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Sistema Ocepar e entidades encaminham propostas para o Plano Safra 2025/26 ao governo federal

O Sistema Ocepar e outras entidades representativas encaminharam aos Ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, no dia 28 de fevereiro, um documento com propostas para contribuir na construção do Plano Safra 2025/2026. O objetivo é apresentar as principais demandas do setor agropecuário para as linhas de custeio, investimento, comercialização e industrialização do Crédito Rural.

A proposta das entidades é que o governo federal disponibilize o total de R$ 597,1 bilhões para a safra 2025/2026, sendo R$ 417 bilhões para créditos de custeio e comercialização (desse total, R$ 45 bilhões para Pronaf, R$ 72 bilhões para Pronamp e R$ 300 bilhões para os demais produtores); e R$ 180,1 bilhões para investimentos.

O documento também apresenta sugestões para aprimorar as políticas de Gestão de Riscos, incluindo propostas voltadas ao Seguro Rural e ao Proagro, e sugestões para as taxas de juros. Além disso, foram compilados pontos específicos para fortalecer a Agricultura Familiar, reconhecendo sua relevância para a economia e para a segurança alimentar do país.

Além do Sistema Ocepar, assinam o documento a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater (IDR-Paraná).

O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, explica que, nos últimos anos, tem havido um aumento significativo nas demandas de investimento por parte das cooperativas agropecuárias. Este cenário destaca a importância de investimentos contínuos e substanciais. “As cooperativas precisam de recursos para enfrentar os desafios impostos pela concorrência no mercado global, além de se adaptarem às mudanças climáticas e às novas exigências do consumidor”, completa.

Fonte: Ocepar Foto: Divulgação

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Monitoramento dos cultivos de verão analisa o impacto do clima registrado em fevereiro na safra 2024/25

No mês de fevereiro, os maiores volumes de chuva ocorreram no Centro-Norte do país, contribuindo para a manutenção da umidade no solo e, de forma geral, para o desenvolvimento dos cultivos. Apesar do excesso de precipitações interferirem na semeadura dos cultivos e na evolução da colheita, as chuvas beneficiaram o enchimento de grãos dos cultivos de primeira safra, além do início do desenvolvimento do milho segunda safra. É o que revela o Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O Boletim ainda mostra que em parte do Semiárido do Nordeste persistiu o deficit hídrico afetando as lavouras de feijão e milho. Já no Rio Grande do Sul as chuvas amenizaram a condição de restrição hídrica de parte das lavouras, mas as altas temperaturas intensificaram a perda de umidade do solo.
Os dados espectrais analisados pela Companhia indicam condições favoráveis de desenvolvimento das lavouras. No caso da soja, apesar do atraso na semeadura, o índice vegetativo da atual safra evoluiu acima da média e do ciclo passado durante a maior parte do período reprodutivo, devido às condições climáticas favoráveis e ao menor escalonamento do plantio. Contudo, no sudoeste de Mato Grosso do Sul e no noroeste do Rio Grande do Sul, houve uma desaceleração no crescimento do índice da safra atual em dezembro e janeiro, em razão da falta de chuvas e das altas temperaturas que afetaram parte das lavouras.

Já as lavouras de arroz estão, de maneira geral, em boas condições, devido à incidência solar e à disponibilidade hídrica para irrigação. Muitas áreas no estado gaúcho, principal produtor no país, estão em fase final de maturação, tendo sido iniciada a colheita. As últimas precipitações foram importantes no aporte hídrico dos mananciais. Em Santa Catarina, as áreas colhidas têm apresentado boa produtividade e qualidade do grão em função do clima favorável durante o ciclo da cultura.

O BMA é uma publicação mensal, resultado da colaboração entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam). O trabalho conta, ainda, com a colaboração de agentes que contribuem com dados pesquisados em campo.

Clique aqui e acesse a íntegra do Boletim.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Chuvas diminuem e calor segue em março no Paraná, aponta Simepar

Março chega ao Paraná com temperaturas máximas previstas de até 37°C, seguindo o ritmo do mês anterior. No último dia de fevereiro, nove cidades registraram temperaturas acima de 35°C antes mesmo das 15h: Altônia, Capanema, Cambará, Cândido de Abreu, Cerro Azul, Loanda, Palotina, Santa Helena e Umuarama.

As duas primeiras semanas de março serão mais secas e as temperaturas seguem altas – dessa maneira, o desconforto térmico continua intenso. Ao longo do mês as temperaturas devem ficar levemente acima da média em todas as regiões do Paraná. Com a chegada do outono a temperatura vai diminuir gradualmente.

As águas de março fecharão o verão dentro da média histórica para o mês nas regiões Centro e Leste. Já no Norte e Oeste do Estado, o clima fica mais seco: a chuva deve ser abaixo da média. “As tempestades isoladas ficarão menos frequentes, e aumenta o intervalo entre os dias com chuva. Isso acontece porque vai diminuir a umidade da atmosfera. Teremos mais predomínio de massas de ar seco”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

Médias

Em março as médias de chuva são de 200 mm a 300 mm no Litoral. Na faixa de Curitiba até Telêmaco Borba a média de chuvas no mesmo período é de 100 mm a 125 mm apenas, com exceção da região de Castro, que registra médias de 75 mm a 100 mm. Nos arredores de Castro fica a área do Paraná onde menos chove, historicamente, em março. Nas regiões de Guaíra e Umuarama, e em uma pequena faixa próximo a Francisco Beltrão, o volume de chuvas no mês é similar ao da Capital.

No resto do Estado, a média de chuvas em março fica na faixa de 125 mm a 150 mm, com exceção da região de Cândido de Abreu e uma área próxima à Cascavel, que geralmente registram volumes de chuva entre 150 mm e 200 mm no mês.

Com relação às temperaturas, as médias em março costumam ser de 24°C a 26°C no Noroeste e no extremo Oeste; de 22°C a 24°C em uma grande faixa do Estado que começa no Litoral, sobe para a região de Maringá e Londrina e chega aos arredores de Cascavel; entre 20°C e 22°C na região Central e em uma faixa até Francisco Beltrão; e de 18°C a 20°C em uma faixa entre a Capital, Guarapuava e a região Sul do Estado.

Simepar

Com uma estrutura de 120 estações meteorológicas telemétricas automáticas, três radares meteorológicos e cinco sensores de descargas meteorológicas, o Simepar é responsável por fornecer dados meteorológicos para órgãos como a Coordenadoria da Defesa Civil e a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável, de modo a facilitar ações de resposta a situações extremas.

A previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses pode ser acessada no site www.simepar.br. As informações tem duas atualizações diárias. Para cada cidade é possível saber o quanto deve chover, temperaturas mínimas e máximas previstas, umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte.

Fonte: AEN Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

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Revista Paraná Cooperativo traz a cobertura dos Dias de Campo

A equipe de reportagem da revista Paraná Cooperativo acompanhou os Dias de Campo realizados pelas cooperativas paranaenses em janeiro e fevereiro e traz a cobertura completa com as principais novidades apresentadas. Nos eventos, os cooperados trocam experiência e conhecem o resultado de estudos, as tecnologias de ponta e as boas práticas que servem de inspiração para o novo ciclo. “É um momento fundamental para o compartilhamento de conhecimento e inovação na atividade”, destaca o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken.

Show Rural

Outro tema da revista é o Show Rural, que é um dos maiores eventos agropecuários da América Latina, realizado em Cascavel, em fevereiro, pela Coopavel. Além de apresentar inovações voltadas para o agronegócio, o Show Rural sediou eventos importantes voltados ao setor, como os fórum de meio ambiente e de tecnologia de informação e reuniões sobre sanidade animal. O local também recebeu a Assembleia Legislativa itinerante e a reunião de diretoria da Ocepar, quando foram anunciados investimentos das cooperativas para 2025.

Entrevista

A entrevistada da edição é a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá. Ela fala sobre o significado de uma mulher pela primeira vez estar à frente da principal instituição de pesquisa agronômica do país, destaca os esforços da Embrapa em estudos pautados no duplo desafio de produzir mais alimentos com menos impacto ambiental, os preparativos para a preparação na COP30 e destaca o papel do cooperativismo na busca de uma produção mais equilibrada e sustentável.

Outros temas

Os outros temas da edição são as Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs), realizadas pelas cooperativas, os desafios para a comercialização da safra 2024/2025, os cinco anos da Cooperativa de Trabalhadores de Enfermagem do Paraná (Cooenf) e o uso da revista Paraná Cooperativo como material de apoio em salas de aulas, prática que está sendo adotada por algumas escolas públicas do Paraná.

Acesse a íntegra da edição aqui

Fonte: Sistema Ocepar

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Para cada R$ 1 investido, IDR-Paraná devolve mais de R$ 7 para a sociedade, aponta estudo

A segunda edição do Balanço Social do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater) mostra que, em 2023, o Instituto devolveu para a sociedade R$ 7,10 para cada R$ 1 investido. O documento apresenta também que os 1.400 profissionais realizaram 106,3 mil atendimentos nas propriedades e desenvolveram 110 projetos de pesquisa. O retorno global do Instituto, somando as ações com os parceiros, passa de R$ 7,7 bilhões.

Para o presidente do IDR-Paraná Richard Golba, o Balanço Social é uma apresentação do trabalho do Instituto na prática. “Hoje somos mais de 1.400 profissionais dedicados em desenvolver projetos e atender mais de 100 mil propriedades rurais no estado. Esse documento mostra que o investimento no Instituto é um bom negócio para a sociedade. Devolvemos sete vezes mais através das nossas ações, programas e tecnologias”, afirma.

Estes números representam a ação do Instituto em 2023. Até o início do segundo semestre o IDR-Paraná deve apresentar o Balanço Social de 2024.
Nesta edição, foram avaliadas 73 ações do IDR-Paraná em pesquisa agropecuária, extensão rural e logística. Assim como na primeira edição, três pilares foram levados em consideração para chegar a este resultado: impacto econômico, social e ambiental.

Para avaliar o impacto econômico foi utilizado o método do excedente econômico que compara a situação anterior (sem adoção da tecnologia) com a atual. Neste quesito foi avaliado a renda adicional através da diversificação da produtividade, redução de custos, agregação de valor e acesso a recursos pelos agricultores.

No caso do Sistema de Plantio Direto de Hortaliças (SPDH), por exemplo, o retorno total foi de R$ 486 mil. Com 100 hectares atendidos, foram R$ 276 mil no aumento de produtividade, R$ 126 mil em redução de custos e R$ 84 mil em expansão de área.

Em relação aos ganhos econômicos da cultivar Feijão Preto IPR Urutau, os resultados ultrapassam R$ 84 milhões, com plantas mais resistentes e de alta produtividade nas lavouras. O Programa Manejo Integrado do Cancro Cítrico, uma das prioridades do Instituto, para garantir a saúde da produção de citros no estado, teve um retorno ainda maior. De R$ 567 milhões em expansão de área.

Outro impacto relevante economicamente é no tópico redução de custo. Apenas com o programa de estímulo à energia solar a economia foi de R$ 423 milhões.

Social

Na perspectiva do impacto social foi considerado adaptação simplificada de indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Social de Inovações Tecnológicas Agropecuária (Ambietc Social) da Embrapa. Foi considerado um conjunto de 14 indicadores, agrupados aspectos como Emprego, Renda, Saúde, Gestão, Administração e Capital Social.

Já para avaliar o impacto ambiental foram utilizados indicadores do Sistema de Avaliação de Impacto Ambiental de Inovações Tecnológicas Agropecuárias, que consiste na adaptação de metodologia utilizada pela Embrapa. Ele teve por base um conjunto de 36 indicadores agrupados em cinco aspectos: Eficiência Tecnológica, Conservação Ambiental, Recuperação Ambiental, Bem-estar e Saúde Animal e Qualidade do Produto.

Balanço social

Esta é a segunda edição do documento, que pode ser consultado AQUI. Ele endossa a preocupação do IDR-Paraná em prestar contas à sociedade sobre o serviço público executado no Estado.

Para realização do Balanço Social foi instituído um grupo gestor, responsável por elaborar o documento e consolidar o trabalho na rotina do IDR-Paraná. Coordenado pela Gerência de Planejamento do Instituto, o grupo recolheu relatórios dos coordenadores de projetos e gerentes de diferentes áreas para chegar ao resultado.

Instituto

Criado em dezembro de 2019, o IDR-Paraná é a incorporação de quatro instituições renomadas na agropecuária paranaense e nasceu para fortalecer o sistema estadual da agricultura. Com o objetivo de tornar a agricultura paranaense cada vez mais competitiva e garantir a redução da desigualdade no meio rural. Ele uniu o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná (Codapar), o Centro Paranaense de Referência de Agroecologia (CPRA) e o Instituto Agropecuário do Paraná (Iapar).

Fonte: AEN Foto: Ari Dias

Soja - colheita. Fotos:Jaelson Lucas / Arquivo AEN

Colheita de soja avança em área do Paraná

A colheita de soja na região da Coopavel, no oeste e sudoeste do Paraná, atingiu 85% de progresso, avançando 5 pontos percentuais em relação à semana anterior. As condições climáticas da região, marcadas por chuvas esparsas e intermitentes, têm impactado diretamente o ritmo da colheita.
Segundo a Safras & Mercado, essas precipitações têm sido frequentes, mas localizadas. Isso torna o processo de colheita desafiador, já que as chuvas ocorrem de forma irregular. Elas afetam tanto as áreas com maior umidade quanto aquelas em que as condições estão mais secas.

Apesar do avanço na colheita, o rendimento da soja se manteve estável, com uma média de 3.600 quilos por hectare. Esse número, embora não tenha mostrado grandes variações em comparação com a semana anterior, segue abaixo da expectativa inicial, que previa um rendimento de 4.000 quilos por hectare.

O desempenho da soja, portanto, está aquém das estimativas, refletindo um cenário que, embora positivo em termos de colheita, não atingiu o potencial de produção inicialmente projetado.

A área cultivada na safra 2024/25 totaliza 411,6 mil hectares, um aumento em relação aos 405 mil hectares cultivados no ciclo anterior. Esse crescimento na área reflete a confiança dos produtores na capacidade de produção da soja na região, apesar dos desafios climáticos e das expectativas de rendimento abaixo do esperado.

Fonte: Canal Foto: Divulgação

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Safra 2024/25: Milho cresce 5,5% e aposta em biotecnologia

A safra de grãos 2024/25 segue em ritmo acelerado no Brasil, com o milho se destacando entre os principais cultivos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção deve atingir 122 milhões de toneladas, um crescimento de 5,5% em relação à temporada anterior. O milho safrinha continua sendo a principal parcela da colheita, representando mais de 78% do total. No Centro-Oeste, maior região produtora do país, agricultores apostam em híbridos de alta performance genética para maximizar produtividade e rentabilidade.

Entre as opções, o híbrido B2701PWU, da Brevant® Sementes, tem se destacado. O produtor Adriano Luiz Barchet, da Fazenda São Domingos (MT), utilizou a variedade em 3 mil hectares na safrinha 2023/24, alcançando 180 sacas por hectare. Segundo ele, o material foi decisivo no controle da cigarrinha e apresentou ótimo desempenho em áreas irrigadas. Com ciclo precoce e tolerância ao estresse hídrico, o B2701PWU se adapta bem às condições climáticas desafiadoras da região.

“Com isso, é importante o agricultor contar com um híbrido pesquisado e desenvolvido com características que atendam às necessidades da sua região. Avaliando desde o sistema de produção, clima, época do plantio e a tolerância às principais doenças do local. No Centro-Oeste, a melhor escolha é o B2701PWU. Ele é precoce e tem estabilidade de plantio, além de bom desempenho em condições de estresse hídrico. Por ter ciclo precoce, se desenvolve mais rápido e quando a região começa a sofrer com a seca, já está desempenhando seu potencial produtivo”, explica Eder Arakawa, Líder da Brevant® Sementes para Brasil e Paraguai.

Além da resistência ao clima, o híbrido conta com a tecnologia PowerCore® Ultra, que protege contra as principais lagartas da cultura, como lagarta-do-cartucho e broca-do-colmo. A tecnologia também oferece tolerância aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio, facilitando o manejo na lavoura. Outro diferencial é o tratamento de sementes LumiGEN™, que inclui fungicidas, inseticidas e bioestimulantes, garantindo melhor germinação e sanidade das plantas.

Fonte: Agrolink/Leonardo Gottems Foto: Divulgação

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Plano Safra prevê crédito extra de R$ 4,178 bi

O governo federal publicou na noite de segunda-feira (24), a Medida Provisória 1.289/2025, que abre crédito extraordinário de R$ 4,178 bilhões para as operações oficiais de crédito rural equalizadas pelo Tesouro Nacional no âmbito do Plano Safra.

A medida visa atender as linhas de crédito subsidiado do Plano Safra, com taxas de juros equalizadas pelo Tesouro, com contratações suspensas pelo Tesouro Nacional desde a última sexta-feira (21). A MP, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entra em vigor hoje e foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Do montante total, R$ 2,752 bilhões serão destinados à subvenção econômica de operações de investimento rural e agroindustrial, R$ 763,519 milhões vão para subvenção econômica de operações de custeio agropecuário e R$ 17,002 milhões para equalização de operações de comercialização nas linhas voltadas a médios e grandes produtores.

Outros R$ 645,782 milhões serão direcionados a equalização de linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Manobra para retomada do Plano Safra

A edição da MP foi anunciada na última sexta-feira (21) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como saída para a retomada das contratações do crédito subsidiado do Plano Safra 2024/25. Os recursos, segundo Haddad, serão acomodados dentro dos limites do arcabouço fiscal, embora venham formalmente de crédito extraordinário.

O que ocorreu com o Plano Safra?

O Tesouro suspendeu as contratações de financiamentos subsidiados pelas 25 instituições financeiras que operam o crédito rural desde a última sexta-feira, em virtude da falta de aprovação do Orçamento 2025 – que inclui recursos para subsídio para política oficial de crédito agropecuário.
Ainda na sexta-feira, o Tesouro informou os bancos que a retomada das contratações estava liberada quando a MP fosse publicada. Cerca de R$ 50 bilhões de recursos subsidiados do Plano Safra estavam bloqueados em virtude da suspensão das linhas.

Fonte: Estadão Conteúdo Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini

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Pesquisa de campo coleta dados para o 6º levantamento da safra de grãos 2024/2025

Na última semana, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizam visitas técnicas nas lavouras do país para compor o 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025. As atividades ocorrem presencialmente no Distrito Federal e nos estados de Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. O objetivo é avaliar as condições das plantações e os efeitos das variações climáticas nas produções de grãos.

A coleta de informações é complementada com dados fornecidos por produtores, cooperativas e empresas agrícolas. A análise inclui o acompanhamento detalhado de diversas culturas, considerando os estágios fenológicos, que variam conforme a região e o tipo de produto. Para aprimorar as estimativas, são utilizados também dados de georreferenciamento e imagens de satélite, que possibilitam o mapeamento das áreas cultivadas e a estimativa da produtividade.

No caso da soja, os técnicos monitoram de perto a colheita nas áreas de maior produção. Para o algodão, o foco está na fase final de semeadura, especialmente nas regiões onde o plantio já foi concluído. No milho, as atenções se voltam para as áreas em maturação e colheita da 1ª safra, com especial atenção à qualidade do produto, além do monitoramento do desenvolvimento das lavouras de milho 2ª safra. O trabalho também contempla o plantio de arroz, que está em fase de conclusão, e o amendoim, com atenção às etapas de floração, formação das vagens e enchimento dos grãos em algumas localidades.

As informações obtidas são fundamentais para atualizar as projeções sobre a produção de grãos no Brasil. Os resultados do 6º Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 serão divulgados no dia 13 de março, oferecendo dados essenciais para o mercado agrícola, governos, produtores e demais atores da cadeia produtiva.

Fonte: Conab Foto: Divulgação

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Irrigação viabiliza a soja no extremo noroeste do Paraná

Com 2.600 alqueires, a Fazenda Estrela e Monte Azul é a soma de seis propriedades localizadas no município de Icaraíma, a 60 quilômetros de Umuarama, na região noroeste do Paraná.

Do total da área, há 100 alqueires mantidos com soja sob sistema de irrigação que utiliza três pivôs, 500 alqueires com lavouras de mandioca e os restantes 2 mil alqueires destinados a pastagens, ocupados por um rebanho de 10 mil cabeças em programas de cria, recria e engorda, das quais 5 mil em confinamento.

No último dia 18, o Rally Cocamar de Produtividade passou por lá em companhia do gerente das unidades da Cocamar em Umuarama e Icaraíma, Alisson Rodrigues Nunes, e da engenheira agrônoma Mariane Carvalho.

Garantia de produtividade

A soja é irrigada desde 2020, utilizando estruturas fabricadas pela Lindsay e segundo o administrador Alexandre Rios, a média de produtividade tem ficado ao redor de 160 a 180 sacas por alqueire.

Para se ter uma ideia da importância da irrigação, nas poucas áreas não servidas pelos pivôs, a média despenca para 50 sacas por alqueire. Em relação ao milho, cultivado no inverno na sucessão da soja, a média não fica abaixo de 250 sacas por alqueire, tendo já chegado a 280.

“Sem irrigação não tem viabilidade”, observa Alexandre, ao comentar que há planos de se ampliar o investimento em lavouras irrigadas e alcançar também pastagens e até mesmo a área de confinamento, com aspersores, para refrescar o local.

A carne

Os animais nelore e de rebanho misto são confinados com peso de entrada entre 400 a 450 quilos e após 80 ou 90 dias, saem com 550 quilos de média. O ganho, na engorda, é de 1,6 quilo por dia em média, por animal, mas não é incomum chegar a 1,8 quilo/dia. A carne é destinada ao mercado externo.

Tranquilidade

Com 21% de média de teor de argila e a uma altitude de 350 metros, os solos dessas fazendas não são muito diferentes dos da região, onde geralmente chove pouco. “Temos a tranquilidade de poder contar com a irrigação e, todas as noites, pelo menos 10 milímetros de água são despejados nas lavouras”, comenta Alexandre.

Ainda assim, devido às altas temperaturas registradas na fase de enchimento de grãos da soja, a irrigação foi agilizada mesmo durante o dia, embora a um custo bem mais alto que a operação noturna. Para se ter uma ideia, se das 21h às 6h o custo da energia para o produtor rural é de 12 centavos o quilowatt/hora (kW/h), durante o dia esse valor salta para 48 centavos o kW/h.

Investimento se pagou rápido

O administrador citou ainda que o investimento nos três pivôs, realizado em 2020, foi quitado ainda no período da pandemia, com a elevação dos preços da soja. “Valeu a pena e planejamos agora ampliar”. A irrigação, que deve incluir pastagens, visa a assegurar a produção de comida para o gado no inverno.

Alexandre observa que as propriedades servidas por irrigação são mais valorizadas. “Trata-se de uma tecnologia que está disponível e, como qualquer outra, o produtor precisa preparar-se para explorar todo o seu potencial”, completa.

Sobre o Rall

Em seu 10º ano de realização, o Rally Cocamar de Produtividade segue em busca de experiências incentivadas pela Cocamar que ajudem a promover o desenvolvimento da atividade agropecuária paranaense. A iniciativa conta com o patrocínio da Ourofino Agrociência, Sicredi Dexis, Seguradora Sombrero, Fertilizantes Viridian, Nissan Bonsai Motors e Texaco.

Fonte: Assessoria de Imprensa Cocamar