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Mercado de trigo no Sul: baixa demanda e qualidade em queda

De acordo com informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Sul do Brasil enfrenta desafios significativos, com baixa movimentação e problemas de qualidade afetando as operações. No Rio Grande do Sul, o mercado está extremamente lento, com moinhos bem abastecidos devido à moagem reduzida, o que tem prolongado os estoques. Além disso, há relatos de lotes de trigo sendo cancelados por não atenderem aos padrões de qualidade contratados.

Em Santa Catarina, a situação é similar, com moinhos abastecidos e realizando apenas compras ocasionais. A queda na demanda e nos preços das farinhas tem levado alguns moinhos a reduzir a moagem para evitar prejuízos. Como resultado, os moinhos do estado têm alongado os estoques e preferido se abastecer com trigo do Rio Grande do Sul, que é mais barato. Além disso, os moinhos aguardam o início da nova safra do Paraná e do Rio Grande do Sul para reabastecerem seus estoques.

No Paraná, o mercado de trigo novo tem apresentado variações nos preços, com negociações ocorrendo a R$ 1.700 CIF no norte do estado, embora alguns compradores indiquem preços mais baixos, em torno de R$ 1.550 CIF e até R$ 1.300 por tonelada. A alta nos preços foi atribuída à redução da safra, mas há quem aponte valores mais baixos para o trigo novo. No caso da safra velha, os vendedores estão pedindo R$ 1.700 FOB, enquanto os compradores ofertam R$ 1.650 CIF. No mercado internacional, o trigo argentino está sendo cotado a R$ 320 em Paranaguá, enquanto o trigo paraguaio é oferecido a US$ 250 na região de Cascavel.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Exportação de Soja do Brasil Se Aproxima da Média de Agosto do Ano Passado, Segundo Secex

A exportação de soja do Brasil ganhou impulso na terceira semana de agosto, atingindo um volume médio diário de 360 mil toneladas, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse ritmo está próximo da média de agosto do ano passado, que foi de 364,65 mil toneladas por dia.

Até a segunda semana deste mês, a média diária de exportação de soja estava em 340,5 mil toneladas. A aceleração no ritmo das exportações tem contribuído para que os números se aproximem da performance registrada no mesmo período de 2023.

Por outro lado, as exportações de milho mostraram uma desaceleração no ritmo, com uma média diária de 268,7 mil toneladas até a terceira semana de agosto, em comparação com 277 mil toneladas por dia até a segunda semana do mês. Esse declínio fez com que os números de exportação de milho ficassem mais distantes da média de agosto do ano passado, quando o Brasil exportou 407,1 mil toneladas diárias.

Até a terceira semana de agosto, o volume total de exportações de soja brasileira alcançou 4,32 milhões de toneladas, enquanto o milho somou 3,2 milhões de toneladas. No fechamento de agosto do ano passado, o Brasil havia exportado 8,39 milhões de toneladas de soja e 9,36 milhões de toneladas de milho.

Fonte: Portal do Agronegócio Foto: Divulgação

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Diversificar culturas na sucessão entre milho e soja aumenta lucro do produtor em até 11%

Pesquisas realizadas ao longo de três anos – safras 2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023 – no oeste e no centro-oeste do Paraná apontam que a diversificação de culturas agrícolas na sucessão entre a soja e o milho segunda safra aumenta o lucro de produtores em até 11%. Os experimentos, prazos de parceria entre a Embrapa e o Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, identificaram três modelos de produção mais lucrativos, que incluem a braquiária, a aveia preta e o trigo no sistema produtivo. Os resultados estão compilados na publicação Modelos de produção intensificados para diversificação da matriz produtiva para além da sucessão milho 2ª safra/soja nas regiões c entro-oeste e este do Paraná. 

De acordo com o pesquisador Alvadi Balbinot, da Embrapa Trigo , um dos autores da publicação, ao se introduzir uma braquiária consorciada com o milho de segunda safra, em sucessão à soja, por exemplo, houve um aumento significativo na produtividade da soja. “Nesse modelo, a rentabilidade observada foi 11% superior ao sistema padrão da região”, calcula Balbinot.

No segundo modelo considerado eficiente, o sistema de produção foi planejado com milho de segunda safra, aveia de segunda safra, soja, milho de segunda safra e soja. Nesse exemplo, a cada dois anos, a aveia é cultivada como cobertura vegetal do solo, na terceira safra. “Os resultados desse modelo produtivo mais intensificado tiveram rentabilidade superior a 10% em relação ao sistema tradicional adotado nesta região”, ressalta o pesquisador.

No terceiro sistema estudado como rentável, os pesquisadores introduziram o trigo, configurando-se o sistema assim: milho segunda safra, trigo terceira safra, soja, milho segunda safra e soja. “Essa proposta, com a produção de trigo, obteve uma rentabilidade no sistema produtivo 6,6% superior à sucessão tradicional da soja com o milho segunda safra”, explica Balbinot.

O pesquisador Henrique Debiasi , da Embrapa Soja , reforça que a diversificação traz outros benefícios além da visão econômica. Debiasi observa que a rotação do milho de segunda safra, em cultivo solteiro ou consorciado à braquiária ruziziensis, com cereais de inverno como o trigo, representa uma alternativa para diversificar a matriz produtiva, pois proporciona redução dos custos de produção e aumento da produtividade da soja em relação ao modelo de sucessão tradicionalmente utilizado na região. “A cobertura e a melhoria da qualidade do solo se refletem em maiores produtividades e menores custos de produção para a soja, bem como desempenho mais elevado do milho segunda safra”, enfatiza.

Para o pesquisador, o uso de aveia preta ou do trigo nos sistemas produtivos paranaenses se constitui em processos agropecuários inovadores, pois aumenta a diversificação da matriz produtiva, a produção de fitomassa e a intensificação do uso da terra entre a colheita do milho segunda safra e a semadura da soja. “Na próxima etapa de pesquisa vamos centrar esforços na validação dos resultados em propriedades rurais, assim como na transferência dessa tecnologia para os produtores da região”, complementa Debiasi.

Melhoria do sistema produtivo

Os resultados da pesquisa, que estimulam a diversificação dos sistemas produtivos, apontam que o aumento da produtividade e a estabilidade de produção estão associados à adoção de tecnologias que aumentam a disponibilidade de água às plantas. Isso envolve a construção de um perfil de solo sem impedimentos físicos (compactação), químicos (acidez excessiva, com baixos teores de cálcio e presença de alumínio tóxico) e biológicos (ataque de nematóides e fungos fitopatogênicos) ao crescimento radicular. “A melhoria da estrutura do solo, além de favorecer o crescimento radicular, proporciona maior taxa de infiltração e armazenamento de água disponível às plantas, bem como otimizar os fluxos de água, oxigênio e nutrientes do solo para as raízes”, diz o pesquisador da Embrapa Júlio Franchini.

A intensificação da erosão hídrica tem preocupado produtores e técnicos do Paraná porque aumenta as perdas de solo e água, com consequências negativas para a produção agrícola e ao meio ambiente. “A perda da camada mais útil do solo diminui a produtividade das culturas, considerando apenas a reposição dos nutrientes perdidos e representa prejuízos financeiros”, ressalta Franchini.

Fonte: Embrapa Soja Foto: Alvadi Balbinot

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Gilson Abreu/AEN

Investimentos do Paraná na agricultura cresceram 344% no primeiro semestre de 2024

Os investimentos em agricultura mais do que quadruplicaram no Paraná no primeiro semestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano anterior. Ao todo, o Estado empenhou R$ 147,8 milhões no setor entre os meses de janeiro e junho, segundo levantamento da assessoria econômica da Secretaria da Fazenda (Sefa).

O número faz parte dos dados preliminares do Relatório Resumido de Execução Orçamentária divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e mostra um crescimento de 344,4% em relação ao que foi investido nos seis primeiros meses de 2023, quando o Estado garantiu cerca de R$ 33,2 milhões ao campo.

A variação diz respeito aos empenhos, termo usado para se referir à reserva de dinheiro do orçamento para pagar os bens e serviços contratados pelo Estado. E esse aumento mais do que expressivo na agricultura lidera o crescimento dos investimentos no semestre — período em que o Paraná quebrou seu recorde histórico, com R$ 3,3 bilhões empenhados, sua maior marca em 24 anos.

Entre as ações, estão o apoio ao fortalecimento das cadeias produtivas regionais, a melhoria da trafegabilidade no meio rural, compra de equipamentos e viabilização de iniciativas que promovem a segurança alimentar. A maior parte desse montante foi destinada à promoção da produção agropecuária, cuja ampliação foi de 450% em relação a 2023, com R$ 143,2 milhões.

Dentro deste valor estão incluídos programas ligados à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), como o Banco do Agricultor Paranaense, que facilita os investimentos no campo ao subsidiar integral ou parcialmente as taxas de juros para os produtores; e o Coopera Paraná, que destina recursos para organizações e cooperativas da agricultura familiar.

O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, destaca que o agronegócio é o carro-chefe da economia paranaense, responsável por cerca de 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e que, por isso, merece atenção especial. “Esse é um investimento no ganha-pão dos paranaenses, ampliando sua capacidade de produzir alimentos para nós e para o mundo”, afirma. “Mais do que isso, são melhorias que impactam diretamente no dia a dia de milhares de famílias”.

Outro investimento importante no campo que impulsionou os números neste primeiro semestre foi o Programa Estradas Rurais Integradas aos Princípios e Sistemas Conservacionistas (Estradas da Integração), voltado à pavimentação de estradas rurais. Somente nos seis primeiros meses de 2024, o Governo do Estado assinou convênios que, somados, superam R$ 125 milhões para a construção e manutenção de 114,78 quilômetros de estradas em 35 municípios.

Para o secretário da Agricultura e Abastecimento, Natalino Avance de Souza, esses investimentos buscam principalmente tornar o Estado mais sustentável, além de promover o desenvolvimento econômico e social de toda a região. “São investimentos que visam tornar a vida do homem do campo menos árdua”, diz.

Segundo ele, o Governo do Estado tem demonstrado uma grande sensibilidade para o segmento que é central no desenvolvimento do Paraná. “E faz isso pensando na agricultura como um todo, mas também nos pequenos agricultores que precisam acompanhar o processo de desenvolvimento que faz parte de médias e grandes propriedades rurais”.

Abastecimento

O aumento do investimento paranaense em agricultura não se limita apenas à agropecuária. O abastecimento também é parte importante dessa ampliação, com R$ 3,4 milhões empenhados no semestre.

Um dos principais programas nessa área é o Compra Direta Paraná, que adquire alimentos de cooperativas e associações da agricultura familiar e entrega para instituições da rede socioassistencial do estado. Os convênios firmados para construção de restaurantes populares, como os de Pato Branco e Campo Mourão, também estão entre essas ações.

Novos investimentos

E o Governo do Paraná já prepara novos investimentos no setor com a destinação de R$ 300 milhões em créditos do ICMS via Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados (Siscred) para serem utilizados em estufas, armazenagem e no fortalecimento da agroindústria como um todo. Além disso, estão previstos mais R$ 300 milhões para investimento em energias renováveis, especialmente fotovoltaica e biogás.

Essas ações fazem parte do Rota do Progresso, programa criado para estimular o crescimento econômico e melhorar a qualidade de vida em 80 municípios do estado com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

E há ainda uma nova política de investimento saindo do forno. “Nessa mesma visão de futuro, estamos trabalhando ainda neste mês de agosto em um programa ousado para incentivo à produção, guarda e uso da água na agricultura na forma de irrigação”, antecipa o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara. “Isso tem a ver com produção rural, tem a ver com geração de oportunidades nas nossas agroindústrias e tem a ver com o movimento da economia”.

Fonte: AEN Foto: Gilson Abreu/AEN

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Brasil precisa acelerar compras de soja

A Hedgepoint Global Markets divulgou um relatório detalhando a situação atual e as perspectivas para o mercado de soja no Brasil no segundo semestre de 2024. Segundo o estudo, as esmagadoras brasileiras estão com cobertura para aproximadamente dois meses de operações, o que significa que precisarão acelerar significativamente as compras para garantir os estoques necessários até o final do ano.

Com base em dados da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), até o final de junho, o Brasil processou 26,9 milhões de toneladas de soja, e em julho, espera-se que o número alcance 31,7 milhões de toneladas, o segundo maior desde 2017. No entanto, apesar desse volume expressivo, a necessidade de compras adicionais é evidente.

A Hedgepoint destaca que o setor terá que adquirir 20,9 milhões de toneladas de soja até dezembro, o que representa quase duas vezes e meia a média de compra dos últimos três anos. Este ritmo acelerado de compras é crucial para manter as operações de esmagamento e garantir estoques de segurança, que atualmente cobrem apenas dois meses de produção.

Com a demanda local em alta, a pressão sobre os preços internos da soja tende a aumentar, tornando mais atrativa a venda para o mercado interno em vez da exportação. Além disso, o Brasil se encontra em um momento de transição para o programa de exportação de milho, o que pode influenciar ainda mais o cenário de preços da soja.

A combinação de fatores, incluindo a concorrência crescente pela soja restante e a possibilidade de que as esmagadoras optem por reduzir os estoques de segurança, pode levar a um fortalecimento do basis local nos próximos meses. Ainda de acordo com a Hedgepoint Global Markets, caso os preços se elevem excessivamente, algumas esmagadoras poderão aproveitar o segundo semestre para realizar manutenções em suas plantas, ajustando sua capacidade produtiva em meio a um mercado mais caro.

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Leonardo Gottems

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Cecafé lança landing page sobre EUDR e os cafés do Brasil

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) acaba de lançar uma landing page sobre o Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR). O objetivo da iniciativa é facilitar o entendimento das novas regras e suas implicações no comércio de café do Brasil, por meio, por exemplo, de perguntas e respostas destinadas a produtores, exportadores e importadores.

A União Europeia é o principal bloco importador dos cafés do Brasil, respondendo por 47,3% das exportações do produto no acumulado de janeiro a julho de 2024. Com o EUDR tornando-se mais rígido a partir do ano que vem, promovendo a importação e a comercialização de produtos livres de desmatamento, como parte do Pacto Verde Europeu (Green Deal) para combater às mudanças climáticas, o Cecafé busca esclarecer, a todos os atores da cadeia produtiva, os pontos envolvidos nessa nova legislação.

O EUDR impõe, por exemplo, a obrigatoriedade da informação das geolocalizações das propriedades em que se originou o café e que as empresas europeias realizem a devida diligência ao longo de suas cadeias de abastecimento para garantir que produtos originados de área desmatada, a partir de 31 de dezembro de 2020, não sejam internalizados e comercializados em território europeu.

“Embora existam muitos desafios com o novo regulamento europeu, o Brasil vem empenhando esforços, por meio do comércio exportador, para atender a ele e à demanda do bloco europeu, garantindo o abastecimento de nossos importadores nesse importante mercado ao oferecer cafés de diversas qualidades e produzidos de maneira sustentável, com respeito ao meio ambiente e às pessoas”, destaca o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos.

A diretora de Sustentabilidade do Cecafé, Silvia Pizzol, completa que trazer mais transparência às boas práticas socioambientais adotadas nas regiões cafeeiras do país é uma oportunidade de demonstrar ao mundo que os cafés do Brasil são e estão na vanguarda da sustentabilidade global, considerando suas três dimensões: ambiental, social e econômica.

“O Cecafé lidera o desafio de defender o café brasileiro no exterior e promover a conscientização interna, por meio de campanhas digitais informativas e instrutivas sobre o novo regulamento da União Europeia, levando conhecimento e esclarecimentos aos produtores e exportadores brasileiros de café. Essa iniciativa de comunicação também visa demonstrar aos importadores europeus a plataforma adotada pelo comércio exportador e os procedimentos realizados no Brasil para atender ao EUDR”, comenta.

Para apoiar os processos de devida diligência socioambiental realizados pelas empresas exportadoras, o site apresenta a parceria que o Cecafé possui com a Serasa Experian, através da qual, por meio da plataforma Smart ESG, os exportadores brasileiros podem verificar e monitorar informações socioambientais de propriedades rurais, identificando aquelas que atendem aos requisitos do regulamento europeu, além de extrair os dados de geolocalização.

Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, recorda que o EUDR se aplica apenas aos operadores econômicos europeus, como importadores e comerciantes, contudo, as novas regras de importação da União Europeia trazem exigências que geram efeitos para os demais elos da cadeia, incluindo produtores e exportadores, em razão do regulamento tornar obrigatória a informação das geolocalizações das propriedades em que se originou o café.

“Essa é uma informação que deverá acompanhar o café ao longo de toda a sua cadeia de comercialização. Por isso nosso site apresenta a parceria Cecafé-Serasa Experian, a qual conta, atualmente, com mais de 50 empresas e cooperativas exportadoras, responsáveis por quase a totalidade dos embarques de café à UE, que aplicam tecnologia para avaliar e gerar evidências sobre a conformidade dos grãos a serem exportados ao bloco europeu sob as regras do EUDR”, conclui.

A nova landing page do Cecafé, que traz as principais informações que produtores, exportadores e importadores precisam saber sobre o EUDR, além de evidenciar como o Brasil vem trabalhando para atender às obrigações do novo regulamento e garantir o abastecimento à UE, pode ser acessada em www.cecafe.com.br/eudr.

Fonte: Cecafé Foto: Divulgação

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Embrapa promove primeiro dia de campo sobre produção de soja com baixo carbono

A Embrapa promove, no dia 3 de setembro, das 8h às 12h, na sede da Embrapa Soja, em Londrina (PR), o primeiro dia de campo sobre as Tecnologias para Produção de Soja Baixo Carbono, para um público estimado de 100 participantes, entre produtores, técnicos, acadêmicos e profissionais do agronegócio. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui. O evento será realizado na Vitrine de Tecnologias do Programa Soja Baixo Carbono, uma iniciativa da Embrapa Soja com sete empresas apoiadas – Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM e UPL – que objetiva agregar valor à soja produzida em sistemas que contribuem para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, responsáveis ​​do aquecimento global.

 A palestra de abertura, a ser realizada no Auditório da Embrapa Soja, a partir das 8h40, abordará a primeira versão das diretrizes técnicas para certificação Soja Baixo Carbono, seguida de uma apresentação sobre a teoria e a prática da integração de boas práticas agrícolas. Na sequência, estão quatro estações técnicas a serem realizadas no campo que, segundo a chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Soja, Roberta Carnevalli, irão demonstrar a dinâmica da distribuição de culturas e os impactos das boas práticas agrícolas na redução das emissões de carbono.

“A programação das estações técnicas contará com a apresentação de diferentes modelos variados de produção; assim como a apresentação dos benefícios da inoculação e da coinoculação em soja e o uso do Manejo Integrado de Pragas (MIP) no alcance de uma produção de soja mais sustentável. Toda a programação terá como foco central as tecnologias que podem contribuir para a mitigação das emissões de GEE”, reforça.

Programação

8h30 Abertura: Auditório da Embrapa Soja

8h40 Palestra: Diretrizes técnicas para certificação Soja Baixo Carbono

9h10 Palestra: Integração de boas práticas agrícolas: da teoria à prática

9h40 Coffee break

10h Deslocamento para o campo

10h20 às 12h Estações técnicas: Vitrine SBC 

Estação 1: Modelos de produção diversificados no contexto na mitigação das emissões de GEE: consórcio de milho + forrageiras tropicais

Estação 2: Modelos de produção diversificados no contexto na mitigação das emissões de GEE: consórcios de coberturas e o papel do trigo

Estação 3: Inoculação e coinoculação no contexto na mitigação das emissões de GEE

Estação 4: Manejo integrado de praxe na mitigação das emissões de GEE: resultados da 1ª safra

12h10 Encerramento

 Dia de campo – Tecnologias para Produção de Soja Baixo Carbono

Data: 3 de setembro

Horário: 8h às 12h

Local: Embrapa Soja – Rodovia João Carlos Strass, s/n /Acesso Orlando Amaral – Distrito de Warta- Londrina, PR

Inscrição:https://lp-cnpso.comunica.embrapa.br/dia-de-campo- sbc

 Saiba mais sobre o PSBC: www.sojabaixocarbono.com.br

Fonte: Embrapa Soja

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Nova cultivar de trigo apresenta alto potencial produtivo

Lançada no início deste mês, uma nova cultivar de trigo se destacou nos testes de campo realizados nas últimas três safras. Desenvolvida em parceria entre a Embrapa e a Fundação Meridional , a nova BRS Coleiro apresentou adaptação às diversas condições de cultivo, boa qualidade industrial e ganhos na produtividade de grãos. “Esperamos fomentar o cultivo e a comercialização dessa cultivar para os diferentes sistemas de produção de inverno nas regiões recomendadas”, explica Manoel Carlos Bassoi , pesquisador da Embrapa Soja (PR), ao informar que o material é indicado para os estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

No Paraná, as produtividades médias da BRS Coleiro, nos experimentos, foram de 4.922 kg/ha, 5.624 kg/ha e 4.083 kg/ha, nas três regiões de indicação (1, 2 e 3, respectivamente). Por outro lado, a média de produtividade dos agricultores paranaenses, na safra 2023, foi de 2.560 kg/ha, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ). O nome da cultivar vem de uma ave brasileira, o coleiro ( Sporophila caerulescens ), muito apreciado por seu canto.

Produtividade elevada também em São Paulo e Santa Catarina

Em Santa Catarina, a média de produtividade do BRS Coleiro foi de 6.959 kg/ha e 4.468 kg/ha, nas duas regiões de indicação (1 e 2), enquanto a média de produtividade a campo, na safra 2023, foi de 2.150 Kg , de acordo com a Conab. O desempenho dos experimentos da BRS Coleiro, em São Paulo (região 2), foi de 5.555 kg/ha, enquanto a média produtiva do estado foi de 3.050 kg, segundo a Conab. “Esses números reforçam o excelente potencial produtivo desse lançamento. A BRS Coleiro foi desenvolvida para favorecer os produtores que desejam produtividades elevadas a campo”, ressalta Bassoi.

A nova cultivar possui porte médio, ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. O ciclo médio para espigamento (64 dias) e o ciclo precoce para maturação fisiológica (111 dias) são características que atraem os produtores, por fornecer melhor disponibilidade de janela de semeadura e planejamento para a safra de soja.

Bassoi explica que o BRS Coleiro apresenta grão extra duro e qualidade tecnológica da classe melhorador, com alta força de glúten e farinha de boa estabilidade. Isso indica que os grãos podem ser usados ​​na produção de massa, na fabricação de pão industrial, no tradicional “pão francês” e, também, em misturas com farinhas fracas. “Outro destaque desse lançamento é a sanidade da planta, que apresenta boa tolerância ao acamamento e ao crestamento, sendo resistente ao oídio e moderadamente resistente à giberela e às manchas foliares”, afirma Bassoi.

Em 2024, a Fundação Meridional completará 25 anos de parceria com a Embrapa Soja. “Não pretende comemorar de forma melhor do que lançar uma cultivar de trigo simplesmente excelente”, destaca Henrique Menarim, diretor-presidente da Fundação Meridional. “O seu elevado potencial produtivo, aliado à ótima qualidade industrial, revela o BRS Coleiro como um novo patamar no melhoramento genético. Temos grandes expectativas em relação ao crescimento de participação de mercado, nas próximas safras”, completa o executivo.

Ralf Udo Dengler, gerente-executivo da Fundação Meridional, ressalta aspectos da nova cultivar que impactam a rentabilidade e a sustentabilidade. “A BRS Coleiro traz em sua genética características importantes de adaptação e sanidade, que propiciam a otimização do uso de fertilizantes e fungicidas. Além disso, sua qualidade industrial superior também deverá ser um diferencial no momento da comercialização dos grãos”, prevê Dengler.

 Saiba mais sobre o trigo

O trigo é um componente básico da alimentação humana. Sua farinha é bastante utilizada na confecção de pães, massas e biscoitos. A qualidade do grão produzido é que determina sua utilização pela indústria. “A classificação realizada tem como base o teor de glúten, que determina o volume e a consistência da massa, ou técnicas, a “elasticidade da farinha de trigo”, esclarece Bassoi.

Avanços genéticos

Ao longo das duas últimas décadas, o avanço na genética das cultivares de trigo trouxe melhorias, tanto na qualidade do grão quanto na facilidade para o manejo da cultura. As características das cultivares favorecem tanto a indústria moageira (pães, massas e biscoitos) quanto a indústria de proteína animal (carne, leite, ovos). “Hoje temos cultivares BRS de trigo tipo pão e tipo melhorador para atender às demandas do mercado da região Meridional do Brasil. Essas cultivares podem ser usadas na fabricação de pão em misturas de farinhas mais fracas”, diz o analista de transferência de tecnologia da Embrapa  Rogério Borges .

Segundo ele, a pesquisa tem aprimorado, ainda, tecnologias como rotação de culturas, manejo adequado do solo, controle integrado de flexibilidade, controle químico de doenças e zoneamento agroclimático, que dão suporte à produção de trigo, minimizando os riscos de perdas. “O trigo é uma cultura de grande importância para a sustentabilidade da produção de grãos. O fato de seu cultivo ocorrer nos meses de outono e inverno representa uma oportunidade para os agricultores melhorarem a qualidade do solo, aumentarem seus rendimentos e diluírem os custos fixos da propriedade”, afirma Borges.

Mercado

A área semeada com trigo no Brasil foi de 3,4 milhões de hectares, na safra 2023/2024, com uma produção de 8 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Conab. O Paraná (3,6 milhões de toneladas) e o Rio Grande do Sul (2,8 milhões de toneladas) responderam por 75% da produção nacional.

Com relação ao consumo doméstico de trigo, no Brasil, na safra 2023/2024, foram utilizados 12 milhões de toneladas, havendo necessidade de importar o cereal para suprir a demanda interna, segundo levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Fonre e Foto: Embrapa Soja

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Soja: Chicago estende ganhos com compras de barganha e seguindo petróleo

Os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). O mercado é sustentado por compras de barganha por parte dos investidores. A alta do petróleo em Nova York e uma correção técnica também contribuem para a reação. No entanto, a ampla oferta global e as condições climáticas favoráveis para as lavouras no Meio-Oeste dos Estados Unidos restringem um avanço mais significativo dos preços.

Além disso, os agentes aguardam o relatório semanal para as exportações americanas de soja que será divulgado hoje, às 9h30min, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Analistas estimam vendas entre 500 mil toneladas e 1,3 milhão de toneladas.

Os contratos com vencimento em novembro operam cotados a US$ 9,73 3/4 por bushel, alta de 5,25 centavos de dólar, ou 0,54%, em relação ao fechamento anterior.

No dia 13, a soja fechou em alta, mas abaixo das máximas do dia. Após seis sessões de perdas, o mercado se recuperou tecnicamente.

Os agentes aproveitaram para compras de barganha, mas os contratos encerraram abaixo das máximas do dia. A reação foi limitada pelo cenário fundamental, diante da expectativa de ampla oferta mundial. O sentimento se intensificou após o relatório do USDA, divulgado na segunda e que projetou safra e estoques americanos acima do esperado.

A previsão de chuvas benéficas sobre as regiões produtoras dos Estados Unidos nos próximos dias completou um cenário de pressão fundamental, que limitou os ganhos técnicos.

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 5,00 centavos de dólar, ou 0,52%, a US$ 9,52 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,68 1/2 por bushel, com ganho de 6,00 centavos ou 0,62%.

Fonte: Agência Safras/Henrique Almeida Foto: Divulgação

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CMN autoriza nova prorrogação de dívidas dos produtores rurais gaúchos

O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, por meio da Resolução CMN nº 5162, as instituições financeiras a prorrogarem as dívidas bancárias dos produtores rurais gaúchos até o dia 16 de setembro. A autorização foi publicada após reunião extraordinária ocorrida nessa terça-feira (13).

A Resolução vale para suspensão das parcelas e juros das operações de crédito rural de custeio, investimento e industrialização que tinham vencimentos entre o dia 1º de maio e 15 de setembro, e que estejam em situação de inadimplência em 30 de abril deste ano.

Anteriormente, o Governo Federal tinha autorizado as renegociações até o dia 15 de agosto para os munícipios do Rio Grande do Sul que foram decretados em situação de emergência ou estado de calamidade. A nova medida para setembro, vale para todos os munícipios que tenham sido decretados até o 31 de julho de 2024.

Essa é mais uma das ações voltadas para o estado após as fortes chuvas ocorridas entre abril e maio deste ano. Nessa terça-feira (13), foi divulgado o Decreto que regulamenta renegociação de dívidas de crédito rural de custeio, investimento e industrialização.

O ministro Carlos Fávaro também se reuniu com deputados da bancada gaúcha para debaterem sobre outras medidas de apoio aos produtores. Nesta semana deve ser votado o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para a desnegativação dos Cadastro de Pessoas Físicas (CPFs) diante de empresas de restrição de crédito. O objetivo do PLN é para que os cidadãos gaúchos tenham acesso as medidas publicadas pelo Governo Federal nas instituições financeiras.

Como também está prevista a publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União que vai autorizar a liberação de cerca de R$1,8 bilhão para aparar as medidas do Decreto nº 12.138.

Fonte e Foto: Ministério da Agricultura