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35º Show Rural Coopavel está chegando

A APASEM fará durante o 35º Show Rural Coopavel, em Cascavel, no Oeste do Paraná, o lançamento de uma campanha especial contra a pirataria de sementes. Será a partir das 10h30 da quarta-feira, 8 de fevereiro, no auditório da Casa Paraná Cooperativo. Contamos com sua presença. Saiba mais.

set192496

ALGODÃO: ritmo de negociações aumenta gradualmente

Janeiro foi marcado pela retomada gradual do ritmo de negócios de algodão em pluma. Agentes consultados pelo Cepea relatam dificuldades em acordar o preço e a qualidade dos lotes disponibilizados, o que acaba limitando a liquidez no spot.

Nesse contexto de busca de um ponto de equilíbrio entre agentes do setor, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma praticamente atravessou janeiro na casa dos R$ 5,3/libra-peso.

Fonte: CEPEA/ESALQ Foto: Divulgação

set192314

Copom mantém juros básicos da economia em 13,75% ao ano

Apesar da alta recente na inflação, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

A taxa continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. Essa foi a quarta vez seguida em que o BC não mexe na taxa, que permanece nesse nível desde agosto. Anteriormente, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

De março a junho de 2021, o Copom elevou a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto do mesmo ano, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Com a alta da inflação e o agravamento das tensões no mercado financeiro, a Selic foi elevada em 1,5 ponto de outubro de 2021 até fevereiro de 2022. No ano passado, o Copom promoveu dois aumentos de 1 ponto, em março e maio, e dois aumentos de 0,5 ponto, em junho e agosto.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em 2022, o indicador fechou em 5,79%. Desde o fim do ano passado, a inflação vem subindo por causa da alta do preço dos alimentos e da reversão parcial das desonerações sobre os combustíveis.

O índice fechou o ano passado acima do teto da meta de inflação. Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5% nem ficar abaixo de 2% no ano passado. Para 2023, a meta de inflação está em 3,25%, também com margem de 1,5 ponto percentual, o que garantiria um intervalo entre 1,75% e 4,75%.

No Relatório de Inflação divulgado no fim de dezembro pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que o IPCA fecharia 2023 em 5% no cenário base. A projeção, no entanto, pode ser revista na nova versão do relatório, que será divulgada no fim de março.
As previsões do mercado estão menos otimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,74%. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,31%.

Crédito mais caro

A elevação da taxa Selic ajuda a controlar a inflação. Isso porque juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas mais altas dificultam a recuperação da economia. No último Relatório de Inflação, o Banco Central projetava crescimento de 1% para a economia em 2023.

O mercado projeta crescimento menor. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) neste ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.

Fonte e Foto: Wellton Máximo/Repórter da Agência Brasil

set192275

Safra de milho e petróleo puxaram exportações

O bom desempenho da safra de milho e as exportações de petróleo fizeram a balança comercial iniciar 2023 com o maior superávit para meses de janeiro em 17 anos. No mês passado, o país exportou US$ 2.716 bilhões a mais do que importa. Em janeiro do ano passado, a balança tinha registrado déficit de US$ 58,7 milhões. Este é o melhor resultado para o mês desde 2006.

No mês passado, o Brasil vendeu US$ 23.137 bilhões para o exterior e comprou US$ 20.420 bilhões. As exportações subiram 11,7% em relação a janeiro do ano passado, pelo padrão da média diária, e bateram recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1989. mas subiram 2,3% no valor absoluto, por causa do maior número de dias úteis em janeiro deste ano, e também bateram recorde.

No caso das exportações, o registro deve-se mais ao aumento do volume comercializado do que aos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média 9,5% na comparação com janeiro do ano passado, enquanto os preços médios aumentaram 5,6%.

A preservação dos preços das mercadorias vendidas para o exterior poderia ser maior não fosse a queda do minério de ferro, cuja cotação caiu 7,2% na mesma comparação, e por produtos industrializados de ferro, como ferro-gusa, ferro-esponja e ligas de ferro, cujo preço recuou 11,8%, ainda sob reflexo da desaceleração da economia chinesa.

Nas estrangeiras, a quantidade comprada caiu 1,6%, refletindo a desaceleração da economia, mas os preços médios aumentaram 5%. A alta dos preços foi puxada principalmente pelo petróleo e medicamentos, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Os preços dos fertilizantes químicos, que subiram fortemente no ano passado, caíram 7,1% entre janeiro de 2022 e de 2023.

Setores

No setor agropecuário, a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) pesou mais nas exportações. O preço médio avançou 12,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2022, enquanto o volume de mercadorias embarcadas subiu 2,2%. Na indústria de transformação, o volume exportado subiu 5,1%, com o preço médio aumentando 6,9%.

Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 31,8%, mas os preços médios recuaram 3,1% em relação a janeiro do ano passado.

O petróleo bruto voltou a aumentar o aumento das exportações, com o volume exportado subindo 49,8% e os preços caindo 2,8%. Isso ocorreu por causa da retomada da produção da Petrobras. Após um ano de altas contínuas, os preços do petróleo começam a desacelerar porque os efeitos da guerra na Ucrânia e da recuperação econômica após a fase mais aguda da pandemia de covid-19 já foram incorporados às cotações.

Na comparação entre janeiro do ano passado e janeiro deste ano, os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram milho não moído, exceto milho doce (+163%) e sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (+732, 3%). O destaque negativo foi soja (-61,1%) e algodão bruto (-41,5%).

Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados nas exportações de outros minerais em bruto (+151,1%), minérios de cobre e seus concentrados (+129,5%) e óleos brutos de petróleo (+45,6%). Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram nas aeronaves, incluindo componentes (+364,4%), açúcares e melaços (+67,5%) e carnes de aves (+35,8%).

Quanto às importações, as maiores quedas foram registradas no milho não moído, exceto milho doce (-20,8%), soja (-34,8%) e látex (-31,4%) na agropecuária; minérios de níquel e seus concentrados (-55,7%), carvão (-34,5%) e gás natural, na indústria extrativa; e combustíveis (-12,4%), equipamentos de telecomunicações (-15,7%) e válvulas e tubos termiônicos (-12,3%), na Indústria de transformação.

Estimativa

Diferentemente do habitual, a Secretaria de Comércio Exterior não divulgou uma estimativa para o saldo da balança comercial neste ano. Tradicionalmente, as projeções são divulgadas no primeiro mês de cada trimestre. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada esta semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 57,6 bilhões neste ano.

Fonte: Agência Brasil Foto: Divulgação

set192197

Vendas de máquinas agrícolas batem recorde em 2022, diz Abimaq

O setor de máquinas agrícolas registrou um recorde de vendas em 2022 no Brasil. Segundo o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estêvão, as vendas internas somaram R$ 91 bilhões, um aumento de 2% na comparação com o ano anterior.

Em entrevista exclusiva à Agência SAFRAS, ele explicou que o percentual é baixo, pois a base de vendas em 2020 e 2021 era grande. O segmento cresceu 17% em 2020 e 48% em 2021.

Incertezas em 2023

Considerando uma série de incertezas para o ano que começa, o dirigente acha difícil que se repita o excelente desempenho de 2022. Isso porque os recursos do Plano Safra 2022/23, disponibilizados em julho, acabaram em outubro.

“Como os juros estão muito elevados, a janela de investimentos ficou muito ruim. Se não houver nenhum aceno do governo no curto prazo, os novos recursos devem estar disponíveis apenas no início do segundo semestre. Voltando os recursos a partir de julho, conseguiríamos repetir o desempenho da segunda metade do ano passado, mas ficaríamos com essa queda no primeiro semestre”, segundo Estêvão, só não há como saber de quanto seria essa queda, mas ele alerta: “10% é bastante possível”.

O cenário já é preocupante, considerando que no acumulado de novembro e dezembro de 2022, as vendas caíram 20% ante igual período de 2021. As empresas de máquinas agrícolas relatam um cenário ainda pior em janeiro, e o setor não tem expectativa de melhora.

Mas o dirigente se mostra otimista com as perspectivas de boas colheitas de grãos no Paraná, no Sudeste e no Centro Oeste. “A rentabilidade esperada é muito boa, e muitos produtores têm capital para comprar máquinas à vista. Esse é o ponto positivo para o primeiro semestre”, comemorou.

Perdas no Rio Grande do Sul

Ele disse, ainda que as perdas de verão no Rio Grande do Sul, sozinhas, não têm a capacidade de prejudicar o mercado. “O ano passado também foi ruim para a safra gaúcha e mesmo assim a indústria nacional teve um recorde de vendas.

Divisão por cultura

O maquinário para grãos responde por 65% do mercado nacional. Cana-de-açúcar, café e algodão, juntos, respondem por cerca de 25%. As outras culturas somadas completam com 10%.

Correção

Estêvão aproveitou para retratar a projeção de crescimento de 1% para 2022 feita ontem, durante coletiva de apresentação dos resultados do ano passado, por dirigentes da associação. “Ainda não há essa projeção. Vamos nos reunir na próxima sexta-feira para discutir os cenários para 2023: safras, vendas, financiamentos etc”. Além disso, devem ser tratados outros assuntos caros ao setor, como o posicionamento do novo governo sobre a indústria de máquinas e eventuais mudanças na tributação.

Fonte: Mais Soja via Gabriel Nascimento/Agência SAFRAS Foto: Divulgação

set191760

Açúcar começa semana em alta

O açúcar iniciou a semana em alta nas bolsas internacionais, impulsionado, principalmente, pelas preocupações com o andamento da safra indiana, segundo maior produtor do mundo da commodity. O mercado prevê que a quebra de safra no maior estado produtor da Índia, Maharashtra, pode afetar as perspectivas iniciais de exportação de açúcar daquele país.

Segundo o analista Tobin Gorey, do Commonwealth Bank of Australia, “a Índia está, portanto, menos propensa a exportar mais açúcar, talvez deixando o mundo com suprimentos um tanto apertados durante grande parte do primeiro semestre do calendário de 2023”.

Em Nova York, na ICE Futures, o lote março/23 do açúcar bruto fechou valorizado 25 pontos, com a commodity negociada a 21,21 centavos de dólar por libra-peso. Durante a sessão o lote chegou a bater 21,33 cts/lb. Já a tela maio/23 subiu 29 pontos, contratada a 19,90 cts/lb. Os demais contratos subiram entre 17 e 29 pontos.

Londres

Em Londres os contratos do açúcar branco também fecharam em alta nesta segunda-feira. O lote março/23 foi contratado ontem a US$ 568,70 a tonelada, valorização de 6,30 dólares no comparativo com os preços de sexta-feira. Já a tela maio/23 valorizou 7,20 dólares, negociada a US$ 560,70 a tonelada. Os demais vencimentos subiram entre 5,20 e 6,80 dólares.

Mercado interno

No mercado doméstico a segunda-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 130,45 contra R$ 132,37 de sexta-feira, desvalorização de 1,45% no comparativo entre os dias, aumentando para 4,57% as perdas acumuladas em janeiro no indicador.

Etanol hidratado

O Indicador Diário Paulínia para o etanol hidratado voltou a cair nesta segunda-feira após seis dias consecutivos de alta. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.854,00 o m³ contra R$ 2.868,00 o m³ praticado na sexta-feira, desvalorização de 0,49% no comparativo.

Fonte: Agrolink via UDOP – BIEOENERGIA Foto: Divulgação

set191898

Propostas para fortalecer a cafeicultura no Paraná

Em 2023, a cafeicultura paranaense deverá passar por uma reestrutura nos seus diversos segmentos, na busca por mais sustentabilidade. O ponto de partida para isso é o Plano Estadual de Apoio e Desenvolvimento da Cafeicultura do Paraná, elaborado, no segundo semestre do ano passado, por diversas entidades, como Sistema FAEP/SENAR-PR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab).

O material elenca os principais desafios da cadeia no Paraná, como o baixo preço do café nos últimos anos; alta dos custos de produção, especialmente insumos; deficiência de mão de obra em quantidade e qualidade; condições climáticas adversas; e falta de assistência técnica, com baixa disponibilidade de profissionais. A partir disso, foram definidos metas e objetivos para nortear as ações, visando promover o aumento da área cultivada e a rentabilidade dos cafeicultores.

O presidente da Comissão Técnica (CT) de Cafeicultura do Sistema FAEP/SENAR-PR, Walter Ferreira Lima, destaca três pontos de sustentação do plano: políticas públicas, com ações de parceria dos governos estadual e municipais; gestão de pessoas, com associativismo e desenvolvimento humano; e tecnologia e assistência técnica. “Creio que estes são a base para atingir o aumento da produtividade, renda e qualidade do café paranaense e chegarmos, no futuro, à marca de três milhões de sacas beneficiadas [a última safra paranaense atingiu 498 mil sacas]. Isso permite que a cadeia tenha agilidade e volume para despertar interesse do mercado”, afirma.

A capacitação dos produtores rurais é uma das estratégias para o desenvolvimento da cadeia. Em Carlópolis, por exemplo, o aumento da área dedicada à cultura cresceu de 750 hectares em 1970 para 5,5 mil hectares nas últimas décadas. Isso só foi possível graças à profissionalização dos cafeicultores, sendo que muitos fizeram curso do SENAR-PR. Em 20 anos, a entidade realizou 632 cursos sobre café, sendo quase 30% em Carlópolis.

“O município conta com um plano local de desenvolvimento da cafeicultura, que inclui parceria com o sindicato rural que demanda os cursos para o Sistema FAEP/SENAR-PR. Isso promove a instrução dos produtores e treinamento de assistência técnica. Hoje, Carlópolis é referência estadual na cafeicultura, sendo um bom exemplo a ser seguido”, destaca Bruno Vizioli, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) da entidade.

O documento aponta tecnologias disponíveis para que os cafeicultores paranaenses atinjam produtividades superiores à média nacional, de 27,4 sacas beneficiadas por hectare. A média paranaense é de 27 sacas por hectare. “Temos muitas áreas com baixa produtividade porque são modelos antigos de produção, que precisam se adaptar às novas tecnologias. Mas, para o produtor assimilar o novo precisa de assistência técnica nesse processo. É aí que entram o associativismo, apoio do Estado e engajamento dos municípios”, complementa Lima.

Histórico

O plano traz um resumo da cafeicultura do Paraná, que já foi a mais produtiva do país até a década de 1960, com mais de 1,8 milhão de hectares plantados e representando 60% do valor total da produção agrícola do Estado. Com a geada negra de 1975, as lavouras de café no Paraná foram devastadas, especialmente nas regiões Norte e Noroeste, principais produtoras.

Desde então, o perfil da produção de café precisou se reinventar. Hoje, o foco está nos cafés especiais, que garantem mais valor agregado para a renda das famílias rurais paranaenses. Com o Programa Café Qualidade Paraná, de 1997, o Estado passou a ser reconhecido como um produtor de cafés especiais, consolidando-se nos cenários nacional e mundial.

De acordo com Departamento de Economia Rural (Deral), o café está presente em 187 municípios do Estado, enquanto a atividade é desenvolvida por cerca de 6 mil famílias, sendo sua única ou maior fonte de renda.

No entanto, a área destinada ao plantio de café no Paraná tem diminuído significativamente nos últimos 20 anos, com a saída de agricultores da atividade. Segundo o Deral, na safra 2021/22, a área cafeeira registrou perda de 17,3%, enquanto a produtividade média reduziu em 28,4%. As projeções indicam que apenas 26,6 mil hectares serão destinados ao cultivo do grão na safra 2022/23, gerando uma produção de aproximadamente 42,8 mil toneladas.

Como o plano vai funcionar

Veja o resumo do projeto que pretende revitalizar a cafeicultura do Paraná

Linhas de ação

– Pesquisa: desenvolvimento de cultivares com mais produtividade, resistência, diferentes ciclos de maturação, qualidades de bebida diferenciadas; desenvolvimento de um sistema agroflorestal visando a sustentabilidade da cultura; retomada de pesquisas na área de solos e mecanização;

– Assistência técnica e extensão rural: organização de uma rede de assistência técnica coordenada; implantação de unidades demonstrativas de novas cultivares de café desenvolvidas pelo IDR-Paraná; contratação de extensionistas para reforço da equipe de assistência técnica e extensão rural;

– Produção: manejo e conservação do solo e fertilidade; elevação da produtividade; redução de custos; mecanização; melhoria da qualidade; organização dos produtores; sustentabilidade do processo; gestão de negócio;

– Comercialização: agregação de valor; organização da produção; viabilização e estruturação de núcleos de pós-colheitas, preparo de cafés especiais e padronização do café.

Metas

– Aumentar área no Paraná em 5 mil hectares para 90 mil hectares nos próximos 12 anos;

– Aumentar a produtividade média para 40 sc/ha;

– Aumentar a produção para três milhões de sacas em 12 anos;

– Produzir, no mínimo, 80% do café com qualidade bebida dura tipo 6;

– Produzir, no mínimo, 20% de cafés especiais;

– Diminuir o custo de produção para 70% do valor da saca beneficiada;

– Mecanizar 80% da área estadual nos próximos quatro anos;

– Capacitar e dar assistência técnica a 2 mil novos cafeicultores por ano por meio de uma rede de ATER (IDR, cooperativas, prefeituras e organizações de cafeicultores) coordenada pelo IDR-Paraná.

Fonte: Faep/ Bruna Fioroni Foto: Divulgação

set191980

Volume de milho embarcado em janeiro em Paranaguá é 161% superior ao mesmo mês de 2022

O mês de janeiro ainda nem terminou, mas o volume de milho carregado pelo Porto de Paranaguá, neste ano, impressiona. Até o último dia 29, foram 569.461 toneladas do cereal embarcadas. O volume é quase 161% maior que as 218.358 toneladas exportadas pelos terminais paranaenses durante os 31 dias do mesmo mês de 2022.

“O que estamos percebendo pelos grandes volumes registrados nos embarques aqui pelo Porto de Paranaguá é que essa movimentação já vem se intensificando desde o ano passado”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
No último mês de dezembro foram carregadas 580.147 toneladas de milho. Comparado às 97.124 toneladas exportadas em dezembro de 2021, o volume foi 947% maior.

“Também o line-up dos navios que chegarão para carregar milho aqui pelo Paraná mostra que a tendência é que continue assim pelo menos ainda no próximo mês”, afirma Garcia.

Embarque

No mês de janeiro, até este domingo (29), 19 navios atracaram no Porto de Paranaguá para carregar milho. Segundo o line-up desta segunda-feira (30), escala das embarcações para receber o granel, nove navios já estão em porto para carregar 587.324 toneladas e outros oito estão na sequência para embarcar 511.839 toneladas de milho. Já há outro anunciado, que deve receber 67 mil toneladas. Somado, o volume quase chega a 1,1 milhão de toneladas do cereal a serem exportados por Paranaguá.

Mercado

A engenheira agrônoma Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema Faep/Senar-PR, confirma que janeiro realmente não é típico período de exportação de granéis, especialmente milho. Porém, segundo ela, uma combinação de fatores tem impulsionado a demanda pelo cereal brasileiro.

Além do fato dos produtores precisarem fazer espaço para receber a nova safra de soja, a lacuna aberta no mercado internacional pela situação da guerra na Ucrânia e a nova demanda da China também aquecem os embarques pelos portos brasileiros.

“No último mês de novembro, com o novo acordo comercial com a China, 136 empresas foram auditadas e habilitadas pelo Ministério da Agricultura para armazenar e exportar milho no Brasil”, afirma a agrônoma. O Paraná, de acordo com ela, é o segundo Estado com maior número de plantas autorizadas pelos governos chinês e brasileiro.

Como explica a especialista, a Ucrânia e os Estados Unidos costumavam ser os principais exportadores de milho para a China. As exportações ucranianas reduziram 24%, já que tiveram menor produção e dificuldades para embarcar o produto, devido ao conflito com a Rússia. E, no caso dos norte-americanos, há conflito comercial.

“O Brasil surge como uma alternativa importante. O país vem se tornando uma potência na exportação de milho, com um crescimento anual bastante expressivo”, afirma.

Ainda de acordo com a análise de Ana Paula Kowalski, nos Estados Unidos o volume de milho embarcado já tem sido reduzido. “O Brasil ocupou essa lacuna e a tendência é que isso se mantenha para os próximos anos”, acrescenta.

Fonte: AEN Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

set192098

Com trecho do Show Rural pronto, duplicação da BR-277 alcança 63% de conclusão

Com o trecho do Show Rural finalizado, as obras de duplicação da BR-277 em Cascavel avançaram bastante no Oeste do Estado. Segundo medição mais recente do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), 63% dos trabalhos já foram concluídos. O projeto abrange a duplicação das pistas entre o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Nova Ferroeste, em uma extensão de 5,81 quilômetros.

A prioridade das obras, inicialmente, foi finalizar a execução em frente ao Parque Tecnológico da Coopavel, local onde acontece o Show Rural, um dos maiores eventos do setor do agronegócio brasileiro, que neste ano será de 6 a 10 de fevereiro.

“Concluímos o trecho do Show Rural, que recebe mais de 280 mil visitantes, melhorando o tráfego nos dias do evento e proporcionando mais segurança aos demais usuários da rodovia. Agora, as obras estão concentradas na passagem superior da trincheira de ligação da BR-277 com a PR-180, para melhorar ainda mais o acesso dos visitantes”, explica o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Fernando Furiatti.

A previsão é que a passagem superior da trincheira da PR-180 seja liberada para o tráfego de veículos até o início do Show Rural. Na sequência, os esforços serão para finalizar a trincheira de acesso à Nova Ferroeste. A previsão da entrega da obra é março de 2023.
Os serviços de terraplanagem ultrapassaram os 56%, com a pavimentação do trecho atingindo 73%, obras de drenagem em 55%, e iluminação já com 70% concluída. Também está sendo pavimentada a via marginal esquerda da rodovia do km 581,7 ao km 583,3, em uma extensão de 1,56 quilômetros.

Parceria

A duplicação da BR-277 integra convênio entre o Governo do Estado e a Itaipu Binacional, representando um investimento de R$ 48.009.661,88. A parceria já rendeu outros grandes investimentos em infraestrutura, como a Ponte da Integração Brasil – Paraguai e a implantação da rodovia Perimetral Leste de Foz do Iguaçu; a duplicação da Rodovia das Cataratas; as obras de pavimentação da Estrada Boiadeira entre Umuarama e Icaraíma e da estrada entre Ramilândia e Santa Helena; e a nova iluminação viária da BR-277 em Foz do Iguaçu.

Fonte: AEN Foto: DER