set194071

Portos do Paraná lideram exportação de soja do Brasil em janeiro

Segundo dados do governo federal, o volume de exportação de soja colocou o porto paranaense como líder nacional no mês de janeiro.
Foram 346 mil toneladas de soja embarcadas pelos três berços preferenciais, volume inferior às 652 mil toneladas carregadas em janeiro de 2022, mas superior aos volumes movimentados nos portos de Rio Grande (263 mil toneladas), Salvador (71 mil) e Vitória (56 mil toneladas).

Também foram 629 mil toneladas de milho carregadas no último mês de janeiro, volume 388% maior que o registrado nos mesmos 31 dias de 2022: 129 mil toneladas. Em janeiro deste ano também houve embarque de farelo do cereal: 59 mil toneladas.

Desde 2016, o pátio de triagem do Porto de Paranaguá não recebia tantos caminhões em janeiro. Neste ano, foram 29 mil veículos que chegaram para descarregar soja, milho e farelo de soja nos terminais paraenses. O recorde para o mês na ocupação de vagas do local, registrado há sete anos, foi de 30 mil caminhões. O número de 2023 é quase 15% maior que o registrado em 2022, quando foram 25.819 transportadores recebidos.

Em janeiro de 2022, cerca de 83,8% da movimentação de janeiro saiu pela rodovia e em janeiro deste ano foram 82,3%. A participação do modal ferroviário passou de 13,7% para 17,7%.

Nova safra

No Paraná, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento, nem 10% da área de soja plantada no Estado foi colhida. Apesar do produto ainda não estar chegando com intensidade, a tendência é que aumente já a partir do final deste mês.

Fonte: CBN, com informações de Assessoria de Imprensa Foto: AEN

set193398

Mercado brasileiro de trigo mantém lentidão com foco nas culturas de verão

Os preços seguem caindo. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, os compradores estão bem abastecidos, buscando apenas negócios de ocasião. Já os produtores, focados na safra de verão, não têm interesse em vender nos atuais patamares.

Essa tem sido a dinâmica do mercado desde o início do ano. A tendência é de que persista até meados de março, uma vez que a intensificação da colheita de verão deve encarecer os fretes até lá. Fretes, estes, que devem ser dominados por soja e milho.

Além da safra recorde, outro ponto que contribui com a desvalorização do trigo no momento é redução da paridade de exportação. O dólar segue acumulando queda frente ao real na comparação com o fim do ano passado, ainda que tenha subido expressivamente nesses primeiros dias de fevereiro. A retração da moeda norte-americana barateia a importação do grão e desestimula a exportação. Assim, há uma retenção de oferta nos portos, o que pressiona para baixo os preços.

No mercado internacional, os contratos do trigo negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago seguem em queda no acumulado parcial de 2023, pressionados, em grande parte pela ampla oferta na Rússia. Incertezas quanto ao corredor de grãos no Mar Negro e à safra de inverno dos Estados Unidos são alguns dos fatores que limitaram a derrocada das cotações até o momento.

Exportações brasileiras

Dados divulgados nesta semana pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) previram que o Brasil deve embarcar 368,057 mil toneladas de trigo em fevereiro. Na semana passada, encerrada no dia 4, foram embarcadas 223,577 mil toneladas. Para esta semana, que encerra no dia 11 de fevereiro, são previstas 192,7 mil toneladas.

Em fevereiro do ano passado, os embarques somaram 925,264 mil toneladas. No acumulado de janeiro a fevereiro de 2023, os embarques são estimados 1,133 milhão de toneladas. No mesmo período do ano passado, foram embarcados 1,621 milhão de toneladas.

Fonte: Agência SAFRAS Foto: Divulgação

set193486

Milho pouco se move no Sul

O mercado do milho pouco se movimentou nos últimos dias no estado do Rio Grande do Sul, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Mercado local praticamente sem nenhuma novidade. Grandes compradores se abastecendo no Centro-oeste e pequenos granjeiros, no mercado local. Preços para março (posto indústrias) R$ 85,00 Grande Santa Rosa, R$ 85,00 Ijuí, R$ 91,00 região de Marau, R$ 92,00 região de Lajeado. Vendedor segue pedindo entre R$ 86,00 até 89,00 interior (quando há ofertas).

Na exportação tradings indicaram preços de R$ 94,50 para fevereiro, pagamento março, repetindo os dias anteriores”, comenta.
Em Santa Catarina o movimento voltou para o mercado interno. “Compradores a R$ 88/saca em Joaçaba e Chapecó. Exportação voltou a indicar preços abaixo de R$ 90,00 no porto, depois de se abastecer não soubemos de novos negócios. Comprador hoje, continuou ausente, no mercado local. Somente pequenos granjeiros se abastecem localmente. Preços de balcão inalterados a R$ 84/saca em Campos Novos, a R$ 81,50 em Chapecó e em queda para R$ 82,00 Concordia e Joaçaba”, completa.

O mercado do milho paranaense está completamente parado, já que o milho do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso pressiona preços no Paraná. “Vendedores mantendo pedidas entre R$ 86/87/saca, mas os compradores relatando cada dia mais ofertas de milho do MS e do MT a preços mais competitivos. Com isto não vimos nenhum negócios hoje. Houve a tentativa de uma Trading de comprar um lote para completar carga a R$ 91/saca no porto catarinense de São Francisco do Sul, mas sem sucesso, porque os vendedores temem a logística de acesso a este porto”, conclui.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set193589

BRDE prospecta novos investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhão no Show Rural 2023

Após liberar R$ 240 milhões em novos negócios a cooperativas, produtores rurais, empresas e a Prefeitura de Cascavel durante a 35ª edição do Show Rural, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) prevê um novo ciclo de investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhões para o Paraná. Esse é o resultado de novas possibilidades de financiamentos prospectadas no evento na região Oeste, principalmente em linhas voltadas à inovação, além das parcerias firmadas com o Iguassu Valley para ações de fomento dessa área.
A participação no Invest Day, a convite do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), com uma exposição sobre fundos para inovação no agro, e a atuação do banco nas linhas Finep/Inovacred também foram fundamentais para essa projeção.

“Nós estabelecemos um planejamento estratégico vocacionado ao diálogo com a sociedade, entendendo nossas dificuldades e virtudes, e em cima desse diagnóstico assumimos novos comportamentos. Um deles é o BRDE se tornar o Banco Verde, com direcionamento a projetos sustentáveis, alinhamento com quase 80% de ODS em suas linhas de crédito e assim se posicionar como o maior e melhor banco de desenvolvimento do Sul”, analisou o presidente do BRDE, Wilson Bley Lipski.

Ele lembrou que apenas em 2022 foram gerados R$ 423,9 milhões em investimentos na região Oeste por meio de linhas de crédito do BRDE. O banco alcançou meta histórica em 2022, com R$ 4,4 bilhões em contratações nos três estados do Sul.

Show Rural

A participação no Show Rural contou com a assinatura com a Prefeitura de Cascavel para aquisição de 15 ônibus elétricos, sendo 13 do modelo convencional e dois articulados; assinatura do protocolo de intenções com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e Fundação Araucária para apoio a projetos de pesquisa tecnológica nos termas propostos pelo Fundo Verde e de Equidade do BRDE; lançamento da quarta edição do BRDE Labs; e encontros com diretores da Cresol e com o cônsul adjunto do Japão, Kazuu Wakaeda, sobre possibilidades de captação de recursos internacionais via JICA – Agência de Cooperação Internacional do Japão.

Balanço

O Show Rural de Cascavel bateu recorde de público em 2023: 384.122 visitantes. Foram movimentados R$ 5 bilhões em negócios (financiamentos, contratos, parcerias e compras) para modernização do campo e dos sistemas de produção.

Fonte e Foto: AEN

set193661

Navio carrega 107 mil toneladas de farelo de soja e quebra recorde em Paranaguá

O navio Maran Astronomer carregou 107.717 toneladas de farelo de soja e bateu recorde de carregamento desse produto no Porto de Paranaguá. A carga tem como destino a Holanda e a Polônia.

Até hoje, além do próprio Maran Astronomer, somente outros dois navios embarcaram mais de 100 mil toneladas de granel em Paranaguá, segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior. Um deles foi o E.R. Bayonne, que levou 103.403 toneladas em julho de 2020, e o Pacific Myra, que carregou 105 mil toneladas (abril de 2021).

Luiz Teixeira Silva afirma que os recentes ganhos operacionais têm permitido ao Porto de Paranaguá receber grandes navios, com melhor aproveitamento da capacidade de carga nos diversos segmentos.

“Os três berços do Corredor Leste de Exportação (212, 213 e 214), por exemplo, foram de 12,50 metros para 12,80 metros de calado, que é a profundidade máxima que as embarcações podem ficar submersas na água. Trinta centímetros parecem pouco, mas representam um ganho real para a operação”, completa.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Cláudio Neves

set193292

Safra de grãos é estimada em 310,6 milhões de toneladas

Mesmo com o clima adverso registrado durante o desenvolvimento da primeira safra, principalmente no Rio Grande do Sul, a produção de grãos para o ciclo 2022/23 está estimada em 310,6 milhões de toneladas. A nova projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada nesta quarta-feira (8) durante o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23, sinaliza um incremento de 38,2 milhões de toneladas em relação à temporada anterior. Quando a comparação é realizada com o volume divulgado no mês passado, o resultado é um leve ajuste de 0,1%. “O início da colheita de milho e soja no estado gaúcho confirmam as previsões de queda de produtividade acentuada devido às baixas precipitações ocorridas durante o ciclo da cultura no estado. Por outro lado, o desempenho das lavouras no Centro-Oeste foi beneficiado pelo clima favorável. Em Mato Grosso as produtividades obtidas para a soja, por exemplo, têm sido superiores às previstas”, explica o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro.

Principal grão cultivado, a oleaginosa deve atingir uma produção de aproximadamente 152,9 milhões de toneladas. O plantio foi praticamente finalizado e a colheita da safra 2022/23 teve seu início em várias regiões do país. Porém, o ritmo ainda é lento com apenas 8,9% da área colhida em todo o Brasil, atrás dos 16,8% registrados na safra passada, conforme indica o Progresso de Safra publicado nesta semana pela Conab. “Mato Grosso lidera o avanço, com 25,6% de sua área colhida. No entanto, as chuvas volumosas registradas causaram atrasos nos trabalhos de colheita se comparados com a última safra, que na mesma época contava índice de 42,1%. Além do intenso volume das precipitações em importantes áreas produtoras, há registro de alongamento do ciclo da cultura em virtude de ondas de frio”, pondera a superintendente de Informações da Agropecuária da estatal, Candice Romero Santos.

As chuvas também atrasam o início do plantio do milho 2ª safra, registrando apenas 10,7% de área plantada. Ainda assim, a Conab espera um aumento tanto na área quanto na produtividade, o que deve resultar numa colheita na 2ª safra de 95 milhões de toneladas, variação positiva de 10,6%. Já na 1ª safra do cereal, o incremento estimado na produção é de 5,7% em relação ao volume obtido na safra 2021/22, podendo chegar a 26,5 milhões de toneladas. Os ganhos só não são maiores em virtude dos problemas climáticos do Rio Grande do Sul.

De acordo com o 5º Levantamento, a produtividade obtida nas lavouras de feijão 1ª safra compensou a menor área cultivada e a produção dos três tipos da leguminosa está estimada em 994,2 mil toneladas. O plantio da 2ª safra do grão já teve início nos estados de Santa Catarina e Paraná, e a semeadura da 3ª deve ter início no final de abril. Com isso, a produção total de feijão deve se manter estável em relação ao ciclo passado, próximo a 3 milhões de toneladas. Já no caso do arroz, a colheita está estimada em 10,2 milhões de toneladas. O ajuste no volume se deve aos impactos do clima nas lavouras gaúchas, que refletiram na produtividade da cultura.

Para o algodão, a estimativa é de uma produção de 3 milhões de toneladas apenas da pluma, elevação de 19,2%. Se confirmado o resultado, a colheita retorna ao patamar de volume produzido antes do período da pandemia. No caso do trigo, houve ajuste na produção da safra de 2022 após a conclusão do levantamento objetivo de produtividade da cultura. A nova estimativa para a colheita do cereal é de 10,6 milhões de toneladas, crescimento de 37,4% em relação à safra de 2021.

De acordo com o acompanhamento de mercado da Companhia, as exportações de milho na safra 2021/22 foram recordes e finalizaram em aproximadamente 47 milhões de toneladas. Com relação aos dados da temporada 2022/23, os estoques iniciais foram ajustados para um volume em torno de 7,9 milhões de toneladas com base na atualização dos números de produção de carnes do IBGE, visto que possuem influência significativa na demanda nacional do cereal. Para a soja, as estimativas permanecem relativamente estáveis em relação ao último levantamento. A atualização no quadro de suprimentos da oleaginosa ocorre nos estoques finais esperados para o atual ciclo, com uma pequena elevação de 130 mil toneladas motivada pela revisão na estimativa de colheita do grão. A Conab também aumentou os estoques finais de trigo para 1,58 milhão de toneladas, após o reajuste no volume colhido na última safra.

No caso do feijão, os estoques de passagem da safra 2022/23 estão projetados em 306,4 mil toneladas. Para o arroz, estima-se uma redução do consumo nacional para 10,6 milhões de toneladas na atual safra, contra 10,8 milhões de toneladas no ciclo passado, em razão da perspectiva de recuperação econômica.

Com informações do 5º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023*

Fonte: Agrolink/Seane Lennon Foto: Divulgação

set192937

No Show Rural, governador destaca investimentos e união com setor privado no agronegócio

O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou nesta quarta-feira (8), na abertura de sua participação em mais uma edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel, na região Oeste, que os investimentos constantes do setor em plantas industriais e na modernização do cultivo das lavouras, dentro do sistema cooperativista, aliado às políticas do Governo do Estado voltadas ao agronegócio e infraestrutura formam um modelo ideal para a continuidade do crescimento da economia do Paraná, a quarta maior do País.

Segundo ele, a força da agroindústria tem dado sinais que o Paraná está próximo de subir ainda mais de patamar no PIB nacional, graças a essa união. De acordo com o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), para cada R$ 100 milhões de aumento na produção agropecuária dos cooperados paranaenses são acrescidos R$ 72 milhões ao PIB do Estado, de forma direta e indireta.

“O agronegócio é a locomotiva do Paraná. A função do Poder Público é colaborar para que tenhamos um ambiente de crescimento e novas tecnologias. A supersafra e a safrinha serão muito boas, com chuvas regulares. Isso vai impulsionar o Paraná a ser ainda mais essa grande locomotiva do mundo na área de alimentos”, disse. Apenas em 2022, mais de 200 países compraram produtos paranaenses, grande parte do segmento agroindustrial (cerca de um terço do que é exportado advém do campo).

Ratinho Junior disse que o Estado terá a missão de produzir ainda mais para atender as demandas nacionais e internacionais nos próximos anos. O Paraná deve produzir 24,7 milhões de toneladas de grãos na próxima safra e mantém em ritmo de crescimento as cadeias agroindustriais ligadas à proteína animal: aves, suínos, peixes, ovos e leite. Para isso, o Governo tem se preparado com uma série de projetos, principalmente nas áreas hídrica, de infraestrutura e de energia, para potencializar essa produção.

“A projeção para os próximos 10 anos de consumo de commodities é que o mundo vai precisar plantar 20% a mais e 80% dessa produção será na América Latina, cerca de 70% do Brasil. Por isso temos que aumentar a produção. O Paraná tem quase a totalidade ocupada e produzindo, então temos que potencializar isso dentro dessa própria área”, ressaltou.
As 61 cooperativas agropecuárias do Paraná serão fundamentais nesse processo. Elas registraram R$ 162 bilhões de movimentação econômica em 2022 e empregam 109,9 mil pessoas, além de 206,5 mil produtores cooperados.

“Só as cooperativas do Estado já anunciaram mais de R$ 30 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos, por isso temos que garantir energia e água suficientes para suportar todos esses investimentos. É dentro dessa parceria que estamos trabalhando”, complementou. Ele citou programas em andamento, como o Paraná Trifásico, o Renova Paraná e o Banco do Agricultor Paranaense, e novidades, como um grande planejamento de investimentos em recursos hídricos.

A ideia é formatar um grande plano interssetorial para poder definir as bacias prioritárias para o uso na irrigação, sedentação animal, produção industrial e diluição de afluente, entre outros.

Além disso, o governador também destacou outros projetos do Estado que contribuem para o impulsionamento do setor, como as obras de infraestrutura e logística da região Oeste, como o novo Trevo Cataratas e as duplicações da BR-277 e do Contorno Norte de Cascavel, aguardadas há 30 anos pela população. Ele também citou o novo pacote de investimentos, À Frente Paraná, anunciado nesta terça-feira (07), com investimentos na casa de R$ 3,4 bilhões. Na região, também lembrou da parceria com a prefeitura para pavimentação de 1.200 quilômetros de estradas rurais.

Ele ainda destacou outro fator importante para o impulsionamento do setor: o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, que ampliará ainda mais o mercado internacional para a venda de suínos do Estado, principalmente para países como Japão e Coreia.

Parceria

O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, ressaltou o impacto do Show Rural e do sistema cooperativista para a região. “É um evento de seis dias, mas trabalhado por muito tempo. Mas o mais importante é a gente saber que isso acontece todos os dias em outro local, que é o campo, onde nós produzimos para o Paraná, o Brasil e o mundo. É o primeiro, depois de 35 edições, que nós temos o prazer de passar pelo Trevo Cataratas novo e por essa duplicação na BR-277, o que mostra o casamento ideal entre o setor público e privado”, disse.

Show Rural

Só no primeiro dia do Show Rural, que começou na última segunda (6), o evento bateu recorde de público, com 51.344 visitantes. No segundo dia (7), foram 77.488 participantes. A organização prevê que 300 mil pessoas passem pelo espaço, superando o público de 285 mil visitantes que estiveram no Show Rural no ano passado. A expectativa é movimentar R$ 3,5 bilhões em vendas. Em 2022, o evento reuniu 585 expositores e formalizou R$ 3,2 bilhões em volume de negócios.

Além de contar com uma equipe de cerca 100 pessoas do Sistema Estadual de Agricultura, a participação do governo no evento também prevê a liberação de R$ 240 milhões do Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) em financiamentos para o agronegócio e municípios do Oeste, além da exposição de soluções e tecnologias para o campo em áreas como energia renovável, agroecologia, agricultura e pecuária.

Promovido pela Coopavel desde 1989, o evento abre o calendário das feiras agropecuárias brasileiras e neste ano tem uma agenda voltada para a transferência de tecnologias e inovações para o campo.

“No primeiro e no segundo dia já foram concretizados R$ 2,2 bilhões de negócios. Nós chegaremos a mais de R$ 5 bilhões. Isso é muito ou é pouco? O Paraná tem um Valor Bruto de Produção de R$ 180 bilhões e tudo o que será plantado em setembro e outubro utilizará as tecnologias aqui apresentadas. E a participação do governador potencializa isso”, afirmou Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.

Presenças

Participaram da coletiva de imprensa o vice-governador Darci Piana, o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano, o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, além de outros secretários de Estado, deputados e autoridades municipais.

Fonte e Foto: AEN

set193061

Porto de Paranaguá tem novo recorde de carregamento de soja em navio: 107 mil toneladas

O navio Maran Astronomer bateu recorde no Porto de Paranaguá ao carregar a maior quantidade de farelo de soja. Foram mais de 107 mil toneladas, que irão para Holanda e Polônia. Em novembro de 2022 este mesmo navio já tinha sido recordista, carregando mais de 103 mil toneladas do produto.

Até hoje, além deste navio somente outros dois embarcaram mais de 100 mil toneladas de granel em Paranaguá, segundo o diretor de Operações da Portos do Paraná, Luiz Teixeira da Silva Júnior.

A previsão é que demore quatro dia para que todas as toneladas de soja sejam embarcadas no navio, dependendo das condições meteorológicas. A embarcação está entre os maiores graneleiros já recebidos no porto paranaense: mede 292 metros de comprimento, tem 45 metros de largura e nove porões.

Fonte: CBN Foto: Cláudio Neves

set193122

Quais as principais doenças do milho e quando ocorrem?

O milho (Zea mays) é uma das principais culturas agrícolas do sistema de produção de grãos, desempenhando função econômica, social, culturas e sustentável. Além de contribuir para o aumento da rentabilidade da atividade agrícola, o milho é uma importante cultura para a manutenção do sistema plantio direto.

A abundante palhada residual produzida pela cultura do milho, é uma importante cobertura para o solo no sistema plantio direto, contribuindo efetivamente para a redução dos fluxos de emergência de plantas daninhas fotoblásticas positivas, para a redução das erosões superficiais, redução da amplitude térmica do solo entre outros benefícios.

Além disso, a rotação de culturas com o milho possibilita o uso de diferentes mecanismos de ação de inseticidas, fungicidas e herbicidas para o controle das pragas, doenças e plantas daninhas, reduzindo a pressão desses agentes sobre a cultura sucessora. Sobretudo, a cultura do milho deve apresentar vantagem econômica para o produtor rural, atuando como fonte de renda para a propriedade.

Entretanto, mesmo que estabelecidas condições nutricionais, hídricas e ambientais favoráveis ao desenvolvimento do milho, alguns fatores necessitam maior atenção para garantir a manutenção do potencial produtivo e produtividade do milho. Um desses fatores é a sanidade da lavoura, principalmente no que diz respeito ao manejo de doenças.

Ainda que em um passado não muito distante pouco se discutisse sobre o uso de fungicidas na cultura do milho, atualmente o emprego desses defensivos é essencial para obtenção de boas produtividades. Algumas doenças fungicidas a exemplo da cercosporiose podem causar reduções de produtividade superiores a 80% dependendo da severidade da doença e suscetibilidade da cultivar (Casela; Ferreira; Pinto, 2006).

Com isso em vista, adotar um adequado programa de aplicação de fungicidas no milho, assim como o tratamento de sementes, é essencial para reduzir a influência das doenças sobre a produtividade da cultura. Cabe destacar que uma grande variedade de patógenos causadores de doenças podem acometer a cultura do milho, inclusive em diferentes estádios do desenvolvimento da planta.
Logo, conhecer os períodos mais suscetíveis do milho a ocorrência de doenças é essencial para embasar o monitoramento e manejo das áreas de cultivo.

Fonte: Mais Soja/Maurício Siqueira dos Santos Foto: Divulgação

set192544

Embrapa apresenta eixos temáticos de pesquisa para promover sustentabilidade da soja

Durante o Show Rural Coopavel, a ser realizado em Cascavel (PR), de 06 a 10 de fevereiro, a Embrapa Soja irá apresentar, na Casa da Embrapa, informações sobre os quatro eixos de pesquisa em que a Empresa vem atuando para colaborar com sustentabilidade produtiva da soja. São eles: Genética Avançada, Bioinsumos, Soja Baixo Carbono e Agricultura Digital.

Genética Avançada – A Embrapa Soja vem investindo em diferentes frentes da genética: do melhoramento clássico, à edição do genoma da soja. Neste sentido, atua com transgenia e edição gênica, seleção assistida por marcadores moleculares e abordagens inovadoras para geração de novas soluções para manejos integrados para questões fitossanitárias e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

A tecnologia de edição de genomas, por exemplo, possibilita alterar partes do DNA da própria soja modulando características desejáveis, sem a necessidade de introdução de DNA de outras espécies, preservando a biossegurança e reduzindo os custos de colocação no mercado de tecnologias de base biotecnológica. “A Embrapa Soja vem utilizando a genética avançada para desenvolver cultivares de soja altamente produtivas e com características de interesse como maior tolerância à seca e de melhor qualidade industrial. Outras tecnologias de ponta, como o uso tópico de RNA interferente para controle de pragas e a seleção assistida por marcadores moleculares em alta performance, são também ações de pesquisa e desenvolvimento na Embrapa Soja”, ressalta o chefe –geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.

Bioinsumos

A Embrapa Soja tradicionalmente desenvolve pesquisas relacionadas aos insumos biológicos, a exemplo das tecnologias para controle biológico de pragas em soja e da Fixação Biológica do Nitrogênio. Para atender aos desafios crescentes relacionados à utilização de bioinsumos, a Empresa vem atuando para aumentar a participação de insumos biológicos no controle de pragas, doenças e na promoção do crescimento em sistemas de produção convencional e de base agroecológica.

Também busca estimular a diminuição do uso de fertilizantes de origem não renovável por insumos de base biológica na soja. A partir de suas coleções de microrganismos, a Embrapa Soja vem atuando na prospecção e no desenvolvimento de bioinsumos inovadores. “O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta e transformar esse recurso com valor imensurável em tecnologias para produção sustentável de soja é uma oportunidade fantástica para a Embrapa Soja e parceiros”, defende Nepomuceno. “Além da utilização direta de organismos vivos para manejo de pragas, fitonematoides e doenças, na fixação biológica de nitrogênio e na promoção no crescimento de plantas, há também um campo enorme para identificação de metabólitos produzidos por estes organismos, seu isolamento e produção para uso multifuncional – um grande desafio e uma grande oportunidade para a pesquisa brasileira”, explica Nepomuceno.

Soja Baixo Carbono

A trajetória de inovação na agricultura brasileira é ancorada em tecnologias que preservam o meio ambiente, reduzem as emissões de gases de efeito estufa e sustentam a transição para uma economia de baixo carbono. O Programa Soja Baixo Carbono (SBC), coordenado pela Embrapa Soja, em parceira com Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM, UPL, tem por objetivo mostrar a sustentabilidade da produção de soja brasileira, tornando tangíveis aspectos qualitativos e quantitativos desta sustentabilidade. O SBC está sendo pautado na mensuração dos benefícios e na certificação das práticas de produção que comprovadamente reduzam a emissão de GEEs em relação à média regional. A iniciativa tem utilizado uma metodologia própria, baseada em protocolos científicos validados internacionalmente, a partir de critérios objetivamente mensuráveis, reportáveis e verificáveis. A certificação da soja brasileira será voluntária, privada e de empresas especializadas (certificação de 3ª parte). Com base em critérios científicos, o SBC permitirá a valorização da soja produzida por meio do uso de boas práticas agrícolas, como Sistema Plantio Direto; Integração Lavoura-Pecuária; adequada inoculação visando a fixação biológica de nitrogênio; e manejo integrado de insetos-praga, plantas daninhas e doenças. “Além da possível captura extra de valor para o produtor e empresas que fazem parte da cadeia, o programa alavancará o uso de tecnologias sustentáveis na produção de soja, contribuindo para a melhoria da imagem da soja brasileira no mercado global”, afirma Nepomuceno.

Agricultura Digital

Os últimos anos vêm sendo marcados pela transformação digital da sociedade e no agronegócio brasileiro. Várias soluções já estão disponíveis e outras em desenvolvimento para atender às necessidades do campo e ajudar o produtor na tomada de decisão, favorecendo redução de custos e implementação de práticas cada vez mais sustentáveis.

De acordo com Nepomuceno, a cultura de inovação na Embrapa Soja está se fortalecendo a cada ano, por meio de iniciativas como o edital de inovação aberta, o Soja Open Innovation, idealizado para possibilitar parcerias entre a Embrapa, startups e empreendedores inovadores em tecnologias digitais aplicadas ao agronegócio. Ao encontro das transformações no campo, a Embrapa Soja atua no desenvolvimento da agricultura digital, desde sensoriamento remoto via uso de imagens de drones e satélites, desenvolvimento de aplicativos para automação de processos, desenvolvimento de sensores e algoritmos para detecção de pragas e problemas climáticos em tempo real, uso de robótica para aplicação de insumos, entre tantas outras estratégias.

Fonte e Foto: Embrapa Soja