A Apasem lançou o “Relatório de Atividades 2023”, nesta semana. Nele, a entidade destaca as ações executadas no ano anterior, como a posse da nova Diretoria para o Biênio 2023/2025, a marca de 47 mil ensaios obtida pelos Laboratórios de Análises de Sementes, a presença nos principais eventos do setor sementeiro, a importância do atendimento ágil às demandas do público interno e externo e a continuidade da campanha contra a pirataria de sementes.
Preços da soja sobem: Veja onde
Os preços da soja voltaram a subir no estado do Rio Grande do Sul, mesmo com os negócios andando pouco, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “No estado, as indicações de preços para a soja são as seguintes: para março, o valor é de R$ 126,00 para entrega em uma esmagadora, marcando alta de R$ 2,00/saca. Para abril, o preço é de R$ 128,70 com entrega e pagamento também em abril. Já para maio, a cotação é de R$ 130,00 com entrega e pagamento em maio, marcando alta de R$ 2,00/saca”, comenta.
Em Santa Catarina o preço sobe em R$ 0,50, mas os negócios seguem na mesma. “Preços seguem marcando poucos movimentos, com a safra avançando na medida do possível, não tem havido notícias de negócios expressivos. O que tem sido passado para nós a respeito do Estado é foco nos preços futuros e na colheita, os volumes negociados são pequenos e tem saído a preços mais baixos do que o produtor gostaria. Chapecó a R$ 109,00, marcando alta de 0,50/saca”, completa.
Os negócios seguem parados no Paraná, assim como os preços. “Paraná segue sem expressão em termos de negócios, os preços sobem de forma lenta, mesmo diante de dias como hoje, que marcou altas muito expressivas até o fechamento. O produtor segue fortemente focado no campo, onde avança sempre que o clima permite. Fora disso, vemos volumes sendo escoados que representam apenas quantidades para manutenção, pois de forma geral, não há interesse nesses preços”, indica.
Algumas movimentações de preços foram vistas algumas movimentações de preços. “Como pode-se perceber pela especificação da condição interna das lavouras, não tem havido muito tempo para dedicar ao mercado, produtor segue firmemente dedicado ao campo. Compradores indicavam entre R$ 112,00 e R$ 109,00 por saca FOB com retirada imediata e pagamento no fim de abril, com altas gerais de R$ 1,00/saca”, informa.
Preços divididos e negócios sem movimentos no Mato Grosso. “Campo Verde a R$ 108,80 após alta de R$ 1,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 101,70, após baixa de R$ 1,70/saca. Nova Mutum a R$ 106,50 após alta de R$ 2,50/saca. Primavera do Leste a R$ 108,00 após baixa de R$ 0,20/saca. Rondonópolis a R$ 112,70 após alta de R$ 2,90/saca e Sorriso a R$ 106,20, após alta de R$ 3,20/saca”, conclui.
Fonte: Agrolink
Brasil amplia domínio sobre EUA como principal fornecedor de milho e soja da China
O aumento dos suprimentos brasileiros para a China, o maior importador agrícola do mundo, ocorre pouco mais de um ano depois que Pequim aprovou as exportações brasileiras de milho em uma tentativa de diversificar seus fornecedores e reduzir a dependência dos produtos norte-americanos.
A China importou 4,1 milhões de toneladas de milho do Brasil, de um total de 6,19 milhões de toneladas que chegaram durante o período de janeiro a fevereiro, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas, marcando um salto de 178% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As importações de milho dos EUA diminuíram 67%, para 766.989 toneladas.
A colheita abundante e os avanços logísticos, como a consolidação das rotas de exportação do norte, estão aumentando a competitividade da potência sul-americana de grãos.
O Brasil também está interessado em exportar milho, soja e outros produtos por meio do porto de Chancay, no Peru, controlado pela China, o que permitiria que os exportadores brasileiros enviassem mercadorias por caminhão para o porto peruano para embarque para a Ásia via Oceano Pacífico, reduzindo o tempo de trânsito em cerca de duas semanas.
O transporte pelo porto também oferece uma alternativa ao Canal do Panamá, onde os navios têm enfrentado atrasos e congestionamentos devido ao impacto das condições climáticas secas sobre os níveis de água do canal.
Importações da soja
As importações de soja do Brasil pela China também aumentaram 211% em relação ao ano anterior nos dois primeiros meses de 2024, uma vez que a forte colheita e os preços competitivos ajudaram a superar a participação de mercado dos EUA.
O maior comprador mundial de soja importou 6,96 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil, acima das 2,24 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado.
As importações dos EUA caíram de 9,71 milhões de toneladas em 2023 para 4,96 milhões de toneladas.
As importações totais no período de janeiro a fevereiro registraram a menor baixa em cinco anos, a 13,04 milhões de toneladas, segundo dados da alfândega no início deste mês, prejudicadas pelas margens de esmagamento fracas e menos chegadas de navios durante os feriados do Ano Novo Lunar.
Isso situa a participação do Brasil no mercado de soja em 53% e a dos EUA em 38%, de acordo com cálculos da Reuters.
O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e compete com os EUA nas vendas para importadores, incluindo a China.
Os compradores chineses têm mantido as importações brasileiras, já que o maior produtor do mundo continua a oferecer grãos mais baratos no mercado global, disseram traders e analistas.
A colheita de soja no Brasil para o ciclo 2023/24 está em andamento, atingindo 63% da área plantada até a última quinta-feira, de acordo com a consultoria AgRural.
Fonte: Reuters Foto: Divulgação
CNA lança Agenda Legislativa do Agro 2024
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou, na quarta (20), durante evento na sede da entidade, a Agenda Legislativa do Agro 2024 com os principais temas e projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional e que impactam os produtores rurais, todo o setor e a sociedade brasileira.
O documento foi entregue pelo presidente da CNA, João Martins, e pelo vice-presidente da entidade, José Mário Schreiner, ao presidente da Câmara, Arthur Lira, ao presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion, aos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e à senadora Tereza Cristina (PP-MS), que também participaram do painel “Soluções para o produtor rural”.
A cerimônia para a entrega da Agenda Legislativa reuniu, na sede da entidade em Brasília, deputados, senadores, ministros, embaixadores, presidentes e integrantes das Federações de Agricultura e Pecuária dos Estados e das Comissões Nacionais da CNA, entidades e lideranças do setor produtivo.
Discurso – Ao discursar na abertura do evento, o presidente João Martins destacou que “nos tempos em que vivemos, o Parlamento tem sido a instância central de proteção do produtor frente a uma grande variedade de incompreensões e de ameaças. Tem sido, também, o principal local de acolhimento de nossos interesses e de nossos direitos”.
Martins afirmou que o Congresso Nacional é, hoje, “a instituição que melhor reflete o sentimento dos brasileiros, e a que melhor equilibra os interesses que, na sua diversidade, precisam coexistir numa sociedade livre e progressista”.
Ao falar da importância da interação do setor com o Congresso Nacional, o presidente da CNA afirmou que a entidade acompanha cerca de seis mil projetos de lei em tramitação nas duas casas e “que têm impacto na produção rural e na vida dos produtores”. Desse total, completou, foram priorizadas 65 propostas para compor a Agenda Legislativa do Agro 2024.
João Martins citou “pautas decisivas em 2024”, como o direito de propriedade, a regulamentação do novo imposto sobre o valor agregado, marco temporal, além de legislações sobre meio ambiente e trabalhista. “Sobre esses temas, teremos de nos colocar em acordo e nos aplicarmos, para que o agro permaneça como o grande motor da economia brasileira”.
Ele ainda reafirmou a confiança do setor nos deputados e senadores para defender os interesses do setor. “Graças à qualidade da ação política de deputados e senadores, o agro superou, em 2023, sérias ameaças ao direito de propriedade, em particular com a aprovação do marco temporal para demarcação de terras indígenas, em áreas já consolidadas de produção agropecuária”.
Em seu discurso, Martins citou “a reação dos agricultores europeus, que levou as autoridades a recuar dos mesmos regulamentos que querem impor aos produtos brasileiros para limitar a nossa competitividade”. No entanto, ressaltou, “o que nos torna diferentes é que já produzimos com sustentabilidade, temos um Código Florestal e o Parlamento está ao nosso lado”.
Martins também avaliou o momento difícil vivido pelo agro brasileiro com os impactos das alterações climáticas. “A safra total terá redução de pelo menos 8%, que desta vez vem acompanhada de grande baixa nos preços dos grãos devido às condições do mercado internacional”.
Na sequência, o presidente da CNA reiterou a necessidade de mais recursos do governo federal para o seguro agrícola, que hoje “não atendem às necessidades do setor. “Em 2021 cobriam área de 14 milhões de hectares e, em 2023, foram suficientes para apenas seis milhões de hectares”.
“Repete-se a história: para o Brasil, o agro vai muito bem, pois foi o principal fator para o crescimento do PIB e para o recorde de superávit comercial com o exterior. Para o agricultor, não há muito o que comemorar e muito com o que se preocupar com o seu futuro, alertou.
“Como de outras vezes, vamos superar as dificuldades. Para isso, contamos com a atuação vigilante dos parlamentares brasileiros que, cabe repetir, são a nossa última instância de acolhimento e de proteção”, concluiu João Martins.
Apresentação – O vice-presidente da CNA, José Mário Schreiner, apresentou os oito principais pontos da Agenda Legislativa. Inicialmente, ele falou da preocupação do setor com a regulamentação da Reforma Tributária e enfatizou a necessidade de acompanhar as discussões sobre as leis complementares.
Sobre o meio ambiente, Schreiner defendeu a aprovação do licenciamento ambiental. “É extremamente importante para que a gente possa ganhar agilidade nos processos de licenciamento. Isso não quer dizer afrouxamento, mas sim agilidade nos processos e serve também para a área pública”.
Ele enfatizou a importância da regulamentação do Código Florestal com a rapidez na conclusão do cadastro Ambiental Rural (CAR) nas propriedades. Na parte internacional, defendeu mais acordos comerciais para o Brasil, tanto bilaterais quanto multilaterais.
Schreiner também destacou o trabalho do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) na parte de educação e tecnologia no campo, por meio de ações como a Assistência Técnica e Gerencial, melhorando a vida de milhares de produtores e chegando nas regiões mais distantes do país.
O vice-presidente da CNA falou das iniciativas para diminuir a dependência de insumos importados. “Um exemplo são os fertilizantes. 80% são importados. Isso é uma questão de segurança nacional”.
Em relação à questão trabalhista, o vice-presidente disse que não se pode retroceder nos ganhos para o setor. Já na parte de segurança jurídica, afirmou, o setor precisa de paz no campo. “Precisamos garantir o direito de propriedade. E deixar o produtor fazer o que ele faz de melhor, que é produzir alimentos de qualidade”.
“Se seguirmos essa Agenda Legislativa, não tenho dúvida nenhuma que vamos avançar muito. E quem vai ganhar não é somente o agro brasileiro, mas sim todas as famílias do Brasil”, afirmou o vice-presidente no encerramento de sua apresentação.
Ministros e parlamentares presentes destacaram a importância do agro para a economia e avaliaram que a Agenda Legislativa do Agro 2024 vai contribuir de forma expressiva para balizar os debates na aprovação de matérias de interesse do setor agropecuário.
Documento – Os oito temas da Agenda Legislativa do Agro 2024 estão divididos em “Economia e tributação”; “Meio ambiente”; “Direito de propriedade”; “Relações trabalhistas”; “Produção agropecuária”; “Infraestrutura e logística”; “Tecnologia e educação no campo” e “Relações internacionais”.
Em mensagem na abertura no documento, o presidente da CNA, João Martins, fala da atuação do Congresso no ano passado e das pautas decisivas para o agro em 2024.
A Assessoria de Relações Institucionais da CNA acompanha atualmente mais de 6 mil projetos de lei e desses, 65 propostas foram selecionadas e consolidadas no documento. Em todos elas há uma análise com as seguintes indicações: “apoia” (45), “não apoia” (11) e “apoia parcialmente” (9).
De acordo com a diretora de Relações Institucionais da CNA, Mírian Vaz, a agenda, elaborada em conjunto com a área técnica da CNA, auxilia na construção do diálogo com o Poder Legislativo e promove um melhor debate em benefício do setor produtivo.
“O lançamento da Agenda corrobora o compromisso da Confederação com o produtor rural, na busca por soluções para os problemas enfrentados pelo setor através da comunicação com embasamento técnico”, disse Mírian.
Economia e tributação – A tributação, alerta a CNA no documento, será um tema constante na pauta legislativa ao longo deste ano. As regulamentações da reforma tributária devem estar entre as primeiras medidas apresentadas e impactarão todos os setores produtivos, seguida da proposta da reforma sobre a renda.
Outro tema econômico relevante é o seguro rural. De acordo com o documento, diante das adversidades climáticas cada vez mais severas, é necessário que a gestão de riscos da atividade agropecuária seja enfrentada como “política de estado” para garantir a continuidade da produção, bem como a segurança alimentar do país.
Meio ambiente – Neste tema, a CNA defende a efetivação das políticas nacionais de Licenciamento Ambiental e de Mudança do Clima, regulação das barreiras não-tarifárias e ambientais ao comércio internacional, além da promoção da implementação do Código Florestal e adequação das Leis dos Biomas Brasileiros.
Direito de Propriedade – A aplicação da Lei Agrária para coibir as invasões de terra e garantir o direito de propriedade previsto na Constituição é prioridade na agenda da CNA em relação ao tema.
A entidade sugere a proposição da melhoria do arcabouço legal das questões fundiárias, das normas trabalhistas que possuem subjetividade e das iniciativas que reduzam a criminalidade no campo.
Buscar a consolidação da segurança jurídica aos empreendimentos agropecuários, reduzindo as ameaças ao direito de propriedade e entraves a regularização fundiária dos imóveis rurais também é uma demanda defendida pela CNA no documento.
Fonte e Foto: CNA
Pedágio volta a ser cobrado com desconto para usuário frequente e veículo com tag
A partir do próximo sábado (23), voltará a ser cobrado o pedágio nas estradas do Paraná sob concessão da Via Araucária e da EPR Litoral Pioneiro. A autorização foi concedida pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) no último dia 12. A tarifa básica do lote 1 varia entre R$ 8,70 e R$ 11,50 enquanto a do lote 2 oscila entre R$ 7,60 e R$ 22,60. A cobrança retorna com descontos para usuários frequentes e para veículos com uso de tag.
Motocicletas, motonetas e bicicletas motorizadas estão isentas do pedágio em ambos os lotes, assim como veículos oficiais. Para as outras categorias de veículo serão aplicados multiplicadores de tarifa que deixam o pedágio mais caro. A título de recomposição tarifária, os valores receberam um reajuste de 15,75% correspondente à variação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) entre outubro de 2021 e março de 2024, período da data-base da tarifa ofertada no leilão ao início efetivo da cobrança.
Em ambos os contratos das concessionárias, o uso da tag eletrônica de pagamento permite a aplicação de desconto de 5% de forma automática. Com isso, qualquer veículo equipado com a tag (dispositivo adesivo que fica colado no para-brisa) receberá o abatimento do valor ao passar por uma das cabines de pedágio.
Há a possibilidade ainda de desconto progressivo nas tarifas para os motoristas que utilizam as estradas com frequência. A Via Araucária oferece o benefício com uma redução adicional e progressiva a partir da segunda passagem pela mesma praça, desde que realizada no mesmo sentido e no mesmo mês. O valor do pedágio diminui à medida que o motorista utiliza a rodovia. A tabela com os descontos progressivos deverá ser publicada em breve pela concessionária.
Na EPR Litoral Pioneiro, a redução progressiva também começa a contar a partir da segunda passagem pela praça de pedágio, no mesmo sentido da rodovia e dentro do mesmo mês de calendário. Mas os descontos são distintos em cada praça. Com 30 passagens no mesmo sentido dentro do mês, o beneficiário na praça Jacarezinho poderá ter um desconto médio de 75% no somatório das tarifas. Em São José dos Pinhais, o desconto pode ser de 56% na média mensal considerando 30 passagens no mesmo sentido dentro do mesmo mês. Já em Carambeí pode ser de 49% e em Jaguariaiva de 25% na tarifa média.
Praças com as novas tarifas de pedágio no lote 1
São Luiz do Purunã – R$ 8,70
Lapa – R$ 11,50
Porto Amazonas – R$ 10,90
Imbituva – R$ 10,00
Irati – R$ 10,20
Nas praças administradas pela Via Araucária, as cabines de cobrança manual aceitam dinheiro, cartões de débito e crédito (pagamento exclusivo por aproximação), bem como a modalidade Visa Vale. Nas pistas de cobrança automática, os motoristas podem optar pelas operadoras Sem Parar, ConectCar, Move Mais, Greenpass e Veloe.
Praças com as novas tarifas no lote 2
São José dos Pinhais – R$ 22,60
Jacarezinho – R$ 12,00 (duas praças)
Carambeí – R$ 11,40
Jaguariaíva – R$ 7,60
Os usuários vão poder efetuar o pagamento da tarifa em dinheiro ou cartões de débito e crédito, inclusive na modalidade por aproximação. O Visa Vale Pedágio também será aceito. Nas pistas automáticas, o motorista precisa ter uma tag e escolher a operadora de sua preferência.
Fonte: Gazeta do Povo Foto: Divulgação
Outono/2024: confira a previsão para a estação
O outono no Hemisfério Sul começa nesta quarta-feira (20), à 0h06 (horário de Brasília), e termina no dia 21 de junho, às 17h51 (horário de Brasília), de acordo com o prognóstico climático da estação produzido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O outono é a estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente no Brasil Central. Neste período, as chuvas são mais escassas no interior do Brasil, em particular no semiárido nordestino.
Na parte norte das regiões Norte e Nordeste, ainda é época de muita chuva, principalmente se houver a persistência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atuando mais ao sul de sua posição climatológica. Esta estação também é caracterizada por incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam o declínio das temperaturas do ar, principalmente na Região Sul e parte da Região Sudeste.
Durante a estação, observam-se as primeiras ocorrências de fenômenos adversos, típicos do outono, como: nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Fonte e Foto: Ministério da Agricultura e Pecuária
Colheita de soja impulsiona tendência de alta dos preços
A temporada de colheita da soja no Brasil avança em ritmo acelerado, trazendo consigo uma entrada significativa de grãos no mercado. Esse aumento na oferta vem em meio a preços relativamente baixos, pressionando as margens dos produtores. De acordo com dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), a comercialização da safra no estado do Mato Grosso atingiu 46,32%, um leve recuo de cerca de 6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse cenário, embora demonstre uma cautela por parte dos produtores, não diminui as expectativas positivas em relação ao mercado.
Segundo análise da Grão Direto, esta semana, observa-se uma tendência de alta nos preços da soja, impulsionada pela combinação entre a demanda crescente e a oferta restrita em algumas regiões. Especialistas apontam que as condições climáticas favoráveis podem ter impacto positivo na qualidade e na produtividade dos grãos, contribuindo para sustentar essa tendência ascendente nos preços.
Além disso, fatores geopolíticos e o aumento da demanda internacional por produtos agrícolas também exercem pressão positiva sobre os preços da soja. Com isso, os produtores estão atentos às oportunidades de mercado e adotando estratégias para maximizar seus ganhos diante desse cenário favorável.
Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação
China amplia lista de aprovações de variedades de soja e milho transgênicos
A China aprovou 27 variedades de sementes de milho geneticamente modificadas e 3 variedades de soja transgênica, ampliando a lista de aprovações conforme seus planos de aumentar o desenvolvimento e o plantio de culturas de alto rendimento.
As variedades aprovadas pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais em um aviso nesta terça-feira incluem variedades de sementes de propriedade da Dabeinong e do China National Seed Group, uma unidade do grupo Syngenta.
Durante anos, a China agiu com cautela em relação à implantação de culturas transgênicas, mas em janeiro disse que expandiria o plantio de soja e milho transgênicos depois que projetos-piloto mostraram bons resultados no aumento da produtividade e na redução dos custos em comparação com os tipos de sementes convencionais.
O maior comprador mundial de soja e milho tem como objetivo aumentar a produção doméstica por meio de sementes de maior rendimento e reduzir suas importações de grãos de mais de 100 milhões de toneladas por ano.
A lista de variedades aprovadas está aberta para comentários públicos até 17 de abril, de acordo com o aviso do ministério.
“Depois que as variedades acima forem aprovadas de acordo com os procedimentos, a área de plantio efetiva também deverá estar em conformidade com as disposições relevantes para a industrialização nacional de reprodução biológica”, disse o aviso.
Fonte e Foto: Reuters/Dominique Patton
Produção brasileira de trigo pode surpreender em 2024
As últimas atualizações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) revelaram que as negociações de trigo no mercado brasileiro estão mantendo um ritmo pontual. De acordo com análises dos pesquisadores do Cepea, apesar do aumento na presença de compradores, os produtores estão concentrados na colheita da safra de verão. O início da semeadura da nova safra de trigo é esperado para o próximo mês de abril.
Entretanto, os preços internos do grão continuam enfraquecidos, conforme indicado pelo levantamento recente do Cepea. Novas projeções apontam para uma diminuição na área cultivada com trigo na temporada de 2024, devido aos valores menos atrativos. Mesmo assim, especialistas do Cepea destacam que se a produtividade se mantiver dentro da média, a oferta pode superar a do ano anterior.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a área nacional destinada ao trigo em 2024 será de 3,26 milhões de hectares, o que representa uma redução de 6% em relação ao ano anterior. No entanto, há uma perspectiva otimista em relação à produtividade média nacional, com um possível aumento de 26%, alcançando 2,937 toneladas por hectare. Isso poderia resultar em uma produção total de 9,587 milhões de toneladas, um incremento de 18,4% em comparação com o ano de 2023.
Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação
Confira as principais tendências para Soja, Trigo e Milho
De acordo com Pedro Schicchi, analista de Grãos & Oleaginosas da hEDGEpoint Global Markets, “a produção brasileira de soja caiu (-1M ton), mas menos do que o esperado (-3M ton). No entanto, as exportações do país foram aumentadas em 3M ton às custas do esmagamento e dos estoques finais. Por sua vez, as importações chinesas aumentaram nos mesmos 3M ton. Os balanços dos EUA e da Argentina não foram alterados”.
Ainda segundo o analista, “de modo geral, o relatório não forneceu ao mercado evidências suficientes para se movimentar em qualquer direção, em particular os fundos especulativos, que atualmente estão muito vendidos. Ainda assim, embora não tenha sido o relatório mais empolgante, ele também não deixou de apresentar mudanças relevantes. No entanto, os preços não se moveram significativamente. Por quê?”
O mercado provavelmente está em “modo de espera” pelo relatório Intenção de Plantio de 28 de março, quando os agricultores dos EUA irão indicar a quantidade de grãos que pretendem plantar.
Milho: Brasil ganha os holofotes
“O WASDE também não foi o mais agitado para o milho. Assim como na soja, o balanço do grão nos EUA não sofreu alterações. As mudanças na América do Sul, embora presentes, não foram muito fora do esperado. A produção da Argentina foi aumentada em 1M ton, enquanto o mercado esperava estabilidade nos números, fazendo com que as exportações também aumentassem”, observa.
Já o analista Alef Dias pontua: “A mudança mais interessante (que fez com que os estoques mundiais caíssem) veio da Ucrânia. Apesar da menor produção, dada a área ainda 7% não colhida, os esforços do país para aumentar as exportações de grãos pelo Mar Negro estão dando resultado, com as exportações de milho superando os níveis do ano passado nos dois primeiros meses do ano. Consequentemente, a Ucrânia teve um corte de 2,5M mt em seus estoques finais”.
Trigo: mais produção com estoques mais apertados
“Com ajustes marginais em alguns números de produção, o WASDE de trigo foi relativamente calmo. No balanço dos EUA, as exportações foram reduzidas em 15M bu, dado o ritmo de exportação ainda lento observado ultimamente, levando a estoques finais ligeiramente mais folgados – embora o mercado não estivesse esperando uma mudança”, pondera Alef.
“A produção mundial aumentou devido aos ajustes esperados na Austrália, Rússia e Argentina. No entanto, ela foi parcialmente compensada por reduções na UE e na Sérvia, enquanto o maior uso de ração na UE, no Cazaquistão e na Indonésia levou a um aperto marginal nos estoques finais mundiais – abaixo da estimativa mediana do mercado”, diz.
E conclui: “Também é importante observar que, assim como no caso do milho, as exportações de trigo da Ucrânia aumentaram em 1M mt, já que as exportações de trigo se aceleraram ainda mais do que as de milho, ultrapassando os máximos de cinco anos nos últimos dois meses”.
Fonte: hEDGEpoint Global Markets Foto: Divulgação