set206769

Safra de soja deve chegar a 156,0 milhões de toneladas, diz USDA

A produção de soja no Brasil para a safra 2022/23 é estimada em 156,0 milhões de toneladas métricas (mi ton), superior em 1,0 mi ton (1 %) em relação ao mês passado e em 25,5 mm (20 %) em relação à safra 2021/22. A área colhida é estimada em 43,9 milhões de hectares (mi ha), 0,2 mi ha (menos de 1 por cento) a mais que no mês passado e 2,3 mi ha (6 %) a mais que na temporada anterior. O rendimento permanece inalterado em relação ao mês passado em 3,55 toneladas por hectare (t/ha), um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

A colheita da soja se aproxima da conclusão com mais de 99 por cento colhida no final de maio. Relatórios de colheita indicam aumentos de rendimento mês a mês para os estados do centro-oeste, sendo os maiores ganhos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O relatório estadual da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (FAMASUL) relata um aumento de 1,6 mi ton na produção em relação à estimativa inicial.

A safra abundante nesta temporada foi alcançada por meio de uma combinação de vários fatores: variedades de sementes melhoradas, práticas de manejo das culturas e clima excepcionalmente favorável em quase todos os lugares. Rendimentos recordes foram alcançados em vários estados.

A única exceção foi o estado do Rio Grande do Sul, onde o rendimento foi reduzido em quase 40% em relação às expectativas iniciais devido às condições de seca nas regiões ocidentais do estado. No entanto, a produtividade geral do estado foi cerca de 60% superior à do ano anterior, porque as regiões do nordeste do Rio Grande do Sul alcançaram produtividades mais altas.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set206814

Na agenda do agronegócio e do mercado financeiro

Veja a agenda completa do agronegócio e do mercado financeiro: 13 de junho, terça-feira

Agronegócio

9h | A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulga o 9º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23.

9h | O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traz o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola e a Pesquisa de Estoques.

13h | O Departamento de Agricultura dos EUA reporta a Perspectiva de Algodão e Lã: junho de 2023, os Spreads de preços de carne e as Perspectivas de oleaginosas: junho de 2023.

16h | O USDA também traz as Tabelas mensais de laticínios, a Perspectiva de Alimentar: junho de 2023, a Perspectiva de Arroz: junho de 2023, a Perspectiva de Trigo: junho de 2023 e os dados de Maçãs, Uvas e Peras Frescas: Mercados e Comércio Mundiais.

• O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, divulga os Dados sobre as lavouras, pela manhã.

Mercado financeiro

8h | A Fundação Getúlio Vagas (FGV) reporta o IPC-S Capitais – 1ª quadrissemana – Junho/2023.

9h | O IBGE também traz a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física – Regional.
EUA

7h | A Federação Nacional de Empresas Independentes solta o Otimismo entre Pequenas Empresas NFIB.

8h | A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) reporta o Relatório Mensal da OPEP.

9h30 | O Escritório de Estatísticas do Trabalho dos EUA divulga o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Rendimento Real.

9h55 | O Redbook Research Inc. atualiza o Índice Redbook.

17h30 | O Instituto Americano do Petróleo (API, em inglês) apresenta os Dados semanais dos Estoques de Petróleo Bruto dos EUA.

Fonte: Notícias Agrícolas, com informações da Investing.com e entidades Foto: Divulgação

set206916

Corredor Leste de Paranaguá teve recorde mensal de movimentação com 2,5 milhões de toneladas

As exportações de soja (grão e farelo) pelo Corredor Leste do Porto de Paranaguá (Corex) movimentaram um total de 2.567.755 toneladas em maio de 2023, o maior volume mensal já alcançado desde a sua inauguração, em 1973. O recorde mensal anterior dos 11 terminais interligados no complexo era de 2.474.705 toneladas embarcadas em abril de 2020.

Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, ao final do 1º trimestre a expectativa dos terminais era a de carregar cerca de 2 milhões de toneladas no período, ou seja, foram quase 568 mil toneladas a mais. “Mesmo sem qualquer volume de milho, ou seja, só com soja e farelo de soja, superamos o recorde anterior com muita produtividade e com melhoria nos tempos operacionais”, afirmou.

O tempo médio de atracação nos berços do corredor reduziu de 2,81 dias em maio de 2022 para 2,31 dias em maio deste ano. Já a produtividade média de embarque passou 850,41 toneladas/hora para 1.155,83 toneladas/hora no mesmo período. “Considerando a estiagem, alcançamos uma produtividade diária no embarque de 94.402,76 toneladas”, completou Garcia.

Portos do Paraná registra maior movimentação mensal da história em maio de 2023

As 2.567.755 toneladas também representam crescimento de 49,5% na comparação com a movimentação registrada em maio de 2022, de 1.718.048 toneladas. De todo o volume embarcado pelo Corex em maio de 2023, 1.912.307 toneladas foram de soja em grão, o equivalente a 74%. Os outros 26% foram de farelo de soja, reunindo 655.448,5 toneladas. Neste maio, não houve embarque de milho ou trigo pelo corredor leste.

No acumulado do ano, mesmo com dois dias a mais de paralisação por chuva, já são 9.014.528 toneladas carregadas pelo Corex, de janeiro a maio de 2023. Comparando às 7.693.161 toneladas registradas em 2022, no mesmo período, a alta é de quase 17,2%.

Soja

Maior também foi o mês com maior movimentação de soja (1.912.307 toneladas). Foram movimentadas, desde o começo do ano, 346.881 toneladas em janeiro, 324.670 toneladas em fevereiro, 954.833 toneladas em março e 1.409.057 toneladas em abril.

Corredor

Os embarques do Corredor Leste de Exportação do Porto de Paranaguá são realizados por três berços: 212, 213 e 214. Foram 40 navios carregados no mês passado, contra 30 de maio de 2022. O berço que mais produziu no embarque foi o 213: 16 navios e 1.054.688 toneladas de carga.

No complexo, operam interligados por correias transportadoras os silos públicos (vertical e horizontais) operados pelos integrantes da Associação dos Operadores Portuários do Corredor de Exportação (AOCEP); AGTL; Cargill; Cimbessul; Centrosul; Coamo; Coamo II; Cotriguaçu; Interalli; Louis Dreyfus; e Rocha.

Fonte e Foto: AEN

set20639

Preços do milho enfraquecidos

As vendas de milho estão pontuais no mercado interno, e os preços, enfraquecidos. Conforme dados do boletim informativo do Cepea, consumidores realizam compras apenas quando necessário, aguardando possíveis desvalorizações mais intensas do milho, fundamentados no avanço da colheita da segunda safra, que deve ser recorde.

Veja as cotações do milho AQUI.

Vendedores, por sua vez, demonstram preocupação com os recentes patamares de preços, mas alguns estão mais flexíveis nos valores e/ou prazos de pagamento.

Fonte: Agrolink Foto: Divulgação

set206491

BR-376/PR sentido Santa Catarina tem faixa bloqueada até quarta-feira (7) para reinstalação de sensores de pesagem

A BR-376/PR está com uma das faixas bloqueada no km 639 em Tijucas do Sul, sentido Santa Catarina, para reinstalação de sensores de pesagem em movimento. A previsão da Arteris Litoral Sul, responsável pela reconstrução do pavimento, é que as atividades acabem até quarta-feira (7), se as condições climáticas estiverem favoráveis. O tráfego flui com lentidão no trecho, com 3 km de fila.

De acordo com a concessionária, a reinstalação dos sensores está sendo feita pela necessidade de aumentar a capacidade estrutural do trecho, além de os equipamentos ajudarem na fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), alertando quando surgir excesso de peso e de velocidade.

Fonte e Foto: CBN

set206564

Mercado reduz previsão de inflação pela 3ª semana e eleva projeção para o PIB

Pela terceira semana consecutiva, agentes do mercado financeiro projetam uma queda na inflação deste ano em 5,69 de acordo com dados do Relatório Focus divulgados nesta segunda (5). Há uma semana, a expectativa era de 5,71%, e de 6,02% há quatro semanas.

A previsão ocorre após a divulgação do bom resultado do PIB (Produto Interno Bruto) divulgado na semana passada melhor do que o esperado pelo mercado, de 1,9% no primeiro trimestre. A expectativa era de 1,2% e foi o melhor resultado para um início de ano desde 2010, quando a economia brasileira cresceu 2,2%.

O Relatório Focus deste começo de semana também aponta uma alta no apanhado do PIB para o ano todo, terminando em 1,68% ao final de 2023. Os agentes do mercado financeiro também projetam uma queda na cotação do dólar pela terceira semana seguida, de R$ 5,10 para o ano.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Marcelo Andrade/Arquivo Gazeta do Povo

set206275

Plano Safra: será todo agricultura de baixo carbono

“Estamos trabalhando para que o Plano Safra possa ser apresentado em meados de junho, todo ele com uma agricultura de baixo carbono”, adiantou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou ontem, de forma virtual, de evento do Insper sobre economia verde.

Ela afirmou que o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, está conduzindo essa agenda com os Ministério do Meio Ambiente, Fazenda e Desenvolvimento Agrário, Pasta comandada pelo ministro Paulo Teixeira. “Queremos começar um processo de transição, em que se inicia com o que é basal (…), e depois o plano inteiro será assim”.

Para o produtor conseguir acesso ao Plano Safra, exemplificou a ministra, o básico será que a propriedade rural tenha Cadastro Ambiental Rural (CAR) e que o imóvel não esteja sobre unidades de conservação. “À medida que vai se cumprindo etapas, pode-se ter redução de juros”, disse ela. “Fiz uma metáfora ao ministro Fávaro, que o Plano Safra poderia ter uma gradação, com os produtores que estão aderindo ao programa e iniciando a cumprir com a trajetória de transição, que seriam os A. Depois viriam os AA e os AAA. A partir de um determinado patamar, se começaria a ter um redutor de juros”, adiantou.

“No novo Plano Safra, vamos começar com o que é basal, e depois o plano inteiro será assim” — Marina Silva

Todo proprietário rural que incorporar tecnologias de baixo carbono, em uma escala que ainda está sendo analisada, terá vantagens na taxa de juro. Isso também seria um estímulo para a adoção de boas práticas.

Hoje, o Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono) é apenas uma fração do Plano Safra, que se esgota rapidamente. “A ideia é que toda a agropecuária brasileira será estimulada para ser de baixo carbono, em escala ascendente. Essa é a mensagem que queremos dar de forma clara e forte”, disse ao Valor João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática.

“Não vai haver mais aquela dicotomia que era absurda, do Plano Safra com R$ 300 bilhões e o Plano ABC, que é a Agricultura de Baixo Carbono, com R$ 5 bilhões. Uma coisa ínfima”, disse Capobianco no evento. “Era uma loucura, porque quando se abria o crédito do Plano Safra, em poucos dias acabava o crédito da agricultura de baixo carbono, que era muito pouco. Agora, será anunciado nas próximas semanas o Plano Safra que será todo ele Plano ABC. Com uma escala, e juros diminuindo, ele vai se tornar mais atrativo. O proprietário rural vai ter estímulo para ir incorporando as tecnologias de baixo carbono”, afirmou.

“De algo mais basal, como disse a ministra, que é o CAR a algo mais avançado, que é a agricultura carbono-neutro”, acrescentou. “Já temos vários setores da agropecuária que são carbono neutro no Brasil. Esses terão que ter melhores vantagens na hora do crédito rural, do que aquelas que insistem no modelo predatório de 0,5 cabeça de gado por hectare, sem nenhuma técnica de agricultura de baixo carbono”, disse o secretário-executivo do MMA.

“Estamos prevendo um salto de estímulo na agricultura de baixo carbono nos próximos anos”, concluiu Capobianco. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, vai anunciar o novo Plano Safra no mês que vem.

Fonte: Portal do Agronegócio via Agência UDOP de Notícias Foto: Divulgação

set205880

Novo ICMS vai aumentar gasolina, confirmam especialistas

A entrada em vigor da alíquota única e fixa do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deverá provocar um aumento no preço da gasolina. A partir desta quinta-feira (1º), a cobrança será de R$ 1,22 por litro em todo o território nacional. Atualmente, as alíquotas são proporcionais ao valor e são definidas por cada estado, variando geralmente entre 17% e 20%.

Os efeitos do novo ICMS no preço praticado na bomba dos postos de combustíveis ainda não são precisos. O aumento, no entanto, é considerado certo por economistas. No Rio de Janeiro, por exemplo, a cobrança é de 18% e atualmente gira em torno de R$ 0,97 por litro se considerarmos o preço médio de revenda de R$ 5,38, registrado no último levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Nesse caso, se a diferença for integralmente repassada ao consumidor, a mudança acarretaria um acréscimo de R$ 0,25 por litro.

“O aumento é inevitável, porque o valor de R$ 1,22 centavos por litro é superior à alíquota média de ICMS que os estados praticam hoje. Tive acesso a cálculos de especialistas do setor que variam de R$ 0,16 a R$ 0,20 o aumento para o consumidor na bomba”, diz Pedro Faria, economista e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar-UFMG). Ele avalia que a mudança gera simplificação tributária e reduz a espaço para a guerra fiscal entre os estados.

Preços

Além dos tributos, outros fatores exercem influência no preço final cobrado pelos postos de gasolina, tais como os valores de venda nas refinarias, os custos de transporte e as margens de lucro das distribuidoras. Por esta razão, existem variações nas estimativas. A ANP monitora o mercado mas não tem participação na formação dos preços. Não há máximos, mínimos, tabelamento, nem necessidade de autorização para o repasse de reajustes ao consumidor. “Os preços são feitos pelo mercado, pelos agentes que nele atuam, como as refinarias (parte da Petrobras e parte privadas), usinas, distribuidoras e postos de combustíveis”, informa a ANP.

A mudança na cobrança do ICMS da gasolina foi instituída pela Lei Complementar 192 de 2022. O valor das alíquotas fixas foi definido em março deste ano pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). No caso do diesel, a alteração já está valendo desde 1º de maio, com uma cobrança de R$ 0,94 por litro.

Na semana passada, o doutor em direito, advogado e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Gabriel Quintanilha, também havia pontuado em entrevista à Agência Brasil que o novo ICMS causaria o aumento nos preços da gasolina. Segundo ele, no ano passado, durante a tramitação da Lei Complementar 192 de 2022, os preços dos combustíveis estavam muito altos no Brasil e a alíquota fixa por litro foi uma solução apresentada para ajudar a diminuir a oscilação. No entanto, a medida será aplicada em um cenário diferente daquele que motivou o início das discussões.

“O momento em que nós estamos hoje é exatamente esse: uma alíquota ad rem, fixa, por litro de combustível, que vai gerar mais arrecadação do que uma alíquota ad valorem, porque o mercado reagiu e o dólar está mais baixo, assim como o preço do petróleo”, analisou. Para Quintanilha, a alíquota fixa poderia ser boa para o consumidor naquele momento em que começou a ser discutida. Por outro lado, a mudança terá impacto positivo para os estados, porque aumentará a arrecadação.

O Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), que representa as distribuidoras de combustíveis, tem se mostrado favorável à mudança. O gerente jurídico e tributário da entidade Mozart Rodrigues Filho disse à Agência Brasil que a medida traz mais clareza e mais simplificação tanto para o consumidor final, como para as empresas e os estados, que passariam a ter maior previsibilidade de arrecadação e mais facilidade para detectar fraudes tributárias.

Mudanças previstas

O economista Pedro Faria lembra que, no próximo mês, provavelmente ocorrerá um novo aumento. No dia 1º de julho, tributos federais (PIS/Cofins e Cide) devem voltar a incidir integralmente sobre a gasolina e o etanol. Sua cobrança havia sido zerada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no ano passado, durante o período eleitoral. Posteriormente, o governo Lula instituiu uma cobrança parcial em vigor até o dia 30 de junho.

Apesar do possível impacto para o consumidor, Pedro Faria destaca que são mudanças que já estavam no horizonte. “É importante ressaltar que tudo isso já está precificado e não é uma novidade. Já está embutido nas expectativas de inflação que a gente vê o Banco Central divulgando. Já está embutido nas estimativas de arrecadação. Todo mundo está levando em conta os efeitos dessas mudanças. E as expectativas de inflação que Banco Central divulga a partir de consultas a agentes do mercado financeiro mostram uma queda. Mesmo sendo agentes que têm uma leitura um pouco mais conservadora da inflação, elas caíram nas últimas quatro semanas. Saíram de 6,05% e foram para 5,71 no último Boletim Focus”.

Pedro Faria observa ainda que o novo ICMS pode não ter vida longa, tendo em vista as discussões em torno da reforma tributária. Segundo ele, o que está em pauta é uma maior simplificação na tributação. A alíquota fixa da gasolina já se insere nessa perspectiva, mas as regras que estão sendo pensadas deverão englobar os combustíveis. “A mudança da gasolina já estava prevista, mas a gente espera que ela seja engolida por essa mudança mais ampla da reforma tributária, que tem esse espírito da simplificação tributária e da geração de ganho de produtividade”.

Política da Petrobras

O novo ICMS para a gasolina entra em vigor apenas duas semanas após a Petrobras anunciar sua nova política de preços, colocando fim ao Preço de Paridade Internacional (PPI) que vigorava há mais de seis anos, durante os governos dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. No antigo modelo, seguiam-se as tendências do mercado internacional.

Agora, são consideradas as alternativas que o consumidor possui no mercado interno e as condições obtidas pela estatal para produção, importação e exportação. A mudança do PPI foi uma promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral no ano passado.

No mesmo dia em que tornou pública a mudança, a Petrobras oficializou uma redução nos preços praticados para a venda da gasolina, do diesel e do gás de cozinha aos distribuidores. No caso da gasolina, a queda foi de R$ 0,40 por litro. O impacto para o consumidor foi menor. O preço médio do litro da gasolina nos postos de combustível caiu, em média, R$ 0,20 segundo levantamento da ANP divulgado na sexta-feira (26).

Para Pedro Faria, a nova política dá flexibilidade para a Petrobras cumprir a missão de empresa pública e estatal. O economista observa que a estatal precisa atuar na defesa da soberania energética do país, garantindo a disponibilidade de combustíveis a preços estáveis e acessíveis para a economia brasileira.

“Ela pode segurar eventuais aumentos ou até baixar o preço para poder acomodar essa mudança de tributação e depois ela vai liberando e corrigindo a variação. A função da Petrobras, considerando seu caráter público, é justamente suavizar variações para que a gente tenha um preço estável. Não tenha sobe e desce de acordo com o dólar, com a cotação do petróleo ou com mudança de tributação”. Procurada pela Agência Brasil, a Petrobras não informou se pretende fazer algum ajuste nos preços da gasolina para suavizar os efeitos do novo ICMS.

Fonte: Band News com informações Agência Brasil Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

set20594

Porto de Paranaguá é o primeiro porto público do Brasil a receber certificação ambiental global

O Porto de Paranaguá, no Paraná, se tornou o primeiro porto público brasileiro a conquistar o certificado internacional Ecoports, a mais importante certificação do mundo voltada para gestão ambiental portuária. O reconhecimento é feito pela Organização de Portos Marítimos Europeus (ESPO) e coloca o porto paranaense como referência mundial em gestão e boas práticas ambientais.

“Essa certificação é uma garantia, para investidores e clientes de que nossas operações cumprem requisitos de boas práticas ambientais. É resultado de um trabalho conjunto com toda a comunidade portuária e deve atrair ainda mais negócios e investimentos para o Estado, tornando o porto mais competitivo no mercado global”, destaca o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Para ele, o selo reforça o compromisso de desenvolver Paranaguá como um porto de classe mundial. Na semana passada, a Portos do Paraná recebeu uma comitiva da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, dentro do projeto de expansão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Estado.

“Nosso objetivo é ter um desempenho ambiental e operacional de alta performance, nos melhores padrões globais”, disse.
A conquista vem depois de uma inspeção rigorosa feita pelo Lloyd’s Register Quality Assurance, um órgão internacional independente, com sede no Reino Unido. “A auditoria é criteriosa, feita de forma neutra. A avaliação considera o perfil do porto e a interação da atividade portuária com o meio ambiente”, explica o auditor líder do processo, Rogério Duarte.

“Um dos requisitos é a existência de uma declaração de política ambiental, o cumprimento de aspectos legais, as responsabilidades e recursos, a revisão da conformidade e a existência de um relatório enviado bianualmente ambiental e exemplos de boas práticas”, completa.

O certificado é voltado especificamente para a atividade portuária, seguindo preceitos e regulamentos do ISO 14001, e com base em um sistema de revisão chamado de Port Environmental Review System (PERS).

Para conquistar o selo, foram quase três anos de trabalho. “Inicialmente passamos por uma pré-avaliação que chamamos de Self Diagnosis Method. Consolidamos procedimentos e regulamentos, promovemos a remodelação de programas e com a ajuda de operadores e empresas, partimos para emissão do certificado”, conta João Paulo Ribeiro Santana, diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná.

A chancela tem validade de dois anos. No Brasil, além de Paranaguá, que é um porto público, somente o porto privado do Açu, no Rio de Janeiro, possui a certificação.

Expansão Portuária

O certificado chega em momento de expansão das atividades no Estado. De 2017 a 2022, os portos paranaenses (Paranaguá e Antonina) registraram aumento de quase 14% na movimentação de cargas, chegando ao recorde histórico de 58,3 milhões de toneladas. Neste primeiro quadrimestre, o total acumulado passa das 19 milhões de toneladas, 2% a mais que as 18,7 milhões registradas de janeiro a abril no ano passado.

Fonte e Foto: AEN

set206076

Agronegócio e serviços deram impulso ao PIB no primeiro trimestre

O bom desempenho do agronegócio, a resiliência do setor de serviços e a boa performance dos segmentos mais expostos à transferência de renda por parte do governo contribuíram para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Os dados oficiais serão divulgados nesta quinta-feira (1°) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e estimativas apontam para uma expansão de mais de 1% em relação ao último trimestre de 2022.

O banco Itaú e a corretora XP Investimentos projetam avanço de 1,4%. O Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV), enquanto isso, estimou crescimento de 1,6% na atividade econômica no primeiro trimestre de 2023, comparativamente aos últimos três meses de 2022.

“O expressivo desempenho da agropecuária é o principal responsável pelo crescimento. Além disso, destaca-se também o desempenho positivo dos serviços, com crescimento em praticamente todas as suas atividades, o que sinaliza certa resiliência deste setor no início de 2023”, diz a coordenadora da pesquisa da FGV, Juliana Trece.

Ela aponta, entretanto, que é importante destacar que o crescimento da agropecuária foi bastante concentrado e não deve manter o mesmo ritmo ao longo do ano. “A forte contribuição da produção de soja e sua elevada participação no valor adicionado da agricultura foram cruciais para o crescimento do PIB no primeiro trimestre”, complementa.

Números do BC também sinalizam para um bom desempenho da economia brasileira no início do ano. No primeiro trimestre, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) variou 2,4% sobre o último trimestre de 2022.

O governo federal conta com um avanço do PIB de 1,2% no primeiro trimestre, segundo projeção da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. O número é mais baixo que o projetado por algumas instituições privadas. Por outro lado, a SPE recentemente elevou sua estimativa para o PIB do ano todo de 1,6% para 1,9%, nesse caso bem acima das expectativas do mercado financeiro, que sinalizam para uma alta de 1,26%, segundo o boletim Focus, do BC.

“O aumento do crescimento esperado para este ano reflete a divulgação de indicadores econômicos com resultados melhores do que os projetados para o primeiro trimestre e para o início do segundo”, informa a secretaria.

Campo é o principal motor da expansão do PIB no 1º trimestre

O principal motor da expansão da economia no primeiro trimestre deve ser o campo. A safra de grãos de verão foi estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 302,6 milhões de toneladas, 16,4% a mais do que no ciclo anterior.

Para este ano, o banco holandês Rabobank aponta que commodities ligadas à exportação deverão ter ganhos expressivos de produção. É o caso da soja, cuja estimativa é de um crescimento de 18,6%; milho, 9,6%; algodão, 9%; cana, 7,1% e café, 4%. A instituição financeira projeta um incremento de 1,2% no PIB anual.
As exportações de commodities ligadas ao campo também vão bem. Se as vendas externas de soja permaneceram estáveis no primeiro

trimestre, as de milho tiveram um crescimento de 3,2 vezes no comparativo entre os primeiros trimestres de 2022 e 2023, atingindo US$ 2,8 bilhões.

“Os dados de abates também vêm surpreendendo, refletindo o aumento das exportações de proteína animal”, apontam analistas do Bradesco. Os negócios com a carne suína se expandiram 30,2%, totalizando US$ 602 milhões nos três primeiros meses do ano.

Impulsos ao PIB em outros setores

O Rabobank também aponta que segmentos mais sensíveis à renda vêm se beneficiando de estímulos fiscais. É o caso dos supermercados, que segundo o IBGE tiveram um crescimento de 3,2% no volume de vendas no primeiro trimestre, na comparação com igual período do ano passado.

O setor de serviços também permanece forte, especialmente os ramos de transporte e armazenagem, beneficiados pela safra recorde. O volume de serviços prestados cresceu 5,8% nos três primeiros meses do ano em relação à mesma época de 2022.

Outro ramo que vem mostrando um desempenho vigoroso, segundo avaliação do Bradesco, é a indústria extrativa. O segmento registrou uma expansão de 3,4% entre os primeiros trimestres de 2022 e de 2023.

A instituição financeira considera que as perspectivas favoráveis para a produção de petróleo e de minério de ferro devem impedir uma desaceleração mais intensa da indústria.

Atividade econômica perdeu força, mas menos que o esperado

Os estrategistas Maurício Une e Renan Alves, do Rabobank, apontam que indicadores de alta frequência mostram que o ritmo da atividade econômica vem perdendo força. Porém, a desaceleração é mais suave que a esperada até pouco tempo atrás.

Para os próximos trimestres, espera-se uma perda de tração. Segundo Rodolfo Margato, economista da XP Investimentos, as razões são o aperto do crédito, a dissipação do impulso pós-Covid e o enfraquecimento do mercado de trabalho, que sinalizou para uma taxa de desemprego de 8,5% no trimestre móvel encerrado em abril. Na virada do ano, ele estava em 7,9%.

Mas, mesmo com este cenário, o ponto médio (mediana) das projeções do mercado financeiro para o crescimento da economia em 2023 vem aumentando nas últimas quatro semanas, de acordo com o boletim Focus do Banco Central. Elas passaram de 1% para 1,26%.

Porém, esta expansão maior neste ano pode se traduzir em uma perda de ritmo do crescimento em 2024. A sinalização para o crescimento da atividade econômica no próximo ano caiu de 1,41%, há quatro semanas, para 1,3%, agora.

Fonte: Gazeta do Povo Foto: Michel Willian/Gazeta do Povo