A safra brasileira vive um momento de alta variabilidade, com estados enfrentando realidades distintas. Mato Grosso, por exemplo, observa um ritmo intenso de colheita, mas com grande diferença nas produtividades. No Rio Grande do Sul, as chuvas recentes foram benéficas, especialmente para as lavouras em fases reprodutivas, mas a ferrugem asiática preocupa.
De acordo com o boletim de monitoramento de safra da Conab, Em Mato Grosso, observa-se um ritmo intenso de colheita, porém com uma alta variabilidade nas produtividades.
No Rio Grande do Sul, as recentes chuvas mostraram-se benéficas, especialmente para as lavouras em fases reprodutivas. Isso indica uma relação positiva entre as precipitações e o desenvolvimento das culturas nesta fase crucial. Contudo, a incidência de ferrugem asiática surge como um fator preocupante, apontado para a necessidade de monitoramento e controle fitossanitário.
No Paraná, as chuvas recentes também favorecem as lavouras tardias, potencialmente contribuindo para um aumento na produtividade dessas culturas.
Em contraste, em Goiás, o clima mais seco facilitou o avanço da colheita, com um impacto positivo notável na qualidade dos grãos.
Mato Grosso do Sul está avançando em sua colheita, mas enfrenta desafios com chuvas mal distribuídas na região Oeste e Nordeste, afetando adversamente as lavouras semeadas tardiamente.
Em Minas Gerais, a redução das chuvas tem favorecido a colheita e não comprometido o desenvolvimento das lavouras tardias.
Na Bahia, as condições das lavouras são descritas como boas, enquanto em São Paulo, a colheita avança em todas as regiões, refletindo um cenário agrícola positivo.
No Tocantins, a colheita na região Centro-Sul começou com uma leve recuperação nas produtividades.
No Maranhão, a colheita progride nos gerais de Balsas, e nas demais regiões, a regularidade das chuvas tem favorecido o desenvolvimento das culturas.
No Piauí, as lavouras estão se desenvolvendo em boas condições.
Em Santa Catarina, a colheita iniciou, marcando uma nova fase do ciclo agrícola.
No Pará, no entanto, as chuvas frequentes estão prejudicando a evolução da colheita, principalmente no polo de Redenção e na região da BR-163, destacando os desafios impostos por condições climáticas excessivamente úmidas.
Com pelo menos 47,3% das lavouras já colhidas, a safra de soja de 2023/24 está ligeiramente adiantada em relação à safra passada, com destaque para estados como Paraná e Mato Grosso do Sul, que estão pelo menos 30 pontos percentuais adiantados.
Ao mesmo tempo, a colheita está incipiente em estados da região nordeste, e sobre o Rio Grande do Sul ainda nem começou.
Vale destacar que grande parte das lavouras estão avançando pelo enchimento de grãos (24,4%), que ainda precisa de algumas chuvas, enquanto que 21,1% já se encontra na maturação.
Tocantins: Aumento de 10% na semana (de 25,0% para 35,0%). Comparado à safra anterior (50,0%), ainda há um atraso.
Maranhão: Crescimento de 8% na semana (de 8,0% para 16,0%). Em relação à safra anterior (33,0%), apresenta atraso significativo.
Piauí: Aumento de 3% na semana (de 1,0% para 4,0%). Comparativamente à safra anterior (15,0%), está bastante atrasado.
Bahia: Crescimento de 3,7% na semana (de 4,0% para 7,7%). Atraso em relação à safra anterior (12,0%).
Mato Grosso: Avanço de 12,5% (de 69,9% para 82,4%). Menor do que na safra anterior (90,3%).
Mato Grosso do Sul: Aumento de 18% na semana (de 47,0% para 65,0%). Na safra anterior estava em 34,0%, indicando melhor desempenho atual.
Goiás: Crescimento de 10% na semana (de 42,0% para 52,0%). Abaixo da safra anterior (58,0%).
Minas Gerais: Aumento de 5% na semana (de 34,0% para 39,0%). Ligeiramente abaixo da safra anterior (39,8%).
São Paulo: Crescimento de 20% na semana (de 25,0% para 45,0%). Acima da safra anterior (30,0%), mostrando melhora.
Paraná: Aumento de 10% na semana (de 42,0% para 52,0%). Comparado à safra anterior (20,0%), há um avanço significativo.
Santa Catarina: Estagnação na semana (7,0% para 7,0%). Em comparação com a safra anterior (2,0%), mostra melhora.
Rio Grande do Sul: Sem progresso (0,0% em ambas as semanas). Igual à safra anterior (0,0%).
Fonte: Agrolink Foto: United Soybean Board
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