 6,5 toneladas por hectare nos ensaios experimentais. É uma cultivar de ciclo médio e chega à colheita em cerca de 120 dias. As plantas de IPR Goitacá têm porte médio e ótima tolerância ao acamamento.

Apresenta ainda boa sanidade, resistência ao oídio e à bacteriose e tem resistência moderada à ferrugem da folha e às manchas foliares. É moderadamente suscetível à ferrugem linear.

Em relação à espiga, IPR Goitacá é moderadamente suscetível à giberela e à brusone. Como é suscetível ao vírus do nanismo amarelo da cevada (VNAC), recomenda-se o tratamento de sementes e monitoramento da população de pulgões para decidir sobre a necessidade de aplicar inseticidas na lavoura.

O triticale é utilizado na indústria de alimentos integrais (confere crocância a pães e biscoitos e substitui aditivos químicos para essa finalidade) e como alternativa ao milho em silagem e rações para alimentação animal. Também é boa opção para cobertura do solo, diversificação de culturas e produção de palhada no sistema de plantio direto.

Trigo – A cultivar de trigo BRS Coleiro, desenvolvida pela Embrapa, tem porte médio e alcançou nos ensaios experimentais produtividade de quase 7 toneladas por hectare.

O ciclo médio para espigamento (64 dias) e precoce para maturação fisiológica (111 dias) são características que atraem os produtores, por proporcionar melhor disponibilidade de janela de semeadura e planejamento para a safra de soja.

Com relação à sanidade, apresenta boa tolerância ao acamamento e ao crestamento, sendo resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares.

BRS Coleiro tem grãos do tipo extraduro e qualidade tecnológica da classe melhorador, com alta força de glúten e farinha de boa estabilidade. Isso indica que os grãos podem ser usados na produção de massas, na fabricação de pão industrial, pão francês e, ainda, em misturas com farinhas mais fracas.

Indicação – Tanto o triticale IPR Goitacá como o trigo BRS Coleiro são indicados para cultivo nos estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Sementes das novas cultivares estarão à disposição das empresas multiplicadoras já para a safra 2025.

O dia de campo de cereais de inverno é uma realização do IDR-Paraná, Embrapa e Fundação Meridional de Apoio à Pesquisa Agropecuária, entidade formada por produtores de sementes que atua no fomento à experimentação agrícola.

Serviço:

Dia de Campo sobre Cultivos de Inverno

Data: 9 de agosto, sexta-feira

Horário: 8 h

Local: sede do IDR-Paraná em Londrina (rodovia Celso Garcia Cid, km 375 – saída para Curitiba)

Inscrições: no local

Fonte: AEN Foto: IDR Paraná

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Mapa cancelou 177 registros de agrotóxicos em 2023

O registro de produto é a porta para o acesso ao mercado. O registro de um produto técnico e seu produto formulado podem demandar 10 anos ou mais, com um custo que pode ultrapassar US$ 100 mil, mais as taxas anuais de manutenção.  

Em 2023, o Ministério da Agricultura aprovou 555 registros de agrotóxicos, somando 2.737 aprovações nos últimos 5 anos. Isso tem refletido diretamente no mercado com o aumento da competição, com maior número de players, redução dos preços e maior prazo para pagamento (para os importadores).  Se por um lado as empresas reclamam por mais produtos, no mesmo ano o MAPA cancelou 177 registros, ou seja, quase um terço do número de registros aprovados. Foram cancelados 48 registros de produtos técnicos e 129 de formulados. Dentre esses, 89 foram por solicitação das próprias empresas detentoras dos registros.

Dos registros cancelados, destaque para os produtos à base de carbendazim (22), piraclostrobina (15), fipronil (9) e mancozebe (8). Com o banimento do carbendazim pela Anvisa, a maioria das empresas titulares desses registros requereu os seus cancelamentos. Outrossim, ainda consta no Agrofit do MAPA 21 registros à base desse ingrediente ativo. Produtos à base do fipronil apresentaram o segundo maior número de cancelamentos, os quais, muito provavelmente, foram motivados pela proibição pelo Ibama da aplicação foliar, o principal mercado.

Quase ¼ dos cancelamentos, 43, foi de registros aprovados entre 2019 e 2023 (24,29%). Ou seja, esses produtos não ficaram nem 5 anos no mercado. Desses, 16,38% foram aprovados após o início de 2021, sendo que 2021 e 2022 foram os anos com maior número de registros aprovados que resultaram em cancelamentos no ano de 2023. Importante ressaltar que a maioria dos registros cancelados foram de produtos equivalentes, de acordo com o “Relatório: Registros Cancelados (2023)” elaborado pela AllierBrasil.

Você pode conferir a lista completa clicando aqui.

Em relação aos pleitos de registros cancelados, ou seja, processos de registros ainda não concluídos, de acordo com o MAPA foram cancelados 85 processos, dentre os quais 17 indeferimentos, de 33 produtos técnicos e 52 formulados. Em relação aos “cancelamentos”, é frequente que as empresas registrantes solicitem o cancelamento do pleito antes do processo ser indeferido, para que não seja publicado como tal.

O número de cancelamentos de registros tende a ser muito maior. Isso porque, de acordo com o Art. 35 da Lei dos Agrotóxicos “Emitido o registro para o agrotóxico, …, o titular do registro terá até 2 (dois) anos para iniciar a produção e a comercialização do produto, sob pena de cancelamento do registro concedido”. A aprovação de um registro pode demorar 10 anos ou mais, e, ironicamente, o registro será sumariamente cancelado se não for comercializado em 2 anos. 

Foram cancelados 48 registros de produtos técnicos e 129 de formulados

Fonte e Foto: Agrolink – Leonardo Gottems

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Café: Ainda de olho no frio, arábica tem leves altas nesta 5ª

O mercado futuro do café arábica abriu as negociações desta quinta-feira (8) com leves altas para os preços em Nova York e também em Londres para o tipo robusta. O mercado continua monitorando a massa de ar frio, que pode derrubar as temperaturas e eleva o risco de geada em áreas de café do Brasil. A condição climática deu suporte aos preços nos últimos dias.

Por volta das 08h48 (horário de Brasília), setembro/24 tinha alta de 70 pontos, negociado por 247,50 cents/lbp, dezembro/24 tinha alta de 80 pontos, valendo 242,80 cents/lbp, março/25 tinha alta de 55 pontos, cotado por 239,25 cents/lbp e maio/25 tinha alta de 50 pontos, valendo 236,50 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o tipo robusta tinha alta de US$ 44 por tonelada, valendo US$ 4327, janeiro/25 tinha valorização de US$ 41 por tonelada, negociado por US$ 4172, março/25 tinha alta de US$ 28 por tonelada, cotado por US$ 4024 e maio/25 tinha valorização de US$ 20 por tonelada, valendo US$ 3908.

Uma recuperação nos estoques de café da ICE de níveis historicamente baixos é negativa para os preços. Os estoques de café robusta monitorados pela ICE em 25 de julho subiram para uma alta de 1 ano de 6.521 lotes, acima da baixa recorde de 1.958 lotes registrada em fevereiro de 2024. Além disso, os estoques de café arábica monitorados pela ICE subiram para uma alta de 1 ano e meio em 25 de junho de 842.434 sacas, acima da baixa de 24 anos de 224.066 sacas registrada em novembro de 2023.

Fonte e Foto: Notícias Agrícolas/Virgínia Alves

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Alta produtividade da soja inclui qualidade da semente

A compra de sementes de soja é crucial para o potencial produtivo e deve considerar a capacidade de germinação, vigor, sanidade e pureza. Sementes de alta qualidade germinam melhor e têm menos risco de doenças. É essencial alinhar essas qualidades com o preparo do solo e práticas agrícolas, segundo Rafael Toscano, Gerente Sr de Sementes na ORÍGEO.

“A semente de soja é um embrião revestido por um fino tegumento, o que a torna extremamente sensível. Existem diversos fatores que influenciam a perda de qualidade. Até o manuseio incorreto pode acarretar rupturas superficiais e destruição dos tecidos vegetais, comprometendo a qualidade física, fisiológica e sanitária, por isso a importância do cuidado no manuseio e armazenamento adequado na fazenda”, ressalta Toscano.

Ao comprar sementes, o agricultor deve verificar a qualidade, incluindo a sanitária, com o auxílio de laboratórios especializados. A ORÍGEO, em parceria com a Seedcorp I HO, oferece sementes de alta produtividade através das cultivares Ellas Genética. Estas variedades, como Luiza IPRO e Manu IPRO, têm alta tecnologia e desempenho comprovado, adaptadas ao Cerrado e com excelente performance na última safra, destacando-se pela produtividade e sanidade.

“São variedades com excelente performance comprovada em diversos ensaios, conferindo produtividade e sanidade, e totalmente adaptadas ao Cerrado, além de alto teto produtivo. Elas mostraram excelentes resultados de campo na última safra, o que é de extrema importância para os agricultores”, finaliza o gerente Rafael Toscano.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Pixabay

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5º Show Rural Coopavel de Inverno ganha mais quatro pavilhões de 400 metros quadrados

Uma nova estrutura física vai ser incorporada às atrações da quinta edição do Show Rural Coopavel de Inverno, agendada para 27 a 29 de agosto, em Cascavel, no Oeste do Paraná. Com 42 empresas expositoras, o evento se consolida como o maior palco brasileiro para a apresentação de novidades para o trigo e para as culturas indicadas para os meses de baixas temperaturas.

O novo ambiente é composto por quatro pavilhões de 400 metros quadrados cada. Eles recebem novo layout com destaque para a ampla fachada nas cores branco e vermelho. O pavilhão 1 vai abrigar indústrias do portfólio da Coopavel, como Sementes Coopavel, Rações Coopavel, Nutriagro, Coopclean, Biocoop, além da Credicoopavel, a Cooperativa de Crédito Rural da cooperativa.

Além de ambientes físicos para a apresentação e demonstração de soluções e produtos desenvolvidos para potencializar resultados principalmente do trigo, as indústrias da Coopavel terão parcelas para apresentar resultados na prática. Técnicos especializados vão recepcionar visitantes, repassar detalhes das tecnologias apresentadas e esclarecer dúvidas, observa o coordenador geral do Show Rural Coopavel, Rogério Rizzardi.

Faturamento das Cooperativas Agropecuárias caiu em 2023

As empresas que estarão no 5º Show Rural de Inverno, serão: Adama, Basf, Bayer, Bionat, Biotrigo, Biotrop, Corteva, FMC, Ihara, OR Sementes, Sumitomo, Raix, Syngenta, IDR-PR, Embrapa, DMS Tortuga, Cargil/Nutron, Agroceres, Alltech, Laboratório Prado, Parque Tecnológico Itaipu, Sebrae, Agromobility, Alltech, Cargill e Sumitomo (essas três também no Espaço Impulso), ADS Drones, Coopersystem, Eemovel, Fienile, Radek Systems, Tecexpert, Grupo PPG Educação, Claro, Magnólia, Vitrine Agroecológica, Nutriagro, Biocoop, CoopClean, Sementes Coopavel, Fertilizantes Coopavel e Rações Coopavel.

A abertura dos portões aos visitantes, diariamente, ocorrerá às 8h30. O acesso ao parque e ao estacionamento serão gratuitos. O evento vai receber caravanas de produtores rurais de vários municípios do Paraná, principalmente da área de cobertura da Coopavel no Oeste e Sudoeste do Estado.

Fonte: Agrimídia Foto: Assesseria Coopavel

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Safra 2024/25: Soja cresce, milho encolhe

A DATAGRO Grãos divulgou seu levantamento anual sobre a intenção de plantio para a safra 2024/25, indicando crescimento contínuo para a soja e retração para o milho. Pelo 18º ano consecutivo, a área de soja no Brasil deve aumentar, passando de 46,184 milhões de hectares na safra 2023/24 para 46,890 milhões de hectares em 2024/25, um crescimento de 1,5%.

A DATAGRO prevê uma produtividade inicial de 3.554 kg/ha, com produção potencial de 166,644 milhões de toneladas, 12% superior à safra revisada deste ano, de 149,262 milhões de toneladas. Flávio Roberto de França Junior, economista da DATAGRO, observa que esses números são preliminares e podem mudar com variações nas cotações nos próximos 60 dias. O aumento na área de cultivo deve ser uniforme, com destaque para as regiões Norte e Nordeste.

Para o milho, a DATAGRO prevê redução tanto na safra de verão quanto na de inverno. A área da 1ª safra deve cair para 3,894 milhões de hectares, contra 4,053 milhões de hectares na temporada 2023/24. O Centro-Sul terá 2,544 milhões de hectares, e o Norte/Nordeste, 1,350 milhões de hectares. A produção potencial da 1ª safra é estimada em 23,351 milhões de toneladas, 1% abaixo dos 23,693 milhões de toneladas de 2024.

Para a safra de inverno 2025, a área deve diminuir para 16,855 milhões de hectares, 2% a menos que os 17,207 milhões de hectares deste ano. Com clima regular, a produção da 2ª safra é projetada em 93,608 milhões de toneladas, estável em relação às 93,315 milhões de toneladas atuais. No total, a área de cultivo de milho deve ser de 20,749 milhões de hectares, 2% abaixo dos 21,260 milhões de hectares da temporada 2023/24, com produção potencial de 116,959 milhões de toneladas, estável em relação à safra atual.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Canva