Depois de atingir números recordes em 2021, as operações de fusão e aquisição de empresas brasileiras caíram 12% no ano passado, totalizando em todo o país,1728 negócios de 43 setores da economia.
No Paraná, a queda no número de fusões e aquisições de empresas foi de 52%, com o registro de 60 transações, de acordo com dados da pesquisa realizada pela consultoria KPMG.
Agora, quando analisamos por setor, entre os destaques está o agronegócio, com 117 operações de fusões e aquisições ao longo do ano passado. Esse resultado é mais que o dobro das transações contabilizadas em 2021 e o triplo das anunciadas em 2020.
Na avaliação da sócia de agronegócio da KPMG no Brasil, Giovana Araújo, esse desempenho indica que a atividade de fusões e aquisições no setor continuou aquecida nos últimos três anos, porém ainda está muito aquém do seu potencial. E aí vale ressaltar que, conceitualmente, o agronegócio integra uma cadeia de valor que gira em torno da produção agropecuária e de insumos, que vai além das atividades ‘depois da porteira’, que são a agroindústria e o agrosserviço.
Aliás, o levantamento mostrou que o grande destaque da atividade de fusões e aquisições no setor do agronegócio ficou com as empresas do elo de agrosserviços, responsáveis por 76% das transações. Desse montante, cerca de 80% dos negócios envolveram empresas de tecnologias. Isso comprova um indicador do crescente apetite por soluções tecnológicas e de inovação, além de novos modelos de negócios.
Os negócios envolvendo fusões e aquisições tiveram mais a predominância de empresas brasileiras ou estrangeiras?
A pesquisa apontou a predominância das chamadas transações domésticas, ou seja, realizadas por empresas brasileiras e em território nacional. Das 117 negociações do agronegócio contabilizadas em 2022, 75% envolveram empresas de capital brasileiro adquirindo, também de brasileiros, capital de companhias estabelecidas no Brasil. Outros 24% foram de empresas estrangeiras que compraram de brasileiros, capital de empresas estabelecidas no Brasil. E somente 1% foi de empresa brasileira que adquiriu de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior.
Para este ano, embora ainda haja muita indefinição em relação ao comportamento da economia, a expectativa é positiva em relação aos negócios envolvendo a fusão e aquisição de empresas.
Fonte: Band News Foto: Shutterstock
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