As exportações de produtos do agronegócio feitas pelo Paraná ao longo de 2023 cresceram 40,8% em volume e 16,2% em receita. Os dados foram divulgados pelo Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que sistematiza exportações e importações do agronegócio nacional. Ao todo, no ano passado, os paranaenses enviaram mais de 30 milhões de toneladas de produtos agropecuários ao exterior, que renderam US$ 19,4 bilhões. Em 2022, esses números tinham fechado respectivamente em 21,3 milhões de toneladas e US$ 16,7 bilhões.
O tema é o destaque do Campo & Cia de segunda-feira (22), o programa semanal de rádio do Sistema FAEP/SENAR-PR. Quem detalha os números é Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico e Econômico (DTE), do Sistema FAEP/SENAR-PR. “O ano de 2023 foi marcado por uma retomada das exportações principalmente do complexo soja, já que depois de um ano de quebra, tivemos uma safra cheia, o que possibilitou retomar as exportações. Na oleaginosa, tivemos um aumento em mais de 70% em volume em torno de 50% em receita, reflexo da queda nos preços”, destacou Ferreira.
No programa, Ferreira também tratou do complexo carnes, cujas exportações tiveram acréscimo de US$ 61,8 milhões em 2023, fechando o ano com uma soma de pouco mais de US$ 4,3 bilhões. Em volume, os negócios subiram de 2,1 milhões de toneladas para 2,3 milhões. O maior acréscimo em vendas foi em frango, com 9,9% a mais, passando de 1,9 milhão de toneladas para 2,1 milhões. No entanto, houve redução de US$ 18 milhões (0,4%) em relação a 2022, fechando o ano com US$ 3,766 bilhões de faturamento.
Abertura de novos mercados
Nos próximos anos, segundo Ferreira, o agronegócio do Paraná deve continuar uma trajetória para conquistar novos mercados para as carnes paranaenses. Desde 2021, o Estado possui o reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação. Com esse “visto” no passaporte, os paranaenses disputam os mercados mais nobres para vender seus produtos a um preço melhor. “É fundamental alimentar as relações comerciais entre os países e as negociações diplomáticas”, recomendou Ferreira.
Fonte: Faep Foto: Jaelson Lucas
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