set190565

Brasil poderá ser líder mundial de exportação de milho e algodão até 2030

Até 2030 o Brasil poderá chegar à liderança mundial de exportação de milho e algodão. No momento, o País ocupa o segundo lugar nas vendas dessas commodities para o mercado internacional, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Além disso, o Brasil já domina 54% do mercado mundial de soja, e essa participação deverá aumentar para 65% até 2030. As informações são do Diretor Técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Marcos Fava Neves.

No caso específico do milho, nas últimas cinco safras, segundo dados do USDA, as exportações do milho brasileiro passaram de 24.1 milhões de toneladas em 2017/18 para 45 milhões de toneladas em 2021/22, com aumento de 85% no período. “Para 2022/23, a estimativa do USDA é de 47 milhões de toneladas. Isso garante uma participação brasileira de 26% no mercado mundial de milho”, destacou o diretor da SNA.

“O Brasil é um fornecedor sustentável de milho para o mundo”, disse Fava, acrescentando que, pelas informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 1991 a 2021, a produtividade nas lavouras de milho cresceu 144%; a área aumentou 47,4% e produção cresceu 260%.

Por outro lado, o especialista defendeu investimentos em pesquisa e genética para a obtenção de milho mais precoce e mais tolerante à seca e lembrou que “os custos de produção e de arrendamento precisam cair”.

Etanol

Nesse contexto, Fava destacou que o etanol de milho “é um mercado em ascensão para geração de energia e empregos, seguindo o modelo da sustentabilidade. “O Brasil deverá produzir em torno de 9.7 milhões de litros de etanol de milho em 2030/31”, disse.

Cenário positivo

Para a safra de milho 2022/23, o diretor da SNA indicou que “o cenário no Brasil é muito positivo”. Segundo a Conab, a área de cultivo será de 22 milhões de hectares, sendo 4.5 milhões de hectares na primeira safra e 17.6 milhões de hectares na segunda.

“O plantio é realizado nas mesmas áreas ocupadas anteriormente pelas culturas de verão, principalmente a soja, sem necessitar da abertura de novas áreas, o que constitui um diferencial importante de sustentabilidade”, disse Fava.

A estimativa de produção total para a atual safra de milho, de acordo com a Conab, é de 125.5 milhões de toneladas, 9% acima do período anterior (2021/22), com produtividade média em torno de 5.7 toneladas por hectare.
Produção mundial

Nas últimas cinco safras, a produção mundial de milho saltou de 1.08 bilhão para 1.21 bilhão de toneladas, com aumento de 12,5% nesse período, resultado que, segundo Fava, reforça a demanda pelo cereal no planeta.

“A forte demanda tem derrubado os estoques globais. Entre as safras de 2017/18 e 2021/22 os estoques de milho no planeta caíram 10%, passando de 340 milhões para cerca de 310 milhões de toneladas, segundo dados do USDA. Para 2022/23 a estimativa é de algo em torno de 300 milhões de toneladas”.

Para 2022/23, a estimativa é de que sejam produzidas em torno de 1.17 bilhão de toneladas, em nível global, o que representa uma queda de 4%, “principalmente em razão de problemas climáticos nos EUA e na Europa”, explicou o diretor da SNA. “O Brasil está em terceiro lugar no ranking dos principais produtores de milho na safra 2022/23, atrás dos EUA e da China”.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção global do milho para 2030/31 deverá totalizar 1.33 bilhão de toneladas, ou seja, 128 milhões de toneladas a mais em comparação a 2022. “São 15 milhões de novas toneladas de milho ao ano e 60% dessa produção vai para consumo animal”, destacou Fava.

Estimativas

“Em 2030/31, o Brasil estará produzindo 140/150 milhões de toneladas de milho, e participando com mais de 10% da produção global. E segundo o USDA, serão cerca de 65 milhões de toneladas exportadas pelo País, um aumento de quase 40% em relação a 2022/23”.

Fonte: Doutor Agro – disponível no portal da SNA, por Equipe SNA Foto: Divulgação

set190672

Porto de Paranaguá descarrega o maior volume de fertilizante de um único navio na história

O Porto de Paranaguá recebe a maior carga de fertilizante da sua história. No píer exclusivo para os adubos, 73.310 toneladas de sulfato de amônio são descarregadas desde a última sexta-feira (13). A previsão é que a operação, que depende de condições meteorológicas, esteja concluída até esta quinta-feira (19).

Segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior, antes deste, a maior carga de fertilizante recebida havia sido com o navio Lord Byron, em julho de 2022. À época, foram descarregadas 64.777 toneladas de fertilizantes à base de nitrogênio e fósforo.

“Estamos recebendo navios maiores e mais carregados graças aos recentes investimentos na infraestrutura marítima”, disse Júnior. “Obras como a derrocagem das pedras da Palangana e a dragagem de manutenção permanente propiciaram ganhos operacionais para os terminais, com aumento da profundidade”.

O navio Red Marlin está atracado no berço externo do píer operado pela Fospar, que opera com calado de 12,30 metros. A embarcação tem 229 metros de comprimento e capacidade para carregar até 85 mil toneladas de granéis.

A carga veio do porto chinês de Tianjin, exportada pela empresa Yunnan, representada no Brasil pela Fertibroker. A agência marítima responsável pela embarcação é a Orion.

Referência

Os portos paranaenses são as principais portas de entrada dos fertilizantes no Brasil. Em 2022 foram importadas quase 10 milhões de toneladas pelos terminais de Paranaguá e Antonina. O volume representa 27,5% de tudo o que o país recebe em adubos.

Além do píer privado (Fospar), com dois berços exclusivos, no Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de granéis sólidos de exportação.

No cais público, os navios com a carga ainda podem atracar e descarregar por qualquer outro berço que não esteja ocupado. Em Antonina, são dois berços que podem operar os produtos.

A capacidade estática de armazenagem dos produtos, nos portos do Paraná, é de mais de 3 milhões de toneladas de fertilizantes.

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves

set19078

Preço do arroz continua em alta

Os preços do arroz em casca seguem com tendência altista no mercado interno. Conforme boletim informativo do Cepea, as recentes altas dos preços refletem a presença mais ativa de compradores e o menor número de vendedores no mercado, o que também resulta em disparidade entre as propostas no spot, limitando a liquidez.

Dificuldades na compra do cereal depositado – que elevam as ofertas para os lotes “a retirar” – também têm sido reportadas.

Além disso, o bom desempenho das exportações de arroz em casca também favoreceu as cotações no mercado doméstico. No ano passado, os embarques brasileiros do produto somaram 2,11 milhões de toneladas, quase o dobro do total exportado em 2021, com uma receita de US$ 657,4 milhões

A expectativa de queda na produção nacional também impacta os preços. Divulgado em dezembro, o mais recente levantamento da safra de grãos da Companhia Nacional da Abastecimento (Conab) projeta uma colheita de 10,4 milhões de toneladas no país, volume 4% a menos que no ciclo anterior

Fonte: Agrolink/Aline Merladete Foto: Divulgação

set190813

Criado projeto para alertar sobre cigarrinha do milho

O Projeto Alerta Cigarrinha, é uma rede de monitoramento da cigarrinha do milho promovidos pelos setores representativos da agricultura e executado pelas instituições de fomento a pesquisa e ensino superior; pelas instituições públicas e privadas ligadas assistência técnica agrícola e da defesa agropecuária de Marechal Cândido Rondon para mitigar os danos ocasionados pelos enfezamentos na produtividade cultura do milho.

O monitoramento do inseto acontecerá por meio de 65 armadilhas distribuídas em sete regiões do município. A meta é monitorar semanalmente a flutuação populacional das cigarrinhas do milho cultivados na safrinha 2023. As armadilhas serão instaladas ainda antes da semeadura do milho e o monitoramento se estenderá por 16 semanas até período reprodutivo da cultura.

Durante as fases iniciais do desenvolvimento da cultura do milho, que são as fases mais críticas da contaminação pelos enfezamentos, serão coletadas amostras de cigarrinhas para verificar se elas encontram-se ou não contaminadas com os agentes dos enfezamentos.

Semanalmente será disponibilizado o resultado do monitoramento em forma de um alerta para auxiliar a assistência técnica agronômica e o agricultor na tomada de decisão do controle da cigarrinha do milho. Os primeiros resultados devem sair na próxima sexta-feira.

Fonte: Agrolink e Assesoria Foto: Divulgação

set190457

Argentina precisará importar soja

A Argentina vendeu sua disponibilidade e agora precisará importar soja, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Em entrevista ao site Infocampo Gustavo Idígoras, presidente da Câmara das Indústrias Azeiteiras da República Argentina e do Centro de Exportação de Cereais (CIARA-CEC) disse que “o dólar da soja em dezembro provocou uma compra maior do que o esperado”.

“Com isto, não haverá mais estoque comercial para comprar até a próxima safra em maio ou meados de abril”, disse ele. “Portanto, os atuais estoques de soja na maioria das fábricas são suficientes apenas até fevereiro”, disse o empresário e dirigente, porta-voz regular do setor. O que o CIARA-CEC fará? A ideia é buscar mais provisões no período de fevereiro a maio. “E é aí que entra a questão temporária, que historicamente é o Paraguai e boa parte do sul do Brasil, mais um pouco da Bolívia. Isso é o que está sendo visto agora”, disse.

Em relação ao câmbio, o dólar teve pouca liquidez com feriado norte-americano. “Após uma baixa de 2,48% na semana passada, o dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 16, em alta de 0,83%, cotado a R$ 5,1486, em dia de liquidez bem reduzida, uma vez que os mercados americanos ficaram fechados em razão do feriado de Martin Luther King Jr. nos EUA. Apesar da alta hoje, o dólar ainda acumula baixa de 2,49% em janeiro”, completou.

“Afora uma pequena baixa na abertura dos negócios, o dólar operou em alta durante todo o pregão, flutuando entre R$ 5,10 e R$ 5,12 pela manhã e início da tarde longo da manhã e o início da tarde. Lá fora, as divisas emergentes apanhavam da moeda americana em dia de perda de fôlego das commodities. Diante de dados fracos do setor imobiliário na China e de ameaça de intervenção no mercado por autoridades chinesas, o minério de ferro fechou em queda superior a 4%”, conclui.

Fonte: Agrolink/ Leonardo Gottems Foto: Divulgação

set190315

Nos 10 primeiros dias de janeiro Brasil já exportou mais milho do que em todo janeiro/22

As exportações brasileiras de milho começaram 2023 aquecidas. De acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país exportou 2.948.526,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce).
Sendo assim, o volume acumulado nestes apenas nestes 10 primeiros dias úteis do mês já representa 7,9% mais do que o total de 2.732.473,6 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de janeiro de 2022.

Com isso, a média diária de embarques ficou em 294.852,7 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 126,6% com relação as 130.117,8 do último mês de 2022.

O analista da Céleres Consultoria, Enílson Nogueira, acredita que as exportações brasileiras de milho em 2023 possam bater mais uma vez recorde de embarques, podendo chegar entre 49 e 50 milhões de toneladas ao final do ciclo. Somente para este período de janeiro e fevereiro, o analista aponta que o país deva exportar mais 3 ou 3,5 milhões de toneladas.

Em termos financeiros, o Brasil arrecadou um total de US$ 852.262,6 milhões no período, contra US$ 669,812 milhões de todo janeiro do ano passado. O que na média diária, deixa o atual mês com aumento de 167,2% ficando com US$ 85,223 milhões por dia útil contra US$ 31,895 milhões no último mês de janeiro.

Outra elevação apareceu no preço por tonelada obtido, que subiu 17,9% no período, saindo dos US$ 245,10 no ano passado para US$ 289,00 neste primeiro mês do ano.

Fonte: Notícias Agrícolas/ Guilherme Dorigatti Foto: Divulgação

set190232

Previsões climáticas para o Paraná e o Brasil

As previsões de safra recém-anunciadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam aumento de produção e produtividade para o país. No entanto, a região Sul vem sendo afetada por oscilações climáticas danosas à produção das culturas semeadas e das que virão a ser plantadas daqui para frente. Diante destas preocupações, o Sistema FAEP/SENAR-PR realizará uma live – 20 de janeiro, às 14h30 – sobre as perspectivas para o clima para os próximos meses com o meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) Reinaldo Kneib.

Acesse

Fonte: Sistema Faep Foto: Divulgação

set190158

IGP-10 tem inflação de 0,05% em janeiro; café em grão sobe 5,23%

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) varia 0,05% em janeiro. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,36%. Com esse resultado, o índice acumula alta de 4,27% em 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice subira 1,79% no mês e acumulava elevação de 17,82% em 12 meses. Os números foram divulgados na manhã desta terça-feira (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Ainda que os preços de importantes commodities estejam em elevação ao produtor, como minério de ferro (11,92%), bovinos (2,40%), café (5,23%) e feijão (10,30%), a queda registrada nos preços dos combustíveis, especialmente gasolina (-5,31%) e diesel (-7,15%), ajudaram a conter o avanço da taxa do índice ao produtor, que registrou queda de 0,06% nesta edição.

“Este resultado favoreceu a desaceleração da taxa em 12 meses do IGP-10, a qual está em 4,27%, sendo o menor resultado para o IGP-10 desde novembro de 2019, quando acumulava alta de 3,33%”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,06% em janeiro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 0,31%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais variaram de 0,30% em dezembro para -0,59% em janeiro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,52% para -1,03%. O índice relativo a bens finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,33% em janeiro. No mês anterior, a taxa foi de 0,35%.

A taxa do grupo bens intermediários passou de -0,40% em dezembro para -1,33% em janeiro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -0,56% para -6,66%. O índice de bens intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,18% em janeiro, após queda de 0,36% no mês anterior.

O índice do grupo matérias-primas brutas passou de 1,12% em dezembro para 1,87% em janeiro. As principais contribuições para este movimento partiram de três itens:
Café em grão (-8,37% para 5,23%);
Minério de ferro (12,08% para 11,92%); e
Bovinos (-0,31% para 2,40%).

Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram em outros três itens:

Soja em grão (-0,14% para -1,13%);
Laranja (0,66% para -8,59%); e Aves (-1,14% para -3,41%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,47% em janeiro. Em dezembro, o índice variara 0,58%. Quatro das oito classes de despesa componentes do indicador registraram decréscimo em suas taxas de variação: transportes (0,85% para 0,06%), alimentação (1,12% para 0,67%), habitação (0,46% para 0,12%) e despesas diversas (0,49% para 0,10%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (1,82% para -0,71%), hortaliças & legumes (11,79% para 4,04%), tarifa de eletricidade residencial (1,58% para -0,53%) e serviços bancários (0,76% para 0,00%).

Fonte: Canal Rural Foto: Divulgação