cbsoja_06_05_2025

Prorrogado prazo para submissão de trabalhos no CBSoja

O X Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e Mercosoja 2025, a serem realizados de 21 a 24 de julho de 2025, em Campinas (SP), prorrogaram o prazo para a submissão trabalhos técnico-científicos para o dia  12 de maio. Os trabalhos serão recebidos na forma de resumos e a apresentação será em pôster, em sessão previamente definida na programação técnica do evento. O autor principal ou apresentador deverá estar presente no local, ao lado do seu pôster físico, para esclarecimento de dúvidas, em horário definido na programação. Serão aceitos trabalhos em português, espanhol ou inglês. Acesse o site cbsoja.com.br/resumos para conferir as normas.

CBSoja

O Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) é um evento promovido pela Embrapa Soja, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária. Considerado o maior fórum técnico-científico da cadeia produtiva da soja na América do Sul, reúne renomados especialistas nacionais e internacionais de vários segmentos ligados ao complexo soja, uma das maiores cadeias produtivas do agro brasileiro.

Com o tema, 100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã, a expectativa é reunir cerca de 2 mil congressistas, entre pesquisadores, profissionais do agronegócio, produtores e acadêmicos. Além de promover a discussão de grandes temas que envolvem a agregação de valor, a intensificação e a inclusão produtiva sustentável, o CBSoja será um momento para reunir a cadeia de valor da cultura da soja e facilitar a integração e o intercâmbio de conhecimentos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Embrapa Soja Foto: RRRufino/Arquivo Embrapa

images

Estado leva tecnologia, inovação e sustentabilidade à Expoingá 2025, em Maringá

O Governo do Paraná estará presente na Expoingá 2025, uma das maiores feiras agropecuárias do Brasil, que acontece de 8 a 18 de maio no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em Maringá, no Noroeste. Com o tema “O Agro Conecta”, o evento destaca a força transformadora do setor e seu papel em unir pessoas, tecnologias e práticas sustentáveis. Em 2024, a feira atraiu mais de 516 mil visitantes e movimentou R$ 1,1 bilhão em negócios, com a geração de mais de 10 mil empregos diretos e indiretos.

Neste ano, a participação do Governo abrange ações integradas entre diversas secretarias e órgãos estaduais, com estandes voltados à inovação, segurança sanitária, energia, sustentabilidade e desenvolvimento rural. “O Paraná é um Estado promissor. No campo, essa vocação se traduz no esforço diário de quem planta, cria e colhe. Somos o supermercado do mundo porque nossa agropecuária é forte, moderna e sustentável. A Expoingá reforça essa conexão essencial entre produção, tecnologia e sustentabilidade”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Um dos destaques é a tradicional Fazendinha, coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), Adapar, Ceasa, Sanepar, Prefeitura de Maringá, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O espaço ocupa 9 mil metros quadrados e reúne 11 unidades didáticas que apresentam tecnologias e soluções para o campo, como hortas sustentáveis, biofertilizantes, sistemas de energia solar, plantio direto de hortaliças, turismo rural e até uma réplica de casa de colono dos anos 1950. A conectividade rural, tema central da feira, estará presente em cada ambiente da Fazendinha, que deve receber mais de cem excursões de agricultores familiares, escolas e universidades. No local também acontece uma feira com produtos da agroindústria familiar e cooperativas locais.

Em outros espaços da feira, a UEM também marca presença com apresentações de projetos, pesquisas e iniciativas desenvolvidas na Universidade. O Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), uma das grandes atrações da UEM e da feira, leva uma exposição com o tema “Mudi: Conectando a Ciência, a Tecnologia e a Cultura Oceânica com o agro”, que dialoga com o tema central da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. A proposta aborda as mudanças climáticas e a cultura oceânica, conectando educação, arte e ciência.

O museu, criado em 2003 com a missão de fortalecer atividades de ensino, pesquisa e extensão na universidade, promove a integração entre ciência e sociedade e tem apoio da Associação dos Amigos do Mudi (Amudi). A UEM também participa com o Centro de Ciências Agrárias (CCA), que estará nos pavilhões de animais, e com o Hospital Universitário, oferecendo atendimento ao público no Pavilhão Azul.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) participa com ações educativas sobre sanidade animal e vegetal. Os visitantes poderão conhecer práticas de prevenção e controle da brucelose e da tuberculose bovinas, medidas de combate ao greening nos citros e o novo Selo Adapar, que certifica boas práticas no uso de agrotóxicos. A agência também participa de seminários técnicos sobre citricultura, bovinocultura de leite e avicultura, com ênfase nas ações preventivas contra a influenza aviária.

Sanepar

A Sanepar apresenta no Bosque Didático da Fazendinha o Programa de Uso Agrícola do Lodo de Esgoto, que transforma resíduos do tratamento sanitário em fertilizante orgânico para a agricultura. Em 2024, mais de 32 mil toneladas do material foram distribuídas gratuitamente a 132 agricultores, sendo 11 mil toneladas apenas no Noroeste. Rico em matéria orgânica e nutrientes, o lodo vem sendo utilizado em culturas diversas como soja, milho, café e braquiária, contribuindo para a sustentabilidade ambiental e a recuperação de solos degradados.

Turismo

A Secretaria do Turismo terá um estande com a exposição de 70 expositores de diversas regiões do Estado. Durante os dez dias de feira, os visitantes poderão conhecer produtos turísticos dos segmentos gastronômico, turismo rural, meios de hospedagens, turismo religioso e também municípios paranaenses com atrativos e destinos.

Inovação

A Secretaria da Inovação e Inteligência Artificial (SEIA) participa da Expoingá com a Carreta da Inovação, projeto que visa democratizar a inovação e acesso a novas tecnologias para toda população paranaense. Na estrutura será possível acompanhar demonstrações de impressora 3D e impressora a laser, e experiências imersivas com óculos de realidade virtual, além de apresentações sobre projetos da SEIA e da Universidade Estadual de Maringá.

Os atendimentos acontecem de 8 a 17 de maio, das 9h às 12h e das 14h às 18h, de segunda a sexta, e das 9h às 12h, no sábado.

Energia

A Copel também marca presença com um estande voltado à energia limpa e à eficiência energética no campo. Os visitantes poderão conhecer soluções para geração de energia solar em propriedades rurais, projetos de redes trifásicas voltadas ao agronegócio e iniciativas de ampliação da conectividade rural, com internet de alta velocidade por fibra óptica chegando a áreas cada vez mais remotas do interior.

Segurança

Na área da segurança, a presença do Governo se dá por meio da Secretaria da Segurança Pública, que leva à feira ações voltadas à educação, à prevenção e ao atendimento à população rural. A Polícia Militar apresenta o programa Patrulha Rural Comunitária e realiza atividades interativas com o público, enquanto o Corpo de Bombeiros promove simulações de combate a incêndios florestais e atendimento a acidentes típicos do campo.

Também haverá exposição de viaturas, drones e equipamentos utilizados no policiamento e nas operações de segurança em áreas rurais. Equipes especializadas orientam o público sobre prevenção de golpes, violência no campo e os principais canais de denúncia. A proposta é reforçar a presença do Estado nas regiões produtivas e aproximar os serviços públicos da realidade de quem vive e trabalha no meio rural.

BRDE

Durante os dias de Expoingá, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) deve assinar cerca de R$ 116,7 milhões em contratos durante a feira. Os recursos serão destinados à compra de maquinários agrícolas, projetos de energia limpa e iniciativas de modernização para empreendimentos no campo, impulsionando a competitividade e a sustentabilidade da agropecuária paranaense.

Feira

A Expoingá acontece no Parque Internacional de Exposições de Maringá, na Av. Colombo, 2186. Além das novidades na área de tecnologia e inovação para o agro, o evento contará com apresentações de grandes nomes da música nacional, como o cantor Luan Santana e as duplas sertanejas Henrique & Juliano, Zé Neto & Cristiano, Lauanna Prado, Simone Mendes, entre outros.

Fonte e Foto: AEN

cooperativa_tradicao_07_05_2025

Safra avança com otimismo no Sudoeste do Paraná

Com a chegada do mês de maio, o outono se firma com temperaturas mais amenas e típicas da estação. Os primeiros frios já são sentidos nas madrugadas do sudoeste do Paraná, e, como sempre, geram atenção por parte dos produtores. Segundo o supervisor técnico comercial da Cooperativa Agroindustrial Tradição, Edenilson Camillo, neste momento, o cenário no campo é de bom desenvolvimento das lavouras e expectativas positivas para a colheita, desde que o clima se mantenha estável nas próximas semanas.

A segunda safra de milho segue como destaque na região. Com lavouras bem estabelecidas, a expectativa média é de 150 sacas por hectare, o que pode garantir uma boa rentabilidade ao produtor, já que os preços estão atrativos. “Precisamos apenas que o clima colabore um pouco mais, com temperaturas amenas e sem geadas nas próximas quatro semanas, para que o milho chegue ao ponto ideal de colheita”, explica Camillo.

Reta final na safrinha de feijão

A cultura do feijão também avança com ritmo constante. Embora mais sensível ao frio, grande parte das lavouras está próxima da colheita, o que reduz os riscos. Em algumas áreas, inclusive, a colheita já começou. A expectativa média na região gira entre 35 e 45 sacas por hectare.

“O produtor tem feito a sua parte com cuidado no manejo e atenção às orientações técnicas. Agora, é o clima que precisa se manter equilibrado para que tenhamos uma colheita tranquila e dentro do esperado”, comenta o gerente técnico comercial, Carlos Francisco Marquezi.

Chuvas regulares

As chuvas dos últimos dias têm vindo de forma equilibrada, sem excessos nem escassez, o que ajuda a manter a umidade do solo e favorece o desenvolvimento das culturas em campo. De acordo com o gerente técnico comercial, a região está em um bom momento agronômico. “Agora, a torcida é para que as baixas temperaturas mais intensas fiquem restritas ao mês de junho, quando a maioria das áreas já estará colhida”, enfatiza Marquezi

Cobertura de solo

Para quem não for cultivar trigo ou outras culturas de inverno, a dica da cooperativa é a de não deixar o solo descoberto. A cobertura vegetal protege contra erosões, supressão de plantas daninhas e preserva a fertilidade da área.

A Cooperativa Tradição oferece opções diversificadas para cobertura de solo e campanhas específicas para facilitar o acesso aos insumos. “O solo é o bem mais precioso do agricultor. Cuidar dele no inverno é garantir produtividade nas próximas safras”, finaliza o gerente.

Fonte: Assessoria de Imprensa Cooperativa Tradição Foto: Divulgação

transferir

Paraná apresenta modelo pioneiro de “Plano Safra estadual” para outros estados

A iniciativa pioneira do Paraná de criar um “Plano Safra estadual” para potencializar o agronegócio vai servir de modelo para o restante do Brasil. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Fomento Paraná apresentaram nessa terça-feira (06/05), de forma online, as bases do Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Paraná FIDC) a representantes do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) para que a estrutura possa ser replicada no restante do País.

Anunciado em dezembro, o Paraná FIDC vai oferecer uma alternativa às condições de financiamento do Plano Safra e de outros recursos destinados ao crédito rural e agroindustrial. A ideia é promover investimentos estratégicos para impulsionar ainda mais o agronegócio no Paraná. Para isso, o Estado vai aportar R$ 350 milhões para financiar essas iniciativas e espera gerar R$ 2 bilhões em negócios no campo.

Um dos pontos destacados na apresentação feita ao Comsefaz foi justamente a diferença da iniciativa paranaense em relação àquilo que o Plano Safra já oferece. Enquanto o programa federal concentra a maior parte dos recursos para o custeio e comercialização da produção, o foco do Paraná FIDC estará na oferta de crédito para melhorias e ampliação das atividades agrícolas.

O fundo deve contribuir ainda na promoção do crescimento econômico, com a segurança alimentar, com a preservação do meio ambiente e com o fortalecimento das comunidades rurais, podendo ser usados para sistemas de irrigação, expansão da produção, armazenagem, equipamentos e outras linhas.

Como explica o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, um dos objetivos do fundo é justamente promover a industrialização e modernização do campo. “Queremos incentivar o processamento e a agregação de valor de tudo o que sai da roça. Para isso, é importante motivar investimentos locais e atrair investidores de fora para que façam aqui plantas, novas integrações, novas cooperativas fortalecidas”, disse. “Assim, o crédito será oferecido para financiar essa expansão agroindustrial, a modernização de plantas, a instalação de novas indústrias que produzam alimentos no Paraná”.

Outra característica única do Paraná FIDC é que as empresas que aplicarem recursos no fundo poderão contar com a devolução de créditos do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) homologados via Siscred em 24 parcelas. Com isso, a expectativa é atrair mais empresas que queiram investir na agroindústria paranaense.

“É um avanço importante e o Brasil inteiro está de olho nisso – o que é bom. Tem muita gente interessada querendo saber como é que nós inventamos essa nova forma de financiar a atividade agroindustrial e estamos aqui para exportar essas boas ideias. Queremos levar para o restante do Brasil o jeito de fazer do Paraná”, destaca o secretário. 

Entusiasmo do mercado

Ainda na apresentação aos representantes do Comsefaz, o diretor-presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile, reforçou o entusiasmo com que o mercado aguarda o lançamento do Paraná FIDC, o que demonstra o quanto a iniciativa já nasce bem-sucedida. “O mercado está sedento por esse tipo de produto”, apontou.

Segundo ele, todo esse interesse pelo fundo de investimento é algo que permite ao Paraná prospectar um crescimento não apenas na produção agroindustrial, mas também na economia e na própria qualidade de vida dos paranaenses.

“É importante destacar que todo o investimento fica no estado. Então ele fomenta a receita, emprego, tributo. É um ambiente que fortalece o agro, mas toda a cadeia é beneficiada para que a Secretaria da Fazenda, por exemplo, possa injetar recursos em outras áreas”, acrescentou Stabile. “Todo o estado ganha com isso”.

Fonte e Foto: Agência Estadual de Notícias

whatsapp_image_2025-04-29_at_13.48.52

Previsão do Simepar é de maio mais seco e mais quente no Paraná

A previsão meteorológica do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) indica que o mês de maio terá chuva abaixo da média e temperatura próxima ou ligeiramente acima da média. O mês já começa com um feriado de tempo estável e agradável em todas as regiões do Paraná.

Historicamente a chuva é mais intensa no mês de maio nas regiões próximas as cidades de Cascavel, Toledo, Francisco Beltrão, Guarapuava e Ivaiporã, com acumulados de aproximadamente 200 mm de chuva. Os locais com menos chuva são as áreas que fazem limite com São Paulo e a Região Metropolitana de Curitiba, que costumam registrar acumulados entre 75 mm e 125 mm de chuva.

Com relação a temperatura média, maio costuma ter temperaturas entre 12°C e 14°C no extremo Sul e na capital. A temperatura sobe gradativamente. Uma faixa da região Central até Francisco Beltrão tem temperatura média entre 14°C e 16°C em maio; a região de Cascavel, Toledo, Cândido de Abreu, seguindo por uma faixa até próximo ao Litoral paranaense que tem temperaturas entre 16°C e 18°C; cidades como Foz do Iguaçu, Santa Helena, Guaíra, Umuarama, Maringá, Londrina e o Litoral têm média de temperatura em maio entre 18°C e 20°C; e a temperatura média mais alta do mês fica no extremo Noroeste, entre 20°C e 22°C. 

“Como não há previsão da entrada de massas de ar frio intensas no mês de maio, teremos predomínio maior de dias secos e quentes do que o comum para esta época do ano. Por isso o mês de maio deverá ser igual ou um pouco mais quente do que a média climatológica com relação a temperatura. Entre 0,5°C a 1°C acima”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

SIMEPAR – Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas. São monitoradas desde situações causadas por chuvas extremas, como enxurradas, deslizamentos e alagamentos, até situações como incêndios e secas.

Dados mais detalhados da previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses estão disponíveis no site www.simepar.br. A previsão tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.

Fonte e Foto: AEN

1d20065c2bdd46de80eb96a38709c51f_858x483

Mercado do trigo oferece oportunidades de lucro

Segundo análise da TF Agroeconômica, os preços do trigo da safra atual estão oferecendo lucros de até 9,51%, o que torna o momento propício para vendas, apesar da possibilidade de alta futura. A consultoria recomenda garantir esse lucro enquanto ele se apresenta, alertando que os custos para manter a posição e as incertezas do mercado podem anulá-lo rapidamente. Para a próxima safra, embora os ganhos atuais estejam em 3,90%, já houve momentos de rentabilidade expressiva, com picos de até 35,20%. A recomendação é aproveitar o aprendizado para buscar essas margens nas próximas safras.

Para a safra 2026/27, a TF destaca que é possível fixar o preço em R\$ 83,74/saca, o que representa um lucro de 14,63%, desde que o produtor aprenda a utilizar o mercado futuro, interpretar gráficos e tendências, e converter cotações da CBOT. A mensagem principal é clara: quem acompanha o mercado com antecedência pode capturar melhores oportunidades.

No campo da análise fundamental, diversos fatores estão sustentando os preços. Entre eles, o risco de geadas tardias nos EUA, a falta de chuvas nas áreas produtoras de trigo de primavera em Dakota do Norte, e a redução nas exportações da Ucrânia e da União Europeia. No Brasil, ainda há espaço para valorização, com os preços locais subindo em abril e a diferença para o trigo importado ainda favorecendo os produtores internos, especialmente no Sul.

Por outro lado, fatores de baixa também pesam no cenário. Entre eles, a boa perspectiva para a colheita nos EUA, UE, Rússia e Ucrânia, e uma possível retomada das exportações pela Índia após safra recorde. Além disso, a queda do trigo americano pressionou os preços internacionais, o que refletiu nas cotações argentinas e reduziu as pedidas em até US\$ 15/t. O recuo do dólar também contribuiu para esse movimento.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

default

R$ 1,5 bilhão em 1,6 mil km: pavimentação transforma áreas rurais do Paraná

Distritos, cidades e regiões que antes só eram acessíveis por estradas de terra estão se transformando, com mais de 1,6 mil quilômetros de obras de pavimentação em rodovias ou vias rurais distribuídas por todo o Paraná. Desde 2019, foi mais de R$ 1,5 bilhão investidos nestas estradas, capilarizando o desenvolvimento econômico e melhorando a mobilidade de centenas de milhares de paranaenses.

As obras contemplam desde estradas vicinais, que garantem o escoamento da produção agrícola de comunidades rurais, até rodovias estaduais, que aguardaram décadas para receber pavimentação e conectar cidades por novas vias de asfalto.

As pavimentações também facilitam o acesso a serviços públicos, tornando mais ágil o trânsito de ambulâncias e viaturas policiais, e até impactando na frequência escolar de crianças e adolescentes, que não perdem mais aulas em dias de chuva por não conseguirem transporte escolar.

“A pavimentação de estradas vai além da trafegabilidade. Estradas bem estruturadas ajudam a preservar recursos naturais, como o solo e a água, fator que afeta diretamente a agricultura da região. Elas também melhoram o acesso entre regiões rurais e urbanas, facilitando o turismo e impulsionando o desenvolvimento econômico das comunidades rurais”, afirmou o secretário de Agricultura e Abastecimento, Márcio Nunes.

O programa Estradas Rurais Integradas aos Princípios e Sistemas Conservacionistas, conhecido popularmente como Estradas da Integração, é responsável pela maior parte destes avanços. Por meio dele, 1.350 quilômetros já foram pavimentados em convênios com centenas de prefeituras. Ao todo o investimento realizado por meio do programa foi de R$ 521 milhões, que impactaram 100 mil famílias de distritos rurais paranaenses.

Impacto

As obras dão dignidade às comunidades beneficiadas, reduzindo a poeira, controlando a erosão das vias e melhorando a trafegabilidade nas estradas, que são pavimentadas com pedras irregulares, blocos sextavados ou asfalto, dependendo da necessidade local.
Além dos benefícios sociais, com famílias rurais mais integradas aos municípios, as pavimentações também têm um impacto direto na economia das pequenas cidades do Estado.

É o caso da estrada que liga a área urbana de Pinhalão, no Norte Pioneiro, ao distrito da Lavrinha, onde ficam concentradas várias propriedades rurais com lavouras de café. Com investimento de R$ 775 mil, estão sendo pavimentados 2,2 quilômetros de via com pedras irregulares, divididos em três trechos.

Uma parte da obra já foi entregue, ajudando no transporte da produção agrícola de mais de 100 famílias. “Eu passo por este trajeto umas quatro ou cinco vezes por dia. Com a estrada pavimentada, tem menos barro e menos poeira. Além disso, consigo fazer o transporte da produção de maneira mais ágil e sem desgastar tanto o carro”, afirmou o produtor Diogo Cunha Oliveira.

A melhoria na estrutura, inclusive, tem ajudado a atrair novas empresas para a cidade. Leandro Benetti trabalha em uma empresa mineira que comercializa produtos agrícolas que instalou recentemente uma filial no distrito da Lavrinha. “Com uma estrada melhor, o produto daqui da região fica mais em conta. Já é um café de qualidade, que agora tem mais competitividade”, afirmou.

Outro exemplo é a Estrada Rural Água das Abóboras, em Ibiporã, na região Norte do Estado. São 4,2 quilômetros de pavimentação, com um investimento de R$ 3,1 milhões. Além de beneficiar cerca de 110 famílias, a estrada também atende uma unidade da Cocamar Cooperativa Agroindustrial, com um acesso mais ágil entre os produtores da região e a instalação para recebimentos de grãos.

“A gente tem que trabalhar todos os dias e uma estrada com pavimentação é operacional o ano inteiro, faça chuva ou faça sol. Uma obra destas tem um impacto incalculável para as nossas vidas”, disse o produtor rural Benedito Santos.

Expansão

O total de estradas vicinais pavimentadas será praticamente dobrado ao longo dos próximos meses, com o planejamento de mais 1 mil quilômetros em vias. O investimento será de cerca de R$ 2 bilhões, fazendo do Estradas da Integração a maior iniciativa de pavimentação de estradas vicinais da história do Estado.

Para esta nova fase do programa, o objetivo será beneficiar principalmente regiões com alto volume de produção de leite, suínos e frangos, aprimorando a logística entre as propriedades rurais que trabalhar com proteína animal às grandes indústrias, queijarias e frigoríficos.

Fonte: AEN Foto: Ricardo Ribeiro

595835091187433ca7185574dbaae880_858x483

Brasil registra maior volume de soja exportada para a China

As exportações brasileiras de soja atingiram um patamar histórico em março de 2025, com destaque para a forte demanda chinesa. Segundo informações do boletim informativo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a China importou 11,14 milhões de toneladas do grão brasileiro no mês — o maior volume já registrado para março. O número representa um salto expressivo de 122,67% em relação a fevereiro e um avanço de 23,97% na comparação com o mesmo período de 2024.

Esse desempenho reforça o protagonismo do Brasil no mercado global de soja, especialmente em meio a um cenário internacional de incertezas. O relatório do Imea também revela que os Estados Unidos, principal concorrente do Brasil nesse mercado, exportaram apenas 1,80 milhão de toneladas para a China em março. Apesar de ser um crescimento de 2,22% na comparação anual, o volume ainda é significativamente inferior ao brasileiro.
De acordo com o boletim, os embarques norte-americanos ainda não refletem completamente os impactos das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A expectativa é de que esse conflito tarifário ganhe força a partir da próxima safra, o que pode abrir ainda mais espaço para o Brasil ampliar sua fatia no comércio internacional do grão.

As projeções para abril seguem otimistas. O Imea destaca que, até o nono dia útil do mês, o ritmo médio diário de embarques brasileiros está 110,24 mil toneladas acima do registrado em abril de 2024. A tendência é de manutenção do volume elevado, puxado sobretudo pela demanda da China, que deve continuar sendo o principal destino da soja brasileira.

O cenário atual também reacende o debate sobre investimentos em infraestrutura portuária e armazenagem para sustentar esse ritmo crescente nos próximos anos.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

article

A antracnose do milho pode ter origem mesoamericana e ser fornecida com ajuda humana

Uma rede de pesquisadores de 17 países analisou a evolução do fungo Colletotrichum graminicola, causador da antracnose do milho, e parcerias três linhagens geneticamente distintas, potencialmente originárias da Mesoamérica. O estudo, que examinou 212 isolados provenientes dos cinco continentes, revelou que a propagação global do patógeno foi impulsionada por fatores naturais e humanos, com destaque para a troca de sementes contaminadas.

De acordo com Flávia Rogério, colaboradora da Universidade de Salamanca ( Usal ), na Espanha e da Universidade da Flórida (UF), nos Estados Unidos, a pesquisa apontou que o fungo apresenta três linhagens principais: norte-americana, brasileira e europeia. “A linhagem da América do Norte parece ser a mais antiga e ancestral, com ramificações que atingiram o Brasil e a Europa. No entanto, a linhagem europeia mostrou ser a mais virulenta, o que pode aumentar os riscos de novos surtos da doença”, explica um cientista.

Além disso, o estudo de parcerias entre a Argentina e a Europa, com isolados argentinos agrupados na linhagem europeia. Esse intercâmbio genético pode ter sido favorecido pelo uso de sementes contaminadas em viveiros de inverno na América do Sul, frequentemente usados em programas de melhoramento genético.

A investigação utilizou diversos métodos estatísticos e computacionais para analisar a relação entre distância genética e geográfica, concluindo que até 35,8% da variação genética do fungo encontrada pode ser explicada pela distância geográfica entre as populações. A grande mobilidade do fungo, isto é sua capacidade de propagação, sugere uma longa história de adaptação e migração global, impulsionada por recombinações genéticas. A recombinação genética pode gerar novos genótipos de fungo, aumentando a diversidade genética e virulência.

O pesquisador Wagner Bettiol, da Embrapa Meio Ambiente (SP), reforça que a ação humana teve papel essencial na propagação do patógeno. O estudo também evidenciou que 80% dos isolados isolados apresentam sinais de mistura genética, enquanto 20% são geneticamente puros. Essa grande diversidade observada aumenta os desafios para o desenvolvimento de variedades de milho resistentes.

Além disso, uma pesquisa revelou diferenças significativas na idade e na frequência de eventos de introgressão genética – que é o processo de incorporar alelos de uma espécie no pool genético de outra espécie entre linhagens da América do Norte, Europa e Brasil. Os resultados sugerem que a linhagem norte-americana é a mais antiga e atuosa como a disseminação global do fungo.

Fungos causadores de doenças de plantas podem se disseminar a curtas distâncias por meio do vento e da chuva, e a longas distâncias pela ação do homem, quando seus esporos são transportados por materiais vegetativos contaminados.

Preocupação com o retorno de surtos

Ensaios de patogenicidade realizados em laboratório da Universidade de Salamanca, Espanha, revelaram que diferentes isolados do fungo apresentam variações de virulência. Segundo Flávia Rogério, a evolução da virulência ao longo do tempo levanta preocupações sobre o surgimento de novos surtos — especialmente na Europa — semelhantes aos que ocorreram nos Estados Unidos na década de 1970, quando plantações inteiras foram dizimadas de forma repentina pelo fungo, com perdas de até 100% nas regiões centro-norte e leste desse país.

Uma pesquisa sugere que o patógeno afeta a rota de domesticação do milho, que se originou do sul do México, e que a linhagem norte-americana do fungo trabalhou como distribuída na dispersão global dele. Estudos anteriores apontam um padrão semelhante com Setosphaeria turcica, outro fungo que afeta o milho e que se fornece globalmente a partir do México.

Os cientistas alertaram para a necessidade de maior monitoramento genético e adoção de medidas preventivas. Segundo recomendações de pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo (MG), o manejo eficaz da antracnose inclui o plantio de cultivares resistentes, adubação equilibrada, rotação de culturas e prevenção de plantios sucessivos. Essas práticas ajudam a reduzir o potencial de infecção do patógeno e a proteger o trabalho.

A identificação da população ancestral do fungo pode auxiliar no desenvolvimento de estratégias mais eficazes para mitigar os impactos da antracnose do milho, uma vez que essa população pode atuar como reservatório de diversidade genética, incluindo genes associados à resistência a doenças. O monitoramento constante e o uso de genes de resistência múltipla são essenciais para evitar novos surtos e proteger a segurança alimentar global.

As principais doenças do milho impactam diretamente a produtividade global, ações permanentes e medidas de manejo integradas para reduzir perdas econômicas e garantir a segurança alimentar.

Fonte: Embrapa Foto: Flávia Rogério

drones_solos_3

Adapar destaca trabalho integrado para uso responsável e sustentável do solo no Paraná

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) tem atuado como protagonista na manutenção da sanidade do solo agrícola no Estado. Por meio da Divisão de Conservação do Solo Agrícola, a Agência desenvolve um trabalho integrado com o Sistema Estadual de Agricultura (Seagri), com foco em orientar, prevenir e garantir que o manejo nas propriedades esteja alinhado às boas práticas conservacionistas.

Único estado do Brasil com legislação específica voltada à conservação do solo, o Paraná reforça neste 15 de abril, Dia Nacional da Conservação do Solo, a importância das boas práticas de uso e manejo para garantir produtividade no campo e sustentabilidade ambiental. A data foi instituída pela Lei Federal nº 7.876/1989 com o objetivo de lembrar o valor do solo como recurso natural essencial.

No Estado, o Decreto nº 6.120/1985 regulamenta a Lei Estadual nº 8.014/1984, que completou 40 anos no ano passado e é considerada uma das principais ferramentas de promoção da agricultura sustentável frente aos desafios das mudanças climáticas e da intensificação da erosão dos solos agrícolas.

De acordo com Luiz Renato Barbosa, engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Conservação do Solo Agrícola da Adapar, a estratégia da agência tem se pautado na antecipação de problemas, com foco na orientação técnica e na prevenção de danos. “Temos atuado de forma integrada com a extensão rural, atividade desenvolvida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), para garantir que o cultivo agrícola seja precedido de um planejamento conservacionista”, diz.

Barbosa ressalta que as orientações aos produtores são sempre baseadas na capacidade de uso do solo e de tecnologias ajustadas às necessidades específicas de cada propriedade rural. “Consideramos características como relevo, topografia, classes de solo e sua relação com o ambiente e a vegetação ciliar, além do tipo de manejo adotado pelo produtor. Essa abordagem tem sido a base do nosso trabalho para garantir a sanidade do solo e evitar processos de degradação”, explica.

Preservação

Outra frente prioritária de atuação é a promoção de boas práticas em regiões com grandes fragilidades e de grande importância como as cabeceiras de drenagens de nascentes.

“As propriedades têm interface direta com essas cabeceiras que abastecem os rios do Paraná. Trabalhamos para garantir, com antecipação e orientação, que o uso do solo não contribua para o assoreamento dessas áreas vitais, que garantem a quantidade e qualidade das águas dos mananciais, que compõe as bacias prioritárias de abastecimentos das populações”, afirma o engenheiro agrônomo.

As regiões de cabeceira, quando bem manejadas durante as atividades agrícolas em seu entorno, exercem papel fundamental na preservação dos recursos hídricos. A adoção de boas práticas de conservação do solo, aliada à preservação da vegetação ciliar, favorece a infiltração da água da chuva no solo, promovendo a ciclagem hídrica e garantindo a recarga dos lençóis freáticos. Esses lençóis são responsáveis por alimentar importantes cursos d’água do Estado.

Por outro lado, o uso inadequado do solo com compactação e cultivos desordenados nessas áreas pode comprometer essa dinâmica. Essa prática pode acabar dificultando a infiltração da água, aumentando o risco de erosão e afetando diretamente a qualidade da água que abastece rios e reservatórios.

Barbosa destaca que a atuação da divisão de enfoque na sanidade do solo é realizada em sintonia com o extensionismo rural também para evitar as punições previstas em lei. A Agência também é responsável pela fiscalização e aplica medidas legais quando constatado o uso inadequado do solo agrícola. Porém, mesmo com a aplicação de penalidades em casos de manejo inadequado, o chefe da divisão da Adapar reforça que a maioria dos casos se resolve de forma orientativa.

Tecnologias

A Adapar também conta com ferramentas tecnológicas para subsidiar esse trabalho. Drones e softwares de georreferenciamento têm sido utilizados no mapeamento de bacias de captação de água e na identificação de áreas com risco de degradação do solo.

Com o uso dos drones, é possível sobrevoar grandes extensões de terra, inclusive em regiões de difícil acesso, registrando imagens de alta precisão que auxiliam na detecção de sulcos de erosão, ausência de curvas de nível e outras falhas no manejo conservacionista. Essas informações são analisadas em conjunto com dados técnicos e servem de base para orientar os produtores quanto às correções necessárias, além de embasar ações fiscalizatórias, quando for o caso.

Segundo Barbosa, a conservação do solo é uma responsabilidade compartilhada. “A lei é clara ao dizer que o solo é patrimônio de todos. O planejamento conservacionista é um dever legal e social”, afirma.

Fonte: AEN