set203191

Produtores se beneficiam de cultivares desenvolvidas para cada região do Brasil

O fato de o Brasil ser um país continental com mais de 8,5 milhões de km², seis tipos de climas e uma vasta diversidade de solos e relevos, torna-se natural a regionalização de cultivares para o agronegócio, pois cada região apresenta características distintas que devem ser avaliadas no momento de decisão de compra das sementes de soja.

Para Fernando Arnuti, consultor de desenvolvimento de produtos da TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, o agricultor precisa planejar sua lavoura considerando os aspectos de ciclo (grupo de maturação), época e densidade de semeadura, altitude e fertilidade do solo, além da resistência a insetos-pragas e doenças a fim de alcançar o alto teto produtivo. “No momento de decidir pela compra de uma cultivar de soja, o agricultor precisa estar atento às especificidades da sua região para adquirir o produto que melhor se adequa a essas condições”, diz.

Segundo ele, a TMG vem aprimorando constantemente seus estudos em melhoramento genético. Atualmente, a empresa comanda bases de pesquisa no município de Passo Fundo (RS) e Cambé (PR) para as macrorregiões sojicolas M1 e M2, respectivamente. Além disso, realiza diversos ensaios de pesquisa em diferentes microambientes para validação das linhagens. “Nosso intuito é estar cada vez mais próximo do agricultor, monitorando os desafios de cada região e mantendo o nosso portfólio atualizado, visando atender as demandas específicas de cada região”, comenta Arnuti.

Os frutos dessa regionalização já podem ser observados nas lavouras do Sul do Brasil, como, por exemplo, a TMG2757IPRO, que foi desenvolvida em Passo Fundo e apresenta precocidade (G.M.5,7), porte controlado, resistência ao acamamento e a podridão radicular de fitóftora. “Embora os estados do Sul do país apresentem algumas características em comum na agricultura, o produto final oferecido no Rio Grande do Sul não é o mesmo direcionado para a região do Paraná (M2), justamente pelas variações de clima, solo e ciclo”, explica.

Semeadura da soja nas épocas apropriadas

Arnuti, que atua na macrorregião sojicola 1 (M1), explica que no caso da cultura da soja, as cultivares desenvolvidas na macrorregião sojicola 2 (M2) precisam de uma maior atenção em relação à época e densidade de semeadura quando são cultivadas na M1. “O acamamento é uma das condições mais comuns quando o agricultor semeia uma cultivar de soja sem considerar esses aspectos. Vale lembrar que equívocos nesse processo podem aumentar a necessidade de aplicação de inseticidas e fungicidas, tornando a lavoura menos rentável. Respeitando o posicionamento correto, o agricultor terá cultivares com porte controlado, resistente ao acamamento e com alto teto produtivo”, aponta.

No caso da TMG2757IPRO, que é uma cultivar de ciclo precoce (125 dias) e foi desenvolvida na M1, o cenário é diferente. Para essa cultivar é recomendado que o agricultor realize a semeadura na abertura da safra e com maior densidade de plantas. Segundo Arnuti, os maiores potenciais produtivos dessa cultivar foram obtidos nesse posicionamento. “Nós temos o objetivo de elevar o potencial produtivo das cultivares da TMG, por isso, nosso time comercial, além dos nossos licenciados, sempre orientam o agricultor quanto ao posicionamento ideal para cada cultivar da companhia”, explica.

Pesquisa & Desenvolvimento (P&D)

Com o recente anúncio de investimento de R$ 2 bilhões em P&D nos próximos dez anos, a TMG vem aprimorando constantemente seus estudos em melhoramento genético. Atualmente, a empresa comanda 14 bases de pesquisa espalhadas por todo o Brasil (RS: Passo Fundo e Palmeiras das Missões – PR: Cambé, Marilândia, Campo Mourão — MS: Dourados – MT: Sapezal, Roo-BVP, Sorriso, Campo Verde, Primavera do Leste — GO: Rio Verde, Chapadão do Céu — BA: Luís Eduardo Magalhães) e faz testes em mais de cem microambientes diferentes para validação de linhagens de soja.

A TMG conta com um laboratório de biotecnologia capaz de fazer mais de 25 mil análises genéticas por dia e cerca de 40 milhões por ano, complementando o trabalho realizado pelos especialistas em melhoramento genético nas casas de vegetação e bases de pesquisa. Em 2021, o laboratório recebeu um aporte de R$ 15 milhões para elevar a capacidade e ampliar o leque de possibilidades genéticas a serem analisadas.

Sobre a TMG

A TMG (Tropical Melhoramento e Genética S/A) é uma empresa independente de melhoramento de soja, algodão e milho com base no Brasil, com instalações de última geração que permitem o desenvolvimento rápido de novas cultivares, adaptadas a diferentes locais do mundo. A TMG está focada em desenvolver soluções genéticas para entregar produtividade e rentabilidade aos agricultores, que contribuam para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. No algodão, a empresa desenvolve há 17 anos um programa de melhoramento genético focado nas necessidades dos cotonicultores e foi pioneira ao lançar cultivares com tolerância à ramulária, principal doença do algodoeiro. Essas inovações levam um número maior de benefícios ao campo e ajudam a reduzir os custos de produção.

Fonte: Assessoria de Imprensa TMG Foto: Divulgação

set202525

Segundo Imea, serão escoados 1,09 milhão de t de pluma da safra 21/22

A estimativa de mai/23 do Imea para a safra 22/23 do algodão em MT não apresentou reajuste em seus indicadores. Desse modo, a área destinada ao algodão permaneceu projetada em 1,15 milhão de hectares, 1,93% inferior ao consolidado na safra 21/22. Essa estimativa de redução é pautada pelos preços menos atrativos da fibra no estado, o que desestimulou alguns cotonicultores. No que se refere à produtividade, apesar de menos de 60% das áreas terem sido semeadas fora da janela ideal, os volumes de chuvas têm contribuído para o bom desenvolvimento das lavouras, desse modo o rendimento médio segue 12,27% maior que o do ciclo passado, previsto em 278,26@/ha. Por fim, a produção do algodão em caroço ficou em 4,81 milhões de toneladas, 10,04% superior ao consolidado da safra 21/22, devido à expectativa de maior produtividade.

Confira os destaques do Boletim:

DESVALORIZAÇÃO: refletindo a fraca demanda pela pluma no estado, o indicador Imea exibiu queda de 7,44% no comparativo semanal, cotado na média de R$ 130,13/@.

BAIXA: a combinação de aversão ao risco com a expectativa de recessão nos EUA fez com que as cotações da fibra na bolsa de NY desvalorizassem 3,69% na média semanal.

QUEDA: com poucos negócios fechados devido à procura muito enfraquecida, o preço do óleo de algodão disponível reduziu 6,78% na semana, cotado na média de R$ 4.587,31/t.
A estimativa de mai/23 de O&D da pluma de MT teve como principal destaque o ajuste negativo na projeção das exportações das safras 21/22 e 22/23

Desse modo, é estimado que serão escoados 1,09 milhão de t da pluma da safra 21/22, queda de 14,53% ante o último relatório. Esse cenário é reflexo das incertezas quanto à economia mundial, somadas ao terremoto que atingiu a Turquia (grande consumidora global da fibra), o que enfraqueceu a demanda internacional pela fibra e comprometeu os embarques oriundos de MT. Diante disso e com a rolagem de alguns contratos da safra 21/22 para a 22/23, os estoques finais do ciclo ficaram em 201,24 mil t de pluma. Em relação à safra 22/23, a projeção de exportação recuou 11,19% ante a abr/23. No entanto, com a expectativa de uma melhora na economia mundial e a maior produção no ciclo, o volume é 22,61% superior ao da safra 21/22, totalizando 1,34 milhão de t da fibra. Assim, devido ao maior volume dos estoques de passagem da safra 21/22, os estoques finais da temporada 22/23 ficaram em 326,62 mil t de pluma.

Fonte: Boletim semanal n° 672 – Algodão – IMEA Foto: Divulgação

set202677

Soja fechou em alta com FED e trigo

O contrato de soja para maio23 fechou em alta de 0,59% ou $ 8,50 cents/bushel a $ 1448,00. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,39%, ou $ 5,00 cents/bushel a $ 1272,25. A cotação de maio24 fechou em alta de 0,56% ou $ 7,25 cents/bushel a $ 1292,00. O contrato de farelo de soja para maio fechou em baixa de -0,47% ou $ -2,0 ton curta a $ 427,8 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de -1,91% ou $ -0,98/libra-peso a $ 52,37.

Causas

A soja foi o cereal que menos sofreu interferência da forte alta do trigo nessa quarta. De fato, a alta do grão foi de menos de 1%, o farelo fechou em queda e o óleo de soja teve o melhor resultado do complexo. O movimento do FED de subir os juros americanos dentro da expectava do mercado e indicar que não aumentará a taxa por um período maior, foi o ponto de virada para o cereal que operava em baixa durante a sessão. O que pode melhorar um demanda interna pelo cereal. A alta no entanto foi limitada pelos fatores já apontados antes como; o bom avanço do plantio nos EUA, a baixa demanda do grão americano e alta oferta da soja brasileira, dado confirmado pela SECEX no dia anterior.

Fonte: Mais Soja Foto: Divulgação

set202733

Soja volta a cair na CBOT nesta manhã de 5ª com movimento de realização de lucros

Os contratos futuros da soja operam com queda nesta manhã de quinta-feira (04) na Bolsa de Nova York (CBOT). Por volta de 8h30 (horário de Brasília), os futuros da oleaginosa perdiam entre 4,2 e 7,4 pontos nos principais vencimentos, levando o julho/23 a operar em US$ 14,13 por bushel. O agosto/23 vem sendo cotado a US$ 13,56.

Depois de reação na véspera, acompanhando a alta de mais de 5% do trigo, que além da soja, também puxou derivados e milho, o mercado na CBOT volta a trabalhar no vermelho. Os preços também continuam a ser pressionados pela combinação de fundamentos e mercado financeiro, que tem tido uma semana de maior aversão ao risco.

Ontem (03), os Estados Unidos anunciaram subida de 0,25 ponto percentual na taxa de juros.

Nos fundamentos, a atenção é para o clima favorável nos Estados Unidos e às condições favoráveis para o avanço do plantio no país. De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a semeadura da soja chegou a 19% da área até o último domingo, superando o mesmo período do ano passado e a média plurianual.

Fonte: Notícias Agrícolas Foto: Divulgação

set202814

Milho recua pelos estados

No mercado do milho do estado do Rio Grande do Sul os preços recuaram mais R$ 2-4/saca nesta quarta-feira, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado de milho local, segue extremamente depressivo (não diferente de outras regiões do país), com fábricas bem-posicionadas e alongadas até junho (em sua grande maioria), portanto, sem estarem pressionadas a comprar, e começando a avaliar ofertas de milho de segunda safra do Centro-Oeste”, comenta.

“Hoje as indicações foram: R$ 64,00 CIF Santa Rosa, R$ 64,00 3 Passo Fundo e Frederico Westphalen, R$ 64,00 Marau e R$ 65,00 Arroio do Meio. Vendedor local não participa do mercado. Ofertas a 68,0/70,0 interior. Preços de pedra, em Panambi, mantiveram-se em R$ 58,00 a saca”, completa.

Em Santa Catarina os preços mantiveram as quedas dos dias anteriores, mas balcão recua. “Milhos deram uma estabilizada. Andou alguma coisa a R$ 68 CIF Videira, o que significa um real a menos no spot e a R$ 60 para agosto. Preços de balcão recuaram para R$ 58/saca em Campos Novos, recuaram para R$ 58,00 em Chapecó, para R$ 61 em Joaçaba e Concórdia e recuaram para R$ 58 em Canoinhas”, indica.
Mercado bem parado no Paraná, com compradores ausentes, apenas um negócio reportado. “Mercado bem parado; hoje até de soja estava mais parada. Foi visto apenas um lote rodar no Oeste, em Pato Branco, a R$ 65,00 FOB, em 2 mil toneladas, cerealista para indústria. Ademais indicações de compradores a R$ 62 e vendedores ainda pedindo R$ 67 a R$ 68”, completa.

“Os indicativos de preço de hoje continuam os seguintes, nesta ordem – Praça/Vendedor/Comprador: Londrina 65,00/-; Maringá 65,00/ -; Cascavel – /-; Ponta Grossa -/-; Guarapuava 68,00/ -; Sudoeste/PR -/ -; Ferrovia Norte – Ago -/56,00; Paranaguá – Jul -/63,50; Paranaguá – Ago -/63,00; Santos – Jul -/63,50; Rio Grande -/-; Chapecó/SC -/65,00; Joaçaba/SC -/65,00”, conclui.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set202448

Inflação segue em alta e previsão do PIB avança para 1,0%

A projeção de inflação para 2023 voltou a subir pela quinta semana seguida, de 6,04% para 6,05%, de acordo com dados do Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central, nesta terça-feira (2). A previsão para o IPCA de 2024 foi mantida em 4,18%, enquanto as de 2025 e a de 2026 permaneceram em 4,0%.

Especificamente para os preços administrados, a projeção do IPCA para 2023 manteve a tendência de alta verificada há 22 semanas e passou de 10,71% para 10,73%. Há um mês, a projeção estava em 9,65%. A estimativa para 2024 foi mantida em 4,50% e as 2025 e 2026, continuaram em 4,0%.

A estimativa para o PIB em 2023 subiu de 0,96% para 1,0% na semana. A projeção para 2024 foi mantida em +1,41% e a de 2026 continuou em 1,80%, enquanto a estimativa para 2025 subiu de 1,70% para 1,80%

Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para 2023 em 12,5% ao ano. Para 2024, a projeção continua em 10% ao ano.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 13,75% ao ano. O órgão volta se reunir nesta terça e quarta-feira (4/5), para definir se os juros sobem, caem ou se mantêm no patamar atual.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Marcelo Andrade/arquivo / Gazeta do Povo

set202390

Boletim de monitoramento apresenta as condições das lavouras de segunda safra nas principais regiões produtoras

Entre os dias 1 e 21 de abril, predominou no país o baixo índice de precipitação nas principais regiões produtoras, contribuindo para a colheita dos cultivos de primeira safra. A informação consta na mais recente edição do Boletim de Monitoramento Agrícola (BMA), divulgada nesta quinta-feira (27) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com o BMA, a umidade do solo tem sido favorável para o desenvolvimento da segunda safra na maioria das regiões. Os maiores volumes de chuva ocorreram na região Norte e no extremo-norte da região Nordeste, prejudicando parte da colheita da soja, mas beneficiando as lavouras em enchimento de grãos.

Por outro lado, menores volumes de chuva foram registrados em partes da Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, causando restrição no desenvolvimento do feijão e do milho segunda safra. No entanto, no Rio Grande do Sul, a falta de chuvas beneficiou as lavouras de soja em maturação e colheita.

Com relação ao comportamento do índice de vegetação, em Mato Grosso e Goiás, mostra-se a boa condição de desenvolvimento das lavouras. Em Mato Grosso do Sul e no Paraná, o índice expressa o atraso na implantação do milho segunda safra e possivelmente parte das áreas que serão destinadas para os cultivos de inverno ou pousio, prática realizada para descansar o solo das atividades agrícolas para a próxima safra, visando o manejo e melhores produtividades.

Parcerias

O Boletim de Monitoramento Agrícola é resultado da colaboração entre Conab, Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), além de agentes colaboradores que disponibilizam dados pesquisados em campo.

Confira aqui a íntegra do Boletim.

Fonte: Conab Foto: Divulgação