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Brasil avança com exportação de milho e já embarcou mais da metade do total de novembro/24

As exportações brasileiras de milho em novembro estão com resultados acima dos registrados no mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou 2.676.245,2 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) até aqui no mês, o que já corresponde a 56% do volume total exportado em novembro de 2024, que foi de 4.726.353 toneladas.             

A média diária de embarques nestes 10 primeiros dias úteis do mês está em 267.624,5 toneladas, um avanço de 7,6% frente às 248.755,4 toneladas por dia útil registradas no ano passado.             

O analista de mercado da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, avalia que, apesar de o Brasil projetar embarques elevados para 2025, a exportação não deve exercer grande influência sobre os preços, já que a oferta doméstica e a concorrência dos Estados Unidos limitam o avanço dos volumes. Ele destaca ainda que acordos internacionais firmados por vários países obrigam a compra de milho americano, reduzindo espaço para o cereal brasileiro em mercados estratégicos.

“Estamos falando de algo próximo a 40 milhões de toneladas, que é um nível alto, mas que ainda deixa um estoque de passagem elevado. Em 2026 vamos disputar mercado com uma produção gigantesca dos Estados Unidos, e vários países foram obrigados a comprar milho americano por causa dos acordos recentes. Por isso, a exportação não deve representar nada de muito diferente — nem para cima, nem para baixo — no fechamento de 2025.”

Fernandes explica que o perfil dos compradores também mudou e que o Brasil tem ampliado vendas justamente para países que não conseguem adquirir milho dos Estados Unidos, seja por questões diplomáticas ou de restrição comercial.

“Quem está comprando do Brasil hoje são países como Irã e Egito. O Irã, por exemplo, voltou a aparecer com força porque tem dificuldade de comprar dos Estados Unidos e mantém com o Brasil um sistema de troca que envolve até fertilizantes. Esses países que não têm opção acabam sendo nossos clientes naturais.”

No faturamento, o Brasil arrecadou US$585,968 milhões no acumulado até aqui do mês, contra US$ 981,576 milhões em todo o mês de novembro de 2024. A média diária de receita cresceu 13,4%, saindo de US$ 51,661 milhões para US$ 58,596 milhões por dia útil.             

Já o preço médio pago por tonelada cresceu 5,4% no período, indo de US$ 207,70 em novembro de 2024 para US$ 219,00 no décimo primeiro mês de 2025.

Fonte: Notícias Agrícolas Foto: Divulgação

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